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Introdução à histologia: Métodos de estudo em histologia; Tecido epitelial e epitélio glandular

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Métodos de estudo utilizados em Histologia:
Sequência de técnicas com o propósito de obter lâminas de alta qualidade para analise histológica.
Fixação: Visa impedir a deterioração post-mortem do tecido; Evita alterações na estrutura química; Fixa proteínas e inativa enzimas proteolíticas responsáveis pela autólise; 
Fixação química: Formaldeído a 10%, álcool, metanol, liquido de Bouin.
Fixação física: Congelamento.
Desidratação: Imersão em uma bateria de soluções alcóolicas, importante para que o processo de infiltração seja bem sucedido, visto que a água (polar) presente no tecido possui polaridade diferente da parafina (apolar), ou seja, os dois não se misturam. Logo, se não houver a desidratação o processo de infiltração não será bem sucedido.
Clarificação: Imersão da amostra em solvente orgânico (xilol); Importante para o processo de coloração; Para que seja fácil corar as diferentes estruturas celulares para melhor e mais fácil análise do material.
Infiltração/Inclusão/Embebição: Feita utilizando parafina ou resinas plásticas; Após o endurecimento obtém-se um bloco de resina que será levado para microtomia.
Coloração (técnicas): Corantes catiônicos possuem carga positiva, caráter basofílico e coram cargas negativas como os núcleos. Ex.: Hematoxilina (corante azul). Corantes aniônicos possuem carga negativa, caráter acidofílico e coram cargas positivas como do citoplasma. Ex.: Eosina (corante róseo).
Histoquímica: Utilização de métodos químicos para localizar diferentes tipos de substâncias em tecidos.
Microscopia de fluorescência: Utilização de compostos fluorescentes com afinidade por macromoléculas celulares específicas.
Tecido epitelial:
O epitélio é uma camada de células altamente coesas que cobre ou reveste as superfícies do corpo (p. ex., pele, intestino, ductos secretórios) e formam as unidades funcionais das glândulas secretórias (p. ex., glândulas salivares, fígado). Os epitélios cobrem e revestem todas as superfícies do corpo, exceto a cartilagem articular, o esmalte dos dentes e a superfície anterior da íris. Suas funções básicas são proteção (pele), absorção (intestino grosso e delgado), transporte de materiais sobre a superfície (mediado pelos cílios), secreção (glândulas), excreção (túbulos renais), troca gasosa (alvéolos pulmonares) e deslizamento entre as superfícies (mesotélio). A maioria das células epiteliais se renova constantemente através de mitose. Os epitélios não possuem suprimento sanguíneo e linfático direto. Os nutrientes chegam por difusão. A natureza coesa de um epitélio é mantida por moléculas de adesão celular e complexos juncionais. Os epitélios ficam ancorados à lâmina basal. Eles são classificados de acordo com o formato de cada célula e na sua arrumação em uma ou mais camadas. São classificados em:
Epitélio simples, formados por somente uma camada de células e subdivididos em simples pavimentoso, simples cúbico e simples cilíndrico (ou colunar), de acordo com a altura e a largura das células. A denominação de endotélio é utilizada para designar epitélio simples que reveste os vasos sanguíneos e linfáticos. O mesotélio é o epitélio simples que reveste todas as cavidades do corpo (peritônio, pericárdio e pleura).
Epitélios estratificados são compostos por duas ou mais camadas de células. São subclassificados de acordo com o formato das células na camada superficial ou externa em estratificado pavimentoso, estratificado cúbico e estratificado cilíndrico. 
Duas categorias especiais são o epitélio pseudoestratificado e o epitélio de transição. O epitélio pseudoestratificado parece estratificado devido ao fato de os núcleos das células basais e cilíndricas serem observados em níveis diferentes, dando a impressão de organização epitelial estratificada. Porém, apenas as células cilíndricas alcançam a superfície luminal. Dentro dessa categoria encontra-se o epitélio pseudoestratificado ciliado da traqueia e o epitélio cilíndrico pseudoestratificado com esteriocílios do epidídimo. O epitélio de transição das vias urinárias também é chamado de urutélio. Uma característica desse epitélio é que sua altura varia de acordo com a distensão e contração do órgão.
A maioria das células epiteliais reveste superfícies e cavidades, apresentando três domínios:
Domínio apical: Está exposto para o lúmen ou ambiente externo;
Domínio lateral: Está voltado para as células epiteliais vizinhas, ligando umas às outras através de moléculas de adesão celulares e complexos juncionais.
Domínio basal: Está associado a lamina basal que separa o epitélio do tecido conjuntivo abaixo dela.
Diferenciações apicais: O domínio apical de algumas células epiteliais pode apresentar três tipos de diferenciação:
Cílios: A traqueia e a tuba uterina são revestidas por células epiteliais ciliadas. Nesses epitélios, a atividade ciliar é importante para a defesa local do sistema respiratório e para o transporte do óvulo fertilizado até a cavidade uterina.
Microvilosidades: Possuem forma de dedos; O epitélio intestinal e algumas porções dos néfrons renais são revestidos por células epiteliais com microvilosidades, com função absortiva.
Estereocílios: Semelhante às microvilosidades são típicos do revestimento epitelial do epidídimo e contribuem para o processo de maturação do espermatozoide que ocorre nesse órgão.
Moléculas de adesão celular: Permitem o contato célula-célula formando uma forte ligação de células semelhantes, estabilizada por junções celulares. As moléculas de adesão celular podem ser classificadas em dependentes de Ca2+ e independentes de Ca2+. As moléculas de adesão dependentes de Ca2+ consistem nas caderinas e selectinas. As moléculas independentes de Ca2+ consistem nas moléculas de adesão celular da superfamília das imunoglobulinas e integrinas.
Proteínas ADAM: Fazem a reversão da ligação celular mediada pelas integrinas à matriz extracelular. Desempenham um papel essencial na fertilização, angiogênese, neurogênese, desenvolvimento do coração câncer e doença de Alzheimer.
Junções celulares:
Junções de oclusão: Definem a polaridade celular e controlam a passagem de substâncias entre as células adjacentes. As junções de oclusão apresentam uma distribuição do tipo cinturão como uma fita amarrando internamente as células e estão associadas a filamentos de actina.
Junções de adesão ou ancoragem são divididas em três:
Zônula de adesão ou desmossomo em cinturão;
Desmossomo pontual;
Hemidesmossomo (ligam o domínio basal da célula epitelial a lamina basal).
Junções comunicantes ou gap: Permitem o intercâmbio de moléculas assinaladas com hormônios e íons, fazendo com que as células dos tecidos trabalhem de maneira coordenada.
Glândulas epiteliais:
A maioria das glândulas desenvolve-se como proliferação de células epiteliais que penetram no tecido conjuntivo subjacente. As glândulas exócrinas permanecem conectadas à superfície do epitélio por meio de um ducto excretor que transporta a secreção para o exterior. As glândulas endócrinas não têm ducto excretor, e seu produto é liberado na circulação sanguínea. As glândulas endócrinas são rodeadas por capilares fenestrados. Normalmente armazenam as secreções que sintetizam e as liberam depois de serem estimuladas por sinais químicos ou elétricos. Glândulas exócrinas e endócrinas podem ser encontradas juntas (p.ex., no pâncreas), podem formar estruturas separadas em órgãos endócrinos (tireoide, paratireoide) ou podem se apresentar como células isoladas (células enteroendócrinas).
Classificação das glândulas epiteliais: De acordo com o tipo de ducto excretor, as glândulas são classificadas em simples e ramificadas.
Mecanismos de secreção: As glândulas exócrinas também podem ser classificadas com base no modo como a secreção é liberada:
Na secreção merócrina, o produto é liberado por exocitose. Os grânulos de secreção são delimitados por uma membrana que se funde na membrana plasmática apical durante sua liberação;
Na secreção apócrina, a liberação da secreção envolve a perda parcial da porção apical da célula;
Nasecreção holócrina, a secreção corresponde à célula inteira e ao seu produto. Um exemplo são as glândulas sebáceas da pele, que produzem uma secreção denominada sebo.

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