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Prova Oral 3500 Perguntas com Respostas Livro


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PROVA ORAL 
 ÀS 
 CARREIRAS JURÍDICAS
Acácio Moraes Garcia
PROVA ORAL 
 ÀS 
 CARREIRAS JURÍDICAS
20 Disciplinas Jurídicas
3.500 Perguntas com respostas
Dados de catalogação na Publicação (CIP)
Internacional elaborada pela Bibliotecária
Maria Helena do Amorim - CRB - 14/018
Garcia, Acácio Moraes
G 217h PROVA ORAL ÀS CARREIRAS JURÍDICAS 
Acácio Moraes Garcia - Florianópolis, SC: Perguntas Jurídicas para Oral, 
Edição do Autor, 2014 - 5 - 6 
ARTE
Projeto Gráfico - Capa - Diagramação
Ativa Comunicação & Design
www.ativacriacao.com.br
1. Direito. 2. Prova Oral - Questões Jurídicas.
 CDD-340 - 371.262
Introdução ..............................................................................
CAPÍTULO I 
Caro Candidato: dúvidas que você gostaria de esclarecer: .............
CAPÍTULO II
Direito Processual Civil .............................................................
CAPÍTULO III
Direito Civil .............................................................................
CAPÍTULO IV
Direito Penal ............................................................................
CAPÍTULO V
Direito Processual Penal ............................................................
CAPÍTULO VI
Direito Tributário ......................................................................
CAPÍTULO VII
Direito Constitucional ...............................................................
CAPÍTULO VIII
Direito Administrativo ...............................................................
CAPÍTULO IX
Direito Empresarial ..................................................................
CAPÍTULO X
Direito Ambiental .....................................................................
CAPÍTULO XI
Estatuto da Criança e do Adolescente .......................................
CAPÍTULO XII
Direito do Consumidor .............................................................
SUMÁRIO
9
11
17
57
133
201
239
265
283
305
321
337
359
CAPÍTULO XIII 
Direito Eleitoral ........................................................................
CAPÍTULO XIV
Direito Difuso e Coletivo ..........................................................
CAPÍTULO XV
Lei das Falências ......................................................................
CAPÍTULO XVI
Lei de Registro Público - Registro de Imóveis .....................................
CAPÍTULO XVII
Direito Previdenciário ...............................................................
CAPÍTULO XVIII
Direito Trabalhista ....................................................................
CAPÍTULO XIX
Direito Processual do Trabalho ..................................................
CAPÍTULO XX
Ministério Público Legislação Institucional .......................................
CAPÍTULO XXI
Direito Internacional .................................................................
CAPÍTULO XXII
Perguntas de Prova Oral Modelo CESPE UNB ..................................
CAPÍTULO XXIII
Respostas Sugeridas .................................................................
375
393
407
423
467
477
495
509
519
523
539
INTRODUÇÃO
Caro Concurseiro,
 
“Não é digno de saborear o mel aquele que se afasta da colmeia com medo 
das picadelas das abelhas.” 
(Shakespeare)
Parabéns! Você está na Prova Oral!
O candidato aos Concursos às Carreiras Jurídicas que chega na Prova Oral, 
já demonstrou que está muito bem preparado.
Todavia o medo, a ansiedade, o nervosismo, a taquicardia, a gagueira emo-
cional, o vermelhidão, os “brancos”, a sudorese, a urticária, ocorrem logo 
em seguida ao momento em que você descobre que está na Oral. Não é 
verdade? (rs...)
Fique tranquilo! É normal tal reação!
Trata-se do maior medo da humanidade. O famoso medo de falar em pú-
blico, posicionado em primeiro lugar numa pesquisa norte-americana, ven-
cendo o medo da morte que está em sexto lugar.
Como na Prova Oral o ilustre candidato fica exposto à análise da Banca 
Examinadora, vale dizer, de um público de “Excelências”, o pavor aumenta 
consideravelmente.
- CALMA! O “Bicho-Papão” não é tão feio assim!
Nesses 25 anos de experiência de treinamentos com candidatos às diversas 
Provas Orais aos concursos jurídicos, o nível de aprovação daqueles que 
passaram por nosso treinamento atinge 95%, o que indica estarmos trilhan-
do o caminho certo quanto às técnicas repassadas.
Você, candidato, vem de uma longa maratona náutica, saiu de alto-mar 
 Introdução 9 
(Prova Preambular), percorreu vários quilômetros (Provas Escritas) e já está 
próximo à praia (Psicotécnico, Entrevista, Prova de Tribuna e Prova Oral).
Você está ótimo!
E não vai querer morrer na praia, vai?
Então, mãos à obra!
O simples fato de ter adquirido este livro é sinal que você quer lapidar essa 
“Pedra Bruta” que somos, para torná-la preciosa no dia da Oral.
Este livro veio para desmistificar a temível PROVA ORAL às CARREIRAS 
JURÍDICAS. Ele é muito simples e inteiramente direcionado à Prova Oral (não 
é um material recomendado às Provas Escritas) que exige respostas mais 
objetivas, seguindo a dinâmica da interação com as perguntas da Banca 
Examinadora.
Essas, por sua vez, apresentam-se ora muito simples e diretas, ora mais di-
fíceis e prolixas, igualmente como você será arguido nas Provas Orais dos 
diversos certames jurídicos.
Por favor! Não despreze a simplicidade que este livro deseja lhe transmitir! 
Isto será muito útil naqueles momentos que você precisar de uma diretriz 
para completar a sua resposta à augusta Banca Examinadora. 
Muitos de nossos ex-alunos, hoje Juízes, Promotores de Justiça, Procuradores 
Federais, Delegados de Polícia, Defensores Públicos, Cartorários e outros 
concursos públicos que exigem a Prova Oral, foram unânimes em afirmar 
que mais de 80% das perguntas formuladas na Oral, foram iguais ou muito 
semelhantes a essas que seguem. (Quando você tiver tempo, leia depoi-
mentos dos aprovados por todo Brasil no SITE - www.AcacioGarcia.com.br 
ou www.ProvaOral.com.br - e reconhecerá muitos de seus antigos amigos 
concurseiros, hoje atuando nas suas comarcas e felizes por terem participado 
de nossos simulados para a Oral, Prova de Tribuna e Entrevista).
Este livro possui um conteúdo que atende as demandas dos concurseiros, 
ao se prepararem para as diversas áreas jurídicas dos concursos públicos 
que exigem a Oralidade no certame.
10 Acácio Moraes Garcia - Prova Oral às Carreiras Jurídicas
Caro Candidato: dúvidas que 
você gostaria de esclarecer:
Selecionamos as perguntas mais requisitadas nas Provas Orais de todo 
Brasil, nos diversos certames para as carreiras jurídicas, uma vez que a maio-
ria dos concurseiros prestam exames e/ou estão em diferentes concursos.
1. Estou em duas, três ou mais Provas Orais, o que devo fazer?
R. Sorte sua! Parabéns! Você só vai tomar posse numa delas.
Qual é a sua vocação? Magistratura Federal, Magistratura Trabalhista, 
Magistratura Estadual, Ministério Público Federal, Ministério Público Traba-
lhista, Ministério Público Estadual, Procurador Federal - AGU, Defensoria 
Pública, Cartorário, Delegado da Polícia Federal ou outros tão importantes?
Analise e veja qual delas mais tem a ver com a sua personalidade. O que o 
seu coração pede?
Você sabia que o coração é a sede das emoções? E que a Prova Oral é 
pura Emoção?
PREPARE-SE!
2. Quais disciplinas devo estudar mais?
R. Estude profundamente todas as disciplinas contidas no Edital de seu con-
curso. Lembre-se: Penal, Processo Penal, Civil e Processo Civil são funda-
mentais para algumas áreas como: Magistratura e Ministérios Público Esta-
duais. Eu costumo brincar dizendo que nessesconcursos “CAI TUDO!” Você 
precisa ser um especialista nas disciplinas principais e um generalista em 
todas as outras secundárias.
3. Basta ler as perguntas e respostas desse livro e já estou preparado 
para a Oral?
R. Não, você precisa de algumas técnicas importantes que devem acompa-
nhar essa leitura preparatória:
a) Programe um plano de estudos abrangendo todas as matérias contidas no 
seu Edital;
b) Divida as matérias por tempo, ou conforme você esteja acostumado a 
estudar, mas não deixe disciplinas novas para as vésperas da Prova Oral;
12 Acácio Moraes Garcia - Prova Oral às Carreiras Jurídicas
c) Estude nos diversos ramos do direito aquilo que se refere à sua profissão. 
Por exemplo: a Oral é para o Ministério Público, então estude todos os artigos, 
em todas as disciplinas, referentes a atuação do MP, faça o mesmo para a 
Magistratura, etc.
d) Ao se preparar para a Oral lembre-se que a Banca Examinadora analisa 
mais o seu equilíbrio emocional, sua postura, seus gestos, seu semblante 
calmo e natural, seu tom de voz, firme, forte e alternado, do que propriamen-
te, a parte jurídica (nem por isso, queira fazer um fiasco jurídico). 
Fórmula para passar na Oral: 
Equilíbrio emocional + Postura de Campeão vencedor + Voz firme, forte e 
alternada + Conhecimento Jurídico = APROVAÇÃO e POSSE!
e) Ao estudar para a Prova Oral, fale em voz alta, lendo as perguntas e 
respostas, alternando a voz, pronunciando pausadamente, 15 (quinze) 
minutos por dia, sempre escutando a sua própria voz. Se possível, grave seu 
Simulado! Ao realizar tal tipo de escuta, você não trocará as respostas. Essa 
técnica lhe ajudará no dia da Oral a falar claro e com naturalidade.
4. É bom participar de um Curso Simulado à Oral?
R. Claro que sim! Nele, após vários ensaios, você poderá ver-se no 
FEEDBACK das filmagens e corrigir as imperfeições. 
5. E se eu não puder participar de um Curso Simulado?
R. Treine em casa com um colega ou com um familiar, que vai lhe pergun-
tando e acompanhando as respostas, corrigindo onde necessitar. Se você 
conseguir filmar, melhor ainda! Depois assista à gravação.
6. O que devo fazer se estiver muito cansado e estressado?
R. Pare de estudar! Dê uma caminhada, pratique um esporte, musculação, 
namore, pesque, ria, vá ao teatro, dance, em outras palavras: RELAXE! Você 
pode ter certeza, que após uma atividade dessas citadas, o aprendizado 
fluirá melhor! Não permita que o estresse vire numa depressão! Lembre-se: 
A calma e a tranquilidade são 60% para você passar na Oral.
7. O que é que os Examinadores analisam mais na Oral?
R. Muito mais do que o conhecimento jurídico, os Examinadores avaliam: 
seu equilíbrio emocional, seu comportamento em lidar sob pressão e o tem-
 Dúvidas para esclarecer 13 
peramento do futuro Magistrado, Promotor de Justiça, Procurador, etc, nos 
questionamentos do seu dia-a-dia.
8. Eu posso discutir com a Banca se a pergunta for hostil e o Examina-
dor mau-humorado?
R. JAMAIS! Não entre no tensor dramático da Banca, ele ou eles estão so-
mente lhe examinado no que tange ao seu equilíbrio emocional. Demonstre 
sua educação e passe um ar que você está de bem com a vida, valorizando 
bastante estar na Prova Oral.
9. Como faço para eliminar os cacoetes, aqueles vícios de linguagem 
repetitivos nas gravações: “Né, daí, tá, certo, é quando, é , ih, assim 
oh, a gente e outros”?
R. Faça uma pausa silenciosa de um segundo antes de cada pergunta, ou 
nos pontos finais entre uma explicação e outras respostas. (mentalmente en-
gula as famosas “muletas”).
10. Posso esticar a resposta, “chutar” ou improvisar, se eu não souber 
o assunto?
R. Não. Você vai entrar por caminhos obscuros e certamente irá se atrapa-
lhar e passar uma impressão que agirá assim mais tarde como profissional 
da área jurídica.
11. Qual o tratamento à Banca Examinadora que devo usar durante a 
Oral, Entrevista ou Prova de Tribuna?
R. É o nosso tratamento jurídico do dia-a-dia forense, ou seja: “Excelência” 
ou se dirigir a ele: “Vossa Excelência”. Evite chamar por: Doutor, Senhor, 
Você, Desembargador, Procurador e outros.
12. Devo chamá-lo de Excelência, sempre antes da minha resposta?
R. Não. Use à medida que você achar conveniente, para não se tornar tam-
bém, um vício repetitivo.
13. O que faço se durante a Prova Oral, ocorrer taquicardia, nervosis-
mo, “branco”, vermelhidão, sudorese, gagueira emocional e outros?
R. Faça o seguinte: Disfarçadamente, “Aperte uma mão à outra, sinta os pés 
no chão, inspire pelas narinas, como se estivesse cheirando uma rosa, solte 
14 Acácio Moraes Garcia - Prova Oral às Carreiras Jurídicas
o ar pela boca, como se estivesse assoprando uma vela”, (cuidado com 
o microfone em frente à sua boca, para não ocasionar ruídos estranhos). 
Pratique essa técnica várias vezes antes de ir para a Oral.
14. Se durante a Prova oral eu perceber que estou conceituando uma res-
posta erroneamente, posso pedir desculpas, perdão ou coisa parecida?
R. Não fica bem! Use uma frase elegante: “Excelência, realmente, laborei 
em equívoco. Vossa Excelência me permite que eu retifique a resposta? “
15. Se eu estiver muito nervoso, desequilibrado, posso chorar, cair em 
prantos, se houver uma pressão psicológica por parte dos examinadores?
R. Não. Pois assim você transmitirá uma péssima impressão. Certamente 
não será aprovado. Trata-se de uma profissão de líder, de alguém que passa 
firmeza e transmita confiança. 
16. Tudo bem, mas como é que me comporto se der vontade de chorar?
R. Use a mesma técnica explicada na questão de número 13, uma, duas, três 
vezes, até retornar ao equilíbrio emocional natural.
17. Existe alguma Fórmula para passar na Oral?
R. Sim. 
P + I + E + C = Fé
“...Caro Candidato, 
Além dessas Dicas, nossa experiência em Prova Oral aconselha você dividir 
seus estudos: 80% na Lei Seca e 20% nas Súmulas, Jurisprudências e Dou-
trinas.
Após estudar e ensaiar várias v ezes todo o conteúdo do EDITAL de seu Con-
curso use a famosa Lei da Atração:
Pensamento Positivo + Imaginação Positiva + Emoção Positiva + Convicção 
Positiva. 
Com ela forme a sua FÉ para impulsionar o seu Poder EXTRA e veja o seu 
Sonho se tornar uma REALIDADE.
SUCESSO!
 Dúvidas para esclarecer 15 
Direito Processual Civil
1. As formas de tutela jurisdicional têm por matéria-prima só o direito 
material? 
R. A tutela jurisdicional e o direito material se relacionam, mas não se con-
fundem, podem ser influenciadas por outros princípios, como a segurança e 
a efetividade.
2. A ausência das condições da ação pode ser aferida de ofício pelo 
juiz?
R. Sim, elas podem ser conhecidas de ofício em qualquer tempo e grau de 
jurisdição (arts. 267, §3º e 301, §4º, do CPC).
3. Para Liebman, qual seria a teoria eclética ou mista do direito de 
ação?
R. A ação constitui o direito a um julgamento de mérito. O Direito Processual 
Civil tem como cerne esta teoria, uma vez que as condições da ação são 
pressupostos para um julgamento de validade e de mérito.
4. Quando é que existe o direito a ação?
R. O direito de ação só haverá, quando existir o direito material a tutelar.
5. Quando o litisconsórcio unitário é necessário?
R. O litisconsórcio unitário será necessário: pela natureza da relação jurídica 
deduzida em juízo ou por expressa disposição de lei.
6. Qual a diferença entre processo e procedimento?
R. Processo é a relação jurídica entre autor, juiz e réu; já o procedimento é o 
instrumento por meio do qual se materializa o processo.
7. Quando o juiz dará curador especial ao incapaz?
R. Quando não houver representante legal, ou se os interesses deste colidi-
rem com os daquele, e ao réu preso, bem como ao revel citado por edital 
ou com hora certa. Nas comarcas onde houver representante judicial de 
incapazes ou de ausentes, a este competiráa função de curador especial. 
(art. 9º do CPC).
18 Acácio Moraes Garcia - Prova Oral às Carreiras Jurídicas
8. Ao executado citado por edital ou por hora certa o juiz nomeará 
curador especial?
R. Sim, se ele permanecer revel e ele terá legitimidade para a apresentação 
de embargos, conforme Súmula 196 do STJ.
9. Quando se verifica a litispendência?
R. Quando se repete ação com os mesmos elementos de outra já proposta 
em trâmite, isto é, com a mesma identidade de parte, causa de pedir e pedi-
do de outra ação em curso.
10. Pode-se aplicar os efeitos da revelia quando o autor deixar de juntar 
instrumento público que a lei considere essencial para a prova do ato?
R. Não, consoante determina o art. 320, inciso III, do CPC, afasta os efeitos 
da revelia “se a petição inicial não estiver acompanhada do instrumento pú-
blico, que a lei considere indispensável à prova do ato”.
11. Quando inicia fluir a citação através de carta de ordem?
R. O prazo para a defesa se inicia quando da juntada aos da carta de ordem 
devidamente cumprida. (art. 241, inciso IV, CPC).
12. A demora na realização do ato citatório, por circunstâncias atri-
buíveis à deficiência judiciária, justifica o acolhimento de prescrição e 
decadência?
R. Não. A Súmula 106 do STJ é nesse sentido.
13. Aplica-se os efeitos da revelia havendo pluralidade de réus, se 
algum deles contestar a ação?
R. A revelia não opera os regulares efeitos, conforme art. 320, inciso I, do 
CPC, se havendo pluralidade de réus, algum deles contestar a ação.
14. O foro do domicílio ou da residência do alimentando é o compe-
tente para a ação de investigação de paternidade, quando cumulada 
com a de alimentos?
R. Sim, consoante SÚMULA 01 do STJ. Ver o art. 100, inciso II, do CPC.
 Direito Processual Civil 19 
15. O autor poderá demandar declaração incidente sem nova citação 
do réu?
R. Não. Conforme norma ínsita no art. 321 do CPC.
16. A sentença prolatada na ausência de um litisconsorte necessário 
é eficaz?
R. Não, Conforme art. 47 do CPC, o juiz decidirá a lide de forma uniforme 
para todas as partes, vale dizer: a eficácia da sentença dependerá da citação 
de todos os litisconsorte no processo. 
17. O que é litisconsorte por afinidade?
R. É aquele em que os interesses dos litisconsortes derivam do mesmo funda-
mento de fato ou de direito. (art. 46, inciso II, CPC).
18. É necessário o consentimento do outro consorte para a propositu-
ra de ações que tenham por objeto o reconhecimento, a constituição 
ou a extinção de ônus sobre imóveis?
R. Sim, conforme o art. 10, §1º, inciso IV do CPC, ambos os cônjuges serão 
necessariamente citados para as ações que tenham por objeto o reconhe-
cimento, a constituição ou a extinção de ônus sobre imóveis de um ou de 
ambos os cônjuges, independentemente do regime do casamento.
19. Na intervenção de terceiros o réu tem o dever de nomear à auto-
ria?
R. Sim, sob pena de responder por perdas e danos aquele que tinha a incum-
bência de realizá-la, essa responsabilidade é subjetiva.
20. Quando a nomeação à autoria é presumidamente aceita?
R. Quando o autor, devidamente intimado, nada requereu, deixando fluir o 
lapso temporal dentro do qual deveria manifestar-se a respeito, bem como 
nas situações em que o nomeado não compareceu aos autos ou, fazendo-se 
neles presente, não contrariar a nomeação formulada. (art. 68, inciso I do 
CPC) E ainda, se “o nomeado não comparecer, ou, comparecendo, nada 
alegar.” (Inciso II do art. 68 do CPC).
20 Acácio Moraes Garcia - Prova Oral às Carreiras Jurídicas
21. Quando o Ministério Público atua na condição de parte PRO 
POPULO?
R. O Ministério Público intervém como parte PRO POPULO com legitimação 
ordinária na tutela de interesses e direitos transindividuais como nas ações 
direta de inconstitucionalidade, ação rescisória, ação de anulação de atos 
judiciais, ação de anulação de matrícula de registro imobiliário, ação de 
reparação de dano ambiental.
22. Numa ação reivindicatória, o réu, arguiu em defesa a usucapião 
especial de terras rurais, denominada usucapião PRO LABORE, e pleiteou, 
ainda na contestação, o reconhecimento do domínio. Neste caso, é 
necessário a intervenção do Ministério Público?
R. Sim, é obrigatória, porque é inegável o interesse público. (art. 944 do CPC).
23. O membro do Ministério Público estará sujeito à arguição de 
suspeição, no processo contencioso, quando, sendo parte , receber 
dádivas depois de iniciado o processo?
R. Sim, consoante art. 135, inciso I, do CPC, é aplicável quando ele postula 
como parte principal, por força do art. 138, inciso I, segunda parte do CPC.
24. É possível a intervenção de terceiros no procedimento sumário? 
Há alguma exceção? 
R. No procedimento sumário não são admissíveis a ação declaratória inci-
dental e a intervenção de terceiros, salvo a assistência, o recurso de terceiro 
prejudicado e a intervenção fundada em contrato de seguro. Art. 280 do 
CPC.
25. O que se entende por extensão ou direção da cognição vertical e 
horizontal?
R. A cognição pode ser analisada em duas direções: no sentido horizontal, 
quando a cognição pode ser plena ou parcial; e no sentido vertical, em que 
a cognição pode ser exauriente, sumária e superficial.
No plano horizontal (extensão ou amplitude), a cognição tem por limite os 
elementos objetivos do processo (trinômio: questões processuais, condições 
da ação e mérito). Limitada será, por outro lado, quando ocorrer alguma 
limitação ao espectro de abrangência da cognição, ou seja, quando algum 
dos elementos do trinômio for eliminado da atividade cognitiva do juiz.
 Direito Processual Civil 21 
26. É possível a cumulação de diversos pedidos em um mesmo processo? 
Mesmo que não haja conexão entre eles?
R. É permitida a cumulação, num único processo, contra o mesmo réu, de 
vários pedidos, ainda que entre eles não haja conexão. Art. 292 do CPC.
27. Quais os requisitos para a cumulação?
R. São requisitos de admissibilidade da cumulação:
I - que os pedidos sejam compatíveis entre si;
II - que seja competente para conhecer deles o mesmo juízo;
III - que seja adequado para todos os pedidos o tipo de procedimento.
§ 2º Quando, para cada pedido, corresponder tipo diverso de procedimen-
to, admitir-se-á a cumulação, se o autor empregar o procedimento ordiná-
rio. 292, § 1º do CPC.
28. O que é jurisdição?
R. “É a função que coube ao Judiciário de dizer o direito no processo de 
conhecimento e, quando necessário, de realizá-la coativamente no processo 
de execução” Arruda Alvim;
“É função exercida pelo Estado através de agentes adequados, com vista à 
solução imperativa de conflitos interindividuais ou supra-individuais e aos 
demais escopos do sistema processual” Dinamarco;
“Função do Estado de atuar a vontade concreta da lei com o fim de obter a 
justa composição da lide” Alexandre Câmaras;
“É uma das funções do Estado, mediante a qual este se substitui aos titulares 
dos interesses em conflito para, imparcialmente, buscar a pacificação do 
conflito que os envolve, com Justiça” Ada Ginover.
29. Quais são os tipos de processo (segundo o tipo de resultado dese-
jado pela parte)?
R. Conhecimento/cognição – parte afirma ter direito e pede seu reconheci-
mento pelo judiciário.
Execução – atuação material, busca resultado prático, fisicamente.
Cautelar – proteger a eficácia do processo principal.
22 Acácio Moraes Garcia - Prova Oral às Carreiras Jurídicas
30. Argumente a diferenciação entre processo e procedimento?
R. Processo decorre da relação jurídica processual entre sujeitos e as suas 
finalidades; procedimento são noções de movimento da relação processual 
no tempo. Processo é a relação jurídica entre autor, juiz e réu; já o procedi-
mento é o instrumento por meio do qual se materializa o processo.
Processo é o instrumento do Estado e partes para buscar solução de conflitos(visa um fim); e procedimento é o rito, a organização encadeada dos atos 
processuais do início ao fim do processo.
31. O que é competência absoluta?
R. É aquela prevista na norma que determina que a competência seja consi-
derada improrrogável, não podendo ser modificada. A incompetência abso-
luta deve ser declarada de ofício e pode ser alegada em qualquer tempo e 
grau de jurisdição, independentemente de exceção (art. 113, CPC).
32. Quais as espécies de competência absoluta no CPC?
R. A competência é considerada absoluta, em princípio, quando fixada em 
razão da matéria, em razão da pessoa ou pelo critério funcional. 
Competência absoluta: 
- matéria
- em razão qualificação das partes
- funcional/hierarquia 
Competência relativa:
- Território
- Valor
 
33. Cite as hipóteses de indeferimento da petição inicial.
R. Conforme determina o Art. 295 do CPC. A petição inicial será indeferida: 
I - quando for inepta; 
II - quando a parte for manifestamente ilegítima; 
III - quando o autor carecer de interesse processual; 
IV - quando o juiz verificar, desde logo, a decadência ou a prescrição (art. 219, § 5º do CPC); 
V - quando o tipo de procedimento, escolhido pelo autor, não corresponder 
à natureza da causa, ou ao valor da ação; caso em que só não será indefe-
rida, se puder adaptar-se ao tipo de procedimento legal; 
VI - quando não atendidas as prescrições dos arts. 39, parágrafo único, 
primeira parte, e 284 do CPC. 
 Direito Processual Civil 23 
34. Quais as formas de resposta do réu?
R. O réu poderá oferecer, no prazo de 15 (quinze) dias, em petição escrita, 
dirigida ao juiz da causa, contestação, exceção e reconvenção.
Mas doutrina aponta outras formas/condutas possíveis:
a. omissão: revelia
b. rendição: reconhecimento do pedido
c. defesa: contestação e exceção
d. pedido: reconvenção e declaratória incidental e
outras reações: impugnação do valor da causa e intervenção de terceiros. 
(Art. 297 do CPC).
35. Quando os fatos não dependem de prova? 
R. Não dependem de prova os fatos:
I - notórios;
II - afirmados por uma parte e confessados pela parte contrária;
III - admitidos, no processo, como incontroversos;
IV - em cujo favor milita presunção legal de existência ou de veracidade. (Art. 
334 do CPC.)
36. Como pode ser classificado o litisconsórcio?
R. Facultativo e necessário – quanto a obrigatoriedade;
unitário e simples – quanto ao resultado da lide aos litisconsortes;
Inicial e ulterior – quanto ao tempo de formação.
37. O que é juízo de retratação e quando ele é cabível?
R. É a possibilidade do juiz modificar a decisão que tomou anteriormente em 
razão da argumentação da parte. Juízo de retratação é a autorização legal 
para que o magistrado “volte atrás” em sua decisão, antes de submeter o 
recurso para a instância superior.
O juízo de retratação pode ser localizado nos seguintes recursos cíveis:
a) apelação, art. 296 do CPC e art. 198, inc. VII, do ECA.
b) agravo de instrumento, art. 529 do CPC;
c) agravo retido, art. 523 do CPC;
d) embargos infringentes, art. 530 do CPC; 
24 Acácio Moraes Garcia - Prova Oral às Carreiras Jurídicas
38. O que é recurso adesivo? Em quais espécies de recurso ele é 
cabível?
R. Cada parte interporá o recurso, independentemente, no prazo e obser-
vadas as exigências legais. Sendo, porém, vencidos autor e réu, ao recurso 
interposto por qualquer deles poderá aderir a outra parte. O recurso adesivo 
fica subordinado ao recurso principal e se rege pelas disposições seguintes:
I - será interposto perante a autoridade competente para admitir o recurso 
principal, no prazo de que a parte dispõe para responder;
II - será admissível na apelação, nos embargos infringentes, no recurso extra-
ordinário e no recurso especial; 
III - não será conhecido, se houver desistência do recurso principal, ou se for 
ele declarado inadmissível ou deserto. (Art. 500 do CPC).
39. Em que hipóteses o Ministério Público tem legitimidade para 
recorrer no CPC?
R. O recurso pode ser interposto pela parte vencida, pelo terceiro prejudica-
do e pelo Ministério Público.
§ 1º Cumpre ao terceiro demonstrar o nexo de interdependência entre o seu 
interesse de intervir e a relação jurídica submetida à apreciação judicial.
§ 2º O Ministério Público tem legitimidade para recorrer assim no processo 
em que é parte, como naqueles em que oficiou como fiscal da lei. (499, §2, do CPC).
40. Quais as hipóteses de julgamento conforme o estado do processo?
R. Da Extinção do Processo; Do Julgamento Antecipado da Lide e Da 
Audiência Preliminar (conciliação). 
43. Quem é legitimado para impetrar MS coletivo?
R. O mandado de segurança coletivo pode ser impetrado por partido políti-
co com representação no Congresso Nacional, na defesa de seus interesses 
legítimos relativos a seus integrantes ou à finalidade partidária, ou por or-
ganização sindical, entidade de classe ou associação legalmente constituída 
e em funcionamento há, pelo menos, 1 (um) ano, em defesa de direitos 
líquidos e certos da totalidade, ou de parte, dos seus membros ou associa-
dos, na forma dos seus estatutos e desde que pertinentes às suas finalidades, 
dispensada, para tanto, autorização especial.
 Direito Processual Civil 25 
44. Cabe interposição de embargo infringente em MS?
R. Não: art. 25 da L. 12.016/09
Art. 25. Não cabem, no processo de mandado de segurança, a interposição 
de embargos infringentes e a condenação ao pagamento dos honorários 
advocatícios, sem prejuízo da aplicação de sanções no caso de litigância de 
má-fé. 
45. Segundo a lei 12.016/09 em que casos não cabe MS?
R. Art. 5º Não se concederá mandado de segurança quando se tratar: 
I - de ato do qual caiba recurso administrativo com efeito suspensivo, inde-
pendentemente de caução; 
II - de decisão judicial da qual caiba recurso com efeito suspensivo; 
III - de decisão judicial transitada em julgado. 
46. Quem é equiparado à autoridade para efeitos de MS?
R. Equiparam-se às autoridades, para os efeitos desta Lei, os representantes 
ou órgãos de partidos políticos e os administradores de entidades autárqui-
cas, bem como os dirigentes de pessoas jurídicas ou as pessoas naturais no 
exercício de atribuições do poder público, somente no que disser respeito a 
essas atribuições. (Art. 1º, §1º da L. 12.016/09).
47. Pode ser impetrado MS por email? Em qualquer hipótese?
R. Sim: Art. 4º. em caso de urgência.
Art. 4º Em caso de urgência, é permitido, observados os requisitos legais, 
impetrar mandado de segurança por telegrama, radiograma, fax ou outro 
meio eletrônico de autenticidade comprovada. 
§ 1º Poderá o juiz, em caso de urgência, notificar a autoridade por telegra-
ma, radiograma ou outro meio que assegure a autenticidade do documento 
e a imediata ciência pela autoridade. 
§ 2º O texto original da petição deverá ser apresentado nos 5 (cinco) dias 
úteis seguintes.
48. Quais são as espécies de intervenção de terceiros?
R. As intervenções de terceiros podem ocorrer sob cinco formas distintas, a 
saber: a assistência, a oposição, a nomeação a autoria, a denunciação da 
lide e o chamamento ao processo. (arts. 50, 56, 62, 70, 77 do CPC).
26 Acácio Moraes Garcia - Prova Oral às Carreiras Jurídicas
49. Qual a diferença entre legitimidade e capacidade?
R. A capacidade é abstrata, é uma condição genérica da pessoa. Capacida-
de para atos da vida civil, capacidade para estar em juízo.
A legitimidade deve ser considerada de acordo com um caso concreto. A 
pessoa deve ser titular de um referido direito.
50. O que é Legitimidade da Parte?
R. Significa que ninguém pode ser parte do processo se não tiver vinculado 
ao direito material nele discutido. Pode ser Ordinária: A parte demanda em 
nome próprio defendendo direito próprio, conforme art. 6º do CPC. - Extra-
ordinária ou substituição processual, aonde a parte demanda em nome pró-
prio direito alheio.A exemplo do Ministério Público defendendo os direitos 
dos idosos (art. 74 da Lei 10.741/2003). 
51. O que vem a ser a expressão JUROS NO PÉ no Contrato?
R. Quando na compra de um imóvel os juros já estão embutidos no início da 
obra. (Como exemplo o CUB dos materiais de construção, antes de iniciar a 
obra. O STJ tem entendido que é cabível).
52. O incapaz pode reconhecer um filho sem ser assistido?
R. Sim. O incapaz pode fazer por testamento, reconhecendo-o. CC 1.860 
c/c art. 26 do ECA.
53. Quando se suspende um Processo?
R. Pela morte ou perda processual da capacidade; pela convenção das par-
tes; quando for oposta a exceção de incompetência do Juiz; quando a sen-
tença for de mérito. (art. 265 CPC).
54. Durante a suspensão é defeso qualquer ato processual?
R. Sim, mas o Juiz determinará a realização de Atos Urgentes a fim de evitar 
dano irreparável. (art. 266 CPC).
55. Quando se extingue o Processo sem resolução do mérito?
R. Quando o Juiz indeferir a Petição; quando ficar parado por mais de um 
ano; quando não promover os atos determinados pelo Juiz; quando o Juiz 
acolher a perempção, litispendência e a Coisa Julgada. (art. 267 CPC).
 Direito Processual Civil 27 
56. O que é Procedimento Sumário?
R. Quando o Valor não exceder 60 vezes o valor do salário mínimo; Nas 
causas qualquer que seja o valor: arrendamento rural e de parceria agrícola; 
Cobrança de condomínio; Ressarcimento de danos em acidentes de veículos 
de via terrestre; Cobrança de Seguros; Honorários de Profissionais liberais.
57. Qual é o papel do Juiz na formação do Processo Civil?
R. O Processo Civil começa por iniciativa das partes, mas se desenvolve por 
impulso oficial. (art. 262 CPC).
58. No Procedimento Sumário, como o Juiz deve proceder?
R. O Juiz designará Audiência de Conciliação no prazo de 30 dias, cita o réu 
com antecedência de 10 dias. (art. 277, CPC).
59. No Procedimento Sumário se o réu não comparecer a audiência, 
o que acontece?
R. Reputar-se-ão verdadeiros os fatos alegados. (277 § 1º, CPC).
60. O magistrado pode declarar de Ofício as cláusulas abusivas, 
conforme Sumula do STF?
R. É vedado ao magistrado declarar de Ofício as cláusulas abusivas.
61. E com relação a Cláusula do foro de Eleição?
R. Não há vedação (art. 112 parágrafo único do CPC) desde que conside-
rado a abusividade.
62. Onde será processado a execução de título executivo extrajudicial 
de valor inferior a quarenta salários-mínimos?
R. No Juizado Especial Civil, em consonância com a Lei Nº 9.099/95.
63. No Juizado Especial Civil, após efetuada a penhora como deve 
proceder o devedor?
R. Ele será intimado a comparecer à audiência de conciliação, quando poderá 
oferecer embargos, por escrito ou verbalmente. (art. 53, §1° Lei 9.099/95).
28 Acácio Moraes Garcia - Prova Oral às Carreiras Jurídicas
64. No Juizado Especial Civil, o maior de 18 anos poderá ser autor e 
necessita de assistência? 
R. O maior de dezoito anos poderá ser autor, independentemente de assis-
tência, inclusive para fins de conciliação. (art. 8º § 2º da Lei 9.099/95)
65. Como será o recurso da sentença do juizado Especial Civil?
R. A sentença, excetuada a homologatória de conciliação ou laudo arbitral, 
caberá recurso para o próprio juizado e será julgado por uma turma de 3 
juízes togados, em exercício no primeiro grau de jurisdição, reunidos na sede 
do juizado. (art. 41 L. 9.099/95).
66. É admissível qualquer forma de intervenção de terceiro na Lei 
nº 9.099/95?
R. Não é admissível qualquer forma de intervenção de terceiro nem de as-
sistência. Admitir-se-á, no entanto, o litisconsórcio. (art. 10 - L. 9.099/95).
67. Cabe Ação rescisória na Lei 9.099/95?
R. Não. (art. 59 L. 9.099/95).
68. No procedimento da Lei 9.099/95, os Embargos de Declaração 
interrompem o prazo para a interposição de outros recursos?
R. Não. – Quando interpostos contra a sentença os embargos de declaração 
suspenderão o prazo para o recurso. (art. 50 - L. 9.099/95).
69. Nas sentenças proferidas na (L. 9.099/95) o relatório é imprescindível?
R. Não, os elementos de convicção do juiz, com breve resumo dos fatos 
relevantes ocorridos em audiência, dispensado o relatório, devendo o juiz 
proferir sempre sentença líquida, ainda que genérico o pedido. (art. 38 L. 
9.099/95).
70. Na (L. 9.099/95) a sentença de primeiro grau condenará o venci-
do às custas e honorários advocatícios?
R. Não. A sentença de primeiro grau não condenará o vencido em custas e 
honorários de advogado, ressalvado os litigantes de má fé. (art. 55 . Caput 
- L. 9.099/95).
 Direito Processual Civil 29 
71. É facultado ao autor optar por litigar perante os juizados Especiais 
ou na Justiça Comum?
R. Sim. A parte pode optar pelo rito sumário do CPC, ou o rito sumaríssimo, 
adotado pelo Juizado Especial. Este foi criado em razão de política legislati-
va, visando a ampliação do acesso à justiça. (Art. 3º da L.9.099/95).
72. Os atos processuais na (L. 9.099/95) só serão realizados durante 
o dia?
R. Não. Os atos processuais são públicos e poderão ser realizados durante o 
horário noturno, conforme dispuserem as normas de organização judiciária. 
(art. 12 L. 9.099/95).
73. Quando as partes na (L. 9.099/95) poderão comparecer pessoal-
mente ou acompanhado de advogado?
R. Nas causas de valor até 20 salários mínimos, as partes poderão com-
parecer pessoalmente, e nas de valor superior deverão estar assistidas por 
advogado. (art. 9° L. 9.099/95).
74. Na ação civil pública a sentença fará coisa julgada ERGA OMNES?
R. Sim, exceto se a ação for julgada improcedente por deficiência de provas.
75. É absoluto o princípio da indisponibilidade do direito material dis-
cutido no inquérito civil ou na ação civil pública?
R. Não é absoluto. Dependendo do caso concreto, pode haver transação 
entre o MP e o indiciado ou réu.
76. Quem pode recorrer das sentenças e decisões proferidas contra o 
autor da ação popular e suscetíveis de recurso?
R. Poderá recorrer qualquer cidadão e também o MP. (art. 19 §2º, da 
L.4.717/65).
77. Por quem pode ser proposta a ação popular?
R. Pelo cidadão eleitor, em face de autoridade, funcionários ou administra-
dores praticantes do ato impugnado, e dos beneficiários diretos deste.
30 Acácio Moraes Garcia - Prova Oral às Carreiras Jurídicas
78. Em MS cabem Embargos Infringentes do Acórdão?
R. Não cabem Embargos Infringentes de Acórdãos que, por maioria, der 
provimento à Apelação.
79. Por quem pode ser proposta a ação civil pública?
R. Pelo MP, pelos Estados e Municípios, por autarquias, empresas públicas, 
fundação, sociedade de economia mista ou por associação constituída a 
mais de um ano nos termos da lei civil e que inclua entre suas finalidades 
institucionais, a proteção ao meio ambiente, ao consumidor, ao patrimônio 
artístico, estético, histórico, turístico e paisagístico ou qualquer outro interes-
se difuso ou coletivo.
80. Qual a diferença da Pessoa jurídica de direito público devidamente 
citada, na ação civil pública e na ação popular?
R. Na ação popular, a pessoa jurídica de direito público, apesar de ter sido 
citada como ré na demanda, pode eximir-se dessa posição processual e co-
locar-se ao lado do autor, pugnando pela precedência do pedido, o que não 
ocorre na ação civil pública.
81. No Procedimento Sumário, como o Juiz deve proceder?
R. O Juiz designará Audiência de Conciliação no prazo de 30 dias, cita o réu 
com antecedência de 10 dias. (art.277 CPC).
82. Quem não poderão ser partes no Juizado Especial Civil? 
R. “Não poderão ser partes, no processo instituído por esta Lei, o incapaz, 
o preso, as pessoas jurídicas de direito público, as empresas públicas da 
União, a massa falida e o insolvente civil. (art. 8º. da Lei 9.099/95).
83. É permitida conciliação em ação civil pública destinada à defesa 
do patrimônio público?
R. Não. É vedada a transação,acordo ou conciliação nessa ação, destinada 
à defesa do patrimônio público, contra atos de improbidade administrativa.
84. A sentença concessiva do mandado fica sujeita ao duplo grau de 
jurisdição?
R. Sim, mas pode ser executada provisoriamente.
 Direito Processual Civil 31 
85. Como ficam a sentença de mérito proferida nos autos de ação civil 
pública, com preclusão dos prazos para recurso?
R. A declaração nela contida jamais, em nenhuma hipótese, mesmo havendo 
prova nova, poderá ser modificada.
86. Quem tem legitimidade ativa para propositura da ação popular 
ambiental?
R. Os brasileiros e os estrangeiros residentes no país.
87. A separação e o codicilo pertencem a qual procedimento?
R. Procedimentos especiais de jurisdição voluntária, de acordo com a siste-
mática adotada pelo CPC.
88. O pedido de levantamento de interdição poderá ser feito por 
quem?
R. Pelo próprio interditado e apensado aos autos da interdição, cessando 
assim, a causa de pedir.
89. Como se realiza o procedimento de jurisdição voluntária?
R. No procedimento de jurisdição voluntária, por provocação do interessado, 
todos os demais interessados serão citados, sob pena de nulidade.
90. Como Fiscal da Lei o que pode fazer o MP?
R. Ele pode recorrer, constituir provas e agir como qualquer outra parte.
91. O que é a Decadência?
R. É a perda do direito potestativo é a perda da ação processual do direito.
92. Dê duas intervenções de terceiros e suas características?
R. Nomeação à autoria e denunciação da lide. Nomeação a autoria aque-
le que não é o proprietário, Na denunciação à lide é caso da solidariedade.
93. No Processo civil quando cabe ao MP intervir?
R. Nos casos concernentes ao estado das pessoas, pátrio poder, tutela, cura-
tela, interdição, casamento, declaração de ausência, e disposição de última 
vontade. (Art. 82, I, II e III do CPC).
32 Acácio Moraes Garcia - Prova Oral às Carreiras Jurídicas
94. Ocorrendo conflito negativo de competência, para medidas ur-
gentes, quem será o juiz competente? O suscitante ou o suscitado?
R. Será competente, alternadamente os dois.
95. Ao réu preso, citado pessoalmente, há necessidade de se nomear 
Curador especial?
R. Sim. E ele curador especial, terá a incumbência de contestar o feito, sen-
do-lhe vedado manifestar-se contrariamente àquele que representa. (Art. 9º, 
II - CPC).
96. A quem cabe proceder o inventário e partilha de bens situados no 
Brasil, de um estrangeiro que tenha residido fora do território nacional?
R. Compete à autoridade judiciária brasileira, com exclusão de qualquer 
outra. (Art. 89, II, CPC).
97. Como é estabelecida a competência absoluta?
R. É estabelecido em favor do interesse público, não sendo passível de mo-
dificação ou prorrogação pela vontade das partes e do órgão jurisdicional.
98. Quando duas ações tem em comum o objeto e a causa de pedir, 
o que ocorre?
R. A Conexão. (Art. 103 do CPC).
99. A Exceção de incompetência pode ser protocolizada no foro do 
domicílio do réu?
R. Sim, mesmo que ele não seja o do processamento da ação principal. 
(Art.112 do CPC).
100. Distribuída uma ação popular, e proposta outra ação popular, 
sobre os mesmos fundamentos e as mesmas partes, a quem compete 
o julgamento da segunda?
R. Ao juízo da primeira ação.
101. O que é o Duplo Grau de Jurisdição?
R. É a possibilidade da decisão ser revista por outro órgão jurisdicional de 
hierarquia superior.
 Direito Processual Civil 33 
102. Do que trata a Imediação?
R. O juiz deve colher diretamente as provas, na qualidade de destinatário 
direto.
103. No Mandado de Segurança a autoridade co-autora pode recor-
rer da Sentença concessiva da segurança? 
R. Sim.
104. O que é a identidade física do Juiz?
R. O Juiz que colheu a prova deve julgar a lide.
105. É cabível o chamado segredo de justiça para preservação do di-
reito à intimidade do interessado?
R. Sim. Conforme art. 93, IX, da CF/1988, há uma previsão infraconstitu-
cional, consoante o art. 155 do CPC: Quando exigir o interesse público e 
nas causas que dizem respeito a casamento, filiação, separação, divórcio, 
alimentos e guarda de menores.
106. O que é legitimidade de parte?
R. Só poderá ser parte do processo quem nele estiver vinculado ao direito 
material discutido.
107. O que significa interesse de agir?
R. Para que o autor obtenha uma tutela jurisdicional, deverá ter necessidade 
de buscar o judiciário e a adequação do meio escolhido.
108. Quais são os elementos da ação?
R. As partes, a causa de pedir e o pedido.
109. Quando se suspende um Processo?
R. Pela morte ou perda processual da capacidade; pela convenção das par-
tes; quando for oposta a exceção de incompetência do Juiz; quando a sen-
tença for de mérito. (art. 265 CPC).
110. Durante a suspensão é defeso qualquer ato processual?
R. Sim, mas o Juiz determinará a realização de atos urgentes a fim de evitar 
dano irreparável. (art.266 CPC).
34 Acácio Moraes Garcia - Prova Oral às Carreiras Jurídicas
111. Quando se extingue o processo sem resolução do mérito?
R. Quando o Juiz indeferir a petição; quando ficar parado por mais de um 
ano; quando não promover os atos determinados pelo Juiz; quando o Juiz 
acolher a perempção, litispendência e a Coisa Julgada. (Art. 267, CPC).
112. Quando se dá o Procedimento Sumário?
R. Quando o Valor não exceder 60 vezes o valor do salário mínimo; Nas 
causas qualquer que seja o valor: arrendamento rural e de parceria agrícola. 
Cobrança de condomínio; Ressarcimento de danos em acidentes de veículos 
de via terrestre; Cobrança de Seguros; Honorários de Profissionais liberais. 
(art. 275 do CPC).
113. Qual é o papel do Juiz na formação do Processo Civil?
R. O Processo Civil começa por iniciativa das partes, mas se desenvolve por 
impulso oficial. (Art. 262 do CPC). 
114. O que significa Ampla Defesa?
R. É o direito de utilizar todos os meios lícitos para comprovar o alegado. (art. 
5º, LV, da CF/1988).
115. O que é eficiência no Processo?
R. O Processo deve chegar ao final no menor tempo possível com a melhor 
prestação, conforme determina a previsão Constitucional art.5º, LXXVIII, da 
CF de 1988.
116. Cabe MS de ato que caiba recurso administrativo, se houver caução?
R. Não se concederá MS quando se tratar de ato do qual caiba recurso 
administrativo com efeito suspensivo, independentemente de caução. (art. 
5º, I, da L. Nº 12.016/09).
117. O que é o Contraditório?
R. As partes devem ter direito a manifestar-se contra argumentos trazidos 
pela outra parte. (art. 5º, LV, da CF de 1988).
118. O que significa Imparcialidade e Juiz Natural?
R. O Juiz deve estar equidistante das partes e investido para solução da lide. 
(art. 5º, LIII e XXXVII, da CF de 1988).
 Direito Processual Civil 35 
119. O que é acesso amplo à jurisdição?
R. Significa que a lei não pode restringir o acesso ao judiciário, isto é: a ação 
é um direito fundamental. (art. 5º, XXXV, da CF/1988).
120. A Isonomia significa tratar as partes de maneira idêntica?
R. Não, O juiz deve tratar as partes de forma igual, mas não idêntica, uma 
vez que sempre será necessário conceder prerrogativas a fim de equilibrar a 
relação processual. 
(art. 5º CAPUT da CF/1988). (Ex: no caso da prioridade de tramitação de 
procedimentos judiciais aos idosos (art. 1.211 - A do CPC).
121. O que significa Ação de Conhecimento?
R. É aquela que tem por objetivo obter do judiciário uma sentença de 
mérito.
122. O que significa Ação de Execução?
R. Trata-se da ação que tem por objetivo satisfazer um título executivo, quase 
sempre extrajudicial.
123. Quanto as espécies de jurisdição, como se dividem a lide?
R. Dividem-se em Contenciosa e Voluntária.
124. O que significa a competência?
R. Ela representa a medida de jurisdição de cada órgão do Poder Judiciário.
125. O que significa: Recurso de Terceiro Prejudicado?R. O CPC em seu art. 499, determina que aquele que de alguma forma foi 
prejudicado pela sentença, pode recorrer dela, ingressando no processo.
126. O que é a Petição Inicial?
R. É a peça que da início ao processo, provocando a jurisdição.
127. Como deve ser o Pedido?
R. O Pedido deve ser certo e determinado e além disso expresso, conforme 
art. 286 do CPC. 
36 Acácio Moraes Garcia - Prova Oral às Carreiras Jurídicas
128. Os pedidos podem ser cumulativos?
R. Sim, desde que sejam compatíveis entre si, o juiz seja competente para 
julgá-los e os ritos sejam adequados.
129. O que é coisa julgada?
R. É a imutabilidade da sentença, produzindo seus efeitos dentro ou fora 
dela.
130. O que é coisa julgada formal?
R. Acontece dentro do processo, quando se esgotam todos os recursos cabí-
veis, não podendo mais ser modificada.
131. Como Fiscal da Lei o que pode fazer o MP?
R. Ele pode recorrer, constituir provas e agir como qualquer outra parte.
132. O que é a remissão no Direito das obrigações? 
R. Nesse caso, a remissão é uma forma de extinção da obrigação pela qual 
o credor perdoa a dívida do devedor, não pretendendo mais exigi-la. 
Dá-se entre dois sujeitos obrigacionais (inter partes), não sendo admitido que 
um terceiro seja prejudicado pela ação de remissão.
133. O que é a Remissão no direito Tributário?
R. No Direito Tributário é um pouco diferente, uma vez que a remissão é 
possível apenas nos casos previstos em lei e, ainda assim, apenas se estiver 
presente alguma das circunstâncias do art. 172 do CTN.
A remissão será concedida pela autoridade administrativa, por despacho 
fundamentado, podendo ser total ou parcial, conforme autorização legal. O 
artigo 172 do CTN determina que a lei instituidora da remissão considerará:
I – a situação econômica do sujeito passivo;
II – a ocorrência de erro ou ignorância escusáveis do sujeito passivo, quanto 
à matéria de fato;
III – a diminuta importância do crédito tributário;
IV – considerações de equidade, em relação com as características pessoais 
ou materiais do caso;
V – condições peculiares a determinada região do território da entidade tri-
butante.
 Direito Processual Civil 37 
134. Remição? Remissão? (Com “Ç” e com “SS”) - Explique?
R. A remissão, que significa perdão, não deve ser confundida com a remição, 
que no Direito Processual significa resgate ou o ato de remir, livrar do poder 
alheio, adquirir de novo.
135. O que é a Remição em Direito Penal?
R. Consiste em um instituto pelo qual dá-se como cumprida parte da pena 
por meio do trabalho do condenado, que também não pode se confundir 
com renúncia, que é o ato pelo qual o credor abre mão de receber a pres-
tação devida.
136. O que é Ação Monitória?
R. É o instrumento hábil para quem pretender, com base em prova escrita 
sem eficácia de título executivo, o pagamento de soma em dinheiro, entrega 
de coisa ou de determinado bem móvel. Trata-se da tutela jurisdicional dife-
renciada que mescla cognição sumária e contraditório diferido. 
137. É cabível ação monitória contra a Fazenda Pública?
R. Sim. (Conforme Súmula 338 do STJ).
138. É admissível ação monitória fundada em cheque prescrito?
R. Sim. Súmula 299 do STJ.
139. Cabe ação monitória para haver saldo remanescente oriundo de 
venda extrajudicial de bem alienado fiduciariamente?
R. Sim. Súmula 384, do STJ.
140. Defina o que é testemunha?
R. É a pessoa que presenciou os fatos discutidos na lide.
141. Quem não pode depor?
R. O incapaz, o impedido e o suspeito.
142. Que são os incapazes para depor?
R. Interditado por demência; menor de 16 anos; o cego e o surdo quando a 
ciência dos fatos depender dos sentidos que lhes faltam.
38 Acácio Moraes Garcia - Prova Oral às Carreiras Jurídicas
143. Cite alguns impedidos para depor:
R. Cônjuge; ascendente e descendente em qualquer grau ou colateral, até 
terceiro grau; quem é parte na causa; o tutor e outros.
144. Cite alguns suspeitos para depor:
R. Condenado por falso testemunho por sentença transitado em julgado; 
aquele que por seus costumes, não for digno de fé; o inimigo capital ou 
amigo íntimo da parte; aquele que tiver interesse no litígio.
145. Em que hipótese de antecipação será concedida a tutela anteci-
pada assecuratória?
R. Ela será concedida com base na urgência, a fim de evitar dano irreversível 
ao direito da parte.
146. Em que hipótese de antecipação será concedida a tutela anteci-
pada punitiva?
R. Será concedida como punição ao réu que abusou do seu direito de defesa.
147. Quais são os recursos dos acórdãos?
R. Embargos Infringentes; Embargos de Divergência; Embargos de Declara-
ção; Recurso Ordinário Constitucional; Recurso Especial e o Recurso Extra-
ordinário.
148. O Recurso Adesivo é uma espécie recursal?
R. Não, ele é uma forma de interposição do recurso, os legitimados são so-
mente as partes que podem recorrer adesivamente.
149. Quais são os recursos que comportam o Recurso Adesivo?
R. Apelação; Embargos infringentes; Recurso Especial; Recurso Extraordinário.
150. A apelação interposta contra sentença que julga embargos à 
arrematação tem qual efeito?
R. Tem o efeito meramente devolutivo, conforme Súmula 331 do STJ.
151. Cabe Embargos em reclamação?
R. Não. Consoante determina a Súmula 368 do STF.
 Direito Processual Civil 39 
152. São inadmissíveis embargos infringentes de decisão que julga 
reexame necessário?
R. Sim, é INADMISSÍVEL. (Súmula 390 do STJ).
153. São cabíveis embargos infringentes contra julgamento de agravo 
retido que verse sobre o mérito da causa?
R. Sim. conforme Súmula 255 do STJ.
154. Qual a finalidade do Recurso Especial?
R. Manter a integridade da legislação infraconstitucional.
155. Qual a finalidade do Recurso Extraordinário?
R. Manter a integridade das normas constitucionais.
156. É inadmissível recurso especial quanto à questão que, a despeito 
da oposição de embargos declaratórios, não foi apreciada pelo Tribunal 
“A QUO”?
R. Sim, é INADMISSÍVEL conforme SÚMULA 211 do STJ.
157. É admissível Recurso Especial quando cabíveis embargos infrin-
gentes contra o acórdão proferido no Tribunal de origem?
R. Não. É INADMISSÍVEL. (SÚMULA 207 do STJ).
158. Em se tratando de Recurso Extraordinário, o ponto omisso, sobre 
o qual não foram opostos Embargos Declaratórios, pode ser objeto de 
recurso extraordinário?
R. Não, porque lhe falta o requisito do prequestionamento. Súmula 356 do STF.
159. Cabe recurso extraordinário contra Acórdão que defere medida 
liminar?
R. Não. Súmula 735 do STF.
160. Cabe Recurso Extraordinário contra decisão proferida no proces-
samento de precatórios?
R. Não. Súmula 733 do STF.
40 Acácio Moraes Garcia - Prova Oral às Carreiras Jurídicas
161. É cabível Recurso Extraordinário contra a decisão proferida por 
juiz de primeiro grau nas causas de alçada, ou por turma recursal de 
juizado especial cível e criminal?
R. SIM. Conforme Súmula 640 do STF.
162. Pode ser penhorável o único imóvel residencial do devedor que 
esteja locado a terceiros?
R. Não, desde que a renda obtida com a locação seja revertida para a sub-
sistência ou a moradia da sua família, conforme determina a Súmula 486 
do STJ.
163. É admissível RECONVENÇÃO em ação declaratória?
R. Sim. Súmula 258 do STF.
164. É cabível a Reconvenção na ação monitória?
R. Sim, após a conversão do procedimento em ordinário. (Súmula 292 do 
STJ).
165. A quem compete decidir os conflitos de competência entre jui-
zados especiais federais e outros federais da mesma seção judiciária?
R. É competência do TRF conforme Súmula 428, do STJ.
166. É imprescritível a ação de investigação de paternidade e a ação 
de petição de herança?
R. A Súmula 149 do STF determina que: “É imprescritível a ação de investi-
gação de paternidade, mas não o é a de petição de herança”.
167. A extinção do processo, por abandono da causapelo autor, de-
pende de requerimento do réu?
R. Sim. Súmula 240 do STJ.
168. Faz jus ao benefício da justiça gratuita a pessoa jurídica com ou 
sem fins lucrativos que demonstrar sua impossibilidade de arcar com 
os encargos processuais?
R. Sim. Consoante Súmula 481 do STJ.
 Direito Processual Civil 41 
169. A quem compete julgar as causas em que for parte o Banco do 
Brasil?
R. A Súmula 517 do STF determina que: “Compete a Justiça Estadual em ambas 
as instâncias, processar e julgar as causas em que for parte o Banco do Brasil”.
170. A quem compete julgar os litígios decorrentes de acidente de 
trabalho?
R. Compete à Justiça Estadual. Súmula 15 do STF.
171. A decisão do Juízo Federal que exclui da relação processual ente 
federal pode ser reexaminada no Juízo Estadual?
R. Não. Súmula 254 do STJ.
172. O revel, em processo civil, pode produzir provas?
R. Sim, desde que compareça em tempo oportuno. Súmula 231 do STF.
173. Admite-se ação rescisória contra sentença transitada em julga-
do, ainda que contra ela não se tenha esgotado todos os recursos?
R. Sim. Conforme Súmula 514 do STF.
174. Cabe embargos infringentes de acórdão que, em mandado de 
segurança decidiu, por maioria de votos, a apelação?
R. Não. Súmula 597 do STF.
175. Conta-se em dobro o prazo para recorrer, quando só um dos 
litisconsortes haja sucumbido?
R. Não. Súmula 641 do STF.
176. Cabe recurso extraordinário contra acórdão que defere liminar?
R. Não. Súmula 735 do STF.
177. O Ministério Público tem legitimidade para recorrer no processo 
em que oficiou como fiscal da lei, ainda que não haja recurso da parte?
R. Sim. Súmula 99 do STJ. 
42 Acácio Moraes Garcia - Prova Oral às Carreiras Jurídicas
178. A Fazenda Pública e o Ministério Público têm prazo em dobro 
para interpor agravo regimental no STJ?
R. Sim. Súmula 116 do STJ.
179. Formulado pedido certo e determinado quem terá interesse re-
cursal em arguir o vício da sentença líquida?
R. Somente o AUTOR. Súmula 318 do STJ.
180. Qual o efeito da apelação interposta contra sentença que julga 
embargos à arrematação?
R. Ela terá efeito meramente devolutivo, consoante decidiu a Súmula 331 do 
STJ.
181. Quando se inicia o prazo decadencial da ação rescisória?
R. Ele se inicia quando não for cabível qualquer recurso do último pronun-
ciamento judicial. Súmula 401 do STJ.
182. Quando será efetuado o preparo se a interposição do recurso 
ocorrer após o encerramento do expediente bancário?
R. Consoante a Súmula 484 do STJ: “Admite-se que o preparo seja efetuado 
no primeiro dia útil subsequente, quando a interposição do recurso ocorrer 
após o encerramento do expediente bancário”.
183. No que tange a liquidação e o cumprimento da sentença, se 
der por forma diversa da estabelecida no DECISUM, ofende a coisa 
julgada?
R. Não. A Súmula 344 do STJ, assim decidiu: “A liquidação por forma diversa 
da estabelecida na sentença não ofende a coisa julgada”.
184. O ato jurídico por fraude contra credores, pode ser anulado em 
Embargos de Terceiros?
R. Não. Súmula 195 do STJ: “Em embargos de terceiros não se anula ato 
jurídico, por fraude contra credores”.
 Direito Processual Civil 43 
185. O executado que, citado por edital ou por hora certa, permane-
cer revel, quem será nomeado para apresentação de EMBARGOS?
R. Será nomeado um Curador Especial com legitimação para a propositura 
de Embargos. Súmula 196 do STJ.
186. Os créditos das autarquias federais preferem aos créditos da 
Fazenda Estadual?
R. Sim, desde que, coexistam penhora sobre o mesmo bem. (Súmula 497 do 
STJ).
187. A pessoa jurídica tem legitimidade para propor ação popular?
R. Não. conforme Súmula 365 do STF.
188. O Mandado de Segurança substitui a ação popular?
R. Não. Súmula 101 do STF.
189. Cabe mandado de segurança contra ato judicial passível de 
recurso ou correição?
R. Não. Súmula 267 do STF.
190. Cabe mandado de segurança contra decisão judicial com trânsito 
em julgado?
R. Não. Súmula 268 do STF.
191. O pedido de reconsideração na via administrativa interrompe o 
prazo para o Mandado de Segurança?
R. Não. Súmula 430 do STF.
192. A entidade de classe tem legitimação para o Mandado de Se-
gurança ainda quando pretensão veiculada interesse apenas a uma 
parte da respectiva categoria?
R. Sim. Súmula 630 do STF.
193. A quem compete processar e julgar o Mandado de Segurança 
contra ato de juizado especial?
R. Compete a Turma Recursal. Súmula 376 do STF.
44 Acácio Moraes Garcia - Prova Oral às Carreiras Jurídicas
194. Do que trata o Direito Processual Civil?
R. É o ramo da ciência que trata das normas e princípios relativos à jurisdi-
ção, regulando o processo.
195. O que são os Procedimentos Especiais no CPC?
R. São os diversos procedimentos previstos no Livro IV do CPC, criados de 
conformidade com o direito material tutelado, tais como: a) Consignação 
em Pagamento (arts. 890 e seguintes do CPC; b) Depósito; c) Anulação 
e substituição de títulos ao portador (arts. 907 e seguintes do CPC); d) 
Prestação de contas (arts. 914 e seguintes do CPC); e) Possessórias (arts. 
920 e seguintes do CPC); f) Nunciação de obral nova (arts. 934 e seguin-
tes do CPC); g) Usucapião de terras particulares (arts. 941 e seguintes do 
CPC); h) Divisão e demarcação de terras (arts. 946 e seguintes do CPC); 
i) Inventário e partilha (arts. 982 e seguintes do CPC); j) Embargos de ter-
ceiros (arts. 1.046 a 1.054 do CPC); k) Restauração de autos (arts. 1.063 
e seguintes do CPC); j) Monitoria (arts. 1.102-A a 1.102-C do CPC).
196. Qual o objetivo da ação de depósito?
R. É o procedimento para exigir a restituição da coisa depositada que não foi devolvida.
197. Qual o objetivo da ação de Prestação de contas?
R. Trata-se da ação para exigir de quem tem o dever de prestar contas ou de 
exigir contas.
198. O que são os interditos possessórios?
R. São ações, também chamadas de remédios possessórios, para proteção 
exclusiva da posse de quem deseja mantê-las. 
199. Pode-se discutir a propriedade numa ação possessória?
R. Não.
200. Do que trata a ação de força nova?
R. Ocorre a ação de força nova quando a agressão for em menos de ano e 
dia. É possível a acumulação de pedidos para condenar o réu nas perdas e 
danos, multa cominatória e desfazimento de construção ou plantação. (art. 
921 do CPC), cabendo até mesmo liminar em caso de agressão em menos 
de ano e dia.
 Direito Processual Civil 45 
201. Cabe reconvenção nas ações possessórias?
R. Não. A possessória tem natureza dúplice, cabe apenas mero pedido con-
traposto.
202. Qual o objetivo da ação de Obra Nova?
R. Esta ação visa impedir o prosseguimento de obra em andamento que está 
pondo em perigo terrenos vizinhos. Nesta ação o nunciante requererá a limi-
nar, o réu citado terá cinco dias para oferecer resposta, em após, segue-se 
o rito cautelar, com a sentença do juiz.
203. O Inventário e a partilha podem ser extrajudicial?
R. Sim, conforme determina a Lei 11.441/2007.
204. Quem pode propor os Embargos de Terceiros?
R. Essa ação tem por objetivo desfazer uma apreensão judicial sobre 
bem de quem não é parte na ação, vale dizer, cuida-se de um verdadeiro 
esbulho judicial. Podem propor a ação, tanto o proprietário, quanto o 
possuidor.
205. Qual a diferença entre Embargos de Terceiros e Oposição a Ter-
ceiros?
R. São institutos distintos. Na Oposição o Terceiro não deseja somente de-
sobstruir seu bem, mas discute o direito que as partes estão disputando no 
processo e nos embargos o autor somente quer ver seu bem desembaraça-
do, não lhe interessando o direito discutido no processo.
206. O que visa a ação de Restauração de Autos?
R. As partes colaborarão para a restauração do novo autos, a parte culpada 
responderá civil e criminalmente.
46 Acácio Moraes Garcia - Prova Oral às Carreiras Jurídicas
207. Qual o objetivoda ação Monitória?
R. É a ação que visa obter título executivo mais célere, trata-se de uma ação 
de conhecimento de procedimento especial e tem como requisitos para pro-
positura: Documento escrito sem força de título executivo (cheque prescrito); 
Obrigação de pagar quantia certa, entregar coisa fungível ou entregar coisa 
móvel. Proposta a ação monitória o juiz expedirá citação com mandado de 
pagamento a ser cumprido em 15 dias. Se o réu paga, extingue-se o proces-
so e será isento das custas e dos honorários; Se o réu silencia, o mandado 
é convertido em título executivo de ofício, passando ao cumprimento da sen-
tença; Caso o réu embarga, o processo seguirá o rito ordinário, e ao final, 
se procedente, tornar-se-á um título executivo.
208. Quais são as características do Processo Cautelar?
R. A urgência, a sumaridade, a provisoridade e a fungibilidade.
209. Quais são os requisitos para a concessão da Cautelar?
R. O FUMUS BONI IURIS e o PERICULUM IN MORA.
210. Quando pode ser proposta a cautelar?
R. Ela pode ser proposta antes ou após instaurado o processo principal.
211. O que é Cautelar preparatória?
R. É a proposta antes da ação principal, cabendo a propositura da principal 
30 dias da efetivação da medida cautelar, sob pena de cessarem seus efeitos 
(art. 806, do CPC).
212. O que é uma cautelar incidental?
R. Ela será proposta durante a ação principal, ao juízo da ação principal. 
Conforme art. 800 do CPC, caso a principal estiver em grau de recurso, será 
a cautelar proposta diretamente ao Tribunal.
213. No Processo Cautelar cabe Intervenção de Terceiros?
R. Cabe somente a Assistência e a Nomeação à Autoria.
 Direito Processual Civil 47 
214. Do que trata o Poder Geral da Cautela do Juiz no Processo Cautelar?
R. Consoante determina o art. 798 do CPC, nos processos cautelares o juiz 
poderá determinar a medida que julgar mais adequada ao caso concreto, 
mesmo que o autor não tenha requerido, se houver fundado receio que uma 
parte cause à outra lesão grave e de difícil reparação.
215. O que são cautelares inominadas?
R. Essas cautelares terão a petição inicial consubstanciadas nos arts. 282 e 
801 do CPC, caso sejam preparatórias, indicarão a futura ação principal. O 
réu será citado para respondê-la em 5 dias, contados da juntada aos autos 
do mandado de citação devidamente cumprido. Caso haja apelação, não 
terá ela os efeitos suspensivos, conforme determina o art. 520, IV. do CPC.
216. O que são cautelares Nominadas?
R. São as cautelares ínsitas nos arts. 813 e seguintes do CPC. São elas: 
Arresto (arts. 813 a 821 do CPC); Sequestro (arts. 822 a 825 do CPC); 
Caução (arts. 826 a 838 do CPC); Busca e Apreensão (arts. 839 a 843 do 
CPC); Exibição (arts. 844 a 845 do CPC); Produção Antecipada de Prova 
(arts. 846 a 851 do CPC); Alimentos Provisionais (arts. 852 a 854 do CPC); 
Arrolamento de Bens (arts. 855 a 860 do CPC); Justificação (arts. 861 a 866 
do CPC); Protestos. Notificações e Interpelações (arts. 867 a 873 do CPC); 
Homologação de Penhor Legal (arts. 874 a 876 do CPC); Posse em Nome 
do Nascituro (arts. 877 a 878 do CPC); Atentado (arts. 879 a 881 do CPC); 
Protesto e Apreensão de Títulos (arts. 882 a 887 do CPC).
217. Como será a caução de um brasileiro ou de um estrangeiro que 
resida fora do País?
R. Nesse caso, se eles não tiverem imóveis no Brasil, deverão prestar caução 
a fim de arcar com eventuais custas, salvo, conforme art. 835 do CPC, na 
execução de título extrajudicial ou na reconvenção.
218. A Ação de Alimentos Provisionais se confunde com a Ação de 
Alimentos Provisórios?
R. Não. Alimentos Provisionais tem por finalidade a concessão de alimentos em 
relação familiar. Já os Alimentos Provisórios, trata-se de uma liminar concedida 
nas Ações de Alimentos, cujo Rito é o Especial, previsto na Lei 5.478 de 1968.
48 Acácio Moraes Garcia - Prova Oral às Carreiras Jurídicas
219. Qual a exceção na competência prevista na Cautelar?
R. O Art. 853 do CPC, prevê tal exceção, aonde, mesmo que o processo 
principal esteja em recurso, será proposta em primeiro grau.
220. A Separação de Corpos é prevista como Cautelar?
R. Sim. Ela está prevista no art. 888, VI, do CPC.
221. Do que trata o Processo de Execução?
R. Esse Instituto tem por finalidade a satisfação do direito do credor, possui-
dor de um título executivo de receber sua dívida. Os títulos executivos podem 
ser: Judicial e Extrajudicial.
222. Quando ocorrerá a execução Provisória de um título extrajudicial?
R. Ela ocorrerá enquanto pendente apelação da sentença de improcedência de 
embargos à execução, recebidos no efeito suspensivo previsto no art. 587 do CPC.
223. Quando ocorrerá a execução provisória de um título judicial?
R. Quando da decisão que ainda não transitou em julgado, por conta e risco 
do credor, que poderá ver ao final sua decisão reformada.
224. A Caução na Execução Provisória pode ser dispensada?
R. Sim, se tratar de crédito de natureza alimentar ou decorrente de ato ilícito, 
com valor de até 60 salários mínimos, e o exequente demonstrar sua necessi-
dade. Pode outrossim, ser dispensada na pendência de agravo junto o STJ e STF.
225. Cite alguns Títulos Judiciais:
R. Sentença Civil que reconheça a obrigação de fazer e não fazer; Senten-
ça Penal condenatória transitada em julgado; A Sentença Arbitral; Sentença 
estrangeira, homologada pelo STJ; O Formal e a Certidão de Partilha, ex-
clusivamente em relação ao inventariante, herdeiros e aos sucessores a título 
singular e universal.
226. Cite alguns títulos extrajudiciais:
R. Cheque, Letra de Câmbio, Nota Promissória, Duplicata, Escritura Pública, 
Contratos garantidos por Hipoteca, Penhor, Anticrese e Caução, bem como 
os Seguros de Vida; Certidão de Dívida Ativa da Fazenda Pública da União, 
Estados, DF e Municípios.
 Direito Processual Civil 49 
227. A lei poderá criar novos títulos extrajudiciais?
R. Sim, como por exemplo: o contrato de honorários advocatícios, previsto 
no art. 24 do Estatuto da OAB.
228. Na Execução contra a Fazenda Pública previsto no art. 730 do 
CPC, o que acontece se o credor de precatório for preterido?
R. O art. 731 do CPC autoriza o sequestro da quantia para satisfação do 
débito.
229. Na Execução especial de alimentos, poderá haver a possibilidade 
da prisão do devedor?
R. Sim, Trata-se de um meio coercitivo de fazer o devedor a pagar sua dívida. 
Ele será citado para em 3 dias, pagar, provar que pagou, justificar o paga-
mento, sob pena de prisão.
230. O que é que acontece se nem com a prisão ele quitar a dívida?
R. Nesse caso, seguirá a execução como de quantia certa ao credor.
231. Quando só será preso o credor em ações de alimentos?
R. Ele só será preso pelas três prestações anteriores ao ajuizamento da ação 
e as que se vencerem no curso no processo, conforme Súmula 309 do STJ. O 
art. 733, § 1º do CPC, determina que ele somente ficará preso por três meses.
232. Como se dá a defesa do devedor na Execução?
R. A defesa do devedor se dá de duas maneiras: Se de título extrajudicial, 
dar-se-á por Embargos à Execução; Se judicial, a Impugnação ao cumpri-
mento de sentença.
233. A Uniformização de Jurisprudência é Recurso?
R. Não, ela é um incidente provocado nos julgamentos dos Tribunais, por pro-
vocação interna ou da parte. Conforme o art. 476 do CPC, só caberá quando 
o julgamento do recurso ou causa originária ocorrer perante turma, câmara 
ou grupo de Câmaras, vale dizer, órgãos diversos do mesmo tribunal.
234. O Recurso Adesivo é um tipo de Recurso?
R. Não, trata-se de uma forma de interposição para a parte que não recorreu 
no prazo.
50 Acácio Moraes Garcia - Prova Oral às Carreiras Jurídicas
235. Quando terá cabimento o Recurso na forma adesiva?
R. Quando houver sucumbência recíproca; Apenas uma das partes interpõe 
recurso independente; Interposição no prazo das contrarrazões ao recurso 
principal;e Apenas terá cabimento nos recursos de apelação, embargos 
infringentes, recurso especial e extraordinário.
236. O Recurso Adesivo é Acessório do Principal?
R. Sim, desta forma, se o principal de alguma forma não for julgado, por 
exemplo: pela desistência, o adesivo também não o será.
237. O que vem a ser o Princípio da gravitação jurídica?
R. O Assessório sempre segue o Principal.
238. É possível a Apelação de sentença terminativa?
R. Sim, nos casos das sentenças previstas no art. 267 do CPC, caso se trate 
de questão meramente de direito, e estiver em condições de julgamento, o 
próprio Tribunal, se decidir reformar, pode julgar diretamente o mérito (art. 
515, §3º, do CPC).
239. Quando é cabível a retratação do juiz?
R. Será cabível: da sentença de indeferimento da inicial (arts. 267,I e 296, 
do CPC) em 48 horas; da sentença de improcedência de plano (art. 285 - 
A, §1º, do CPC); e da sentença que se basear no ECA (art. 198, VII, da Lei 
8.069/1990), em 5 dias.
240. Quais são os recursos cabíveis contra decisões interlocutórias de 
Primeira Instância?
R. O Agravo Retido e o Agravo de Instrumento.
241. Quais são os recursos cabíveis contra decisões interlocutórias de 
Tribunais?
R. São: Agravo Regimental, Agravo Interno, Agravo de decisão denegatória 
de recurso especial ou extraordinário.
242. Quando é cabível os Embargos de Declaração?
R. É cabível para esclarecer qualquer decisão omissa, obscura ou contradi-
tória (art. 535 do CPC). Em geral, não modifica a decisão.
 Direito Processual Civil 51 
243. Os Embargos de Declaração interpostos para fins de prequestio-
namento da matéria podem ser considerados protelatórios?
Não. A Súmula 98 do STJ é nesse sentido.
244. A oposição de Embargos Declaratórios interrompe o prazo para 
outros recursos?
R. Sim. Salvo no Juizado Especial Civil onde eles apenas suspendem o prazo 
para interpor qualquer outro recurso.
245. O Recurso extraordinário é cabível de qualquer acórdão?
R. Sim. Porém o Recurso especial somente caberá de acórdão de Tribunal. 
(Não do Juizado Especial Civil).
246. Como se dá a liquidação de Sentença?
R. Por arbitramento e Por artigos.
247. O que é a liquidação por arbitramento?
R. É a modalidade quando o QUANTUM DEBEATUR depender de atividade 
pericial ou fixação por arbitramento judicial.
248. O que é Liquidação por Artigos?
R. É aquela que tem por objetivo a comprovação de fato novo, fato este 
relacionado ao QUANTUM DEBEATUR e que não foi objeto de análise na 
ação de conhecimento, sendo mais complexa e seguindo rito comum e o juiz 
proferirá decisão interlocutória.
249. Quais são as respostas do réu?
R. A contestação, a reconvenção e a exceção, todas a serem apresentadas 
no prazo de 15 dias. 
250. Há revelia no processo de execução?
R. Não há revelia no processo de execução. O revel poderá ingressar no pro-
cesso a qualquer momento, mas o receberá no estado em que se encontrar.
52 Acácio Moraes Garcia - Prova Oral às Carreiras Jurídicas
251. O que é citação?
R. É o ato pelo qual se dá ciência ao réu que contra ele corre um processo e 
que em juízo, ele se defenda. A citação válida torna o juízo prevento, induz 
a litispendência, torna a coisa litigiosa, constitui o réu em mora e interrompe 
a prescrição.
252. Quais são as modalidades de Citação?
R. Correio, Oficial de Justiça, Edital, Hora Certa e Meio Eletrônico.
253. O que é citação pelo Correio? 
R. É a realizada por carta com aviso de recebimento. (art. 222, CAPUT, do 
CPC).
254. O que é citação pelo Oficial de Justiça? 
R. É a realizada por mandado, nos casos excepcionais do art. 222 do CPC. 
O Oficial entrega o mandado, que deve ser assinado pelo réu.
255. O que é citação por Edital? 
R. É a realizada pela publicação de Edital, nos casos de réu desconhecido ou 
incerto; réu em local incerto ou inacessível; outros casos legais, a exemplo 
do Usucapião.
256. O que é citação por Hora Certa? 
R. Realizada pelo oficial, quando suspeita de ocultação do réu. O Oficial 
comparecerá por 3 vezes e se não encontrar, intimando um vizinho ou fa-
miliar que voltará em dia e hora marcados. Retornando será considerado o 
réu citado.
257. O que é citação por Meio Eletrônico? 
R. É a realizada pelo Diário Eletrônico para usuário previamente cadastrado 
(Lei 11.419/2006).
258. Quais são as modalidades de citação consideradas reais?
R. Pelo Correio, Oficial de Justiça e Meio Eletrônico.
259. Quais são as modalidades de citação consideradas fictas?
R. Por Edital e por Hora Certa.
 Direito Processual Civil 53 
260. Qual é o prazo para o Ministério Público e Fazenda Pública res-
ponderem a citação?
R. O prazo é em quádruplo (art. 188 do CPC).
261. Qual é o prazo para os Litisconsortes com procuradores diferen-
tes responderem a citação?
R. Em Dobro (art. 191 do CPC).
262. A contestação comporta quantos tipos de defesas:
R. A Processual ou Preliminares (do art. 301 do CPC: Alegações de inexistên-
cia, ou nulidade da citação, incompetência, inépcia da inicial, carência da 
ação etc...). E a defesa de Mérito, que é um ataque às pretensões do autor 
arguídas na Inicial.
263. O que é a Reconvenção?
R. É a ação do réu contra o autor no mesmo processo em curso, a reconven-
ção deverá apresentada com a contestação e deve também, ser conexa com 
a ação principal ou com a defesa. 
264. O que são Exceções?
R. São defesas processuais tais como a Incompetência Relativa e a de Suspei-
ção ou Impedimento, previstos nos arts. 134 e 135 do CPC, que não foram 
inseridas nas Preliminares de Contestação.
265. É possível cumular Pedidos na Petição Inicial?
R. Sim, desde que sejam compatíveis entre si, o juiz seja competente para 
julgá-los e os ritos sejam adequados.
266. O que vem a ser a Intervenção de Terceiros?
R. É o ingresso de um terceiro, que não faz parte do processo, na ação, seja 
de forma voluntária ou provocada.
267. No Rito Sumário (Ações contra Seguradoras) cabe Intervenção de 
Terceiros?
R. No Rito Sumário cabe somente a Assistência, A Nomeação à Autoria 
da seguradora e o recurso de terceiro prejudicado (art. 280 do CPC).
54 Acácio Moraes Garcia - Prova Oral às Carreiras Jurídicas
268. No Juizado Especial Civil cabe Intervenção de Terceiros?
R. Não, consoante norma ínsita no art. 10 da Lei 9.099/1995. 
269. O que é o Chamamento ao processo?
R. Trata-se da intervenção prevista nos arts. 77 a 88 do CPC, objetivando 
trazer ao processo o co-devedor, tendo natureza de ação, servindo para os 
casos: O Fiador traz os outros fiadores; O Devedor solidário traz os outros 
devedores solidários; o Fiador traz o devedor principal.
270. Do que trata a Denunciação da lide?
R. Cuida-se de uma Intervenção de Terceiros que tem por finalidade trazer o 
garantidor, que responderia em ação de regresso, para fazer parte do pro-
cesso, essa ação pode ser apresentada tanto pelo autor como pelo réu. Essa 
ação está prevista nos arts. 70 a 76 do CPC.
271. Do que trata a Nomeação à Autoria?
R. Essa Intervenção tem por objetivo a correção do pólo passivo da ação, 
aonde o terceiro aponta quem é o verdadeiro legitimado para estar como 
réu na ação. Essa Ação é cabível no caso de mero detentor que deverá no-
mear ao verdadeiro possuidor ou proprietário. (arts. 62 a 69 do CPC).
272. O que é a Oposição?
R. Trata-se da Intervenção, na qual o Terceiro ingressa no processo para 
reinvindicar o direito discutido no processo. (arts. 56 a 61 do CPC).
273. O que é a Assistência?
R. É a Intervenção de Terceiros daquele que tem interesse jurídico em auxiliar 
uma das partes, podendo ser simples ou litisconsorcial. (arts. 50 a 55 do CPC).
274. Quais são as fases do Rito Ordinário?
R. 1ª fase postulatória; 2ª fase ordinatória; 3ª fase instrutória e a 4ª fase 
decisória. 
275. O que é o Litisconsórcio?
R. É a pluralidade de pessoas em um ou nos dois pólos da ação. O art. 46