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trabalho de conclusao de curso simone

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SIMONE DA ROCHA
CONTO DE FADAS NAS PRATICAS PEDAGOGICAS
Santa Barbara d’ Oeste 
2017
 SIMONE DA ROCHA
CONTO DE FADAS NAS PRATICAS PEDAGOGICAS
Projeto apresentado ao Curso de pedagogia da Instituição faculdade Anhanguera.
Orientador: Prof(ª). Maria Rebeca Busnardo
Santa Barbara d’ Oeste 
2017
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1.1 O PROBLEMA
Qual a importância do conto de fadas dentro das praticas pedagógicas, quais benefícios são transmitidos?
2 OBJETIVOS
2.1 OBJETIVO GERAL OU PRIMÁRIO
● Pesquisar a importância do uso dos contos de fadas em sala de aula, mostrando seus benefícios em relação a étnicas, culturas, etc.., e como os alunos progridem diante desta questão.
2.2 OBJETIVOS ESPECÍFICOS OU SECUNDÁRIOS
● Verificar se a utilização desse método ajuda a intervir na formação do aluno em seu beneficio.
 ● Entender a origem dos contos de fadas.
 ● Analisar até onde o adulto deve interferir na escolha do livro para a criança. 
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3 JUSTIFICATIVA
Nosso interesse por esse assunto surgiu mediante o que vivenciamos a um material distribuído nas redes escolares. Onde são indicados a crianças de 6 a 8 anos, no qual houve bastante indagação sobre a historia selecionada, cujo a reação dos educadores foi de imediato a critica e a insatisfação no tema abordado.
Temos como objetivo geral pesquisar onde são selecionados as historias a serem distribuídas nas escolas, os contos são de grande importância no cotidiano escolar, na construção do conhecimento, muitas vezes assumindo o papel de motivador e orientador se bem escolhido.
A sociedade, principalmente poder publico devem se convencer de que necessitamos de pessoas bem capacitadas para as escolhas de contos que são distribuídos em nossas redes escolares.
4 FUNDAMENTAÇÃO TEÓRICA
4.1 A origem dos contos de fadas
Diante de tantos aspectos referentes a contribuição do conto de fadas nas praticas pedagógicas é possível verificar varias funções como proporcionar o lúdico a imaginação, orientar como um movimento cultural, através das historias as crianças podem esclarecer suas ideias, duvidas, dificuldades e até mesmo encontrar um caminho para a resolução delas.
Desde os primórdios, os homens lançaram-se em narrativas no objetivo de transcender conhecimentos e valores. Nesta busca, tentavam vencer os anseios e os mistérios através da magia, sempre acima e em auxilio às deficiências humanas, conforme relata Alencar (2000):
Na Grécia Antiga, poemas épicos e festivais de teatros emprestavam corpo e alma a criaturas místicas. Na Idade Média, camponeses miseráveis sentavam-se à beira da fogueira para ouvir enredos maravilhosos sobre reis, rainhas, palácios e tesouros. E por breves momentos apossavam-se dos papéis principais - aqueles que jamais desempenhariam na vida real. Em sua catarse, derrotavam gigantes, desafiavam bruxas, descobriam a galinha dos ovos de ouro e conquistavam a felicidade eterna. Essas histórias chegaram aos ouvidos da corte, onde foram repetidas por menestréis para deleite das damas de fino trato e dos cavaleiros galanteadores. (ALENCAR, 2000, p. 44)
As historias que referimos hoje nem sempre foi apropriadas para as crianças, eram historias feitas para divertir os adultos pois possuíam violência, exibicionismo, canibalismo, etc...
Com a descoberta da infância a historia começou a mudar a fim de trabalhar a imaginação das crianças e as necessidades delas.
Dessa forma é que se desenvolveram a maior parte dos contos como conhecemos hoje, temos também como destaque o dinamarquês Hans Christian Andersen, considerado o verdadeiro Pai da Literatura Infantil, que, ao contrário dos escritores já citados, começa a criar os contos especialmente para as crianças.
 Nóbrega (2009, p.20) demonstra que os contos partem de uma organização simples e dinâmica, “mantém uma estrutura fixa, partem de um problema vinculado à realidade que desequilibra a tranquilidade inicial, buscam soluções no plano da fantasia e necessitam de elementos mágicos para, enfim, trazer de volta a realidade”, possibilitando à criança interação com um modo bem próximo de seu modo de percepção do mundo.
Os contos de fadas, dentro de suas raízes de conflitos e fantasias, permitem que a criança assimile e possa exteriorizar seus desejos, sejam eles bons ou maus.
Essas narrativas mostram o mundo, a vida em sociedade através da simbologia. Segundo Bettelheim (2007, p.67), “o conto de fadas procede de um modo conforme [...] a criança pensa e experimenta o mundo”.
A criança que está familiarizada com os contos de fadas percebe que estes lhe falam na linguagem dos símbolos e não na realidade cotidiana. O conto de fadas nos transmite desde o inicio, ao longo da trama e no final, que aquilo que é narrado não são fatos tangíveis ou pessoas e lugares reais. Quanto à própria criança, os acontecimentos reais se tornam importantes pelo significado simbólico que lhes atribui, ou que neles encontra. (BETTELHEIM, 2007, p.90)
Cada vez que uma criança escolhe um conto e com ele interage incessantemente, está apenas refletindo e ordenando internamente seus conflitos e desenvolvendo, de modo concreto a ela, de acordo com sua identidade. Vale ressaltar que as interpretações sobre os contos são pessoais e não cabe a nenhum adulto intervir, já que o mesmo poderia lhe tirar o sentido. Mas é o consolo final que possibilita que este gênero literário sobressaia como elemento importante de desenvolvimento na formação da identidade. Geralmente o que possibilita a recuperação é, enfim, que o seu consolo advém de quesitos próprios do corpo do herói, como a beleza de Branca de Neve, as tranças, no caso de Rapunzel, os pequenos pés em Cinderela, entre outros:
O consolo é o maior serviço que os contos de fadas podem prestar à criança: a confiança em que, apesar de todas as tribulações que tem de sofrer [...], ela terá sucesso, como as forças do mal serão extintas e nunca mais ameaçarão sua paz de espírito. (BETTELHEIM, 2007, p. 207).
 O autoconhecimento e uma postura otimista diante dos problemas cotidianos, vivenciados por meio dos contos, coloca-as frente ao desenvolvimento de uma pessoa coesa no desafio de viver.
A narração, segundo Bettelheim (2007), permite maior flexibilidade e contato intrapessoal, aumentado até mesmo os laços afetivos entre seus parceiros e a compreensão do texto. O adulto narrador pode e deve demonstrar emoção, dar vozes, sentidos aos acontecimentos expressos e, nestes momentos, “apreciar integralmente os sentimentos e as reações das crianças”. (BETTELHEIM, 2007, p.219).
A escolha do livro deve ser realizada pela criança, uma vez que ela intuitivamente consegue perceber qual proposta narrativa lhe faz mais sentido naquele momento. O adulto leitor deve ter empatia pela escolha, devendo apresentar de modo sensível e interativo o enredo. Deve-se ressaltar, porém, que a interpretação, os significados dos textos são subjetivos e seus efeitos psicanalíticos são internos, simbólicos, não devendo nunca os adultos interferirem nos conflitos íntimos da criança. A esse respeito, Machado (2002) afirma que
Tudo é possível no encontro do leitor com o texto literário, porque em literatura esse pacto fica muito claro. Autor/contador e leitor ouvinte sabem disso perfeitamente. Naquele espaço que estão compartilhando a situação de leitura, a linguagem é usada de forma bem diferente de seu emprego quotidiano para situações concretas. Situa-se em outra esfera, significa de modo diferente. [...] A linguagem poética é simbólica, colorida, metafórica. (MACHADO, 2002, p. 78).
 Nos Parâmetros Curriculares Nacionais (PCNs), são elencadas várias razões para a leitura realizada pelo professor, entre elas podemos destacar a “vivência de emoções, o exercício da fantasia e da imaginação” (p.42), é também um meio para que se alcancem alguns dos objetivos gerais de língua portuguesa para o ensino fundamental como:
Valorizar a leituracomo fonte de informação, via de acesso aos mundos criados pela literatura e possibilidade de fruição estética, sendo capazes de interpretar e considerar os dos outros, contrapondo-os quando necessário. (BRASIL, 1997, p.33).recorrer aos materiais escritos em função de diferentes objetivos; [...] Valer-se da linguagem para melhorar a qualidade de suas relações pessoais, sendo capazes de expressar seus sentimentos, experiências, ideias e opiniões, bem como de acolher, 
A literatura é um bem cultural e deve estar presente desde os primeiros anos de vida e torna-se fundamental o uso da literatura infantil dentro da escola e na família. Jogos, textos curtos, como cantigas, inseridos ao contexto trabalhado, como, por exemplo, a música que Chapeuzinho canta em seu percurso “pela estrada afora eu vou bem sozinha...”, leituras que envolvam rimas, podem ser introduzidas como pseudoleituras, através da quais as crianças poderão fazer relações entre grafema e fonema.
Uma abordagem mais dinâmica inicia através de uma roda de conversa, relações do contexto literário com a realidade dos educandos, considerando que os contos de fadas sempre retratam aspectos importantes a serem discutidos.
 Exemplos de trabalhos didáticos usando estes recursos são as coletâneas de textos, inicialmente deve ser usado um texto original, Chapeuzinho Vermelho, por exemplo, dos irmãos Grimm, e depois ir acrescentando novas versões, como a leitura poética de Chapeuzinho Amarelo, de Chico Buarque, Chapeuzinho Verde, de Augusta Faro, entre outros.
 Foucambert apud Brasil (2007, p.94) afirma que “na fase de aprendizado, o meio deve propiciar à criança toda ajuda para utilizar textos ‘verdadeiros’ e não simplificar os textos para adaptá-los às possibilidades atuais do aprendiz”, ou seja, as interações, as conversas entre o leitor experiente, professor, e o educando vão favorecendo a apropriação dos recursos da língua escrita, mesmo que aos olhos do leitor o texto proposto esteja além de seus conhecimentos.
5 METODOLOGIA
As metodologias utilizadas serão de fontes bibliográficas que abordem sobre o assunto a ser discutido e colocado em pauta, pesquisas bibliográficas de contos clássicos de importantes autores da literatura infantil. Apresenta uma abordagem qualitativa no qual descreve a importância e contribuições dos contos de fadas na infância, pois o mesmo contribui com seu desenvolvimento e aprendizagem em diferentes saberes.
Os registros serão feito através de slides do desenvolvimento do trabalho do começo ao fim, trabalha texto de autores que desenvolveram estudos relacionados ao tema proposto para a investigação com fins de fundamentar teoricamente todo o procedimento.
6 CRONOGRAMA DE DESENVOLVIMENTO
Quadro 1 – Cronograma de execução das atividades do Projeto e do Trabalho de Conclusão de Curso.
	ATIVIDADES
	2017
	2018
	2018
	
	JUL
	AGO
	SET
	OUT
	NOV
	DEZ
	JAN
	FEV
	MAR
	ABR
	MAI
	JUN
	JUL
	AGO
	SET
	OUT
	NOV
	DEZ
	Escolha do tema. Definição do problema de pesquisa
	
	
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	Definição dos objetivos, justificativa.
	
	
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	Definição da metodologia.
	
	
	
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	Pesquisa bibliográfica e elaboração da fundamentação teórica.
	
	
	
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	Entrega da primeira versão do projeto.
	
	
	
	
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	Entrega da versão final do projeto.
	
	
	
	
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	Revisão das referências para elaboração do TCC.
	
	
	
	
	
	
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	Elaboração do Capítulo 1.
	
	
	
	
	
	
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	Revisão e reestruturação do Capítulo 1 e elaboração do Capítulo 2.
	
	
	
	
	
	
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	Revisão e reestruturação dos Capítulos 1 e 2. Elaboração do Capítulo 3.
	
	
	
	
	
	
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	Elaboração das considerações finais. Revisão da Introdução.
	
	
	
	
	
	
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	Reestruturação e revisão de todo o texto. Verificação das referências utilizadas.
	
	
	
	
	
	
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	Elaboração de todos os elementos pré e pós-textuais.
	
	
	
	
	
	
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	Entrega da monografia.
	
	
	
	
	
	
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	Defesa da monografia.
	
	
	
	
	
	
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REFERÊNCIAS
ALENCAR, Marcelo. Quem quiser que conte outra. Educação. São Paulo: Segmento. Ano 26, nº 228. p. 42-54, abr 2000.
 
NÓBREGA, Lyéde Ruggero de Barros. Educar com Contos de Fadas: Vinculo entre a realidade e fantasia. São Paulo: Mundo Mirim, 2009.
BETTELHEIM, Bruno. A psicanálise dos contos de fadas. Trad. Arlene Caetano. São Paulo: Paz e Terra, 2007.
MACHADO, Ana Maria. Como e por que ler os clássicos universais desde cedo. Rio de Janeiro: Objetiva, 2002.
BRASIL, Ministério da Educação e do Desporto. Parâmetros Curriculares Nacionais: Língua Portuguesa / Secretaria de Educação Fundamenta. Brasília, 1997.
BRASIL, Ministério da Educação. Ensino Fundamental de nove anos: Orientações para a inclusão da criança de seis anos de idade / Secretaria de Educação Básica. Brasília, 2007.

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