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IGREJA PRESBITERIANA DE JAÚ Gálatas Marcos César Botelho IGREJA PRESBITERIANA DE JAÚ Controvérsias Após a saudação inicial Paulo deixa transparecer a intensidade da controvérsia Diferentemente das demais cartas, falta uma palavra de ação de graças São feitas duas acusações a Paulo IGREJA PRESBITERIANA DE JAÚ Controvérsias Acusações Seu Evangelho seria uma prédica à maneira humana, porque ele procurava agradar a homens Ele não seria um apóstolo legítimo IGREJA PRESBITERIANA DE JAÚ Controvérsias “Paulo, apóstolo, não da parte de homens, nem por intermédio de homem algum, mas por Jesus Cristo e por Deus Pai, que o ressuscitou dentre os mortos.” (Gl. 1,1) IGREJA PRESBITERIANA DE JAÚ Controvérsias “Porventura, procuro eu, agora, o favor dos homens ou de Deus? Ou procuro agradar a homens? Se agradasse ainda a homens, não seria servo de Cristo.” (Gl. 1,10) IGREJA PRESBITERIANA DE JAÚ Conteúdo A carta pode ser dividida em introdução e três partes Introdução – 1,1-10 1,11 – 2,21 3,1 – 5,12 1 2 3 5,13 – 6,10 4 IGREJA PRESBITERIANA DE JAÚ Conteúdo Introdução Apresenta algumas linhas apologéticas – 1,1-5 Não há ações de graças rendidas por causa dos gálatas Faz referência à situação na comunidade IGREJA PRESBITERIANA DE JAÚ Conteúdo Primeira parte – 1,11 – 2,21 Paulo faz uma defesa pessoal contra os ataques ao seu ministério apostólico Seu evangelho provém diretamente de Deus Foi aprovado e reconhecido pela igreja primitiva de Jerusalém Contenda com Pedro IGREJA PRESBITERIANA DE JAÚ Conteúdo Segunda parte – 3,1 – 5,12 Demonstra a liberdade diante da Lei Salvação pela fé e não por obras Justificação está vinculada não ao cumprimento da Lei, mas à promessa Liberdade em Cristo e escravidão da lei IGREJA PRESBITERIANA DE JAÚ Conteúdo Terceira parte – 5,13 – 6,10 Trata da liberdade cristã e preservação em face da Lei Liberdade foi concedida aos gálatas e que deve ser exercida por meio da obediência ao Espírito Saudação final e admoestações IGREJA PRESBITERIANA DE JAÚ Destinatários Há duas teorias Teoria galática setentrional (ou norte da Galácia) Teoria galática meridional (ou sul da Galácia) IGREJA PRESBITERIANA DE JAÚ Data Dependerá da teoria adotada quanto aos destinatários Teoria meridional Trata-se de uma província situada no coração da Ásia Menor Paulo se dirige às comunidades no sul (At. 13-14) compostas de judaico-cristãos Fundadas na 1ª viagem de Paulo Data da redação – durante a 2ª viagem de Paulo 49 d.C. IGREJA PRESBITERIANA DE JAÚ Data Teoria setentrional Trata da região norte da Galácia onde haviam estabelecido os gálatas originalmente procedentes da Gália Paulo escreveu a carta durante a estadia de dois anos em Éfeso ou quando esteve viajando pela Macedônia Data da redação – posterior a 3ª Viagem de Paulo 53-55 d.C. IGREJA PRESBITERIANA DE JAÚ Ocasião A epístola é uma resposta a uma crise da comunidade com implicações sociais e teológicas Pessoas com forte tendência judaica estavam pregando outra versão do evangelho Diziam que os crentes deveriam circuncidar-se e observar as prescrições da lei mosaica Caso contrário não seriam justificados IGREJA PRESBITERIANA DE JAÚ Implicação social Havia exigência para que os não-judeus adotassem um modo de vida que os identificassem como judeus Implicação teológica A exigência de os gentios serem circuncidados e adotarem as prescrições da lei mosaica punha em questão a suficiência do que Deus fizera em Cristo IGREJA PRESBITERIANA DE JAÚ Defesa de Paulo – Justificação pela fé Morte de Jesus é o acontecimento central A crise na Galácia girava em torno da lei mosaica e da aliança que Deus fez com Abraão Paulo relaciona a história de Cristo com as promessas que Deus fez à Abraão Discute o papel da lei mosaica IGREJA PRESBITERIANA DE JAÚ Cristo e a Lei Para os judaizantes, os gentios deveriam aceitar a circuncisão, caso desejassem participar das bênçãos da aliança de Abraão Sinal que implicava a observância da lei mosaica “Contudo, nem mesmo Tito, que estava comigo, sendo grego, foi constrangido a circuncidar-se. E isto por causa dos falsos irmãos que se entremeteram com o fim de espreitar a nossa liberdade que temos em Cristo Jesus e reduzir-nos à escravidão.” (Gl. 2,3-4) IGREJA PRESBITERIANA DE JAÚ Cristo e a Lei Se a justiça pudesse ser obtida através da lei, por que Cristo morreu? (Gl. 2,21) Por que Deus enviou seu Filho ao mundo? (Gl. 4,4) Por que Jesus se entregou livremente pelos pecados do homem? (Gl. 1,4) Paulo argumenta que a lei era incapaz de dar justificação e vida IGREJA PRESBITERIANA DE JAÚ Cristo e a Lei “Não anulo a graça de Deus; pois, se a justiça é mediante a lei, segue-se que morreu Cristo em vão.” (Gl. 2,21) “É, porventura, a lei contrária às promessas de Deus? De modo nenhum! Porque, se fosse promulgada uma lei que pudesse dar vida, a justiça, na verdade, seria procedente de lei ” (Gl. 3,21) IGREJA PRESBITERIANA DE JAÚ Cristo e a Lei Paulo recorre a Gn. 12 e Gn. 15 Aproveita-se do fato gramatical que “semente” (sperma) é singular e não plural Conclui que as promessas de Deus a Abraão tinham em vista o descendente singular, Cristo “Ora, as promessas foram feitas a Abraão e ao seu descendente. Não diz: E, aos descendentes, como se falando de muitos, porém como se falando de um só: E ao teu descendente, que é Cristo.” (Gl. 3,16) IGREJA PRESBITERIANA DE JAÚ Cristo e a Lei A lei tinha um papel temporário na história de Israel Incapaz de dar vida, foi ordenada como disciplinador (aio – paidagogos) de Israel Seu desiderato era tornar Israel consciente das transgressões que cometera até que o descendente de Abraão, Cristo, aparecesse “De maneira que a lei nos serviu de aio para nos conduzir a Cristo, a fim de que fôssemos justificados por fé. Mas, tendo vindo a fé, já não permanecemos subordinados ao aio.” (Gl. 3,24-25) IGREJA PRESBITERIANA DE JAÚ Cristo, o Filho de Deus Cristo é o herdeiro legítimo de Abraão, que herda as promessas que Deus fez ao patriarca e acaba com o papel da lei como disciplinador de Israel “[...] vindo, porém, a plenitude do tempo, Deus enviou seu Filho, nascido de mulher, nascido sob a lei, para resgatar os que estavam sob a lei, a fim de que recebêssemos a adoção de filhos.” (Gl. 4,4-5) A história da morte salvadora na cruz é o clímax da história Abraão-Cristo IGREJA PRESBITERIANA DE JAÚ Cristo, o Filho de Deus “E, porque vós sois filhos, enviou Deus ao nosso coração o Espírito de seu Filho, que clama: Aba, Pai!” (Gl. 4,6) “De sorte que já não és escravo, porém filho; e, sendo filho, também herdeiro por Deus.” (Gl. 4,7) IGREJA PRESBITERIANA DE JAÚ Cristo, o Filho de Deus Gl. 4,4 trata da encarnação de Jesus Jesus não foi simplesmente exaltado à posição de Filho de Deus ou adotado a esta posição Ele era Filho de Deus antes de sua ressurreição e, de fato, antes de sua existência terrena É a posição de Cristo como filho preexistente de Deus que dá valor salvífico a sua obra A morte de Cristo foi redentora porque aquele que se entregou pelos outros era o Filho único de Deus IGREJA PRESBITERIANA DE JAÚ Cristo, o Filho de Deus Paulo apresenta Cristo, o descendente singular de Abraão, como quem redime a humanidade de sua condição de pecado e escravidão, e livra os que estão sob a lei da ameaça dessa maldição “Ó gálatas insensatos! Quem vos fascinou a vós outros, ante cujos olhos foi Jesus Cristo crucificado?” (Gl. 3,1) Cristo realiza esta redenção através de sua morte na cruz, o ponto central da pregação de Paulo IGREJA PRESBITERIANA DE JAÚ Fé de Jesus O ensinamento de Paulo sobre a justificação pela fé tem sua expressão mais plena em Gl. 2,15-21 “[...] sabendo, contudo, que o homem não é justificado por obras da lei, e sim mediante a fé em [de] Cristo Jesus, também temos crido em Cristo Jesus, para que fôssemos justificados pela fé em [de] Cristo e não por obras da lei, pois, por obras da lei, ninguém será justificado.” (Gl. 2,16) IGREJA PRESBITERIANA DE JAÚ Fé de Jesus Paulo está dizendo que os crentes são justificados com base na fidelidade de Cristo Fidelidade manifestada na entrega de sua vida na cruz Não há justificativa com base na observância legal A fé de Cristo é o fundamento da justificação do crente e a razão por que se crê em Cristo IGREJA PRESBITERIANA DE JAÚ Resumo da aula Autor: Apóstolo Paulo Tema: Justificação pela fé em Cristo Data e local: 53/55 AD (ou 49 AD) Conceitos desenvolvidos na Epístola Preexistência de Cristo Liberdade em Cristo da lei Justificação pela fé Liberdade e amor Cruz de Cristo Obrigado!