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Professor: Msc. Lissandro Brito Viena Instituição: Instituto Federal de Educação, Ciência e Tecnologia da Bahia (IFBA) ENG 418 1 Máquina de corrente contínua MOTORES CC Instituto Federal de Educação, Ciência e Tecnologia da Bahia (IFBA) Máquinas Elétricas (ENG 418) Instituto Federal de Educação, Ciência e Tecnologia da Bahia (IFBA) Máquinas Elétricas (ENG 418) 1 Força contra-eletromotriz ENG 418 2 Os motores cc são construídos da mesma forma que os geradores cc. Consequentemente, uma máquina cc pode operar tanto como motor quanto gerador. Considere a seguinte figura: Instituto Federal de Educação, Ciência e Tecnologia da Bahia (IFBA) Máquinas Elétricas (ENG 418) ENG 418 3 Quando a chave é fechada, uma grande corrente flui pela armadura, pois sua resistência é baixa. Os condutores individuais que constituem a armadura são submetidos a uma força já que estão imersos no interior de uma campo magnético criado pelos enrolamento de campo. Estas forças produzem um torque provocando a rotação da armadura. Entretanto, à medida que a máquina começa a girar tem-se outro efeito: o efeito gerador. O valor e a polaridade da tensão induzida são os mesmos que aqueles de quando a máquina opera como gerador. Instituto Federal de Educação, Ciência e Tecnologia da Bahia (IFBA) Máquinas Elétricas (ENG 418) ENG 418 4 No caso do motor, essa tensão induzida é chamada de força contra-eletromotriz, pois sua polaridade age de maneira contrária a tensão da fonte Es. A tensão induzida é dada por: Instituto Federal de Educação, Ciência e Tecnologia da Bahia (IFBA) Máquinas Elétricas (ENG 418) ENG 418 5 Aceleração do motor Na partida a corrente é dada por: À medida que a velocidade aumenta, o valor da tensão induzida aumenta (fcem), diminuindo o valor da corrente. Embora a corrente de armadura diminua, o motor continua a acelerar até alcançar uma velocidade máxima. A vazio, sua velocidade produz uma força contra-eletromotriz induzida que é levemente menor que a tensão da fonte. Instituto Federal de Educação, Ciência e Tecnologia da Bahia (IFBA) Máquinas Elétricas (ENG 418) ENG 418 6 Aceleração do motor Assim, quando o motor opera sem carga, a força contra-eletromotriz deve ser levemente menor do que a tensão da fonte Vs para permitir que uma pequena corrente flua a fim de produzir um torque necessário. Instituto Federal de Educação, Ciência e Tecnologia da Bahia (IFBA) Máquinas Elétricas (ENG 418) ENG 418 7 Potência mecânica e torque A potência mecânica e o torque são duas de suas propriedades mais importantes: Sabemos também que: Potência elétrica suprida a armadura Potência mecânica desenvolvida Potência dissipada no circuito de armadura Potência mecânica desenvolvida Instituto Federal de Educação, Ciência e Tecnologia da Bahia (IFBA) Máquinas Elétricas (ENG 418) ENG 418 8 O diagrama de fluxo de potência Uma das técnicas mais convenientes para contabilizar as perdas de potência em uma máquina é o diagrama de fluxo de potência. O diagrama de fluxo de potência de um motor CC é mostrado na figura a seguir. Instituto Federal de Educação, Ciência e Tecnologia da Bahia (IFBA) Máquinas Elétricas (ENG 418) ENG 418 9 Velocidade de rotação Quando um motor aciona uma carga na faixa de operação a vazio e de plena carga, a queda de tensão na resistência de armadura pode ser de certa forma desprezada. Sabendo-se que: Tensão da fonte Fluxo dos polos de campo Instituto Federal de Educação, Ciência e Tecnologia da Bahia (IFBA) Máquinas Elétricas (ENG 418) ENG 418 10 Controle de velocidade pela armadura Considere o sistema de controle de velocidade Ward - Leonard Tensão de saída variável Motor de indução trifásico acionando o gerador cc Instituto Federal de Educação, Ciência e Tecnologia da Bahia (IFBA) Máquinas Elétricas (ENG 418) ENG 418 11 Controle de velocidade pela armadura Que análise podemos fazer a partir da figura do slide anterior? Esse sistema é mais do que simplesmente um caminho de aplicação de uma tensão cc variável a armadura de um motor cc. Ele pode forçar o motor a desenvolver o torque e a velocidade requerida pela carga. O que pode acontecer se reduzirmos a tensão da fonte Es? Se a tensão Es<E0, então a corrente invertida. Como resultado: O torque do motor é invertido. A armadura do motor fornece potência ao gerador Instituto Federal de Educação, Ciência e Tecnologia da Bahia (IFBA) Máquinas Elétricas (ENG 418) ENG 418 12 Controle de velocidade pela armadura Como resultado, o motor repentinamente torna-se um gerador e o gerador G torna-se um motor. Pergunta: De onde vem a potência elétrica que o motor agora entrega o gerador? Ela é originada do consumo da energia cinética da armadura que desacelera rapidamente e de sua carga mecânica conectada. Assim pela redução da tensão da fonte Es, o motor é repentinamente forçado a reduzir a sua velocidade. Instituto Federal de Educação, Ciência e Tecnologia da Bahia (IFBA) Máquinas Elétricas (ENG 418) ENG 418 13 Reversão da direção de rotação A direção de rotação do motor cc pode ser revertida: Pela troca das conexões de armadura. Pela troca das conexões de ambas as conexões de campo shunt e campo série. Situação original Inversão da conexão de armadura para inverter a direção de rotação Inversão das conexões de campo para inverter a direção da rotação Instituto Federal de Educação, Ciência e Tecnologia da Bahia (IFBA) Máquinas Elétricas (ENG 418) ENG 418 14 Partida de um motor shunt Se aplicarmos tensão nominal a um motor shunt inicialmente parado, a corrente de partida será muito elevada e corremos o risco de: Queimar o enrolamento de armadura Danificar as escovas e os comutadores devido às centelhas É importante que todos os motores tenham mecanismo para reduzir a corrente de partida. Uma solução seria implementar o sistema mostrado a seguir: Instituto Federal de Educação, Ciência e Tecnologia da Bahia (IFBA) Máquinas Elétricas (ENG 418) ENG 418 15 Partida de um motor shunt Efeitos da partida na tensão nominal? Por que inserir uma resistência no circuito de armadura? Instituto Federal de Educação, Ciência e Tecnologia da Bahia (IFBA) Máquinas Elétricas (ENG 418) ENG 418 16 Frenagem do motor cc Uma forma de parar o motor seria por atrito, semelhante ao processo de frenagem de um veículo. Outro método mais elegante consiste em circular uma corrente reversa na armadura a qual irá frear o motor eletricamente. Existem dois métodos que serão empregados para criar tal freio eletromecânico: Dynamic braking Plugging Instituto Federal de Educação, Ciência e Tecnologia da Bahia (IFBA) Máquinas Elétricas (ENG 418) ENG 418 17 Dynamic braking – Frenagem dinâmica Considere uma motor shunt cujo enrolamento de campo é conectado diretamente a uma fonte de tensão. Quando o motor está operando normalmente, a direção da corrente de armadura e a polaridade da força contra-eletromotriz induzida é mostrada acima. FCEM Instituto Federal de Educação, Ciência e Tecnologia da Bahia (IFBA) Máquinas Elétricas (ENG 418) ENG 418 18 Dynamic braking – Frenagem dinâmica O que ocorre quando a chave for aberta? A tensão induzida continua existindo? Por que a velocidade diminui? Podemos considerar agora o motor como gerador? Instituto Federal de Educação, Ciência e Tecnologia da Bahia (IFBA) Máquinas Elétricas (ENG 418) ENG 418 19 Dynamic braking – Frenagem dinâmica A chave agora é fechada para a nova posição. O que ocorrerá? A tensão E0 fará com que circule uma corrente I2 contrária a corrente I1produzindo um torque reverso que depende do valor de I2. Este fará com que a máquina tenha uma para suave. Instituto Federal de Educação, Ciência e Tecnologia da Bahia (IFBA) Máquinas Elétricas (ENG 418) ENG 418 20 Plugging – aplicação de corrente reversa na armadura Considere agora o sistema mostrado abaixo: Esse método consiste em uma mudança do sentido da corrente de armadura pela troca dos terminais da fonte. Instituto Federal de Educação, Ciência e Tecnologia da Bahia (IFBA) Máquinas Elétricas (ENG 418) ENG 418 21 Plugging – aplicação de corrente reversa na armadura Em condição normal, temos a seguinte corrente circulando pela armadura: Quando trocamos os terminais da armadura, a corrente é dada por: Temos agora que a força contra-eletromotriz não mais age contrária a tensão da fonte e sim adiciona a ela. Isto faz circular uma elevada corrente na armadura. Instituto Federal de Educação, Ciência e Tecnologia da Bahia (IFBA) Máquinas Elétricas (ENG 418) ENG 418 22 Plugging – aplicação de corrente reversa na armadura Essa corrente reversa produzirá um torque reverso que tende a parar a armadura. Por que inserimos o resistor no circuito de armadura? Instituto Federal de Educação, Ciência e Tecnologia da Bahia (IFBA) Máquinas Elétricas (ENG 418) ENG 418 23 REAÇÃO DE ARMADURA Sabemos que a corrente fluindo nos condutores do circuito de armadura também cria uma força magnetomotriz que distorce e enfraquece o fluxo proveniente dos polos da máquina. A ação magnética da força magnetmotriz de armadura é chamada de reação de armadura. Distribuição do fluxo em um motor operando sem carga Instituto Federal de Educação, Ciência e Tecnologia da Bahia (IFBA) Máquinas Elétricas (ENG 418) ENG 418 24 REAÇÃO DE ARMADURA Quando um motor gira em vazio, a pequena corrente que flui pela armadura não afeta o fluxo proveniente dos polos. Mas quando a armadura conduz sua corrente normal de operação, ela produz uma forte força magnetomotriz, a qual quando agindo sozinha produz um fluxo mostrado abaixo. Fluxo criado pela corrente de armadura Instituto Federal de Educação, Ciência e Tecnologia da Bahia (IFBA) Máquinas Elétricas (ENG 418) ENG 418 25 REAÇÃO DE ARMADURA No nosso exemplo, a densidade de fluxo aumenta sob a parte esquerda do polo e decresce sob a parte direita do polo. Esta distribuição desigual produz dois efeitos importantes: Fluxo resultante da interação dos fluxos de campo e de armadura Instituto Federal de Educação, Ciência e Tecnologia da Bahia (IFBA) Máquinas Elétricas (ENG 418) ENG 418 26 REAÇÃO DE ARMADURA Esta distribuição desigual produz dois efeitos importantes: Deslocamento da zona neutra para esquerda contrária à direção de rotação. Isso resulta em uma comutação pobre com faíscas nas escovas. Saturação em um dos lados do polo devido ao aumento da densidade de fluxo. Consequentemente, o aumento da densidade de fluxo sob o lado esquerdo é menor do que decréscimo do fluxo no lado direito. O fluxo phi3 a plena carga é menor do que o fluxo phi1 a vazio. Instituto Federal de Educação, Ciência e Tecnologia da Bahia (IFBA) Máquinas Elétricas (ENG 418) ENG 418 27 POLOS DE COMUTAÇÃO Em oposição ao efeito da reação de armadura e assim melhorando a comutação, colocam-se um conjunto de polos de comutação entre os polos principais. Como no caso do gerador, esses polos produzem uma força magnetomotriz igual e oposta a força magnetomotriz de armadura. A neutralização da fmm de armadura é restrita à pequena zona coberta pelos polos de comutação onde a comutação ocorre. Instituto Federal de Educação, Ciência e Tecnologia da Bahia (IFBA) Máquinas Elétricas (ENG 418) ENG 418 28 ENROLAMENTOS DE COMPENSAÇÃO Em oposição ao efeito da reação de armadura e assim melhorando a comutação, colocam-se um conjunto de polos de comutação entre os polos principais. Como no caso do gerador, esses polos produzem uma força magnetomotriz igual e oposta a força magnetomotriz de armadura. A neutralização da fmm de armadura é restrita à pequena zona coberta pelos polos de comutação onde a comutação ocorre. Instituto Federal de Educação, Ciência e Tecnologia da Bahia (IFBA) Máquinas Elétricas (ENG 418)
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