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Economia Internacional � Maria Auxiliadora de Carvalho César Roberto Leite da Silva 4ª Edição |2007| � Economia Internacional MARIA AUXILIADORA DE CARVALHO Professora da UniFMU e Faculdades Tibiriçá CÉSAR ROBERTO LEITE DA SILVA Professor da Pontifícia Universidade Católica de São Paulo (PUC-SP) e autor do livro Economia e Mercados: Introdução à Economia, da Editora Saraiva. Atualmente, é pesquisador do Instituto de Economia Agrícola. � Economia Internacional O interesse por economia internacional é crescente nos dias atuais, especialmente porque, com a abertura econômica e a liberalização dos movimentos de capitais, o Brasil expôs-se a decisões tomadas por agentes econômicos do exterior. de compreender os acontecimentos e suas conseqüências sobre a dinâmica da economia e sobre o desempenho das empresas explica a grande curiosidade que o estudo do tema tem despertado. Além de apresentar os novos desafios na área, o livro traz o balanço da economia brasileira e mundial no final do milênio. A Teoria Clássica, a Teoria da Dotação Relativa dos Fatores e outros assuntos são apresentados sem perder de vista a problemática atual. Em sua quarta edição, traz questões de revisão e inúmeras aplicações práticas. � Capítulo 8 Pagamentos Internacionais e Taxa de Câmbio Questões Dado que os pagamentos internacionais são feitos em moeda, o que é necessário para que o comércio entre os países de fato ocorra? Resposta Grau de Dificuldade: médio Resposta presente na página 162 Uma vez que os pagamentos internacionais são feitos em moeda, é preciso haver um mecanismo de transferência desses recursos de um país para outro e uma taxa de conversão de uma moeda em outra. Essa taxa depende do regime cambial adotado e da oferta e demanda de moeda estrangeira no país. Como se dá o comércio entre os países na prática? Há transferência física de moeda entre os países? Resposta Grau de Dificuldade: médio-alto Resposta presente na página 163 No caso de comércio entre os países, não há transferência física de moeda entre a parte importadora e a parte exportadora. O que ocorre na prática é que, no caso da importação brasileira, o banco nacional não envia dólares para o país do qual está importando, apenas credita o valor na conta do exportador. No caso da exportação brasileira, os dólares não são creditados na conta do exportador brasileiro. Na prática ocorrem apenas débitos e créditos em contas mantidas em bancos comerciais. � Qual é o papel do Banco Central no comércio entre países? Resposta Grau de Dificuldade: médio Resposta presente na página 163 O Banco Central de qualquer país é a autoridade monetária que realiza, entre outras atribuições, o controle das “entradas” e “saídas” de moeda estrangeira. Seu papel, nesse caso, é centralizar o controle das operações de câmbio, e, portanto, deve ser notificado de todas as transações de bancos comerciais que envolvam entrada e saída de moeda estrangeira no país. O saldo dessas operações recebe o nome de reservas. Qual é a importância da taxa de câmbio para as negociações entre países? Resposta Grau de Dificuldade: médio Resposta presente na página 164 A taxa de câmbio é uma variável econômica muito importante porque intermedeia todas as transações entre residentes e não-residentes de um país. Em outras palavras, todas as contas do balanço de pagamentos são influenciadas pela taxa de câmbio, cujas alterações afetam exportações, importações, entradas de capitais estrangeiros, rentabilidade de aplicações no exterior, volume de reservas, etc... Qual o efeito de uma desvalorização da taxa de câmbio? Resposta Grau de Dificuldade: médio Resposta presente na página 164 Uma desvalorização da taxa de câmbio aumenta a competitividade dos produtos brasileiros no exterior, fazendo crescer as exportações, a produção e o emprego, mas também pode levar a aumentos dos preços internos, provocando inflação, que, além dos problemas já conhecidos, pode trazer efeitos distributivos perversos. � Como são determinas as taxas de câmbio? Resposta Grau de Dificuldade: médio-alto Resposta presente na página 164 Há inúmeros fatores que determinam as taxas de câmbio. Um deles é o regime cambial, ou seja, a regra que a autoridade monetária de um país adota para determinar a taxa de câmbio. Há, basicamente, dois tipos de arranjos cambiais: o regime cambial fixo e o flexível. Explique como funciona um regime de câmbio fixo. Resposta Grau de Dificuldade: baixo-médio Resposta presente na página 164 Em um regime cambial fixo, o Banco Central fixa o preço de uma moeda estrangeira em moeda nacional. A autoridade monetária garante a conversão de moeda estrangeira em nacional, e vice-versa, àquele preço. Qual o mecanismo utilizado num regime de câmbio flutuante? Resposta Grau de Dificuldade: baixo-médio Resposta presente na página 164 No regime de câmbio flexível ou flutuante, o Banco Central permite que o mercado cambial estabeleça o preço da moeda estrangeira. Há, de um lado, agentes que demandam moeda estrangeira, e, de outro, aqueles que demandam moeda nacional em troca da moeda estrangeira que possuem. � Qual o mecanismo de ajuste a aumentos súbitos nos investimentos estrangeiros, no caso de um regime de taxa de câmbio flutuante? Resposta Grau de Dificuldade: médio-alto Resposta presente na página 165 No mercado cambial em regime de câmbio flutuante, o governo compra e vende divisas como se fosse um agente qualquer. O mercado de divisas estabelece a taxa de câmbio E (como na figura que segue). Imaginemos que, subitamente, inicie-se uma série de investimentos estrangeiros, trazendo moeda estrangeira para o país. Se o investimento for substancia, a oferta de moeda estrangeira desloca-se para a direita. Se a demanda não se alterar, a taxa de câmbio passa de E para E’, ou seja, a moeda estrangeira torna-se mais barata. Se isso ocorrer, as importações são estimuladas uma vez que os produtos estrangeiros tornam-se mais baratos, em moeda nacional, e o balanço comercial apresenta déficit. Para impedir isso, o governo interfere no mercado de divisas, comprando dólares, e a demanda se desloca para a direita. Explique como funciona o regime de ancoragem unilateral. Resposta Grau de Dificuldade: médio Resposta presente na página 166 No regime de ancoragem unilateral, a responsabilidade pela manutenção da paridade é do país ancorado, e não do país-âncora. Em outras palavras, a política econômica do país que adotou esse regime passa a ser guiada pela necessidade de manter a taxa de câmbio estabelecida, enquanto o país que serve de âncora não se preocupa com o assunto. Em que o currency board se assemelha à ancoragem unilateral?? � Resposta Grau de Dificuldade: médio Resposta presente na página 166 Currency board é uma versão radical da ancoragem unilateral. Nesse regime, o país ancorado não só estabelece unilateralmente uma taxa de câmbio fixa, como vincula o volume de moeda local à quantidade da moeda estrangeira de referência existente no país. No que o arranjo cambial cooperativo se diferencia do sistema de ancoragem cambial? Resposta Grau de Dificuldade: médio Resposta presente na página 166 O arranjo cambial cooperativo é um sistema de ancoragem que se distingue do unilateral à medida que todos os países envolvidos são responsáveis pela manutenção das paridades cambiais entre as respectivas moedas. O que é a Paridade do Poder de Compra? Explique. Resposta Grau de Dificuldade: médio Resposta presente na página 167 A paridade do poder de compra da moeda, freqüentemente denotada por PPC, é um conceito muito antigo baseado naLei do preço único, segundo a qual, em um mercado integrado, qualquer mercadoria tem um só preço, ou seja, na ausência de barreiras ao fluxo de informações e de mercadorias, não é possível que um mesmo bem seja vendido a dois ou mais preços diferentes. � Explique o que diferencia a taxa de câmbio nominal da taxa de câmbio real em uma economia. Resposta Grau de Dificuldade: baixo Resposta presente na página 170 A taxa de câmbio nominal é simplesmente aquela expressa em unidades monetárias. A taxa de câmbio real, por sua vez, expressa o poder de compra da moeda nacional envolvida em transações externas. Como pode ser caracterizada a taxa de câmbio de paridade? Do que depende a aplicação desse tipo de método? Resposta Grau de Dificuldade: médio Resposta presente na página 173-174 A taxa de câmbio de paridade pode ser determinada algebricamente como: ∆E = 1 + ∆P - 1 1 + ∆P* Essa expressão nos diz que, para manter a paridade do poder de compra da moeda, a variação da taxa de câmbio (∆E) deve ser igual à razão entre ∆P e ∆P*, entre o momento inicial (i) e o momento final (f) Vale destacar que a aplicação prática desse método depende da prioridade da política econômica. Supondo que a taxa de câmbio de determinado período passado fosse considerada boa para as trocas internacionais. Se o governo pretendesse recuperar aquela PPC bastava corrigir a taxa de câmbio nominal até o momento presente, obtendo a taxa de câmbio de paridade que daria o mesmo poder de compra daquela ocasião. . O que difere a taxa de câmbio real efetiva do conceito de taxa de câmbio real clássico? Resposta Grau de Dificuldade: médio Resposta presente na página 177-178 � A diferença da taxa de câmbio real é que sua estimativa leva em conta o peso relativo de cada parceiro no comércio, bem como a respectiva taxa de câmbio. Sendo n o número de parceiros comerciais do Brasil, wi o peso relativo do i-ésimo país no nosso comércio e Ei a taxa de câmbio do i-ésimo parceiro, a seguinte expressão algébrica permite estimar a taxa de câmbio efetiva real (er): �
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