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DIREITO DO CONSUMIDOR POLIANA

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RESUMO ELABORADO POR: POLIANA ROCHA
DIREITO DO CONSUMIDOR
CARACTERISTICAS DO CDC - Lei 8.078/90
1ª NORMA DE ORDEM PÚBLICA – É uma norma cogente, de aplicação obrigatória.
Obs: EXCEÇÃO: Diz a Súmula nº 381 do STJ: “Nos contratos bancários, é vedado ao julgador conhecer, de ofício, da abusividade das cláusulas.”
2ª NORMA LEI DE FUNÇÃO SOCIAL – norma de interesse social, se preocupa com os interesses particulares e tb da coletividade. (art. 2º, parag. Único, CDC - Equipara-se a consumidor a coletividade de pessoas, ainda que indetermináveis, que haja intervindo nas relações de consumo)
3ª MICRO SISTEMA JURÍDICO- nasce para tutelar o vulnerável/desigual, o elo mais fraco da relação de consumo é o consumidor. (principal característica do consumidor é a vulnerabilidade, entretanto, não pode ser considerado hipossuficiente, pq hipossuficiência é uma matéria de direito processual, e vulnerabilidade se trata de matéria de direito material.) Ele pode até ser os dois, só que não podemos confundir.
O art. 6º, VI, CDC – Diz que é um direito básico do consumidor: a efetiva prevenção e reparação de danos patrimoniais e morais, individuais, coletivos e difusos. 
OBS: VULNERABILIDADE: norma de critério de direito material. HIPOSSUFICIÊNCIA: norma de critério processual. 
O STJ FALA SOBRE 4 ESPÉCIES DE VULNERABILIDADE:
A– técnica – falta de conhecimento técnico do serviço contratado ou do produto adquirido.
B- jurídica – falta de conhecimento jurídico, falta de conhecimentos contábeis. 
C- real ou fática – ex: o fornecedor ele tem muito mais poder econômico que o consumidor, muito mais potência. Em alguns casos o fornecedor presta ou oferece aquele serviço/produto para o consumidor com exclusividade, aí o consumidor fica refém de comprar aquele produto ou contratar o serviço apenas com aquele consumidor, ou seja, há uma realidade real ou fática de vulnerabilidade perante esse fornecedor. 
D- Informacional – falta de informação adequada e precisa do produto comprado ou serviço contratado. 
OBS: O igual é tutelado pelo CÓDIGO CIVIL, o desigual (vulnerável) é tutelado pelo CÓDIGO DE DEFESA DO CONSUMIDOR.
OBS: Em todo tipo de contrato, há a interpretação do Princípio mais favorável ao Consumidor. (Art. 47, CDC)
4º NORMA MULTIDISCIPLINAR – Porque quando você abre o CDC percebe-se claramente que ele tem diversas disciplinas (direito civil, administrativo, penal, processual civil).
5º NORMA PRINCIPIOLÓGICA – Porque tem princípios, através deles veicula valores e estabelece fins a serem alcançados (Art. 4º, CDC). 
ELEMENTOS DA RELAÇÃO DE CONSUMO
1 - Subjetivos: Consumidor e fornecedor
2 - Objetivos: produto e serviço
QUEM É O CONSUMIDOR PADRÃO OU STRICTO SENSU? ARTIGO 2º, CAPUT, CDC: 
“Art. 2° Consumidor é toda pessoa física ou jurídica que adquire ou utiliza produto ou serviço como destinatário final.
Parágrafo único. Equipara-se a consumidor a coletividade de pessoas, ainda que indetermináveis, que haja intervindo nas relações de consumo.”
OBS: A jurisprudência destaca que tem que ser um destinatário final fático (aquele que retira um produto ou um serviço do mercado) e um destinatário final econômico (aquele que dá fim a cadeia de consumo). Ou seja, vale dizer que só pode ser consumidor para fins de tutela do CDC aquele que exaure a função econômica do bem/serviço, excluindo de forma definitiva do mercado de consumo.
O CDC e o STJ adotaram a TEORIA FINALISTA (TEORIA SUBJETIVA), que significa dizer que você (pessoa física ou jurídica) tem que usar um produto ou um serviço para fins pessoais. Todavia, o STJ em certos casos faz uso da Teoria Finalista Aprofundada, ele abranda o critério subjetivo dado pela lei para abraçar pessoas que estavam sendo afastadas do conceito de consumidor desde que presente a sua vulnerabilidade, especialmente quando envolvida a pessoa jurídica. 
FINALISMO APROFUNDADO SEGUNDO ENTENDIMENTO DO STJ: A teoria finalista aprofundada ou mitigada amplia o conceito de consumidor incluindo todo aquele que possua vulnerabilidade em face do fornecedor. Decorre da mitigação dos rigores da teoria finalista para autorizar a incidência do CDC nas hipóteses em que a parte, pessoa física ou jurídica, embora não seja tecnicamente a destinatária final do produto ou serviço, se apresenta em situação de vulnerabilidade. Assim, o conceito-chave no finalismo aprofundado é a presunção de vulnerabilidade, ou seja, uma situação permanente ou provisória, individual ou coletiva, que fragiliza e enfraquece o sujeito de direitos, desequilibrando a relação de consumo.
Obs: fica excluído do CDC o consumo intermediário, assim entendido como aquele cujo produto retorna para as cadeias de produção/distribuição compondo custo e, portanto, o preço final de um novo bem/novo serviço. 
CONSUMIDOR EQUIPARADO OU POR EQUIPARAÇÃO- ART. 2º, Parágrafo único; art. 17; art. 29, CDC
CONSUMIDOR POR EQUIPARAÇÃO aquele que não faz parte da relação de consumo mas que é vitimado por um acidente de consumo. Ex1: faz de conta que um cidadão está caminhando na rua e um ônibus vem e o atropela, a pessoa não estava dentro do ônibus e muito menos pagou a passagem, todavia, vai poder ser considerado consumidor por equiparação, por ter sido vítima de um acidente de consumo. Ex2: Uma pessoa que nunca foi cliente de determinada instituição financeira é vítima de fraude, e tem seu nome negativado em razão de débitos contraídos por essa instituição, de acordo com a súmula 479 do STJ, a instituição financeira irá responder de forma objetiva, e a pessoa que teve seu nome negativado poderá ser reconhecida como consumidora por equiparação, por ter sido vítima de um acidente de consumo, causado pela má prestação do serviço. 
QUEM É O FORNECEDOR? - ARTIGO 3º DO CDC
Fornecedor é toda pessoa física ou jurídica, pública ou privada, nacional ou estrangeira, bem como os entes despersonalizados (pessoas que atuam no mercado de consumo com habitualidade sem ter um registro, uma empresa ou estabelecimento comercial aberto), que desenvolvem atividade de produção, montagem, criação, construção, transformação, importação, exportação, distribuição ou comercialização de produtos ou prestação de serviços.
Obs: NO CASO DE ENTES DESPERSONALIZADOS PARA QUE HAJA RELAÇÃO DE CONSUMO: Entre o consumidor e o fornecedor deve estar presente o quesito “HABITUALIDADE”. Sem HABITUALIDADE não há que se falar em relação de consumo.
CONCEITO DE PRODUTO - ART. 3º, PARÁGRAFO 1º e 2º DO CDC.
§ 1° Produto é qualquer bem, móvel ou imóvel, material ou imaterial.
§ 2° Serviço é qualquer atividade fornecida no mercado de consumo, mediante remuneração (Seja a remuneração direta ou indireta, ex: o estacionamento “gratuito” de um mercado, o preço do estacionamento já está embutido nos produtos que estão sendo adquiridos), inclusive as de natureza bancária, financeira, de crédito e securitária, salvo as decorrentes das relações de caráter trabalhista.
SEGUNDO O STJ NÃO É RELAÇÃO DE CONSUMO: a) a relação de condômino e condomínio; b) a relação de entre locador e locatário, tendo em vista por ser regida pela Lei 8.245/91 (mas na relação entre o locador e a imobiliária será uma relação de consumo); c) crédito educativo, súmula 563 do STJ, qual seja, não incide o CDC nos contratos previdenciários com entidades fechadas; d) franqueado e franqueador; e) Clube de investimento e cotista.
OBS: O CDC se aplica para os casos de plano de saúde (Súmula 469, STJ e Lei de Plano de Saúde 9.656)
PRINCIPAIS DIREITOS BÁSICOS DO CONSUMIDOR – ART. 6º DO CDC.
I - A proteção da vida, saúde e segurança contra os riscos provocados por práticas no fornecimento de produtos e serviços considerados perigosos ou nocivos;
II - A educação e divulgação sobre o consumo adequado dos produtos e serviços, asseguradas a liberdade de escolha e a igualdade nas contratações;
III - a informação adequada e clara sobre os diferentes produtos e serviços, com especificação correta de quantidade, características, composição, qualidade, tributos incidentes e preço, bem como sobre os riscos que apresentem;IV - A proteção contra a publicidade enganosa e abusiva, métodos comerciais coercitivos ou desleais, bem como contra práticas e cláusulas abusivas ou impostas no fornecimento de produtos e serviços;
V - A modificação das cláusulas contratuais que estabeleçam prestações desproporcionais [LESÃO - Causa concomitante] ou sua revisão em razão de fatos supervenientes que as tornem excessivamente onerosas; [MODIFICAÇÃO DAS CLÁUSULAS OU REVISÃO DE CLÁUSULAS] 
VI - A efetiva prevenção e reparação de danos patrimoniais e morais, individuais, coletivos e difusos;
VII - o acesso aos órgãos judiciários e administrativos com vistas à prevenção ou reparação de danos patrimoniais e morais, individuais, coletivos ou difusos, assegurada a proteção Jurídica, administrativa e técnica aos necessitados;
VIII - a facilitação da defesa de seus direitos, inclusive com a inversão do ônus da prova, a seu favor, no processo civil, quando, a critério do juiz, for verossímil a alegação ou quando for ele hipossuficiente, segundo as regras ordinárias de experiências;
IX - (Vetado);
X - a adequada e eficaz prestação dos serviços públicos em geral.
Parágrafo único.  A informação de que trata o inciso III do caput deste artigo deve ser acessível à pessoa com deficiência, observado o disposto em regulamento. 
ROL EXEMPLIFICATIVO, ou seja, ele é numerus apertus (número ilimitado) e não numerus clausus (número limitado). 
1º MODIFICAÇÃO OU REVISÃO: Analisar inicialmente a modificação de cláusulas, no art. 6º, V do CDC destaca que haverá a modificação quando houver uma prestação desproporcional, o consumidor poderá requerer a modificação. Prestação desproporcional é sinônimo de “lesão”, o contrato de consumo já nasceu desequilibrado, neste caso, o consumidor irá requerer a modificação de cláusulas. A revisão será cabível quando houver um fato superveniente (que vem depois) de onerosidade excessiva.
Obs: FATO SUPERVENIENTE é aquele previsto, mas não esperado, FATO IMPREVISÍVEL OU EXTRAORDINÁRIO é algo não esperado. 
Obs: a LESÂO é uma causa concomitante ao contrato, já a ONEROSIDADE EXCESSIVA uma causa posterior ao contrato. 
#A primeira parte do artigo 6º, inciso V, trata da TEORIA DA LESÃO CONSUMEIRISTA, qual seja, “a modificação das cláusulas contratuais que estabeleçam prestações desproporcionais”.
#A segunda parte do artigo 6º, inciso V, trata da TEORIA DO ROMPIMENTO DA BASE OBJETIVA DO NEGÓCIO JURÍDICO, qual seja, “sua revisão em razão de fatos supervenientes que as tornem excessivamente onerosas”.
#TEORIA DA IMPREVISÃO: consiste, portanto, na possibilidade de desfazimento ou revisão forçada do contrato quando, por eventos imprevisíveis e extraordinários, a prestação de uma das partes tornar-se exageradamente onerosa — o que, na prática, é viabilizado pela aplicação da cláusula rebus sic stantibus.
Obs: o CDC NÃAAOOO adotou a teoria da imprevisão. Somente o código civil- Art. 478,CC. Nos contratos de execução continuada ou diferida, se a prestação de uma das partes se tornar excessivamente onerosa, com extrema vantagem para a outra, em virtude de acontecimentos extraordinários e imprevisíveis, poderá o devedor pedir a resolução do contrato. Os efeitos da sentença que a decretar retroagirão à data da citação!!! 
Obs: O CDC não quer que haja extrema vantagem para o fornecedor. Basta que haja uma onerosidade excessiva para o consumidor, ele já vai poder pedir a REVISAO. 
Obs: O CDC fala de REVISÃO e o CC de RESOLUÇÃO (extinção do contrato).
PREVENÇÃO (tutela preventiva) / REPARAÇÃO (tutela reparatória) DOS DANOS:
OS DANOS QUE DEVERÃO SER REPARADOS SÃO: 
a) MATERIAL (patrimonial) – danos emergentes e lucros cessantes. Dano emergente é a perda no patrimônio já existente. O lucro cessante é aquilo que se deixou de ganhar. 
b) MORAL (extrapatrimonial) – dano gerado pela violação de um dos direitos da personalidade. Súmulas do STJ: 
37 (trata sobre a possibilidade de cumulação dos danos morais com os materiais); 
227 (diz que a pessoa jurídica poderá demandar o dano moral, segundo o Art. 52, cc. Aplica-se às pessoas jurídicas, no que couber, a proteção dos direitos da personalidade);
370 (diz que a apresentação antecipada de um cheque pré-datado configura dano moral, mesmo sendo uma ordem de pagamento à vista, mas no momento em que ele é pré-datado, ali se estabelece uma relação de confiança e lealdade, uma vez rompido isso, está sendo rompido a boa-fé objetiva, por isso se fala em dano moral); 
385 (estabelece a regrinha referente a negativação do nome da pessoa, a anotação indevida realizada por credor em cadastro de inadimplentes, nos casos em que o indivíduo tiver anterior registro nos órgãos de proteção ao crédito, não gera indenização por danos morais. Nessas situações, é garantido ao indivíduo o direito ao pedido de cancelamento da negativação); 
387 (dá autonomia do dano estético, ele pode ser cumulado com dano moral, e nada impede que ele seja cumulado com dano material); 
388 (a devolução indevida de cheque caracteriza dano moral, dano de natureza in re ipsa); 
403 (Independe de prova do prejuízo a indenização pela publicação não autorizada de imagem de pessoa com fins econômicos ou comerciais). 
OBS: Segundo Jurisprudência, o MERO ABORRECIMENTO e o MERO CONSTRANGIMENTO não geram Dano Moral.
O DANO MORAL É PRESUMIDO, dano moral “IN RE IPSA” (dano moral presumido) – Todas as hipóteses de dano in re ipsa estão contidas nas súmulas 370, 388 e 407 do STJ. Ex: Cadastro de inadimplentes, responsabilidade bancária, atraso de voo, Diploma sem reconhecimento, equivoco administrativo, credibilidade desviada.
c) ESTÉTICO - três são os elementos capazes de caracterizar o dano estético, a saber: transformação para pior, permanência ou efeito danoso prolongado e localização na aparência externa da pessoa.
d) PERDA DE UMA CHANCE - Trata-se de uma perda de uma chance séria e real. Pode ser demandado por dano um moral ou dano material. STJ - RECURSO ESPECIAL: REsp 788459 BA 2005/0172410-9 (Caso Silvio Santos do programa show do milhão)
e) PERDA DO TEMPO LIVRE (ÚTIL) – hoje o tempo é escasso, faz parte do direito da felicidade das pessoas, que é um direito básico e fundamental. Então quando se viola isso, violamos um direito da personalidade da pessoa.
f) INVERSÃO DO ÔNUS DA PROVA ART. 6º, inciso 8º - Inversão ope judicis, é aquele em que ocorre análise do critério subjetivo do magistrado, ou seja, o juiz pode inverter o ônus da prova. O juiz pode inverter o ônus da prova quando houver hipossuficiência ou verossimilhança. A Doutrina trabalha com outra hipótese de inversão do ônus da prova, que é a ope legis, é aquela em que NÃO OCORRE análise do critério subjetivo do julgador, ou seja, ele DEVE inverter o ônus da prova.
Obs: O ÔNUS DA VEROCIDADE DA PROVA CABERÁ A QUEM PATROCINA.
ARTS. 12, 14 e 38 CDC.
PRINCÍPIOS DO CDC – Art. 4º CDC
1- VULNERABILIDADE
2- DEVER GOVERNAMENTAL (Ação governamental se dá por: iniciativa direta, incentivos, pela presença do Estado, pela garantia dos produtos e serviços, padrões adequados)
3- HARMONIZAÇÃO E COMPATIBILIZAÇÃO DA PROTEÇÃO AO CONSUMIDOR
4- BOA FÉ OBJETIVA (Dever de conduta: Confiança e lealdade em todas as fases contratuais)
4.1 Principio da interpretação máxima – art. 46, CDC.
4.2 Principio mais favorável ao consumidor – art. 47, CDC.
4.3 Princípio da Identificabilidade obrigatória da publicidade – Art. 36, CDC.
5- EQUIDADE
6- CONTROLE DA QUALIDADE E MECANISMOS DE ATENDIMENTO PELAS PRÓPRIAS EMPRESAS
7- RACIONALIZAÇÃO E MELHORIA DOS SERVIÇOS PÚBLICOS
8- COIBIÇÃO E REPRESSÃO DAS PRÁTICAS ABUSIVAS – Art. 39 CDC, Súmula 532 STJ (Constitui ato ilícito envio de cartão de crédito sem a solicitação da pessoa).
9- ESTUDO DAS MODIFICAÇÕES DO MERCADO
RESPONSABILIDADE CIVIL NO CDC 
QUANDO PODE OCORRER? 
a) Vício (arts. 18, 19, 20, 23, 26, CDC) – é uma impropriedade ou inadequação que recai sobre o próprio produto ou serviço. Tem natureza intrínseca (inerente). 
Art. 18 (VÍCIO DO PRODUTO – qualidade), toda vez que a lei falar em “fornecedores”, a regra éda solidariedade. Obs: o artigo 18, parág. 5º, no processo in natura (aquele que não sofre processo de industrialização) há de se falar em um rompimento da solidariedade, a responsabilidade será somente do alienante imediato. A responsabilidade será sempre de natureza objetiva, em razão do risco da atividade. A responsabilidade objetiva independe de culpa. 
RISCO SOBRE A QUALIDADE – o consumidor tem que oportunizado ao fornecedor a chance desse produto viciado ter esse conserto. E não sendo o vício sanado no prazo máximo 30 dias, o consumidor alternativamente (não pode ser cumulado os pedido) a sua livre escolha poderá pedir a substituição ou restituição ou abatimento do valor. O consumidor não tem que dar mais prazo ao fornecedor se o produto ainda apresentar vício. EXCEÇÕES: a) art. 18, § 3º - o consumidor poderá fazer uso IMEDIATO das alternativas acima citadas, sempre quando o vício for de grande extensão ou se tratar de produto essencial. a) art. 18, § 2º - Poderão as partes convencionar a redução ou ampliação do prazo previsto no parágrafo anterior, não podendo ser inferior a sete nem superior a cento e oitenta dias. Nos contratos de adesão, a cláusula de prazo deverá ser convencionada em separado, por meio de manifestação expressa do consumidor. Art. 54, CDC.
CONCEITO DE ADESÃO - Quando o contrato for de adesão a escolha caberá ao elo mais fraco da relação de consumo, que é o consumidor.
VÍCIO DO PRODUTO COM RELAÇÃO A QUANTIDADE, art. 19, CDC – Os fornecedores respondem solidariamente pelos vícios de quantidade do produto sempre que, respeitadas as variações decorrentes de sua natureza, seu conteúdo líquido for inferior às indicações constantes do recipiente, da embalagem, rotulagem ou de mensagem publicitária, podendo o consumidor exigir, alternativamente e à sua escolha:
I - o abatimento proporcional do preço; 
II - complementação do peso ou medida; 
III - a substituição do produto por outro da mesma espécie, marca ou modelo, sem os aludidos vícios; 
IV - a restituição imediata da quantia paga, monetariamente atualizada, sem prejuízo de eventuais perdas e danos. 
§ 1° Aplica-se a este artigo o disposto no § 4° do artigo anterior.
EXCEÇÃO – HAVERÁ O ROMPÍMENTO DA SOLIDARIEDADE: § 2° O fornecedor imediato será responsável quando fizer a pesagem ou a medição e o instrumento utilizado não estiver aferido segundo os padrões oficiais. Se o produto for IN NATURA, só responderá o alienante imediato, excluído a responsabilidade solidária.
A responsabilidade será sempre objetiva em razão do risco da atividade, independe de culpa. Não precisa esperar o prazo legal de 30 dias para requerer a complementação.
VICIO DO SERVIÇO, artigo 20, CDC- O fornecedor de serviços responde pelos vícios de qualidade que os tornem impróprios ao consumo ou lhes diminuam o valor, assim como por aqueles decorrentes da disparidade com as indicações constantes da oferta ou mensagem publicitária, podendo o consumidor exigir, alternativamente e à sua escolha:
 I - a reexecução dos serviços, sem custo adicional e quando cabível;
 II - a restituição imediata da quantia paga, monetariamente atualizada, sem prejuízo de eventuais perdas e danos;
 III - o abatimento proporcional do preço.
 § 1° A reexecução dos serviços poderá ser confiada a terceiros devidamente capacitados, por conta e risco do fornecedor.
 § 2° São impróprios os serviços que se mostrem inadequados para os fins que razoavelmente deles se esperam, bem como aqueles que não atendam as normas regulamentares de prestabilidade.
Obs: Responsabilidade objetiva, em razão do risco da atividade. Se houver um vício do serviço, não ha de se falar em prazo de espera de 30 dias. 
AÇÃO DIANTE DE VÍCIO ARTIGO 26, 101, INCISO I DO CDC
O vício do produto ele pode ser:
a) De fácil constatação - é aquele que se dá por mero manusear. Prazo para demandar 30 dias para serviços não duráveis e 90 dias para produtos duráveis.
b) Aparente – é aquele que se dá por mero olhar. Prazo para demandar 30 dias para serviços não duráveis e 90 dias para produtos duráveis.
c) oculto – é aquele que não é aparente e nem de fácil constatação, e só pode ser observado em momento posterior. Não há um prazo, mas uma vez descoberto, terá um prazo de 30 ou 90 dias para a propositura da ação.
Art. 26. O direito de reclamar pelos vícios aparentes ou de fácil constatação caduca em:
 I - trinta dias, tratando-se de fornecimento de serviço e de produtos não duráveis;
 II - noventa dias, tratando-se de fornecimento de serviço e de produtos duráveis.
 § 1° Inicia-se a contagem do prazo decadencial a partir da entrega efetiva do produto ou do término da execução dos serviços.
 § 2° Obstam a decadência:
 I - a reclamação comprovadamente formulada pelo consumidor perante o fornecedor de produtos e serviços até a resposta negativa correspondente, que deve ser transmitida de forma inequívoca;
 II - (Vetado).	
 III - a instauração de inquérito civil, até seu encerramento.
 § 3° Tratando-se de vício oculto, o prazo decadencial inicia-se no momento em que ficar evidenciado o defeito.
b) Fato do produto (arts. 12, 13, 14, 27, CDC) – acidente de consumo, o dano que recai sobre a pessoa do consumidor. Tem natureza extrínseca (que não está dentro). Ex: se um celular explode e causa danos na pessoa.
Obs: existe o vício sem o fato, mas não existe o fato sem o vício.
QUEM SÃO OS RESPONSÁVEIS?
Fabricante, produtor, construtor e importador.
Obs: O comerciante responde de forma subsidiária. (minoritariamente vem crescendo uma ideia sobre ser responsabilizado de forma solidária)
IMPORTANTE!! Segundo a doutrina no CDC sobre responsabilidade civil subsidiária ocorre no comerciante no fato do produto.
Responsabilidade é objetiva, independe de culpa.
CAUSAS DE EXCLUSÃO DA RESPONSABILIDADE ART. 1, PARAG. 3º, CDC.
§ 3° O fabricante, o construtor, o produtor ou importador só não será responsabilizado quando provar:
 I - que não colocou o produto no mercado;
 II - que, embora haja colocado o produto no mercado, o defeito inexiste;
 III - a culpa exclusiva do consumidor ou de terceiro.
Obs: Primeira corrente sustenta que é taxativo, uma segunda corrente diz que é exemplificativo, e essa vigora como majoritária.
ENTENDE A DOUTRINA MAJORITÁRIA QUE HÁ OUTRAS EXCLUDENTES DE RESPONSABILIDADE: Caso fortuito ou força maior.

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