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Antropologia Jurídica: Estudo das Normas Sociais

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COMPLEXO DE ENSINO SUPERIOR DE SANTA CATARINA - CESUSC
FACULDADE DE CIENCIAS SOCIAIS DE FLORIANÓPOLIS - FCSF
CURSO DE GRADUAÇÃO EM DIREITO
DIRNEI LEVANDOWSKI
FICHAMENTO REFLEXIVO: ANTROPOLOGIA JURÍDICA
REFERENCIA BIBLIOGRÁFICA:
SHIRLEY, Robert W. ANTROPOLOGIA JURÍDICA, São Paulo: Saraiva, 1987. p.9-41.
FLORIANÓPOLIS
MAIO 2014
Antropologia Jurídica
O que é Antropologia Legal? 
"Para o antropólogo e o sociólogo, a lei é algo muito mais complexo. O cientista social não está interessado apenas nas regras formais específicas e nas instituições do Estado, porém em todo o padrão das normas, e nas sanções que mantêm a ordem social e que permitem a uma sociedade funcionar. As leis formais do Estado são somente um elemento desse padrão." Pag. 9.
"Muitas sociedade existiram e ainda existem sem quaisquer leis escritas, ou poder burocrático, ou violência organizada do Estado." Pag. 9.
"Há muitas regras e costumes dentro de qualquer sociedade, que não são leis formais mas que mesmo assim as pessoas obedecem." Pag.9.
"... provavelmente quase toda interação e comportamento sociais ocorrem sem ação direta alguma de qualquer Estado." Pag. 10.
"... a natureza fundamental do direito é o poder que tem a sociedade de aplicar sanções ou punir uma conduta disruptiva ou "ilegal"." Pag. 10.
"... os esquimós desenvolveram durante muitos séculos uma série de leis que lhes permite sobriviver num dos ambientes mais hostis da terra. Uma dessas leis é: quem tem um excesso de carne ou outro alimento deve reparti-lo com os outros." Pag. 10.
"Uma regra geral de todas as sociedades esquimós é: em épocas de privações, geralmente no inverno, os individuos que não podem mais produzir ou caçar não devem comer. Portanto, às vezes, deixavam-se morrer crianças nascidas no inverno..." Pag.12.
"Este é, então, um postulado básico da antropologia legal, o que as regras são feitas a partir de bases sociais e econômicas e precisam ser vistas em seu conteúdo social." Pag. 12.
"... as leis dos povos "primitivos" são frequentemente muito mais verdadeiras do que as das sociedades modernas, além de serem geralmente bem conhecidas por quase todos os membros da sociedade." Pag. 12.
"... por que um homem obedece a um outro?" Pag. 13.
"O campo do direito e da antropologia, como já se observou, engloba três componentes: o estudo do direito nas sociedades simples e sem Estados, o estudo das instituições jurídicas modernas, e o estdo do direitocomparado." Pag. 15.
"... por volta de 1930, a antropologia britânica começa a tomar novos rumos, sob a influência de Malinowski. Em 1926, ele publicou Crime and custom in savage society(Crime e costume na sociedade selvagem), um dos primeiros estudos do direito "primitivo", umas análise exclusivamente científica da teoria do direito em sociedade, sem nenhuma pretensão a qualquer utilidade colonial." Pag. 17.
"... a antropologia deveria ser uma ciência social independente de suas raízes coloniais." Pag. 17.
"O próprio Llewellyn, como advogado, estava imensamente impressionado com a habilidade técnica dos juizes Cheyennes, os "chefes da paz", a quem ele considerou nitidamente superiores aos juízes anglo-americanos de seu conhecimento. São suas palavras: "nós não esperávamos, nem ligeiramente, a beleza jurídica que o trabalho com os Cheyennes estava para revelar, nem que as instituições estruturais se envolveriam nas complexas tensões humanas em constante mudança, que era possível estudar através do tempo nos casos jurídicos" (The Cheyenne way. cit., p.9)." Pag.20.
"Llewellyn e Hoebel estudaram as leis dos nativos americanos para aprender com eles uma maneira de aperfeiçoar a estrutura jurídica dos Estados Unidos, para fazer o direito mais suscetível às necessidades do povo." Pag. 20.
"Jane F. Coller (Law and social change in Zinacantan, 1973) mostra um outro tema moderno na antropologia legal juridica. Trabalhando no México entre os Zapotecas, ele examinou as isntituições que servem de mediadoras entre o direito Zapoteca e as leis nacionais do México, por intermédio dos Tribunais do Cacique e do Serviço Nacional do Índio so país. Este tema foi usado também na África, por Lloyd Fallers (Law wilhoul precident, 1969)" Pag. 21.
"... pelo seu interesse na comparação entre as tradições jurídicas norte-americanas e as romanas, especialmente na América Latina. Entretanto, há ainda muito a ser feito no campo das instituições jurídicas comparadas e especialmente no que se refere da mudança e da dinâmica jurídicas." Pag. 22.
"Todas as sociedades estão em constante mutação e todas elas, bem como os Estados são diferentes na forma e na dinâmica." Pag. 23.
"Para os antropólogos, a evolução é uma realidade óbvia. O problema não é explicar como ela ocorreu, porém os processos que lhe deram origem." Pag. 23.
"... a evolução social abrange uma complexidade progressiva de divisão do trabalho e um volume crescente de unidades políticas. Geralmente, reconhece-se também que a base de toda evolução social é econômica - que é a eficiência crescente da tecnologia local em utilizar os recirsos de energia disponíveis." Pag. 24.
"... a evolução social não significa necessariamente superioridade cultural ou moral." Pag. 24.
"... a evolução de uma sociedade mais complexa não melhora necessariamente a vida da maioria das pessoas que nela vivem." Pag. 24.
"A base econômica de uma sociedade estabelece limites e por isso implica muitas questões envolvendo direito e política." Pag. 26.
"A "invenção" da agricultura ocorreu pelo menos cinco vezes na história e talvez até mesmo dez..." Pag. 26.
"Um pré-requisito para o desenvolvimento da agricultura foi a descoberta de uma maneira de armazenar os alimentos para o ano inteiro." Pag. 27.
"Em todas as partes do mundo, a introdução da agricultura teve dois efeitos principais: 1) maior estabilidade no espaço; 2) produção em maior escala, o que significou não somente um aumento de população, porém um excedenve considerável de alimentos e de tempo da parte do produtor no campo. Estas foram as precondições ao desenvolvimento do Estado." Pag. 29.
"... os principais dias de festas são criados para as feiras, quando então as pessoas trazem suas mercadorias especializadas de grandes distâncias." Pag.31.
"O exemplo de Teotihuacáan é importante porque mostra a grande estabilidade que as civilizações comerciais-teocráticas podem adquirir." Pag.32.
"O direito é fundamentalmente uma série de regras primárias, desenvolvidas para permitir que uma sociedade funcione, para solucionar disputas entre grupos e entre indivíduos, e também uma série de normas secundárias, estabelecidas para cercear aqueles que ameaçam a ordem social sob controle." Pag. 38 
"É um erro dizer que as sociedades socialmente simples e sem Estados não têm leis." Pag. 38. (Cheyenne).
"... a família é a instituição legal mais importante em todas as sociedades." Pag. 38.
"A comunidade é normalmente definida como um grupo co-residencial que vive todos os dias frente a frente." Pag. 39.
"... a maioria das sociedade sem Estado desenvolveu uma série elaborada de sanções sociais e psicológicas mais leves a fim de dar uma advertência adequada ao infrator, bem como o apoio da comunidade antes de tornar o passo sério da expulsão violenta ou da execução comunal." Pag. 40.
"... é obter a simpatia popular, o apoio geral, para que a própria comunidade atue como uma unidade ao sancionar o infrator." Pag. 41.
"Nas sociedades agrículas, com comunidades mais fixas e maior acúmulo de riquezas, os mecanismos para impedir a divisão dos feudos e das comunidades são muito mais severos. É nessas sociedades agrícolas que encontramos os primórdios das instituições jurídicas, como juízes e processos." Pag. 41.

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