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Metabolismo do Etanol

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Metabolismo do Etanol 
Maria Paula Schettine - 18/12/2017
Considerações iniciais: 
O Etanol é uma molécula que atravessa facilmente membranas.
Atravessa a membrana hidrossolúvel. 
A enzima principal é a ALDH auto-desidrogenase (estão no estômago, intestino e cérebro), nesses 3 órgãos é metabolizado o etanol, 90% ou mais é metabolizado, o resto é metabolizado, o resto é eliminado.
Sua distribuição é homogênea por todo o organismo
Atravessa a placenta e sua distribuição é 10x maior no feto (que pode causar hipoglicemia e dependência química, alem de má formações, como, retardo no crescimento, rosto desfigurado, disfunção no SNC)
O etanol é toxico para o organismo
As mulheres tem menos enzimas (ALDH) que os homens e, por isso, ficam bebidas mais rápido. Nos homens, o metabolismo do etanol se inicia ja no estômago e, nas mulheres, so vai começar no intestino (onde esta presente as ALDH na mulher), o que acaba concentrando o etanol por mais tempo (na mulher).
Álcool e aldeído desidrogenase:
São NAD+ dependentes 
Não são especificas para biotransformação etanol
Não são eficientemente induzidas pelo organismo
Aldeído desidrogenase: 
Sua deficiência é considerada “fator anti-alcoolismo”
Tratamento para alcoólatras envolve a inibição da ALDH -> dissulfiram
Produz NADH - Cadeia respiratoria e acetato
Destino do Acetato:
O Acetato, convertido em Acetil-CoA no Ciclo de Krebs (onde há produção de ATP) pode ser destinado à produção de Ácidos Graxos, Corpos cetônicos (pela cetogênese) e para formar colesterol (LDL, HDL)
Resumão geral:
Fígado gorduroso (Esteatose) é o excesso de ácido graxo (lipídio) e colesterol no fígado
Uma pessoa intoxicada pelo metanol da ao etanol tempo para que ele seja metabolizado enquanto o metanol é eliminado
O metabolismo do etanol vai interferir no Ciclo de Krebs e no Ciclo da Ornitina (Ciclo da Uréia / Urina) 
Não confundir: ALDH é a enzima que vai começar o metabolismo do etanol e o ADH é o hormônio inibido pela presença do etanol 
O Acetaldeído já é produzido no organismo e é ele o responsável pelos sintomas da ressaca
Álcool -> Aldeído (oxidação) -> Ácido acético (ácido carboxílico correspondente) -> Acetil CoA (gasto de ATP)
Alguns medicamentos aumentam a absorção de álcool no intestino delgado, causam um efeito chamado de antabuse. Antibiótico + álcool = hipersensibilidade ao álcool que ocorre como uma recai adversa à medicação especifica. Pode dar taquicardia, queda da pressão arterial, tontura, náuseas, vômito. 
O álcool tem efeito diurético, por isso o indivíduo urina mais
O etanol é energético (produz energia), por isso o alcoólico não sente fome, o que pode levar a um quadro de desnutrição
O etanol é muito oxidante
Ao produzir NADH e Acetil-CoA pode acabar inibindo o Ciclo de Krebs e o Ciclo de Lyen (se há aumento no produto, esse produto vai inibir a via)
NAD+ é necessário para a desintoxicação 
Vai inibir a gliconeogênese, logo, a produção de glicose 
O piruvato vai virar lactato (porque é grande a demanda de NAD+) e acaba produzindo NAD+
Ingestão de doce (que vai repor a quantidade de glicose) ajuda no metabolismo do etanol, porque é uma outra via para produção de NAD+ (que vai ser usado para metabolizar o etanol) e porque não vai deixar a pessoa ter uma hipoglicemia (que pode levar ao coma alcoólico) 
O etanol inibe a via aerobica de degradato da glicose
Quando aumenta os corpos cetonicos, diminui o pH, o que pode causar acidose
A glicose será degradada na fermentação láctica 
Acetaldeido: provoca os sintomas da ressaca
Dissulfiram: substancia antioxidante que provoca reação desagradável quando ocorre a ingestão de álcool (efeito Antabuse)
Inibe o Ciclo de Krebs, a b-oxidação, contribui para aumentar a síntese de triglicérides, contribui para o aumento do lactato (que vira acidose), inibe a gliconeogênese (possibilitando a hipoglicemia) 
MEOS (sistema microssomal de oxidação do etanol)
Começa a funcionar quando aumenta as doses de etanol 
Há o consumo de NADH e de oxigênio para passar o etanol à acetaldeído
Aumenta a produção de enzimas e da biotransformação 
Responsável pela tolerância metabólica (cruzada a farmacodinâmica) 
Gera muito H+
É NADP dependente (e é o que justifica a produção de lactato e do consumo do açúcar, o que pode levar o indivíduo à um quadro de hipoglicemia) 
Envolve proteinas e CIT450 -CYP2E1
CYP2E1 inativa: medicamentos, analgésicos, barbitúricos 
Produz radicais livres (aumenta a quantidade de radicais livres pelo consumo exagerado de álcool - glutationa oxidado) 
GOTA: Acúmulo de ácido úrico (que deveria ter sido eliminado na urina). O lactato e o ácido úrico vão competir e o lactato será eliminado, causando um acúmulo de ácido úrico
Consequências da ingestão excessiva:
Aumento da relação NADH/NAD+ :
Não há regulação efetiva da oxidação do etanol 
Altera quase todas as vias metabólicas do fígado 
Inibe a via glicolítica e o Ciclo de Krebs
Inibe a beta oxidação
Aumenta a síntese de TG (esteatose)
Aumenta a concentração de lactato (acidose láctica)
Diminui a excreção de ácido úrico (GOTA)
Inibe a gliconeogênese (desvio do substrato: piruvato, glicerol-P e oxalacetato) (hipoglicemia)
LOBO FRONTAL: Euforia (perda da sociabilidade das inibições, da atenção, do julgamento e da eficiência para testes
LOBO PARIETAL: Excitação (instabilidade emocional, incoordenação motora)
LOBO TEMPORAL: Confusão mental (dificuldade na visão, equilíbrio, fala e andar) 
CEREBELO: Inércia geral - Estupor (vômitos, incontinências)
TRONCO CEREBRAL: Coma
MEDULA: Morte
Estratégias de tratamento:
Síndrome de abstinência (Geralmente, entre 2 e 7 dias, pode causar tremores, alucinações, convulsões) 
Decréscimo do consumo (dissulfiram) 
Prevenção de recaída (acompanhamento psicológico e psiquiátrico) 
Co-morbidade psiquiátrica 
Psicossociais Farmacológicos: intoxicação e abstinência, bloqueadores do efeito reforçador das drogas, tratamento aversivo, terapia agonista substitutiva, tratamento da co-morbidade

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