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Material de Apoio Direito Penal Nestor Távora Aula 05

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1 
AGENTE, ESCRIVÃO E PERITO DA PF+PRF. 
Direito Penal. 
Prof.: Nestor Távora. 
Aula: 05. 
Monitor: Filipe Ribeiro. 
 
 MATERIAL DE APOIO – MONITORIA 
 
 
Índice: 
I. Anotações. 
II. Lousa. 
III. Questões. 
I. ANOTAÇÕES. 
 2.4.3. Concausa: 
 II. Modalidades: 
 b. Concausa relativamente independente: 
 b.1. Conceito: é uma causa que provoca sozinha o resultado, mas 
tem relação com a conduta do agente. 
 b.2. Hipóteses (aspecto temporal): 
 b.2.1. Concausa relativamente independente 
preexistente: existe antes da conduta principal, sendo que, por desdobramento, provoca o 
resultado. Exemplo: dar um golpe de faca na perna de um hemofílico; 
 b.2.2. Concausa relativamente independente 
concomitante: ela ocorre no mesmo momento da conduta principal. Exemplo: atira na vítima, 
que sofre um ataque cardíaco, e morre; 
 b.2.3. Concausa relativamente independente 
superveniente: ela ocorre em momento posterior à conduta principal. Exemplo: atira na 
vítima, que é socorrida e morre no acidente com a ambulância. 
 b.3. Consequência: 
 CONCLUSÃO 1: Na concausa relativamente independente 
preexistente e concomitante, NÃO há ruptura do nexo causal, respondendo o agente pelo 
resultado; 
 CONCLUSÃO 2: Na concausa relativamente independente 
superveniente, HÁ ruptura do nexo causal, sendo que o agente só responde pelos atos 
praticados (art. 13, §1º do CP1). 
 ADVERTÊNCIA: Adotamos nessa hipótese a Teoria da 
Causalidade Adequada. 
 2.5. Tipicidade. 
 2.5.1. Conceito: 
 a. Teoria Clássica: basta que a conduta humana esteja enquadrada na descrição 
legal para que exista tipicidade (tipicidade formal); 
 OBSERVAÇÃO: Espécies de tipicidade formal: 
 a.1. Tipicidade Direta ou Imediata: ela representa o enquadramento exato da 
conduta no tipo penal; 
 
1CP. Art. 13 (...). 
Superveniência de causa independente. 
§ 1º - A superveniência de causa relativamente independente exclui a imputação quando, por si só, 
produziu o resultado; os fatos anteriores, entretanto, imputam-se a quem os praticou. 
 2 
 a.2. Tipicidade Indireta ou Mediata: temos normas de extensão para viabilizar 
a responsabilidade penal, vejamos: 
 I. Crime Tentado (art. 14, II do CP2): a tentativa é uma norma de 
extensão temporal; 
 II. Participação (art. 29 do CP3): o agente auxilia, induz ou instiga o 
autor da conduta principal; 
 CONCLUSÃO: É uma norma de extensão pessoal. 
 III. Crime Omissivo Impróprio (art. 13, §2º do CP4): por ter um 
especial dever de agir, o agente responde pelo próprio resultado. 
 b. Teoria Moderna: é necessário aliar o enquadramento da conduta ao texto da 
lei (tipicidade formal) à tipicidade material (relevância de lesão ou do perigo de lesão ao bem 
jurídico). 
 OBSERVAÇÃO: Princípio da Insignificância/Princípio da Bagatela: 
 I. Conceito: o fato não será considerado como crime, se a conduta não ofende 
significativamente um bem jurídico relevante; 
 II. Consequência: não há responsabilidade penal. 
 ADVERTÊNCIA: Eventualmente pode ocorrer responsabilidade civil com o 
dever de indenizar. 
 III. Requisitos: de acordo com os Tribunais Superiores, são exigidos os 
seguintes requisitos: 
 i. Mínima ofensividade da conduta; 
 ii. Ausência de periculosidade social da ação; 
 iii. Reduzidíssimo grau de reprovabilidade do comportamento; 
 iv. Inexpressividade da lesão jurídica provocada. 
 ADVERTÊNCIA: O Direito Penal é reservado para a tutela de bens jurídicos 
relevantes, sendo inaplicável à condutas que não caracterizam prejuízo importante ao 
titular do bem ou a ordem social. 
 2.6. Erro de tipo. 
 2.6.1. Conceito: é o equívoco sobre as circunstâncias fáticas que integram o tipo penal 
incriminador ou o tipo permissivo. 
 CONCLUSÃO: O tipo permissivo caracteriza as excludentes de ilicitude (art. 23 do CP5). 
 2.6.2. Enquadramento: 
 a. Erro de tipo essencial: é aquele que pode afastar a responsabilidade penal; 
 a.1. Hipóteses: 
 I. Erro de tipo incriminador (art. 20, caput do CP6); 
 
2CP. Art. 14. Diz-se o crime: 
Tentativa. 
II - tentado, quando, iniciada a execução, não se consuma por circunstâncias alheias à vontade do agente. 
3CP. Art. 29 - Quem, de qualquer modo, concorre para o crime incide nas penas a este cominadas, na 
medida de sua culpabilidade. 
4CP. Art. 13 (...) 
Relevância da omissão. 
§ 2º - A omissão é penalmente relevante quando o omitente devia e podia agir para evitar o resultado. O 
dever de agir incumbe a quem: 
a) tenha por lei obrigação de cuidado, proteção ou vigilância; 
b) de outra forma, assumiu a responsabilidade de impedir o resultado; 
c) com seu comportamento anterior, criou o risco da ocorrência do resultado. 
5CP. Exclusão de ilicitude. 
Art. 23 - Não há crime quando o agente pratica o fato: 
I - em estado de necessidade; 
II - em legítima defesa; 
III - em estrito cumprimento de dever legal ou no exercício regular de direito. 
 3 
 II. Erro de tipo permissivo (art. 20, §1º do CP7): recai sobre as 
circunstâncias que integram uma excludente de ilicitude; 
 b. Erro de tipo acidental: ele não afasta a responsabilidade penal. 
 b.1. Hipóteses: 
 I. Erro sobre a pessoa (art. 20, §3º do CP8); 
 II. Erro na execução (art. 73 do CP9); 
 III. Erro no resultado (art. 74 do CP10); 
 IV. Erro sobre a coisa (criação doutrinária); 
 V. Erro sobre o nexo causal (criação doutrinária). 
 2.6.3. Erro de tipo incriminador (art. 20, caput do CP). 
 a. Conceito: é o erro que recai sobre a situação fática que integra um tipo penal 
incriminador. Exemplo: levar para casa a mala de outro passageiro, pensando que era própria; 
 b. Consequência: 
 b.1. Erro inevitável/desculpável/escusável: afasta-se o dolo e a 
culpa; 
 CONCLUSÃO: Logo, não há crime. 
 b.2. Erro evitável/indesculpável/inescusável: afasta-se o dolo, pois o 
agente estava em erro. 
 CONCLUSÃO: Há responsabilidade criminal por crime culposo, se o delito 
admitir a modalidade culposa. 
 2.6.4. Erro de tipo permissivo/descriminante putativa por erro de tipo (art. 20, 
§1º do CP). 
 a. Conceito: é o erro que recai sobre a situação fática que envolve uma 
excludente de ilicitude. Exemplo: atirar em um inimigo pensando que ele iria sacar uma arma, 
mas, na verdade, ele tinha uma caneta no bolso do casaco; 
 b. Consequência: 
 b.1. Erro inevitável/escusável/desculpável: afasta-se o dolo e a 
culpa; 
 CONCLUSÃO: Logo, não há crime. 
 b.2. Erro evitável/indesculpável/inescusável: afasta-se o dolo, pois o 
agente estava em erro. 
 
6CP. Erro sobre elementos do tipo. 
Art. 20 - O erro sobre elemento constitutivo do tipo legal de crime exclui o dolo, mas permite a punição 
por crime culposo, se previsto em lei. 
7CP. Art. 20 (...). 
Descriminantes putativas. 
§1º. É isento de pena quem, por erro plenamente justificado pelas circunstâncias, supõe situação de fato 
que, se existisse, tornaria a ação legítima. Não há isenção de pena quando o erro deriva de culpa e o fato 
é punível como crime culposo. 
8CP. Art. 20 (...). 
Erro sobre a pessoa. 
§ 3º. O erro quanto à pessoa contra a qual o crime é praticado não isenta de pena. Não se consideram, 
neste caso, as condições ou qualidades da vítima, senão as da pessoa contra quem o agente queria 
praticar o crime. 
9CP. Erro na execução.Art. 73 - Quando, por acidente ou erro no uso dos meios de execução, o agente, ao invés de atingir a 
pessoa que pretendia ofender, atinge pessoa diversa, responde como se tivesse praticado o crime contra 
aquela, atendendo-se ao disposto no § 3º do art. 20 deste Código. No caso de ser também atingida a 
pessoa que o agente pretendia ofender, aplica-se a regra do art. 70 deste Código. 
10CP. Resultado diverso do pretendido. 
Art. 74 - Fora dos casos do artigo anterior, quando, por acidente ou erro na execução do crime, sobrevém 
resultado diverso do pretendido, o agente responde por culpa, se o fato é previsto como crime culposo; se 
ocorre também o resultado pretendido, aplica-se a regra do art. 70 deste Código. 
 4 
 CONCLUSÃO: Há responsabilidade criminal por crime culposo, se o delito 
admitir a modalidade culposa. 
 ADVERTÊNCIA: Esta culpa é chamada de culpa imprópria, 
afinal, o agente agiu dolosamente. 
 2.6.5. Erro sobre a pessoa (art. 20, §3º do CP): tema da próxima aula. 
 
II. LOUSA. 
 
 
 5 
 
 
 6 
 
 
 7 
 
 
 
 8 
 
 
 
 9 
 
 
III. Questões. 
1.0. 2016 - MPE-PR - MPE-PR - Promotor Substituto. 
Mévio, lenhador, está trabalhando já há mais de 12 horas cortando árvores com seu afiado 
machado. Quando passa para a árvore seguinte, sofrendo uma ilusão de ótica pelo seu cansaço, 
confunde as pernas de seu amigo Lupércio com o tronco de uma árvore, desferindo contra ele 
vigoroso golpe de machado, lesionando-o. Neste caso, pode-se dizer que Mévio agiu: 
a) Em estado de erro de proibição psiquicamente condicionado; 
b) Em estado de erro de tipo psiquicamente condicionado; 
c) Em estado de erro de proibição indireto; 
d) Em estado de erro de tipo permissivo; 
e) Com dolo eventual. 
 
2.0. 2016 - MPE-SC - MPE-SC - Promotor de Justiça – Matutina. 
O erro sobre elementos constitutivos do tipo penal, essencial ou acidental, em todas as suas 
formas, exclui o dolo, mas permite a punição por crime culposo, se previsto em lei. 
( ) Certo ( ) Errado 
 
3.0. 2016 – CESPE - PC-PE - Agente de Polícia. 
Acerca das questões de tipicidade, ilicitude (ou antijuridicidade) e culpabilidade, bem como de 
suas respectivas excludentes, assinale a opção correta. 
a) A inexigibilidade de conduta diversa e a inimputabilidade são causas excludentes de ilicitude. 
b) O erro de proibição é causa excludente de ilicitude. 
c) Há excludente de ilicitude em casos de estado de necessidade, legítima defesa, em estrito 
cumprimento do dever legal ou no exercício regular do direito. 
d) Há excludente de tipicidade em casos de estado de necessidade, legítima defesa, exercício 
regular do direito e estrito cumprimento do dever legal. 
e) A inexigibilidade de conduta diversa e a inimputabilidade são causas excludentes de 
tipicidade. 
 
4.0. 2016 - FAURGS - TJ-RS - Assessor Judiciário. 
Considere as afirmações abaixo sobre a teoria do delito. 
I - A coação irresistível, desde que física, exclui o fato típico em relação ao coagido. 
II - O erro de tipo inevitável sobre os elementos objetivos do homicídio (art. 121, CP) e o erro 
de tipo evitável sobre elementos objetivos do crime de aborto provocado pela gestante (art. 
124, CP) afastam a possibilidade de responsabilização criminal de seus autores. 
 10 
III - O erro relativo à pessoa, sendo acidental, não isenta de pena, não se considerando na 
apreciação do fato concreto as condições da vítima que o agente pretendia atingir, mas sim as 
condições daquela efetivamente atingida. 
Quais estão corretas? 
a) Apenas I. 
b) Apenas II. 
c) Apenas III. 
d) Apenas I e II. 
e) I, II e III. 
 
Gabarito 
1.0. b. 
2.0. Errado. 
3.0. c. 
4.0. d.

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