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Resenha do Artigo criação SUS

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A busca na melhoria a saúde aconteceu em diversos momentos na história do país. O Brasil só começou pensar e visar no combate a causas de doenças em 1808 com a vinda da corte portuguesa, e no inicio do século XIX começa a transformação política e econômica que atinge a medicina e as primeiras escolas de medicinas do país são fundadas no Rio de Janeiro e na Bahia.
Na República Velha inicia um modelo de organização de sistema de saúde por causa da predominância de doenças transmissíveis que trazia grandes prejuízos econômicos. O Brasil era tomado por epidemias de febre amarela, cólera, varíola, malária, que levaram os portos a entrarem em crise. Era um grande interesse controlar as doenças, pois prejudicavam a produção e a exportação do café, para se manter boas relações comerciais com exterior, além de manter a política de imigração.
 Em 1910 começam as políticas de saúde em virtude a problemas gerada pelas doenças transmissíveis e aparece a necessidade de mudança do perfil dos trabalhadores, pois eles são a mão de obra que gera riqueza para o Brasil. Mais adiante ocorre o movimento dos trabalhadores por melhores condições de trabalho e com isso a medicina assume o papel de guia do estado para assunto sanitário. Em 1920 ocorre à reforma Carlos Chagas, separando a organização da saúde em saúde publica e previdência social.
Em busca de melhores condições de trabalho e de acesso à saúde, resultou na consolidação da Lei Eloy Chaves em 1923, essa lei é o marco para a criação da Previdência Social no Brasil. Na Era Vargas em 1930 foram criados os Ministério da Educação e Saúde Pública e o Ministério do Trabalho, que cuidava da medicina previdenciária e saúde ocupacional, nessa época as caixas são substituídas pelos Institutos de Aposentadoria e Pensões (IAPs), que passam a ser dirigidos por entidades sindicais. Em 1956 foi criado o Departamento Nacional de Endemias Rurais. Mais tarde, todos esses órgãos se transformaram em Fundação SESP, SUCAM e FUNASA.
A ditadura militar se inicia e em 1960, ocorreu a unificação dos IAPs em um regime único para todos os trabalhadores regidos pela Consolidação das Leis Trabalhistas (CLT), em 1967 pelas mãos dos militares a unificação de IAPs e a conseqüente criação do Instituto Nacional de Previdência Social (INPS). Com isso a demanda aumentou e a solução encontrada pelo governo foi pagar a rede privada pelos serviços prestados a população. A estrutura foi se modificando tendo a criação do Instituto Nacional de Assistência Médica da Previdência Social (Inamps) em 1978, que ajudou nesse trabalho nos repasses para iniciativa privada.
Nos anos 80 o Brasil experimentou uma profunda e prolongada crise econômica que persiste até os dias atuais. A saúde nessa década, contou com a participação de novos sujeitos sociais que propugnavam um modelo alternativo de atenção a saúde, e 3 anos depois em 1983 é implantado um programa de atenção médica para áreas urbanas, em uma cogestão entre INAMPS e as SES, convertendo-se em uma estratégia de reorganização do sistema de saúde, que eram as Ações Integradas de Saúde (AIS).
A 8º Conferência Nacional de Saúde foi um marco na história do SUS. Foi aberto em 17 de marco de 1986 por José Sarney, primeiro presidente civil após a ditadura, foi a primeira conferência a ser aberta à sociedade, também, foi importante na propagação do movimento Reforma Sanitária. A 8º Conferência Nacional de Saúde resultou na implantação do Sistema Unificado e Descentralizado de Saúde (SUDS), um convênio entre o INANPS e os governos estaduais, a Constituição de 1988 foi um marco na história da saúde pública brasileira, ao definir a saúde como “direito de todos e dever do Estado”.
A década de 90, do século passado, foi de normatização e implantação do SUS. Em 1993 o INAMPS integra-se ao sistema público de saúde. Neste período acontecem as Normas Operacionais Básicas do SUS (NOB/SUS). Neste caminho foram instituídas as NOB-SUS/91, NOB-SUS/92 e NOB-SUS/93.
No período de 1995 até 2010, ocorre criação de OS, ONGs e na saúde a descentralização acompanhada pela ênfase na atenção primária (via expansão do Programa de Saúde da Família (PSF)/ Estratégia Saúde da Família (ESF), principalmente para regiões e populações mais pobres (ACIOLI, 2006). Neste cenário é editada a NOB/SUS96 que consolidou a política de municipalização, definindo responsabilidades, prerrogativas e requisitos das condições de saúde. Foram estabelecidos acordos entre o CONASS e CONASEMS e criação normas Operacionais de Assistência à Saúde (NOAS) 2001 e 2002, com alcance limitado: poucos recursos federais e baixo empenho dos estados para iniciar a regionalização ou pelo caráter burocrático dos instrumentos.
Muitas mudanças ocorreram até 2010, implantação da NOAS, pactos pela vida, pactos pelo SUS e pactos pela gestão, muitas modificações foram feitas para um bom funcionamento da saúde no Brasil de do SUS. Em 2011 ocorre a publicação de um decreto que regulamenta a Lei 8080/90, após 20 anos de publicação da Lei Orgânica da Saúde, que neste momento, está em fase de implementação. E com 24 anos o SUS se tornou uma política mais madura, mas infelizmente hoje em alguns estados a saúde pública está precária e falida.

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