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Física III – Eletromagnetismo 4º Período de Engenharia UNIPAC - LAFAIETE Prof. Luiz Cláudio de Carvalho lccfisica@gmail.com ELETROMAGNETISMO Fenômenos Elétricos Fenômenos Magnéticos Os primeiros filósofos gregos desde o século VI a.C. já sabiam que ao atritar um pedaço de âmbar em pano ou pele de animais ele atraía pequenos pedaços de objetos leves. âmbar (Grego) elétron era eletrônica atual Pedra de âmbar Os gregos também descobriram na região sudoeste da Tessália, chamada Magnésia, pequenas “pedras” que tinham o poder de atrair o ferro. Mais tarde estas pequenas “pedras” foram denominadas como um mineral magnetita. 1820 – Hans Christian Oersted (1777 – 1851) Corrente Elétrica Campo Magnético Ciência do Eletromagnetismo • Michel Faraday (1791 – 1867) • James Clerk Maxwell (1831 – 1879) É a parte da Física que estuda os fenômenos relacionados à carga elétrica em repouso ou em movimento. Eletricidade Magnetismo Eletromagnetismo ELETRICIDADE EletrodinâmicaEletrostática Carga elética em repouso Carga elética em movimento 1 – Eletrostática A matéria é formada de pequenas partículas denominadas de átomos. Os átomos por sua vez são constituídos de partículas ainda menores, sendo as principais os prótons, os elétrons e neutrons. Vários modelos da estrutura atômica foram propostos por cientista (Thomson, Rutherford, Dalton, etc) mas o que se considera atualmente é o modelo de Bohr em que o átomo possui um núcleo onde se concentram os prótons e os nêutrons e a eletrosfera ou coroa onde se localizam elétrons que movimentam em torno do núcleo em órbitas estacionárias. Modelo Atômico de Bohr No átomo a massa do elétron é cerca de 1840 vezes menor que a massa do próton e do nêutron. Prótons e elétrons possuem cargas iguais mas comportamentos opostos. Daí a convenção de a carga do próton ser positiva e a carga do elétron ser negativa. Carga Elétrica Característica Intrínseca da matéria • A quantidade de carga de um elétron, em valor absoluto, é igual à quantidade de carga de um próton. e = 1,6 x 10-19 C (Coulomb no SI)• Carga elétrica elementar Matéria Moléculas Átomos Prótons (+e) Elétrons (-e) Nêutrons Corpo • Corpos – são formados por uma imensa quantidade de partículas que possui uma característica intrínseca que é a carga elétrica. A carga na maioria dos corpos “Escondida” Quantidade de cargas positivas e negativas são iguais Eletricamente neutro (carga resultante é nula) • Se as cargas não estiverem em equilíbrio, existirá uma carga resultante. Dizemos assim, que o corpo está carregado ou ainda, eletrizado. átomos Ganhar elétrons Perder elétrons Íon negativo (ânion) Íon positivo (cátion) • Se um corpo que estava neutro ganha carga positiva dizemos que ele está carregado ou eletrizado positivamente. O número de cargas positivas é maior que o número de cargas negativas. • Caso contrário dizemos que um corpo está carregado ou eletrizado negativamente, se o número de cargas negativas é maior que o número de cargas positivas. Corpo eletrizado positivamente (predominância de cargas positivas) Corpo eletrizado negativamente (predominância de cargas negativas) • A carga elétrica total (Q) de um corpo é sempre um múltiplo inteiro da carga elétrica elementar e. Se considerarmos como sendo n o número de elétrons em excesso de um corpo eletrizado negativamente, temos: Q = n.e- • Se considerarmos como sendo n o número de prótons em excesso de um corpo eletrizado positivamente, temos: Q = n.e+ • Desta forma, podemos observar que a carga elétrica de um corpo não existe em quantidade contínua, uma vez que ela é um múltiplo da carga elétrica elementar. Por isso dizemos que a carga elétrica é QUANTIZADA. • Experiências realizadas com corpos eletrizados comprovaram o chamado Princípio da Atração e Repulsão que diz: Corpos eletrizados com cargas elétricas de sinais contrário se atraem e de mesmos sinais se repelem. + + + _ _ _ • Assim, corpos carregados interagem entre si exercendo forças uns sobre os outros. • Vejamos um exemplo: 1) Primeiramente eletrizamos um bastão de vidro neutro esfregando (atritando) uma de suas extremidades com um pedaço de seda neutra. Minúsculas quantidades de cargas são transferidas de um para o outro perturbando a neutralidade elétrica de cada um deles. 2) Isolamos o bastão de modo a sua carga não variar. 3) Aproximamos deste bastão outro bastão de mesmo material e eletrizado de forma análoga. 4) Observa-se que os dois bastões repelem-se. Cada bastão fica sujeito a uma força de repulsão que afasta um do outro 5) Vamos agora esfregar (atritar) um bastão de plástico neutro com um pedaço de pele animal. Em seguida vamos aproximá-lo do bastão de vidro carregado positivamente que está isolado. 6) Observa-se que os dois bastões atraem-se. Cada bastão fica sujeito a uma força de atração que atrai um em direção ao outro. • Princípio de Conservação das Carga No exemplo anterior, quando o bastão de vidro foi atritado com a seda, uma quantidade de carga positiva apareceu no bastão de vidro. Experimentos e medidas realizadas mostram que a mesma quantidade de carga negativa aparece na seda. Isto sugere que durante a fricção não há a criação de cargas e sim uma transferência de cargas de um corpo para o outro. Perturbando a neutralidade elétrica de cada um deles. Assim, podemos acrescentar a carga `a lista de grandezas que se conservam. Nos fenômenos elétricos torna-se importante o conceito de sistema eletricamente isolado como sendo aquele que não troca cargas elétricas com o meio exterior. A soma algébrica das cargas é a mesma antes e depois do contato. Num sistema eletricamente isolado, é constante a soma algébrica das cargas elétricas. Condutores • Chamam-se condutores as substâncias nas quais os elétrons se locomovem com facilidade por estarem fracamente ligados ao núcleo dos átomos é o caso dos metais, carvão, solo, corpo humano e etc. O cobre é um excelente condutor. Por quê? Z = 29 – (K = 2; L = 8; M = 18; N = 1) O elétron da camada N está muito afastado do núcleo sendo assim, ele é fracamente atraído pelo núcleo. À medida que vai se afastando do núcleo os elétrons vão criando uma blindagem, repulsão para os elétrons mais externos. Então o elétron da camada N pode ser “perdido” ou “doado” facilmente. Os elétrons “livres” são os responsáveis pela condução no cobre. Isolantes ou Dielétricos • Chamam-se isolantes ou dielétricos as substâncias nas quais os elétrons não se locomovem com facilidade por estarem fortemente ligados ao núcleo dos átomos. É o caso da borracha, do plástico, vidro, papel, etc. O enxofre é um isolante. Por quê? Z = 16 – (K = 2; L = 8; M = 6) Os elétrons da camada M estão muito próximos do núcleo sendo assim, eles são fortemente atraídos pelo núcleo e a blindagem de repulsão feita pelos elétrons das camadas mais internas é fraca. Então os elétrons da camada M não podem ser “perdidos” ou “doados” facilmente. Assim, a condução se torna difícil. Processos de Eletrização • Um corpo no estado neutro pode ser eletrizado por três processos que são: eletrização por atrito, eletrização por contato e eletrização por indução. Eletrização por Atrito • houve uma perda de elétrons da barra de vidro que ficou eletrizada positivamente pois, a carga dos prótons passou a preponderar sobre a carga dos elétrons. Já o pedaço de lã ficou eletrizado negativamente pois, ganhou os elétrons do bastão. Ficou com carga negativa porque o número de elétrons ficou maior que o de prótons. • Uma mesma substância poderá ficar eletrizada positivamente ou negativamente isto irá depender do material da outra substância à qual ela estará sendo atritada. • Na eletrização por atrito, os corpos adquiremcargas elétricas de sinais opostos e mesmo valor absoluto. + _ Série Triboelétrica Vidro Mica Lã Pele de Gato Seda Algodão Plástico Cobre Observações: • Atritando-se dois corpos de mesma natureza, como por exemplo dois pedaços de lã, eles não se eletrizam pois ambos possuem a mesma tendência de trocar elétrons. • Para saber se um corpo composto de uma determinada substância cede ou recebe elétrons ao ser atritado com outro corpo, devemos conhecer a série triboelétrica, um conjunto de substancias dispostas em uma ordem tal que atritando-se duas delas, a que figura em primeiro lugar eletriza-se positivamente e a seguinte negativamente. Eletrização por Contato a) Considere um condutor A carregado negativamente. b) Coloque o condutor A em contato com um outro condutor B inicialmente neutro. c) Parte dos elétrons em excesso do condutor A passa para o condutor B. d) Nestas condições, o condutor B adquire carga elétrica de mesmo sinal de A. Afastando o condutor B ele continuará eletrizado negativamente. a) Considere um condutor A carregado positivamente. b) Coloque o condutor A em contato com um condutor B inicialmente neutro. c) Parte dos elétrons do condutor B passa para o condutor A. d) Nestas condições, o condutor B adquire carga elétrica de mesmo sinal de A. Afastando o condutor B ele continuará eletrizado positivamente. 1º caso 2º caso • Na eletrização por contato, o condutor neutro se eletriza com carga elétrica de mesmo sinal que o eletrizado. • Se o corpo B neutro for um isolante, ao entrar em contato com o condutor eletrizado A, a carga elétrica adquirida por B não se espalha pela sua superfície. Ela se limita á região do contato. • Consideremos dois condutores idênticos abaixo: • Como os condutores são idênticos e trocam somente cargas entre si, podemos pelo Princípio de Conservação das Cargas Elétricas afirmar que: a soma algébrica das cargas elétricas antes do contato é igual à soma algébrica das cargas elétricas após o contato, ou seja, Q + 0 = Q’ + Q’ Q’ = Q/2 • Consideremos dois condutores idênticos abaixo, inicialmente eletrizados com cargas Q1 e Q2 • Pelo Princípio de Conservação das Cargas Elétricas temos: Q1 + Q2 = Q1’ + Q2’ Q1’ = Q2’ = (Q1+Q2)/2 Observações: • Consideremos dois condutores A e B, de raios R1 e R2 inicialmente eletrizados com cargas Q1 e Q2: • Neste caso, como os raios são diferentes, teremos que as cargas finais Q1’ e Q2’ após o contato também serão diferentes. Para o cálculo de Q1’ e Q2’ teremos duas equações. Uma advém do princípio de conservação das cargas: Q1 + Q2 = Q1’ + Q2’ • As novas cargas são proporcionais aos respectivos raios R1 e R2 dos condutores esféricos. Assim obtemos a segunda equação: (1) Q1’/Q2’=R1/R2 (2) • De (1) e (2) podemos calcular os valores de Q1’ e Q2’ . • Observe que a esfera condutora que tiver maior raio armazena maior carga elétrica. Por isso, quando ligamos um condutor eletrizado à terra, ele praticamente descarrega. De fato, tendo a terra um raio muito maior que as dimensões do condutor, praticamente toda a carga elétrica do condutor passa para a terra. Ligando- se um condutor eletrizado negativamente à terra ele passa seus elétrons em excesso para a terra, neutralizando-se. Se estiver eletrizado positivamente, recebe elétrons da terra até tornar-se neutro também. Eletrização por Indução • Neste processo, utiliza-se um corpo já eletrizado para eletrizar outro corpo neutro sem que haja contato entre eles. a) Aproxima-se o corpo A eletrizado positivamente do corpo B neutro. b) O corpo A atrai os elétrons livres do corpo B. Eles se concentram na região próxima ao corpo A. c) Em conseqüência a região de B, oposta ao condutor A, fica eletrizada positivamente pois os átomos dessa região perderam elétrons. d) Este processo recebe o nome de indução eletrostática. A carga Q de A é a carga elétrica indutora e as cargas +q e –q de B são as cargas elétricas induzidas. • O condutor B ainda não está eletrizado. Ele simplesmente foi submetido a um processo de separação de cargas. a) Para eletrizá-lo, devemos ligá-lo à terra, por qualquer ponto. Com essa ligação sobem elétrons da terra, neutralizando a carga elétrica induzida +q. b) A seguir, desfazemos a ligação com a terra e separamos A de B. c) B se eletrizou negativamente. • Repetindo as etapas por indução de um condutor B, inicialmente neutro: a) Aproxima-se o corpo A eletrizado negativamente do corpo B neutro. b) O corpo A repele os elétrons livres do corpo B. Eles se concentram na região oposta ao corpo A. c) Em conseqüência a região de B próxima ao condutor A fica eletrizada positivamente pois os átomos dessa região perderam elétrons. • Novamente o condutor B ainda não está eletrizado. Ele simplesmente foi submetido a um processo de separação de cargas. a) Para eletrizá-lo, devemos ligá-lo à terra, por qualquer ponto. Com essa ligação descem elétrons para a terra, neutralizando a carga elétrica induzida -q. b) A seguir, desfazemos a ligação com a terra e separamos A de B. c) B se eletrizou positivamente. • Na eletrização por indução o condutor neutro adquire carga elétrica de sinal contrário à do corpo eletrizado. Lei de Coulomb Q1 Q2 Q1 Q1 Q2 Q2 d F F F F − F − F − 2 21 d QQ KF = • A intensidade da força de interação entre as duas cargas elétricas puntiformes é diretamente proporcional ao produto dos valores absolutos de suas cargas elétricas e, inversamente proporcional ao quadrado da distância que as separam. (K é uma constante de proprcionalidade chamada de constante eletrostática do meio.) • Por razões históricas: 229 0 /.10.99,8 4 1 CmNK == πε 2 21 0 d4 1 QQF πε = 2212 0 ./10.85,8 mNC −=ε • A força eletrostática obedece ao princípio da superposição. nres FFFFFF 115141312,1 +++++= • em que é a força atuando sobre a partícula 1 devido à presença da partícula n. nF1 Exercícios Resolvidos Exercícios Resolvidos Lista de Exercícios Lista de Exercícios Física III – Eletromagnetismo�4º Período de Engenharia de Produção� �UNIPAC - LAFAIETE Número do slide 2 Número do slide 3 Número do slide 4 Número do slide 5 Número do slide 6 Número do slide 7 Número do slide 8 Número do slide 9 Número do slide 10 Número do slide 11 Número do slide 12 Número do slide 13 Número do slide 14 Número do slide 15 Número do slide 16 Número do slide 17 Número do slide 18 Número do slide 19 Número do slide 20 Número do slide 21 Número do slide 22 Número do slide 23 Número do slide 24 Número do slide 25 Número do slide 26 Número do slide 27 Número do slide 28
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