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vicius x virtude

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1 
 
 
Vício e virtude 
 
 
O indivíduo sucumbe às forças externas, deixando-se dominar pelas paixões tristes e 
pelas paixões desejantes nascidas da tristeza. Para ele, vício é o mesmo que “servidão 
humana”. Somos servos quando as paixões nos dominam, deixando-nos fracos. 
 
De acordo com Chauí (2012:401), para Spinoza: 
 
Ser livre é ter força interior para passar da passividade afetiva 
(submissão a causas externas) à atividade afetiva (ser causa 
interna dos afetos, dos pensamentos e das condutas). 
 
Se a servidão é paixão, a virtude é ação. Ser virtuoso ou ser livre 
é, pois, passar da paixão à ação, tornar-se causa ativa interna de 
nossos afetos e pensamentos. 
 
Para passar das paixões às ações, é preciso intervir no interior das paixões. Então, a 
vida ética tem início quando procuramos aumentar paixões e desejos alegres e afastar 
paixões e desejos tristes. 
 
Isso porque, aumentando as paixões de alegria e de desejos alegres que nos 
fortalecem, ganhamos poder sobre nós mesmos e diminuímos o poderio das forças 
externas. 
 
Quando assumimos que conhecer é mais forte do que ignorar e que o conhecimento é 
a força própria da nossa alma, nossa atividade racional se torna alegria. Uma razão 
forte é alegre e uma razão alegre é forte. 
 
 
 
 
 2 
 
 
Dessa forma, “passamos da paixão à ação, da servidão à liberdade, transformando as 
paixões alegres e as desejantes nascidas da alegria em atividades de que somos a 
causa. A virtude é a força para ser e agir autonomamente, isto é, com liberdade” 
(Chauí, 2012, p. 401).

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