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PERGUNTA 1 1. O texto de Carla Vaz dos Santos Ribeiro e Denise Bessa Léda apresenta um panorama dos problemas enfrentados pelos trabalhadores em décadas cruciais da história do capitalismo e da história do trabalho em geral. Dentre os problemas que as autoras apresentam está a pergunta: há a possibilidade de se resgatar o valor positivo do trabalho em uma sociedade regida pela lógica do consumo e dominada por um sistema com características tão destrutivas? Qual é a resposta das autoras para essa questão? As empresas deveriam investir em mais máquinas, assim, com o aumento da produção as demissões seriam a solução para o problema do sistema econômico. O estado deveria cuidar da empregabilidade do excedente excluído pelo desemprego. O estado do bem-estar social deveria, segundo as autoras, investir na industrialização plena e garantir a livre negociação no mercado de trabalho, assim somente os mais qualificados teriam emprego, o excedente seria incorporado em subempregos. A necessidade de incrementar as forças produtivas braçais cada vez mais, assim os problemas de acumulação de riqueza seriam resolvidos e a saúde do trabalhador restaurada. O trabalho deve ser desvinculado da vida social. Esse problema poderia ser resolvido pela criação de um mundo do trabalho separado da vida social. A necessidade de se incrementar estudos referentes à saúde do trabalhador em uma perspectiva interdisciplinar, que possibilitem o levantamento de discussões a respeito dos impactos da reestruturação produtiva sobre a qualidade de vida no trabalho. 2,4 pontos PERGUNTA 2 1. No início da década de 1970 com a crise do capitalismo, o modelo taylorista/fordista começou a dar os seus primeiros sinais de decadência. O mundo foi palco de muitas mudanças, o que gerou significativas transformações nas relações de trabalho. Muitos fatos pressionaram os empresários, impulsionando-os a reverem os seus princípios de gestão administrativa. Dentre eles, pode-se citar: a crescente concorrência japonesa; o aumento do grau de exigência dos clientes, que não estavam mais dispostos a consumir produtos fabricados em série sem nenhuma diferenciação; a queda da taxa de lucro; a eclosão de revoltas do operariado e a crise do Welfare State. Segundo o texto “O significado do trabalho em tempos de reestruturação produtiva”, de Carla Vaz dos Santos Ribeiro e Denise Bessa Léda, como foram resolvidos esses problemas do trabalho? Houve uma revolução no capitalismo, a migração de renda para as poupanças e a utilização ampla do crédito. Tornou-se necessária uma nova forma de organização industrial, com uma estrutura mais flexível para adequar-se com mais facilidade às constantes transformações do mercado. Não houve mudanças, o mercado resistiu às pressões e o sistema taylorista foi adotado em todo mundo eliminando a concorrência japonesa e definindo o mundo do trabalho para sempre. Os governos foram obrigados a intervir na economia e estabelecer o controle total do mercado, inaugurando, assim, um estado socialista dentro dos EUA. Os problemas foram resolvidos com o fechamento das empresas e a instauração de uma nova forma de produção mais artesanal, apelando, assim, para o primitivismo, uma espécie de negação da industrialização que salvou a economia nos anos 1960 e 1970 no mundo todo. 2,4 pontos PERGUNTA 3 1. Na década de 1980, o modelo japonês, também conhecido como Toyotismo, consagrou-se no mundo do trabalho. Os empresários ocidentais buscavam soluções para os seus problemas na experiência nipônica. Uma nova forma de organização da produção e do trabalho dissemina-se, inicialmente nas indústrias, abarcando posteriormente a área de serviços. Muitas empresas realizam um verdadeiro “desmonte”, dividindo-se em pequenos grupos por diferentes partes do mundo, numa relação de terceirização ou subcontratação. Vivencia-se um gradativo desaparecimento dos empregos permanentes somados a uma crescente precarização e instabilidade do trabalho. Quais foram as consequências dos fatos relatados acima? A crise gerou novas formas de emprego e o trabalho prosperou, nunca houve tanta oferta de pleno emprego como nessa época. As políticas de empregabilidade levaram cada vez mais a um sentimento de empolgação em relação ao mundo do trabalho como uma tábua de salvação da sociedade. A classe trabalhadora viveu uma crise, os sindicatos perderam força, aumentou o desemprego e os trabalhadores tiveram que fazer acordos e concessões. A classe trabalhadora se fortaleceu por causa do enfraquecimento das empresas. Os trabalhadores se mantiveram como detentores dos meios de produção. 2,4 pontos PERGUNTA 4 1. Com a Revolução Industrial, a emoção é retirada do local de trabalho. A racionalização é a palavra mais repetida no mundo dos negócios. A programação e o controle são determinantes, tudo é calculado, preciso. O cronômetro entra na fábrica, apodera-se dela, regula-a, domina-a, ultrapassa os seus muros e vai ditar formas de convivência para uma nova sociedade. O método utilizado nas indústrias rapidamente contagia outras organizações, incluindo igreja, família e tipos de lazer. Novos valores passam a determinar a sincronização dos tempos de vida e do trabalho, são estabelecidos horários exatos para chegar e sair da fábrica, tempo predeterminado para executar uma tarefa. O consumo do tempo livre é monitorado, a quantidade e as formas de lazer devem ser adequadas para não interferir na disposição e produtividade do operário. À qual método produtivo o texto acima faz referência? Trabalho escravo. Feudalismo agrícola. Mercantilismo e escambo. Ócio criativo. Fordismo/Taylorismo. 1,4 pontos PERGUNTA 5 1. A palavra “trabalho” tem origens culturais bastante curiosas. A partir do texto “O significado do trabalho em tempos de reestruturação produtiva”, de Carla Vaz dos Santos Ribeiro e Denise Bessa Léda, podemos verificar que a palavra trabalho não possuiu sempre o mesmo prestígio e valorização que possui nos dias de hoje. Quais as origens da palavra trabalho apontadas no texto em questão? A palavra “trabalho” vem do grego “força” e “disposição” e tem significado da atuação dos escravos, portanto somente os escravos trabalhavam. Às mulheres era reservado algum tipo de trabalho, mas não o trabalho pesado. A palavra “trabalho” sempre foi valorizada, pois sempre foi a geradora de riquezas, assim, na tradição judaica, o trabalho deriva do termo tripalium que significa “herança divina”, por ser a forma de sobrevivência dos homens na terra. A palavra “trabalho” vem do latim tripalium, termo utilizado para designar instrumento de tortura. Por muito tempo, o significado de trabalho foi associado a fardo e sacrifício. Nos primeiros tempos do cristianismo, o trabalho era visto como punição para o pecado. Ao ser condenado, Adão teve por expiação trabalhar para ganhar o pão com o suor do seu próprio rosto. A palavra “trabalho” vem do latim tripalium, que significa “benção divina” e provém do mito do Éden, no qual o homem foi agraciado com o trabalho na terra, ao contrário dos animais. “Trabalho” seria, segundo as fontes etimológicas, aquilo que se faz por salário, que tem origem no sal, pois os escravos eram pagos com o sal, daí o termo “salário”. image2.wmf image1.wmf
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