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Aula História da Enfermagem fundamentos

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História da enfermagem: do senso 
comum a contemporaneidade 
Profa. Esp. Andréa Luiza Cassel Franck Profa. Me. Andréia Simone Muller 
O que é enfermagem? 
Título > Subtítulo > Nome slide 
 
O que é enfermagem? 
 • Em uma definição básica, enfermagem é o cuidado 
dos outros. 
• Esse cuidado pode envolver inúmeras atividades, 
desde a realização de procedimentos técnicos 
complicados até algo aparentemente tão simples como 
segurar a mão de alguém. 
• A enfermagem dá ênfase à pessoa que recebe os 
cuidados, constituindo um misto de arte e ciência. 
• A ciência da enfermagem é a base de 
conhecimentos para a assistência prestada, e a arte 
da enfermagem é a aplicação hábil desse 
conhecimento para auxiliar os outros a atingirem o 
máximo de saúde e qualidade de vida. 
TAYLOR; LILLIS; LEMONE, 2007 
 
 
 
• A enfermeira francesa Françoise Collière faz um interessante 
estudo sobre a origem dos cuidados, mostrando sua trajetória 
até chegar a ser objeto da profissão de enfermagem. Afirma 
ela que “ os cuidados existiram desde que surgiu a vida, uma 
vez que seres humanos - como todos os seres vivos - sempre 
precisaram deles. Cuidar é um ato que tem como fim 
primeiro permitir que a vida continue a desenvolver-se e, 
assim, lutar contra a morte – morte do indivíduo, morte do 
grupo, morte da espécie”. 
Definindo o cuidado 
- O Cuidado é um existencial básico do ser humano, faz parte 
da vida e promove o encontro entre os seres humanos. 
- Acompanha o ser humano desde sua gênese. 
- Para Waldow (1999) é um meio de sobrevivência. 
 
Celich, 2004 
Cuidado de enfermagem 
 CELICH, 2004 
- Ocorre em um contexto sócio-econômico-
geográfico e cultural no qual o cuidador e o ser 
cuidado sofrem influências. 
- É um compromisso com o estar no mundo, 
contribuindo com o bem estar geral, preservando 
a natureza, a dignidade e a espiritualidade. 
- Realizado com enfoque integral, centrado no ser 
humano, não na doença, com competência 
técnica, científica e capacidade de compreensão 
do ser cuidado. 
História do Cuidado 
- CUIDADO = PROTEÇÃO 
- Cuidar não era um ofício ou profissão. 
- Cuidar significava ajudar as pessoas a manter a sobrevivência. 
 
Cuidado = ações prestadas pela mulher à família 
 
- Proteção materna instintiva 
- Práticas de saúde visando sobrevivência 
 
“ À medida que os grupos humanos descobriam o que era bom e o que era mau para a 
continuidade da vida dos indivíduos e do grupo, foram surgindo as práticas de cuidados 
habituais, compostas de coisas permitidas e proibidas, posteriormente erigidas em rituais. 
Esses rituais foram confiados ao xamã (feiticeiro) e depois ao sacerdote. Como guardião ele 
deveria interpretar e decidir o que era bom ou mau. Também interceder, tentar expulsar o 
mal velando para assegurar as forças benéficas através de rituais de oferendas, 
encantamentos e sacrifícios”. (Collière, 1989) 
OGUISSO, T. Origens da prática do cuidar. In: _____.Trajetória histórica e legal da 
enfermagem. São Paulo: Manole, 2007. 
• Desde o surgimento do Homo sapiens, a ação de cuidar vem 
acompanhando a trajetória do ser humano, do nascer ao morrer. 
• Na antiguidade remota, cabia as mulheres cuidar da habitação e da prole, 
além de feridos e idosos; aos homens cabia prover as necessidades do 
grupo com alimentação (caçando, pescando...) 
• A mulher, como símbolo de fecundidade, ficava responsável por todas as 
tarefas relativas ao nascimento e o cuidado com crianças, doentes e 
moribundos. 
• O homem, por ser dotado de maior força física, deveria cuidar de 
ferimentos de guerra, traumatismos e fraturas, assim como dominar 
pessoas agitadas ou embriagadas. 
 
 Primeira divisão sexuada do trabalho 
 
 
 
OGUISSO, T. Origens da prática do cuidar. In: _____.Trajetória 
histórica e legal da enfermagem. São Paulo: Manole, 2007. 
• Embora coubesse a mulher cuidar de doentes e feridos, em geral havia um 
pajé, feiticeiro ou sacerdote que misturava misticismo com danças, 
beberagens e algum conhecimento para assumir esta função, o que lhe 
conferia poder dentro do grupo. 
• Esse sacerdote era o mediador entre os deuses e os homens e o guardião 
das tradições interpretava e decidia o que era bom ou mau. 
 
• Sacerdote Médico 
 
• O cristianismo exerceu enorme influência na ação de cuidar, pois ao 
valorizar o trabalho com pobres e doentes, fez com que pessoas da 
nobreza, se despojassem dos seus bens para se dedicar a caridade ou 
transformassem seus palácios em abrigos para os menos favorecidos. 
 
 
 
 
OGUISSO, T. Origens da prática do cuidar. In: _____.Trajetória 
histórica e legal da enfermagem. São Paulo: Manole, 2007. 
Enfermagem: ocupação ou profissão? 
 
 Trabalho 
 
 
 
 - Ocupação com vocação requer desenvolvimento 
 de habilidades e educação permanente; 
 - construída a partir de base definida de 
 conhecimentos científicos. 
 - missão social 
 McEwen; Willis, 2009 
 
 
ocupação 
profissão 
Enfermagem e suas fases evolutivas 
• PRIMITIVA : o conhecimento e a assistência eram deficientes ; o cuidado 
era realizado com base em observação. 
 
 Não institucionalizada: executada por leigos (escravos) sacerdotes, 
pajés. 
 Institucionalizada: religiosos e militares (idade média) 
 
• EVOLUTIVA (metade do Século XIX): Enfermagem Moderna (Período 
 Nightingale) 
 
• APRIMORAMENTO: compreensão do homem e sua inter-relação com 
os sistemas biopsicossociais. Elaboração das teorias de enfermagem. 
 
OGUISSO (2007) 
 
 
 
 Enfermagem primitiva 
Nas civilizações antigas 
 
• A história da prática do cuidado data de 1700 a.C. 
• Acreditava-se que a doença tinha causas sobrenaturais. 
• Bons espíritos saúde; maus espíritos doença e 
morte; 
• Cuidado e tratamento praticados por sacerdotes/xamãs /feiticeiros; 
• Tratamento com uso de plantas com poderes curativos 
 Código Mosaico: normas sobre higiene corporal, alimentação e 
repouso + controle e notificação de doenças. 
• Práticas de saúde instintivas – grupos nômades. 
OGUISSO, T. Origens da prática do cuidar. In: _____.Trajetória histórica e legal 
da enfermagem. São Paulo: Manole, 2007. 
 
 Enfermagem primitiva 
Civilizações antigas e a divisão social da ação de 
cuidado 
 
• Mulheres: Cuidados de ordem doméstica (alimentação, 
higiene corporal, cuidados com a criança, parto) 
• Homens : cuidados com ferimentos pós acidentes nas 
caças, com pessoas em delírio ou embriagadas, pois 
dispunham de maior força física. 
 
OGUISSO, T. Origens da prática do cuidar. In: _____.Trajetória histórica 
e legal da enfermagem. São Paulo: Manole, 2007. 
 Enfermagem primitiva 
Período pré-cristão (500 aC- 100 dC) 
• Templos tornaram se os centros de atendimento médico 
– Doença = castigo divino 
– Prática de saúde associada à prática religiosa - 
 RITUAIS 
– Sacerdote: poder de cura. 
 
 Mediador povo x deuses 
Taylor, C.; Lillis, C.; Lemone, P. Fundamentos de Enfermagem:a arte e a ciência de enfermagem. 5ª ed. Porto Alegre: 
ARTMED, 2007. Geovanini, T; Moreira, A.; Dornelles, S.; Machado, W. Historia da Enfermagem: versões e interpretações. 
Rio de Janeiro: Revinter, 2006. 
Origem do médico 
 Enfermagem primitiva 
O cuidado na Idade Média (Período Cristão) 
Século XIII 
-Necessidade de reorganizar a sociedade devido ao caos provocado pelas 
Cruzadas (expedições militares organizadas pelos cristãos a partir do século XI com o objetivo de libertar e 
recuperar Jerusalém, que estava em poder dos muçulmanos no século VII) 
- Práticas de saúde influenciadas por fatores socioeconômicos e militares 
- O cuidado foi assumido pela Igreja 
- Construção de hospitais para homens (feridos da guerra) e para mulheres 
- Prática do cuidado exercida pelos homens (militares e monges) 
 “ordens de enfermagem” 
OGUISSO, T. Origens da prática do cuidar. In: _____.Trajetória histórica e legal da 
enfermagem. São Paulo: Manole, 2007. 
• Nem a vida humana, nem as mulheres eram valorizadas pela 
sociedade. 
• Em alguns grupos o enfermeiro era considerado um escravo, 
desempenhando as tarefas menores, com base na ordem dos 
sacerdotes médicos. 
• No início da era cristã, a enfermagem começou ter um papel 
mais formal e claramente definido. 
• Levadas pela crença de que o amor e o carinho pelos outros 
eram importantes, as mulheres chamadas diaconisas fizeram 
as primeiras visitas organizadas às pessoas doentes; os 
membros das ordens religiosas masculinas proporcionavam 
assistência de enfermagem e enterravam os mortos. 
 
 
 
Imagem digitalizada da obra publicada por OGUISSO, T. Origens da prática do cuidar. In: 
_____.Trajetória histórica e legal da enfermagem. São Paulo: Manole, 2007. 
• As ordens de enfermagem femininas e masculinas 
foram fundadas durante as cruzadas (sec XI ao XIII). 
• Os hospitais foram construídos para um imenso número 
de peregrinos que necessitavam de atendimento de 
saúde, e a enfermagem tornou-se uma vocação 
respeitada. 
• Embora o início da idade média tenha se aproximado do 
caos, a enfermagem tinha desenvolvido finalidade, 
direção e liderança. 
 
 
 
 
 
 
 
 Enfermagem primitiva 
O cuidado na Idade Média 
• Grandes epidemias : doenças infectocontagiosas tornaram-se 
flagelos da sociedade medieval. 
• Organizações eclesiásticas – detentoras de poder, “caridade” 
e de conhecimentos de saúde. 
• Diaconisas : visitas e cuidado às pessoas doentes 
– Precursoras da enfermagem de saúde pública 
• Prática do cuidado = Caridade = Salvação divina 
 
 
 
Taylor, C.; Lillis, C.; Lemone, P. Fundamentos de Enfermagem: a arte e 
a ciência de enfermagem. 5ª ed. Porto Alegre: ARTMED, 2007. 
 
 
 
 
 
 
 
 
As diaconisas e o cuidado de enfermagem 
 
 “Os cuidados prestados à época pelas diaconisas consistiam, 
provavelmente, apenas em banhar os doentes com febre, limpar 
feridas, fazer curativos, dar água e comida, oferecer remédios 
domésticos, como ervas e raízes, e melhorar as condições de 
limpeza e ar puro do ambiente. O que sobressaía nesse cuidado, 
porém, era a devoção e o amor que acompanhavam esses gestos, 
o que trazia conforto físico e espiritual aos doentes.” 
 
 
 
 
 
 
 
 
OGUISSO, T. Os precursores da enfermagem 
moderna. In: ________(org). Trajetória histórica e 
legal da enfermagem. São Paulo: Manole, 2007. 
 
 
Influências do trabalho das irmãs de caridade na 
Enfermagem 
 
 Cuidados aos enfermos: forma de caridade adotada pela 
igreja 
 
Caridade (cuidado) = amor a Deus em ação 
 
 
 Amor e caridade 
 - representavam uma das formas de cuidar 
 - purificação da alma do cuidador 
 - modelavam comportamentos do cuidador 
 Padilha MICS, Mancia JR. Florence Nigthingale e as irmãs de caridade: revisitando a história. Rev Bras Enferm 
2005 nov-dez; 58(6):723-6. 
 
 Enfermagem primitiva 
Sec XIII ao Sec XVII 
 Divisão social e intelectual do trabalho 
• Religiosas: coordenação e supervisão dos hospitais 
– Companhia das Irmãs de Caridade (1633) 
 Organizaram os hospitais (área física, distribuição dos leitos, manutenção do ambiente 
higienizado), além de oferecer cuidados aos enfermos 
 
• Leigos e demais trabalhadores: cuidados aos enfermos 
• Cuidado exercido sem fundamentação científica 
 
 
 
 Enfermagem primitiva 
 Divisão social e intelectual do trabalho 
• Religiosas: realizavam controle geral do hospital; direitos e obrigações de 
cuidado: 
– Não se envolviam com mulheres em trabalho de parto, nem cuidavam 
de pessoas com doenças venéreas. 
– Execução de cuidados de acordo com seus conhecimentos 
– Não acatavam ordens médicas. 
• No início do século XVI, muitas sociedades ocidentais passaram de uma 
orientação religiosa para uma ênfase na guerra, na exploração e na 
expansão do conhecimento. Inúmeros monastérios e conventos fecharam, 
levando a uma grande escassez de pessoal para o atendimento dos 
doentes. 
 
TAYLOR; LILLIS ;LEMONE, 2007 
 
 Enfermagem primitiva 
Período obscuro da Enfermagem 
 
Reforma protestante na Europa 
- Fechamento de alguns hospitais e expulsão de religiosos que atuavam nestas 
instituições. 
- Os hospitais que permaneceram abertos considerados “morredouros”, destinados 
às pessoas com doenças contagiosas, discriminadas pela sociedade. 
- Investimento nos hospitais militares . 
- Cuidado exercido por leigos sem treinamento algum (mulheres e homens com 
condutas morais duvidosas). Trabalhavam por longas horas e em condições 
desfavoráveis. 
 
Gonçalves, AS; Sena, RR. Assistir/cuidar na Enfermagem. Revista 
Mineira de Enfermagem, 2(1):2-8, jan./jun., 1998. 
 
 Enfermagem primitiva 
A inserção da medicina nos hospitais 
 
- A partir de 1789 
- A efetivação do ingresso da medicina nos hospitais ocorreu em um 
momento de desordem na saúde: impacto de doenças infectocontagiosas, 
mortalidade dos enfermos e morbidade daqueles que prestavam cuidados 
no ambiente hospitalar. 
- Destaque ao poder médico: administrativo e técnico 
- Medicalização do hospital – local de “cura” 
 
 
MOREIRA A. A profissionalização da enfermagem. In: OGUISSO T. (org). Trajetória histórica e 
legal da enfermagem. 2ª ed. Barueri, SP: Manole, 2007. 
 Enfermagem primitiva 
A inserção da medicina nos hospitais 
 
- Saída definitiva das religiosas do comando dos hospitais e também da 
execução de algumas atividades de cuidado. 
- Elaboração de “manuais de enfermagem” desenvolvidos por médicos 
- “Enfermeira ideal”- dócil, submissa, leiga, com qualidades morais 
- Competência na limpeza e higiene (noções de assepsia) 
- Abnegação, honestidade, devoção, executora de ordens 
- Secundar o médico, não substituí-lo : por isso, limitação da instrução 
 
MOREIRA A. A profissionalização da enfermagem. In: OGUISSO T. (org). Trajetória 
histórica e legal da enfermagem. 2ª ed. Barueri, SP: Manole, 2007. 
Enfermagem primitiva 
 
 BRASIL - Período colonial 
 
• Cuidados aos enfermos 
 
- Prestados por religiosos, escravos e leigos (ex-pacientes, 
serventes); conhecimento de senso comum. 
- Tratamento: uso e conhecimento de ervas medicinais. 
Fundação das Santas Casas de Misericórdia: 1560 (SP) 
Destaque: Pe Jose Anchieta 
 
- Santa Casa de Misericórdia em Porto Alegre: 1803 
 
 
http://www.abennacional.org.br/historia_enfermagem/historia_no_brasil.html 
Título > Subtítulo > Nome slide 
Fonte da Imagem: http://pt.wikipedia.org/wiki/Ficheiro:MuseuJulio37.jpg.Acesso em 17 ago 2011. 
GOMES, V.L.O. et al. Evolução do conhecimento científico na enfermagem: do cuidado 
popular a construção de teorias. Investigación e Educación em Enfermería Medelin, 2007; v. 
25, n. 2. 108-15. 
O QUE FAZER ? 
POR QUE 
 
FAZER ? 
COMO FAZER ? 
SABER 
 
PRÓPRIO DA 
 
ENFERMAGEM 
ENFERMAGEM 
A evolução da enfermagem 
Período Florence Nightingale 
 
 
 
 
Florence Nightingale 
• Nasceu em Florença em 1820 
• Viveu até sua morte na Inglaterra 
• Abrangente conhecimento em filosofia, matemática, estatística, política e 
economia. 
• Chamado de DEUS – vocação, caridade 
• Iniciou estudos de “Enfermagem” em 1844 em Roma nas irmandades 
católicas e, mais tarde, treinou com diaconisas na Alemanha (instituto 
Kaiserswerth) 
• Com Florence a enfermagem surgiu como profissão e campo de saber. 
• Enfermagem caridosa Enfermagem como ciência 
 
TAYLOR; LILLIS; LEMONE, 2007 
 Enfermagem Moderna 
 Evolução – Período Nightingale 
• 1853 a 1856 – Guerra da Criméia 
 
• Poder econômico x doenças 
• Más condições dos hospitais de guerra 
• Mortalidade dos soldados ingleses > 40% 
• Intervenção de Florence com auxilio de 38 voluntárias 
 
– Organização do trabalho e as melhores condições de higiene, nutrição e 
conforto permitiram a redução da mortalidade para 2,2% em 6 meses. 
 
• Teoria Ambientalista 
 
 
 
 
 
 Enfermagem Moderna 
 Evolução – Período Nightingale 
• Cuidado aos seres sadios e aos seres doentes 
• Desenvolvimento de condições favoráveis ao processo de cura 
 
CONDIÇÕES PARA ATUAR NA ENFERMAGEM 
• Padrão moral e intelectual, disciplina 
• Abnegação 
• Altruísmo 
• Integridade 
• Sacrifício 
 
 
 
 
 
User
Nota
fazendo a prevenção
User
Nota
obediência gestão postura ética
User
Nota
humanizmo
 Enfermagem Moderna 
 Evolução – Período Nightingale 
 
• 1859 – 1ª Escola de Enfermagem - Hospital Saint Thomas – 
Inglaterra 
 
• Disciplina rigorosa - militar 
• Qualidades morais – conduta 
• Alunas residiam no hospital 
• Matrons – supervisoras de enfermagem (atualmente as 
gerentes de enfermagem) 
• Prática da enfermagem: arte + ciência + vocação 
 
 
 
PROFISSIONALIZAÇÃO DA ENFERMAGEM 
Modelo Nightingale de ensino 
 
 
 
 
 
 
• Cursos com duração de 3 ou 4 anos 
• Expansão do modelo a nível mundial 
• Formação de 2 tipos de profissionais: 
• NURSES: mulheres de classes populares cuja formação era 
gratuita, residiam no hospital e realizavam cuidados integrais 
diretos ao paciente. 
• LADIES-NURSES: mulheres de posse que custeavam seus 
estudos, moravam na escola e realizavam a supervisão e o 
ensino de enfermagem. 
User
Nota
tecnico
User
Nota
enfermeiro
 Enfermagem Moderna 
 Evolução – Período Nightingale 
 
 
 
Florence Nightingale elevou o status da 
enfermagem ao de profissão, melhorou a 
qualidade da assistência e proporcionou os 
fundamentos do ensino moderno de 
enfermagem. 
 Enfermagem Moderna no Brasil 
Fonte: http://www.nossosaopaulo.com.br/Reg_SP/Barra_Escolha/B_AnaNery.htm 
ANNA NERY 
 
• 1865 - Prestou serviços voluntários de 
enfermagem ao exército brasileiro na 
Guerra do Paraguai. 
• Organizou os hospitais de guerra e 
montou uma enfermaria. 
• Pioneira na Enfermagem do Brasil. 
• Precursora da Cruz Vermelha no Brasil. 
• Foi condecorada com as medalhas de 
prata humanitária e da campanha. 
 
 
User
Nota
os filhos dela foram pra guerra
 Enfermagem Moderna 
Domínio do fazer técnico 
Descobertas científicas proporcionaram avanço tecnológico no final do século 
XIX nos EUA. 
- Trabalhos de Louis Pasteur e Koch - Microbiologia 
Inicio séc XX: 
- Aumento do nº de hospitais 
- Aumento do nº de profissionais para executar as prescrições médicas 
- Necessidade de domínio do FAZER TÉCNICO (como fazer?) 
Execução da técnica mais importante que o cuidado ao enfermo. 
QUAIS OS REFLEXOS NO ENSINO DA ENFERMAGEM? 
 
 
 
 
 
 Enfermagem Moderna no Brasil 
Profissionalização 
PRIMEIRAS ESCOLAS DE ENFERMAGEM NO BRASIL 
• 1890 – Hospício Nacional de Alienados 
– Saída das religiosas – necessidade de pessoas para exercer cuidados 
– Vinda de enfermeiras francesas 
– Escola de Enfermagem Alfredo Pinto/RJ 
– Preparo formal de enfermeiros: ensino mediado por médicos 
• 1890 – Hospital Samaritano (SP) – modelo nightingaleano de 
ensino 
• 1916 – Escola da Cruz Vermelha – preparo de enfas voluntárias p/ 
melhorar assistência aos feridos da 1ª guerra mundial. 
• 1923 – Escola do Departamento Nacional de Saúde Pública 
 
 
 
 
 
 Enfermagem Moderna no Brasil 
Profissionalização 
 
• Década de 1920 
- Carlos Chagas – Sanitarista 
 
– Escola de Enfermagem do Dep. Nacional de Saúde Pública 
(DNSP) 
– Epidemias: febre amarela, tuberculose, cólera 
– Enfªs americanas da Fundação Rockefeller (EUA) 
estruturaram o serviço do DNSP 
– Modelo Preventivo de Saúde – ação em saúde comunitária 
 
 
 
 
 Enfermagem Moderna no Brasil 
Profissionalização 
• 1926 - Escola do DNSP Escola de Enf. ANNA NERY 
 
 1931 – ESCOLA PADRÃO 
 
• 1926 ANED : Associação Nacional das Enfªs Diplomadas 
(atual ABEn). 
• 1932: 1ª Revista Brasileira de Enfermagem denominada 
“Anais de Enfermagem”. 
• 1936: 1º Curso de nível Técnico de Enfermagem (MG)– 
Formação de auxiliares de enfermagem que assumem o lugar 
dos práticos de enfermagem. 
 
 
 
 
 Enfermagem Moderna no Brasil 
Profissionalização 
 
• Década de 40 e 60: Influência capitalista na saúde 
 
– Tecnologia, equipamentos sofisticados 
– Novas necessidades e exigências na profissão 
– Expansão dos cursos de nível técnico e graduação 
(No RS- Escola de Enfermagem da UFRGS - 1950) 
- Crescimento do setor hospitalar e as exigências emanadas 
dele garantem total absorção dos egressos dos cursos de 
enfermagem . 
 
 Fortalecimento 
 
 
 
 
 
Modelo Curativo 
 Enfermagem Moderna no Brasil 
Profissionalização 
 • Década de 40-60 
 
– Influência da economia no setor saúde 
– Processo de Privatização do setor saúde e necessidade de mão de 
obra especializada 
– Criação dos Planos de Saúde – os serviços de saúde tornam-se 
mercadorias atendendo a minoria da população. 
– Aproximação da enfermagem dos saberes da medicina 
– Procedimentos sustentados em princípios científicos 
– Reflexos da ciência no ensino dos cursos de graduação em 
enfermagem 
– Trabalho em equipe - hierarquia 
– Dicotomia execução x gerenciamento 
 REFLEXÕES SOBRE PORQUE FAZER? 
 
 Enfermagem Contemporânea 
 
 Década de 60: Teorias de Enfermagem 
 Corpo de conhecimentos próprio 
 Década de 70: 
 Conferências são realizadas com a proposta de um modelo de saúde 
que atendesse o indivíduo e a coletividade. 
 Reforma Sanitária – nova compreensão do processo de saúde-doença, 
buscando entender sua relação com as condições de vida e trabalho 
da população. 
 
 
 
 Enfermagem Contemporânea 
• Década de 1980 
 - Iniciam-se modificações no ensino da enfermagem no Brasil 
• Profissional com conhecimento técnico-científico inserido na 
sociedade e com consciência crítico-reflexiva. 
 
• Atualmente 
– Formação generalista, critico-reflexiva, humanista– Fortalecida base científica, intelectual e ética 
– Competência técnica, gerencial e educacional 
– Capaz de intervir nos problemas e situações de saúde e doença 
– Contemplando um cuidado com ênfase nos aspectos biopsicossociais 
 BRASIL. MINISTÉRIO DA EDUCAÇÃO E CULTURA. Parecer CNE/CES 1133/2001. http://portal.mec.gov.br/dmdocuments/ces1133.pdf 
 
 Enfermagem Contemporânea 
• Teorias de enfermagem – desenvolvimento do pensamento crítico e 
direcionamento do agir do enfermeiro. 
 
 “O enfoque do cuidado centrado no doente e, em alguns casos no órgão 
acometido, passou a centrar-se no(a) cliente percebido(a) agora como um 
ser humano, possuidor(a) de necessidades biológicas, psicológicas, sociais 
e espirituais”. 
GOMES, V.L.O. et al. Evolução do conhecimento científico na enfermagem: do cuidado popular a 
construção de teorias. Investigación e Educación em Enfermería Medelin, 2007; v. 25, n. 2. 108-15. 
 
SABER PRÓPRIO DA ENFERMAGEM 
Atuação do Enfermeiro 
Assistencial: assistência direta a pacientes com cuidados complexos; 
realização de procedimentos técnicos; assistência realizada com base em 
metodologia fundamentada em uma teoria de enfermagem 
(sistematização da assistência de enfermagem). 
 
Administrativa: gerenciamento da assistência de enfermagem, liderança da 
equipe de enfermagem; gestão de outros serviços da área da saúde. 
 
Educativa: educação em saúde ao paciente; educação permanente em saúde, 
educação continuada (capacitação da equipe de enfermagem); educação 
de nível médio, ensino superior e ensino de pós graduação. 
 
Pesquisa: envolvimento em pesquisas clínicas para o desenvolvimento de 
estratégias e ação visando a melhoria da saúde do indivíduo e da 
coletividade. 
 
 
 
 
Título > Subtítulo > Nome slide 
 
 
 
 A Enfermagem compreende um componente próprio de 
conhecimentos científicos e técnicos, construído e reproduzido por um 
conjunto de práticas sociais, éticas e políticas que se processa pelo ensino, 
pesquisa e assistência. Realiza-se na prestação de serviços à pessoa, 
família e coletividade, no seu contexto e circunstâncias de vida. 
(COFEN, 2007) 
 
 
 
 
Referências e obras consultadas 
 
 
 
 
CELICH, K.L.S. Dimensões do processo de cuidar: a visão das enfermeiras. 1ª ed. Rio de 
Janeiro: EPUB, 2004. 
CONSELHO REGIONAL DE ENFERMAGEM do RS (COREN/RS). Novo código de ética. 
Disponível em: http://www.portal-corenrs.gov.br 
CONSELHO REGIONAL DE ENFERMAGEM de SP (COREN/SP). A história da 
enfermagem. Disponível em: http:// www.corensp.org.br 
GERMANO, R.M. O ensino de enfermagem em tempo de mudanças. Revista Brasileira de 
Enfermagem, Brasília(DF) 2003 jul/ago; 56(4): p. 365-68. 
GOMES, V.L.O. et al. Evolução do conhecimento científico na enfermagem: do cuidado 
popular a construção de teorias. Investigación e Educación em Enfermería Medelin, 
2007; v. 25, n. 2. 108-15. 
OGUISSO, T. Trajetória histórica e legal da enfermagem, 2. ed. Barueri, São Paulo: 
Manole, 2007. 
TAYLOR, C.; LILLIS, C.; LEMONE, P. Fundamentos de Enfermagem: a arte e a ciência 
de enfermagem. 5ª ed. Porto Alegre: ARTMED, 2007.

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