Baixe o app para aproveitar ainda mais
Prévia do material em texto
História da enfermagem: do senso comum a contemporaneidade Profa. Esp. Andréa Luiza Cassel Franck Profa. Me. Andréia Simone Muller O que é enfermagem? Título > Subtítulo > Nome slide O que é enfermagem? • Em uma definição básica, enfermagem é o cuidado dos outros. • Esse cuidado pode envolver inúmeras atividades, desde a realização de procedimentos técnicos complicados até algo aparentemente tão simples como segurar a mão de alguém. • A enfermagem dá ênfase à pessoa que recebe os cuidados, constituindo um misto de arte e ciência. • A ciência da enfermagem é a base de conhecimentos para a assistência prestada, e a arte da enfermagem é a aplicação hábil desse conhecimento para auxiliar os outros a atingirem o máximo de saúde e qualidade de vida. TAYLOR; LILLIS; LEMONE, 2007 • A enfermeira francesa Françoise Collière faz um interessante estudo sobre a origem dos cuidados, mostrando sua trajetória até chegar a ser objeto da profissão de enfermagem. Afirma ela que “ os cuidados existiram desde que surgiu a vida, uma vez que seres humanos - como todos os seres vivos - sempre precisaram deles. Cuidar é um ato que tem como fim primeiro permitir que a vida continue a desenvolver-se e, assim, lutar contra a morte – morte do indivíduo, morte do grupo, morte da espécie”. Definindo o cuidado - O Cuidado é um existencial básico do ser humano, faz parte da vida e promove o encontro entre os seres humanos. - Acompanha o ser humano desde sua gênese. - Para Waldow (1999) é um meio de sobrevivência. Celich, 2004 Cuidado de enfermagem CELICH, 2004 - Ocorre em um contexto sócio-econômico- geográfico e cultural no qual o cuidador e o ser cuidado sofrem influências. - É um compromisso com o estar no mundo, contribuindo com o bem estar geral, preservando a natureza, a dignidade e a espiritualidade. - Realizado com enfoque integral, centrado no ser humano, não na doença, com competência técnica, científica e capacidade de compreensão do ser cuidado. História do Cuidado - CUIDADO = PROTEÇÃO - Cuidar não era um ofício ou profissão. - Cuidar significava ajudar as pessoas a manter a sobrevivência. Cuidado = ações prestadas pela mulher à família - Proteção materna instintiva - Práticas de saúde visando sobrevivência “ À medida que os grupos humanos descobriam o que era bom e o que era mau para a continuidade da vida dos indivíduos e do grupo, foram surgindo as práticas de cuidados habituais, compostas de coisas permitidas e proibidas, posteriormente erigidas em rituais. Esses rituais foram confiados ao xamã (feiticeiro) e depois ao sacerdote. Como guardião ele deveria interpretar e decidir o que era bom ou mau. Também interceder, tentar expulsar o mal velando para assegurar as forças benéficas através de rituais de oferendas, encantamentos e sacrifícios”. (Collière, 1989) OGUISSO, T. Origens da prática do cuidar. In: _____.Trajetória histórica e legal da enfermagem. São Paulo: Manole, 2007. • Desde o surgimento do Homo sapiens, a ação de cuidar vem acompanhando a trajetória do ser humano, do nascer ao morrer. • Na antiguidade remota, cabia as mulheres cuidar da habitação e da prole, além de feridos e idosos; aos homens cabia prover as necessidades do grupo com alimentação (caçando, pescando...) • A mulher, como símbolo de fecundidade, ficava responsável por todas as tarefas relativas ao nascimento e o cuidado com crianças, doentes e moribundos. • O homem, por ser dotado de maior força física, deveria cuidar de ferimentos de guerra, traumatismos e fraturas, assim como dominar pessoas agitadas ou embriagadas. Primeira divisão sexuada do trabalho OGUISSO, T. Origens da prática do cuidar. In: _____.Trajetória histórica e legal da enfermagem. São Paulo: Manole, 2007. • Embora coubesse a mulher cuidar de doentes e feridos, em geral havia um pajé, feiticeiro ou sacerdote que misturava misticismo com danças, beberagens e algum conhecimento para assumir esta função, o que lhe conferia poder dentro do grupo. • Esse sacerdote era o mediador entre os deuses e os homens e o guardião das tradições interpretava e decidia o que era bom ou mau. • Sacerdote Médico • O cristianismo exerceu enorme influência na ação de cuidar, pois ao valorizar o trabalho com pobres e doentes, fez com que pessoas da nobreza, se despojassem dos seus bens para se dedicar a caridade ou transformassem seus palácios em abrigos para os menos favorecidos. OGUISSO, T. Origens da prática do cuidar. In: _____.Trajetória histórica e legal da enfermagem. São Paulo: Manole, 2007. Enfermagem: ocupação ou profissão? Trabalho - Ocupação com vocação requer desenvolvimento de habilidades e educação permanente; - construída a partir de base definida de conhecimentos científicos. - missão social McEwen; Willis, 2009 ocupação profissão Enfermagem e suas fases evolutivas • PRIMITIVA : o conhecimento e a assistência eram deficientes ; o cuidado era realizado com base em observação. Não institucionalizada: executada por leigos (escravos) sacerdotes, pajés. Institucionalizada: religiosos e militares (idade média) • EVOLUTIVA (metade do Século XIX): Enfermagem Moderna (Período Nightingale) • APRIMORAMENTO: compreensão do homem e sua inter-relação com os sistemas biopsicossociais. Elaboração das teorias de enfermagem. OGUISSO (2007) Enfermagem primitiva Nas civilizações antigas • A história da prática do cuidado data de 1700 a.C. • Acreditava-se que a doença tinha causas sobrenaturais. • Bons espíritos saúde; maus espíritos doença e morte; • Cuidado e tratamento praticados por sacerdotes/xamãs /feiticeiros; • Tratamento com uso de plantas com poderes curativos Código Mosaico: normas sobre higiene corporal, alimentação e repouso + controle e notificação de doenças. • Práticas de saúde instintivas – grupos nômades. OGUISSO, T. Origens da prática do cuidar. In: _____.Trajetória histórica e legal da enfermagem. São Paulo: Manole, 2007. Enfermagem primitiva Civilizações antigas e a divisão social da ação de cuidado • Mulheres: Cuidados de ordem doméstica (alimentação, higiene corporal, cuidados com a criança, parto) • Homens : cuidados com ferimentos pós acidentes nas caças, com pessoas em delírio ou embriagadas, pois dispunham de maior força física. OGUISSO, T. Origens da prática do cuidar. In: _____.Trajetória histórica e legal da enfermagem. São Paulo: Manole, 2007. Enfermagem primitiva Período pré-cristão (500 aC- 100 dC) • Templos tornaram se os centros de atendimento médico – Doença = castigo divino – Prática de saúde associada à prática religiosa - RITUAIS – Sacerdote: poder de cura. Mediador povo x deuses Taylor, C.; Lillis, C.; Lemone, P. Fundamentos de Enfermagem:a arte e a ciência de enfermagem. 5ª ed. Porto Alegre: ARTMED, 2007. Geovanini, T; Moreira, A.; Dornelles, S.; Machado, W. Historia da Enfermagem: versões e interpretações. Rio de Janeiro: Revinter, 2006. Origem do médico Enfermagem primitiva O cuidado na Idade Média (Período Cristão) Século XIII -Necessidade de reorganizar a sociedade devido ao caos provocado pelas Cruzadas (expedições militares organizadas pelos cristãos a partir do século XI com o objetivo de libertar e recuperar Jerusalém, que estava em poder dos muçulmanos no século VII) - Práticas de saúde influenciadas por fatores socioeconômicos e militares - O cuidado foi assumido pela Igreja - Construção de hospitais para homens (feridos da guerra) e para mulheres - Prática do cuidado exercida pelos homens (militares e monges) “ordens de enfermagem” OGUISSO, T. Origens da prática do cuidar. In: _____.Trajetória histórica e legal da enfermagem. São Paulo: Manole, 2007. • Nem a vida humana, nem as mulheres eram valorizadas pela sociedade. • Em alguns grupos o enfermeiro era considerado um escravo, desempenhando as tarefas menores, com base na ordem dos sacerdotes médicos. • No início da era cristã, a enfermagem começou ter um papel mais formal e claramente definido. • Levadas pela crença de que o amor e o carinho pelos outros eram importantes, as mulheres chamadas diaconisas fizeram as primeiras visitas organizadas às pessoas doentes; os membros das ordens religiosas masculinas proporcionavam assistência de enfermagem e enterravam os mortos. Imagem digitalizada da obra publicada por OGUISSO, T. Origens da prática do cuidar. In: _____.Trajetória histórica e legal da enfermagem. São Paulo: Manole, 2007. • As ordens de enfermagem femininas e masculinas foram fundadas durante as cruzadas (sec XI ao XIII). • Os hospitais foram construídos para um imenso número de peregrinos que necessitavam de atendimento de saúde, e a enfermagem tornou-se uma vocação respeitada. • Embora o início da idade média tenha se aproximado do caos, a enfermagem tinha desenvolvido finalidade, direção e liderança. Enfermagem primitiva O cuidado na Idade Média • Grandes epidemias : doenças infectocontagiosas tornaram-se flagelos da sociedade medieval. • Organizações eclesiásticas – detentoras de poder, “caridade” e de conhecimentos de saúde. • Diaconisas : visitas e cuidado às pessoas doentes – Precursoras da enfermagem de saúde pública • Prática do cuidado = Caridade = Salvação divina Taylor, C.; Lillis, C.; Lemone, P. Fundamentos de Enfermagem: a arte e a ciência de enfermagem. 5ª ed. Porto Alegre: ARTMED, 2007. As diaconisas e o cuidado de enfermagem “Os cuidados prestados à época pelas diaconisas consistiam, provavelmente, apenas em banhar os doentes com febre, limpar feridas, fazer curativos, dar água e comida, oferecer remédios domésticos, como ervas e raízes, e melhorar as condições de limpeza e ar puro do ambiente. O que sobressaía nesse cuidado, porém, era a devoção e o amor que acompanhavam esses gestos, o que trazia conforto físico e espiritual aos doentes.” OGUISSO, T. Os precursores da enfermagem moderna. In: ________(org). Trajetória histórica e legal da enfermagem. São Paulo: Manole, 2007. Influências do trabalho das irmãs de caridade na Enfermagem Cuidados aos enfermos: forma de caridade adotada pela igreja Caridade (cuidado) = amor a Deus em ação Amor e caridade - representavam uma das formas de cuidar - purificação da alma do cuidador - modelavam comportamentos do cuidador Padilha MICS, Mancia JR. Florence Nigthingale e as irmãs de caridade: revisitando a história. Rev Bras Enferm 2005 nov-dez; 58(6):723-6. Enfermagem primitiva Sec XIII ao Sec XVII Divisão social e intelectual do trabalho • Religiosas: coordenação e supervisão dos hospitais – Companhia das Irmãs de Caridade (1633) Organizaram os hospitais (área física, distribuição dos leitos, manutenção do ambiente higienizado), além de oferecer cuidados aos enfermos • Leigos e demais trabalhadores: cuidados aos enfermos • Cuidado exercido sem fundamentação científica Enfermagem primitiva Divisão social e intelectual do trabalho • Religiosas: realizavam controle geral do hospital; direitos e obrigações de cuidado: – Não se envolviam com mulheres em trabalho de parto, nem cuidavam de pessoas com doenças venéreas. – Execução de cuidados de acordo com seus conhecimentos – Não acatavam ordens médicas. • No início do século XVI, muitas sociedades ocidentais passaram de uma orientação religiosa para uma ênfase na guerra, na exploração e na expansão do conhecimento. Inúmeros monastérios e conventos fecharam, levando a uma grande escassez de pessoal para o atendimento dos doentes. TAYLOR; LILLIS ;LEMONE, 2007 Enfermagem primitiva Período obscuro da Enfermagem Reforma protestante na Europa - Fechamento de alguns hospitais e expulsão de religiosos que atuavam nestas instituições. - Os hospitais que permaneceram abertos considerados “morredouros”, destinados às pessoas com doenças contagiosas, discriminadas pela sociedade. - Investimento nos hospitais militares . - Cuidado exercido por leigos sem treinamento algum (mulheres e homens com condutas morais duvidosas). Trabalhavam por longas horas e em condições desfavoráveis. Gonçalves, AS; Sena, RR. Assistir/cuidar na Enfermagem. Revista Mineira de Enfermagem, 2(1):2-8, jan./jun., 1998. Enfermagem primitiva A inserção da medicina nos hospitais - A partir de 1789 - A efetivação do ingresso da medicina nos hospitais ocorreu em um momento de desordem na saúde: impacto de doenças infectocontagiosas, mortalidade dos enfermos e morbidade daqueles que prestavam cuidados no ambiente hospitalar. - Destaque ao poder médico: administrativo e técnico - Medicalização do hospital – local de “cura” MOREIRA A. A profissionalização da enfermagem. In: OGUISSO T. (org). Trajetória histórica e legal da enfermagem. 2ª ed. Barueri, SP: Manole, 2007. Enfermagem primitiva A inserção da medicina nos hospitais - Saída definitiva das religiosas do comando dos hospitais e também da execução de algumas atividades de cuidado. - Elaboração de “manuais de enfermagem” desenvolvidos por médicos - “Enfermeira ideal”- dócil, submissa, leiga, com qualidades morais - Competência na limpeza e higiene (noções de assepsia) - Abnegação, honestidade, devoção, executora de ordens - Secundar o médico, não substituí-lo : por isso, limitação da instrução MOREIRA A. A profissionalização da enfermagem. In: OGUISSO T. (org). Trajetória histórica e legal da enfermagem. 2ª ed. Barueri, SP: Manole, 2007. Enfermagem primitiva BRASIL - Período colonial • Cuidados aos enfermos - Prestados por religiosos, escravos e leigos (ex-pacientes, serventes); conhecimento de senso comum. - Tratamento: uso e conhecimento de ervas medicinais. Fundação das Santas Casas de Misericórdia: 1560 (SP) Destaque: Pe Jose Anchieta - Santa Casa de Misericórdia em Porto Alegre: 1803 http://www.abennacional.org.br/historia_enfermagem/historia_no_brasil.html Título > Subtítulo > Nome slide Fonte da Imagem: http://pt.wikipedia.org/wiki/Ficheiro:MuseuJulio37.jpg.Acesso em 17 ago 2011. GOMES, V.L.O. et al. Evolução do conhecimento científico na enfermagem: do cuidado popular a construção de teorias. Investigación e Educación em Enfermería Medelin, 2007; v. 25, n. 2. 108-15. O QUE FAZER ? POR QUE FAZER ? COMO FAZER ? SABER PRÓPRIO DA ENFERMAGEM ENFERMAGEM A evolução da enfermagem Período Florence Nightingale Florence Nightingale • Nasceu em Florença em 1820 • Viveu até sua morte na Inglaterra • Abrangente conhecimento em filosofia, matemática, estatística, política e economia. • Chamado de DEUS – vocação, caridade • Iniciou estudos de “Enfermagem” em 1844 em Roma nas irmandades católicas e, mais tarde, treinou com diaconisas na Alemanha (instituto Kaiserswerth) • Com Florence a enfermagem surgiu como profissão e campo de saber. • Enfermagem caridosa Enfermagem como ciência TAYLOR; LILLIS; LEMONE, 2007 Enfermagem Moderna Evolução – Período Nightingale • 1853 a 1856 – Guerra da Criméia • Poder econômico x doenças • Más condições dos hospitais de guerra • Mortalidade dos soldados ingleses > 40% • Intervenção de Florence com auxilio de 38 voluntárias – Organização do trabalho e as melhores condições de higiene, nutrição e conforto permitiram a redução da mortalidade para 2,2% em 6 meses. • Teoria Ambientalista Enfermagem Moderna Evolução – Período Nightingale • Cuidado aos seres sadios e aos seres doentes • Desenvolvimento de condições favoráveis ao processo de cura CONDIÇÕES PARA ATUAR NA ENFERMAGEM • Padrão moral e intelectual, disciplina • Abnegação • Altruísmo • Integridade • Sacrifício User Nota fazendo a prevenção User Nota obediência gestão postura ética User Nota humanizmo Enfermagem Moderna Evolução – Período Nightingale • 1859 – 1ª Escola de Enfermagem - Hospital Saint Thomas – Inglaterra • Disciplina rigorosa - militar • Qualidades morais – conduta • Alunas residiam no hospital • Matrons – supervisoras de enfermagem (atualmente as gerentes de enfermagem) • Prática da enfermagem: arte + ciência + vocação PROFISSIONALIZAÇÃO DA ENFERMAGEM Modelo Nightingale de ensino • Cursos com duração de 3 ou 4 anos • Expansão do modelo a nível mundial • Formação de 2 tipos de profissionais: • NURSES: mulheres de classes populares cuja formação era gratuita, residiam no hospital e realizavam cuidados integrais diretos ao paciente. • LADIES-NURSES: mulheres de posse que custeavam seus estudos, moravam na escola e realizavam a supervisão e o ensino de enfermagem. User Nota tecnico User Nota enfermeiro Enfermagem Moderna Evolução – Período Nightingale Florence Nightingale elevou o status da enfermagem ao de profissão, melhorou a qualidade da assistência e proporcionou os fundamentos do ensino moderno de enfermagem. Enfermagem Moderna no Brasil Fonte: http://www.nossosaopaulo.com.br/Reg_SP/Barra_Escolha/B_AnaNery.htm ANNA NERY • 1865 - Prestou serviços voluntários de enfermagem ao exército brasileiro na Guerra do Paraguai. • Organizou os hospitais de guerra e montou uma enfermaria. • Pioneira na Enfermagem do Brasil. • Precursora da Cruz Vermelha no Brasil. • Foi condecorada com as medalhas de prata humanitária e da campanha. User Nota os filhos dela foram pra guerra Enfermagem Moderna Domínio do fazer técnico Descobertas científicas proporcionaram avanço tecnológico no final do século XIX nos EUA. - Trabalhos de Louis Pasteur e Koch - Microbiologia Inicio séc XX: - Aumento do nº de hospitais - Aumento do nº de profissionais para executar as prescrições médicas - Necessidade de domínio do FAZER TÉCNICO (como fazer?) Execução da técnica mais importante que o cuidado ao enfermo. QUAIS OS REFLEXOS NO ENSINO DA ENFERMAGEM? Enfermagem Moderna no Brasil Profissionalização PRIMEIRAS ESCOLAS DE ENFERMAGEM NO BRASIL • 1890 – Hospício Nacional de Alienados – Saída das religiosas – necessidade de pessoas para exercer cuidados – Vinda de enfermeiras francesas – Escola de Enfermagem Alfredo Pinto/RJ – Preparo formal de enfermeiros: ensino mediado por médicos • 1890 – Hospital Samaritano (SP) – modelo nightingaleano de ensino • 1916 – Escola da Cruz Vermelha – preparo de enfas voluntárias p/ melhorar assistência aos feridos da 1ª guerra mundial. • 1923 – Escola do Departamento Nacional de Saúde Pública Enfermagem Moderna no Brasil Profissionalização • Década de 1920 - Carlos Chagas – Sanitarista – Escola de Enfermagem do Dep. Nacional de Saúde Pública (DNSP) – Epidemias: febre amarela, tuberculose, cólera – Enfªs americanas da Fundação Rockefeller (EUA) estruturaram o serviço do DNSP – Modelo Preventivo de Saúde – ação em saúde comunitária Enfermagem Moderna no Brasil Profissionalização • 1926 - Escola do DNSP Escola de Enf. ANNA NERY 1931 – ESCOLA PADRÃO • 1926 ANED : Associação Nacional das Enfªs Diplomadas (atual ABEn). • 1932: 1ª Revista Brasileira de Enfermagem denominada “Anais de Enfermagem”. • 1936: 1º Curso de nível Técnico de Enfermagem (MG)– Formação de auxiliares de enfermagem que assumem o lugar dos práticos de enfermagem. Enfermagem Moderna no Brasil Profissionalização • Década de 40 e 60: Influência capitalista na saúde – Tecnologia, equipamentos sofisticados – Novas necessidades e exigências na profissão – Expansão dos cursos de nível técnico e graduação (No RS- Escola de Enfermagem da UFRGS - 1950) - Crescimento do setor hospitalar e as exigências emanadas dele garantem total absorção dos egressos dos cursos de enfermagem . Fortalecimento Modelo Curativo Enfermagem Moderna no Brasil Profissionalização • Década de 40-60 – Influência da economia no setor saúde – Processo de Privatização do setor saúde e necessidade de mão de obra especializada – Criação dos Planos de Saúde – os serviços de saúde tornam-se mercadorias atendendo a minoria da população. – Aproximação da enfermagem dos saberes da medicina – Procedimentos sustentados em princípios científicos – Reflexos da ciência no ensino dos cursos de graduação em enfermagem – Trabalho em equipe - hierarquia – Dicotomia execução x gerenciamento REFLEXÕES SOBRE PORQUE FAZER? Enfermagem Contemporânea Década de 60: Teorias de Enfermagem Corpo de conhecimentos próprio Década de 70: Conferências são realizadas com a proposta de um modelo de saúde que atendesse o indivíduo e a coletividade. Reforma Sanitária – nova compreensão do processo de saúde-doença, buscando entender sua relação com as condições de vida e trabalho da população. Enfermagem Contemporânea • Década de 1980 - Iniciam-se modificações no ensino da enfermagem no Brasil • Profissional com conhecimento técnico-científico inserido na sociedade e com consciência crítico-reflexiva. • Atualmente – Formação generalista, critico-reflexiva, humanista– Fortalecida base científica, intelectual e ética – Competência técnica, gerencial e educacional – Capaz de intervir nos problemas e situações de saúde e doença – Contemplando um cuidado com ênfase nos aspectos biopsicossociais BRASIL. MINISTÉRIO DA EDUCAÇÃO E CULTURA. Parecer CNE/CES 1133/2001. http://portal.mec.gov.br/dmdocuments/ces1133.pdf Enfermagem Contemporânea • Teorias de enfermagem – desenvolvimento do pensamento crítico e direcionamento do agir do enfermeiro. “O enfoque do cuidado centrado no doente e, em alguns casos no órgão acometido, passou a centrar-se no(a) cliente percebido(a) agora como um ser humano, possuidor(a) de necessidades biológicas, psicológicas, sociais e espirituais”. GOMES, V.L.O. et al. Evolução do conhecimento científico na enfermagem: do cuidado popular a construção de teorias. Investigación e Educación em Enfermería Medelin, 2007; v. 25, n. 2. 108-15. SABER PRÓPRIO DA ENFERMAGEM Atuação do Enfermeiro Assistencial: assistência direta a pacientes com cuidados complexos; realização de procedimentos técnicos; assistência realizada com base em metodologia fundamentada em uma teoria de enfermagem (sistematização da assistência de enfermagem). Administrativa: gerenciamento da assistência de enfermagem, liderança da equipe de enfermagem; gestão de outros serviços da área da saúde. Educativa: educação em saúde ao paciente; educação permanente em saúde, educação continuada (capacitação da equipe de enfermagem); educação de nível médio, ensino superior e ensino de pós graduação. Pesquisa: envolvimento em pesquisas clínicas para o desenvolvimento de estratégias e ação visando a melhoria da saúde do indivíduo e da coletividade. Título > Subtítulo > Nome slide A Enfermagem compreende um componente próprio de conhecimentos científicos e técnicos, construído e reproduzido por um conjunto de práticas sociais, éticas e políticas que se processa pelo ensino, pesquisa e assistência. Realiza-se na prestação de serviços à pessoa, família e coletividade, no seu contexto e circunstâncias de vida. (COFEN, 2007) Referências e obras consultadas CELICH, K.L.S. Dimensões do processo de cuidar: a visão das enfermeiras. 1ª ed. Rio de Janeiro: EPUB, 2004. CONSELHO REGIONAL DE ENFERMAGEM do RS (COREN/RS). Novo código de ética. Disponível em: http://www.portal-corenrs.gov.br CONSELHO REGIONAL DE ENFERMAGEM de SP (COREN/SP). A história da enfermagem. Disponível em: http:// www.corensp.org.br GERMANO, R.M. O ensino de enfermagem em tempo de mudanças. Revista Brasileira de Enfermagem, Brasília(DF) 2003 jul/ago; 56(4): p. 365-68. GOMES, V.L.O. et al. Evolução do conhecimento científico na enfermagem: do cuidado popular a construção de teorias. Investigación e Educación em Enfermería Medelin, 2007; v. 25, n. 2. 108-15. OGUISSO, T. Trajetória histórica e legal da enfermagem, 2. ed. Barueri, São Paulo: Manole, 2007. TAYLOR, C.; LILLIS, C.; LEMONE, P. Fundamentos de Enfermagem: a arte e a ciência de enfermagem. 5ª ed. Porto Alegre: ARTMED, 2007.
Compartilhar