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Delegado de Polícia Civil CARREIRAS JURÍDICAS Damásio Educacional MATERIAL DE APOIO Disciplina: Direito Civil Professor: André Barros Aula: 18 | Data: 06/12/2017 ANOTAÇÃO DE AULA SUMÁRIO DIREITO DAS OBRIGAÇÕES 1. Responsabilidade Civil (continuação) 2. Elementos da Responsabilidade Civil DIREITO DAS OBRIGAÇÕES 1. Responsabilidade Civil (continuação) O STJ formou jurisprudência, a uns 15 anos, que o valor por dano moral razoável é em torno de R$ 5.000,00. Somente será revisto quando estiver fora do parâmetro. Aumentada DANO Princípio da Reparação Integral do Dano Indenização Reduzida Aplica-se tanto a Responsabilidade Subjetiva quanto a Responsabilidade Objetiva. A Responsabilidade Objetiva é a exceção no CC/02. As duas principais subteorias do Risco que são a base da Teoria Objetiva no CC/02 são: Teoria do Risco Criado: não exige que a atividade seja econômica, por exemplo, artigo 936, CC. “Art. 936. O dono, ou detentor, do animal ressarcirá o dano por este causado, se não provar culpa da vítima ou força maior.” Página 2 de 3 Teoria do Risco Proveito, também conhecida como Teoria do Risco Benefício: é aquele que exige que se desenvolva uma atividade econômica para ter a Responsabilidade Objetiva, exemplo, artigo 931, CC, trata do fato do produto. A mesma Teoria do CDC. Art. 931. Ressalvados outros casos previstos em lei especial, os empresários individuais e as empresas respondem independen- temente de culpa pelos danos causados pelos produtos postos em circulação. A responsabilidade do Estado é, em regra, objetiva, pela Teoria do Risco. 2. Elementos da Responsabilidade Civil 1. Fato/Conduta Humana Ato ilícito civil (stictu sensu), artigo 186, CC Caracterizado por ser duplamente ilícito, ou seja, é um ato duplamente ilícito, pois é ilícito no conteúdo (viola- ção do direito) e nas suas consequências (causar dano a outrem). “Art. 186. Aquele que, por ação ou omissão voluntária, negligên- cia ou imprudência, violar direito e causar dano a outrem, ainda que exclusivamente moral, comete ato ilícito.” Abuso de direito, artigo 187, CC Conceito: é o exercício de um direito que excede os limites impostos pelos fins sociais ou econômicos, pela boa fé ou pelos bons costumes. O abuso de direito é espécie de ato ilícito, mas não é duplamente ilícito por- que ele é lícito no seu conteúdo (a pessoa tinha o direito de agir) e ilícito nas consequências (causa dano a outrem). “Art. 187. Também comete ato ilícito o titular de um direito que, ao exercê-lo, excede manifestamente os limites impostos pelo seu fim econômico ou social, pela boa-fé ou pelos bons costumes.” No abuso de direito exerce direito legítimo, mas vai com tanta sede ao pote que a cada causando dano, por exemplo, abuso de direito na cobrança de dívida. Ato Lícito, artigo 188, CC É possível ter a Responsabilidade Civil por ato ilícito, abuso de direito e por ato lícito. Não ocorre como regra porque a regra do ato lícito é ser excludente de Responsabilidade Civil. Exemplo: estado de necessidade vez que pode ser excludente ou fonte de Responsabilidade Civil. As duas es- pécies de estado de necessidade existentes são: Página 3 de 3 Estado de Necessidade Defensiva (excludente de Responsabilidade Civil): é aquele em que a pessoa que sofreu o dano era a responsável pela situação de perigo, exemplo, fogo na sala de aula. “Art. 188. Não constituem atos ilícitos: I - os praticados em legítima defesa ou no exercício regular de um di- reito reconhecido; II - a deterioração ou destruição da coisa alheia, ou a lesão a pessoa, a fim de remover perigo iminente. Parágrafo único. No caso do inciso II, o ato será legítimo somente quando as circunstâncias o tornarem absolutamente necessário, não excedendo os limites do indispensável para a remoção do perigo”. Exceção: quando o ato lícito é fonte de responsabilidade civil. Estado de Necessidade Agressivo: a vítima do dano não era responsável pela situação de perigo. Exemplo: mendigo pula na frente do automóvel e para se esquivar bate no caso do lado. Artigo 188, II, 929 e 930, CC: a pessoa que causou o dano (herói) terá que reparar o dano causado a vítima e depois terá direito de regresso em face do responsável pela situação de perigo. “Art. 929. Se a pessoa lesada, ou o dono da coisa, no caso do inciso II do art. 188, não forem culpados do perigo, assistir- lhes-á direito à indenização do prejuízo que sofreram”. “Art. 930. No caso do inciso II do art. 188, se o perigo ocorrer por culpa de terceiro, contra este terá o autor do dano ação regressiva para haver a importância que tiver ressarcido ao lesado. Parágrafo único. A mesma ação competirá contra aquele em defesa de quem se causou o dano (art. 188, inciso I)’”. A legítima defesa putativa NÃO é excludente de responsabilidade no Direito Civil, entendimento STJ. 2. Dano De acordo no o STJ, se eu sofrer tripartição de dano, eu posso pedir indenização por todos eles, pois são cumu- láveis (material, moral e estético). a) Dano Material: é a lesão a direito patrimonial. Subdivide-se em: Dano emergente: o que a pessoa perdeu/gastou. Lucro cessante: o que a pessoa RAZOAVELMENTE deixou de ganhar. b) Dano Moral: é a lesão a direito extrapatrimonial, também conhecido como Direito da Personalidade. A jurisprudência do STJ entende que tanto a pessoa natural quanto a pessoa jurídica podem pedir indenização por dano moral, porém, tem direito a alguns direitos da personalidade, por exemplo, a pessoa jurídica não tem direito a vida e quanto a honra a pessoa jurídica só tem a honra objetiva. O STJ entende que Pessoa jurídica de Direito Público não sofre o dano moral.
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