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SEMANA 06.rtf

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CASO CONCRETO SEMANA 06
EXCELENTÍSSIMO SENHOR DOUTOR JUIZ DE DIREITO DO JUÍZADO ESPECIAL CÍVEL DE CAMPO GRANDE/MS.
 10 linhas
 BERNADO Z, brasileiro, viúvo, militar da reserva, portador da Carteira de identidade nº---------------, CPF nº-----------------, na rua Bauru n°---------, CEP 26615-790,Dourado/MS,email --__------------ por seu advogado abaixo-assinado com endereço na Rua ---------------CEP-----------,Brusque/SC vem, respeitosamente à presença de V. Exa., propor a presente
 
 02 linhas
AÇÃO INDENIZATÓRIA DE DANOS
em face SAMUEL, brasileiro, solteiro, comerciante, portadora da Carteira de identidade nº---------------- -CPF nº-------------------, residente na rua Diamantes,n°123,CEP.nº-----------Dourados/MS,e-mail:------------conforme o art. 319, do Código de Processo Civil, pelos motivos e fatos que passar a expor:
 02 linhas
 	
DA GRATUIDADE DE JUSTIÇA:
Por não dispor de recursos suficientes para arcar com o ônus processual, vem requerer a concessão do benefício da GRATUIDADE DE JUSTIÇA, para o que junta à afirmação correspondente, nos termos da lei n° 1.060/50, conforme comprovam os documentos anexados (documento 01), exercendo neste ato o direito constitucional assegurado à assistência jurídica integral e gratuita.
PRIORIDADE NO TRÂMITE PROCESSUAL: 
Conforme documentos pessoais do Autor anexados à Inicial (documento 02), este conta hoje com 65 anos de idade, fazendo, por isso, jus ao benefício da prioridade na tramitação de procedimentos judiciais, nos termos do art. 1.048 do Código de Processo Civil e art. 71 do Estatuto do Idoso.
DOS FATOS E FUNDAMENTOS:
1) O presente caso concreto versa sobre o estabelecimento e o contrato de comodato escrito pelo Sr. Bernardo, ora Autor, em favor do Sr. Samuel, pertencente ao pólo passivo desta ação , sendo o objeto da avença o cavalo de espécie manga-larga, o qual tinha por nome “Tufão”, avaliado em R$ 10.000,00 (dez mil reais).
2) O bem deveria ser restituído, conforme contrato, no dia 02 do mês de outubro de 2016. No entanto, até o mês de janeiro de 2017 não houver a devolução por Samuel, ressaltando que fora constatado a desídia do mesmo para restituir o eqüino. 
3)A mora perdurou até a chegada de um forte temporal no local onde permanecia o animal, causando sua morte em decorrência da altura atingida pela água, bem como à sua força. Assim, se finda o relato dos fatos, passa-se agora à exposição dos fundamentos do direito material. 
Excelência, como será efetivamente demonstrado no feito, e por força da higidez das provas a costadas nos autos, o caso em tela é oriundo de um contrato escrito de comodato gratuito, sendo que o objeto do acordo firmado fora um eqüino de raça manga-larga, cujo nome o dono deu-lhe “Tufão”, o animal era avaliado em expressiva quantia, cerca de dez mil reais, tinha utilidade para Autor na reprodução da linhagem, em exposições, bem como em turfes, ou seja, constata-se, de plano, a relevante importância do animal para o Sr. Bernardo. 
 
Voltando ao teor da avença firmada, for a estabelecido que o eqüino deveria ser de volvido até o dia 02 de outubro de 2016, isto é, fora firmada uma obrigação positiva, no entanto, até a ocorrência do evento trágico, em que o animal veio a falecer, com o já referido, até o mês de janeiro de 2017, o cavalo não foi devolvido por pura e repulsiva desídia do Sr. Samuel, ora Réu. Com isso, vislumbra-se uma inequívoca mora de mais de dois meses, fato notório e originário da culpabilidade n a causa da morte do animal. Afasta-se, desde logo, qualquer argumento de ocorrência de caso fortuito, impassível de modificação se o eqüino estive sob qualquer outra guarda. O que se constata é o grave dano sofrido pelo Sr. Bernado, que não mais contará com seu animal, quando perdera um bem de importe considerável por puro desleixo do Sr. Samuel. 
 
Felizmente, o nosso código civil nos traz, de modo esclarecedor, a responsabilidade do devedor que se encontra em demora em sua obrigação. Nos termos dos artigos 394, 395, 397 e 399 do aludido regramento, aquele que estiver em atraso com a obrigação em que se estabeleceu, responde pelos prejuízos a que sua mora der causa, acrescidos de juros, correção monetários e honorários advocatícios. Dito isso, sem sombra para dúvidas, vê-se inequívoca a culpa do Réu no fato ocorrido. Se estivesse cumprida em tempo a devolução do animal, o evento fatal não se efetivaria. Tanto é que a chuva torrencial que se deu no lugar em que estava o cavalo, não o correra onde o Autor residia, afastando, assim, qualquer isenção na de culpabilidade, o que o dano sobreviveria ainda que se fosse efetuada a devolução em tempo hábil. 
 02 linhas
Nesse sentido: 
 
Da Mora 
 Art. 394. Considera-se em mora o devedor que não efetuar o pagamento e o credor que não quiser recebê-lo no tempo, lugar e forma que a lei ou a convenção estabelecer.
Art. 395. Responde o devedor pelos prejuízos a que sua mora
der causa, mais juros, atualização dos valores monetários
segundo índices oficiais regularmente estabelecidos, e honorários de advogado.
Art. 397. O inadimplemento da obrigação, positiva e líquida, no
seu termo, constitui de pleno direito em mora o devedor.
Art. 399. O devedor em mora responde pela impossibilidade da prestação, embora essa impossibilidade resulte de caso fortuito ou de força maior, 
se estes ocorrerem durante o atraso; salvo se provar isenção de culpa, ou que o dano sobreviria ainda quando a obrigação fosse oportunamente desempenhada. 
 
	Não obstante, o Tribunal De justiça de São Paulo manifestou a cerca do assunto, conforme se conclui do julgamento abaixo colacionado:
TJ-SP- Apelação APL 04926895220108260000 SP 0492689-52.2010.8.26.0000 (TJ-SP) Data de publicação: 09/08/2013 Ementa: Compra e venda. Atraso na entrega do imóvel. Chuvas excessivas ocorridas antes da celebração do negócio não configuram força maior (art. 393 par. único CC). Chuvas excessivas posteriores à data de entrega são de responsabilidade da vendedora (art. 399 CC). Perdas e danos devem seguir quantificação contratual. 1% do preço do imóvel por mês de atraso mais 2% por a demora ter excedido 90 dias. Recurso dos compradores provido. Recurso da vendedora improvido.
	Ocorrendo o perecimento do objeto emprestado durante a mora, impõe-se ao devedor o dever de responder pelo equivalente mais perdas e danos (art. 399, CC). Trata-se, portanto, de inadimplemento absoluto e a única maneira de isentar-se de responsabilidade seria provar que o dano sobreviria ainda que a obrigação tivesse sido oportunamente cumprida, o que não ocorreu. 
 
DIANTE DO EXPOSTO, REQUER:
1)  Requer nos termos do art. 1211-A do CC c/c o art. 71 do “Estatuto do Idoso” (lei 10741/03), a concessão do benefício da “prioridade processual” à pessoa maior de 60 (sessenta anos), previsto nos referidos dispositivos. Em anexo a esta petição, segue documento atestando a idade do requerente (documento 02), cuja juntada aos autos se pleiteia, atendendo ao disposto nos arts. 1211-B caput e 71, § 1 das respectivas normas;
2) Seja reconhecido o direito constitucionalmente assegurado à assistência jurídica integral e gratuita como dispõe o caput do artigo 98 do código de processo civil;
3) A citação do réu para integrar a relação processual e, querendo, responder a presente demanda, sob pena de revelia;
4) Seja julgada procedente, e a conseqüente condenação do réu em perdas e danos, juros, correção monetária;
5) Sejam o demandado condenado ao pagamento das custas processuais e honorários advocatícios dos procuradores do autor;
DAS PROVAS
	Requer provar o alegado por todos os meios de prova em direito admitidas, tais como a provatestemunhal, pericial, documental, com aqueles já acostados e os que se fizerem necessários, para demonstrar o direito ora invocado nesta petição, bem como o depoimento pessoal dos requeridos.
	Dar-se á o valor da causa de: R$ 10.000,00
 Nestes termos pede deferimento.
 12 de setembro de 2017
	Advogado

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