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Resumo sobre LIVRAMENTO CONDICIONAL

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LIVRAMENTO CONDICIONAL
Conhecida popularmente por liberdade condicional, é uma medida que permite a reintegração antecipada do condenado à sociedade, possibilitando o cumprimento de parte da pena em liberdade. Devem ser preenchidos requisitos objetivos e subjetivos que, estando presentes, o juiz é obrigado a conceder o livramento (mesmo o código apresentando a expressão “poderá conceder), em virtude de ser direito subjetivo do condenado.
Os requisitos para a condicional estão dispostos no artigo 83 do código penal. 
Aplica-se a casos de condenação a pena privativa de liberdade por período igual ou maior que dois anos (caput do artigo 83). O condenado deve cumprir no mínimo um terço da pena para fazer jus ao livramento condicional e não ser reincidente em crime doloso (nesse caso deverá ter cumprido no mínimo a metade da pena), devendo ainda possuir bons antecedentes. Essas informações estão expressas nos incisos I e II do supracitado artigo. Há um aumento para cumprir dois terços da pena para os casos expressos na Lei 8072/90, como crime hediondo, tortura, tráfico e terrorismo, caso não seja reincidente (inciso V).
Há um projeto de lei (249/05) que propõe aumentar para quatro quintos o tempo mínimo de permanência do preso em regime fechado, como um dos pré-requisitos para a liberdade condicional, nos casos ligados à Lei dos crimes hediondos e afins.
Outros requisitos expressos nos demais incisos versam sobre comportamento satisfatório, bom desempenho no trabalho e reparação do dano da infração.
Nos casos em que o crime ocorreu com uso de violência ou grave ameaça, deve ser constatado que o liberado não voltará a delinquir, não bastando apenas os requisitos anteriores.
O pedido é deferido pelo juiz da execução, mediante consulta ao Ministério Público e ao Conselho Penitenciário.
Casos práticos (exemplos)
1) Kátia Rabello, ex-presidente do banco Rural
A decisão nesse caso foi deferida pelo ministro do STF Luiz Barroso. No parecer foi observado o tempo de condenação (acima de dois anos), o fato de os crimes cometidos não serem hediondos e que a ré é primária e possui bons antecedentes e que não cometera falta disciplinar no presídio. Kátia cumprira cerca de dois anos em regime fechado, um ano no semiaberto e seis meses em regime aberto de um total de quatorze anos e cinco meses de prisão. A Procuradoria-Geral da República deferiu a concessão do pedido, desde que cumpridas as condições impostas pelo juízo da execução penal, como o comparecimento periódico à justiça. 
http://politica.estadao.com.br/noticias/geral,barroso-concede-liberdade-condicional-a-ex-presidente-do-banco-rural,70001872442
http://www.valor.com.br/politica/5023104/stf-concede-liberdade-condicional-katia-rabello-do-banco-rural

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