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1 CARREIRAS PÚBLICAS – NÍVEL MÉDIO Disciplina: Noções de Direito Administrativo Professor: Fabrício Bolzan Aula: 01 Monitor: Caroline MATERIAL DE APOIO - MONITORIA Índice I. Anotações II. Lousas III. Exercícios I. ANOTAÇÕES Princípios da administração (ex: Município) Regime jurídico de direito público administrativo é diferente do Regime jurídico de direito privado (que serve para regular o particular). Regime jurídico de direito público Ex: Município Binômio: I. Privilégios Princípio da supremacia do interesse público (coletivo) sobre o privado (superioridade); Ex: desapropriação II. Restrições Princípio da indisponibilidade do interesse público; Ex: concurso público, licitação pública Princípios expressos no art. 37, “caput”, CF LIMPE Art. 37. A administração pública direta e indireta de qualquer dos Poderes da União, dos Estados, do Distrito Federal e dos Municípios obedecerá aos princípios de legalidade, impessoalidade, moralidade, publicidade e eficiência e, também, ao seguinte: 1º) Princípio da legalidade A administração pública só pode fazer aquilo que a lei determina ou autoriza. 2 O princípio da legalidade para o particular significa que pode fazer tudo que a lei não proíbe. Juridicidade (legalidade em sentido mais amplo). Seguir lei + direito (princípios). 2º) Princípio da impessoalidade Administração pública deve atuar de forma objetiva/ impessoal. Significa atuar sem discriminar, sem privilegiar e sem fazer promoção pessoal com a atividade administrativa. Art. 37, §1º, CF Art. 37. (...) § 1º A publicidade dos atos, programas, obras, serviços e campanhas dos órgãos públicos deverá ter caráter educativo, informativo ou de orientação social, dela não podendo constar nomes, símbolos ou imagens que caracterizem promoção pessoal de autoridades ou servidores públicos. 3º) Princípio da moralidade A administração deve atuar com ética, probidade e boa-fé Decreto nº 1.171 Súmula Vinculante 13 – STF veda o nepotismo Súmula Vinculante 13. A nomeação de cônjuge, companheiro ou parente em linha reta, colateral ou por afinidade, até o terceiro grau, inclusive, da autoridade nomeante ou de servidor da mesma pessoa jurídica investido em cargo de direção, chefia ou assessoramento, para o exercício de cargo em comissão ou de confiança ou, ainda, de função gratificada na administração pública direta e indireta em qualquer dos poderes da União, dos Estados, do Distrito Federal e dos Municípios, compreendido o ajuste mediante designações recíprocas, viola a Constituição Federal. É vedado também o nepotismo cruzado. Viola a moralidade e a impessoalidade. 3 4º) Princípio da publicidade Regra: Administração deve tornar pública a sua atuação. Exceção: Atuação sigilosa da administração pública Art. 5º, XXXIII, CF Art. 5º. (...) XXXIII - todos têm direito a receber dos órgãos públicos informações de seu interesse particular, ou de interesse coletivo ou geral, que serão prestadas no prazo da lei, sob pena de responsabilidade, ressalvadas aquelas cujo sigilo seja imprescindível à segurança da sociedade e do Estado; 5º) Princípio da eficiência A administração pública deve atuar com presteza, perfeição, rendimento funcional. Art. 5º, LXXVIII, CF Art. 5º. (...) LXXVIII - a todos, no âmbito judicial e administrativo, são assegurados a razoável duração do processo e os meios que garantam a celeridade de sua tramitação. Princípios implícitos: 1º) Supremacia do interesse público sobre o particular – ex: desapropriação 2º) Indisponibilidade do interesse público – ex: concurso 3º) Razoabilidade (administração pública deve atuar com bom senso/ senso comum) e proporcionalidade (adequação entre meios e fins) Poderes da administração pública: Instrumentos para proteger o interesse público 1º) Poder vinculado (não há liberdade) = administração pública está obrigada a praticar a única conduta prevista pelo direito. Ex: aposentadoria compulsória do servidor aos 75 anos de idade 2º) Poder discricionário = certa liberdade conferida pela lei ao agente público para realizar um juízo de valor (oportunidade e conveniência) antes de decidir. Ex: autorização de uso de bem público 4 3º) Poder hierárquico Da administração pública distribuir funções entre os seus órgãos, ordenar e rever a atuação de seus agentes públicos. Ex: União – Ministério da Saúde, da Educação e da Justiça (órgãos públicos) 4º) Poder disciplinar Da administração pública de investigar e de punir administrativamente seus servidores públicos e demais pessoas submetidas à disciplina administrativa. Ex: Empresa contratada pela administração pública 5º) Poder regulamentar/ Poder normativo Da administração de regular, complementar e dar fiel execução à lei. No topo do nosso ordenamento está a CF, depois as leis, seguidos pelos atos administrativos normativos que visam dar fiel cumprimento à lei. Lei nº 10.520 = Modalidade pregão de licitação Decreto nº 5.450 veio para regulamentar essa lei (o pregão pode ser feito pela internet – o chamado “pregão eletrônico) Regra: Decretos executivos/ regulamentares (que são decretos que pressupõem leis anteriores para serem reguladas); Exceção: Decretos autônomos ou independentes (não exigem leis anteriores, eles existem por si só) – art. 84, VI, CF Art. 84. Compete privativamente ao Presidente da República: (...) VI – dispor, mediante decreto, sobre: a) organização e funcionamento da administração federal, quando não implicar aumento de despesa nem criação ou extinção de órgãos públicos; b) extinção de funções ou cargos públicos, quando vagos; 6º) Poder de polícia É o poder da administração de restringir o exercício de direitos individuais em benefício da coletividade. Atributos do poder de polícia: 1. Discricionariedade: a administração, em regra, tem uma certa liberdade de realizar um juízo de valor antes de praticar a sua medida de polícia; 5 Cuidado! A licença é manifestação do poder de polícia, porém é ato vinculado. 2. Autoexecutoriedade: a administração pode praticar diretamente os seus atos de polícia sem precisar de autorização judicial; 3. Coercibilidade: a administração pode impor suas medidas de polícia sem precisar de autorização do particular afetado; Abuso de poder: 1. EXCESSO DE PODER (também chamado de excesso de competência, porque envolve vício no elemento competência do ato) Ex: policial militar que tem competência para pedir a identificação de um suspeito na rua se excede quando chega batendo 2. DESVIO DE PODER (também chamado de desvio de finalidade, porque envolve vício no elemento finalidade do ato) Ex: remoção de servidor público como forma de penalidade 6 II. LOUSAS 7 8 9 10 III. EXERCÍCIOS 1. (2016 - AOCP - Prefeitura de Juiz de Fora/MG - A Administração Pública obedecerá aos princípios de a) legalidade, pessoalidade, moralidade, publicidade e eficiência. b) legalidade, impessoalidade, moralidade e eficiência, apenas. c) legalidade, impessoalidade, moralidade,publicidade e eficiência. d) legalidade, impessoalidade, moralidade, publicidade e ineficiência. e) legalidade, impessoalidade, morosidade, publicidade e eficiência. GABARITO: C 2. (2016 - CESPE - TRT/8ª Região/ PA e AP - Técnico Judiciário - Área Administrativa) A respeito dos princípios da administração pública, assinale a opção correta. a) Em decorrência do princípio da autotutela, apenas o Poder Judiciário pode revogar atos administrativos. b) O princípio da indisponibilidade do interesse público e o princípio da supremacia do interesse público equivalem-se. c) Estão expressamente previstos na CF o princípio da moralidade e o da eficiência. d) O princípio da legalidade visa garantir a satisfação do interesse público. e) A exigência da transparência dos atos administrativos decorre do princípio da eficiência. GABARITO: C 3. (2016 - IF/TO - Assistente em Administração) Acerca dos princípios da Administração Pública, marque a alternativa incorreta. a) Não fere o princípio da eficiência a utilização irracional dos meios e recursos humanos para a prestação dos serviços públicos. b) As campanhas dos órgãos públicos deverão ter caráter educativo ou de orientação social, delas não podendo constar nomes, símbolos ou imagens que caracterizem promoção pessoal de autoridades ou servidores públicos. c) De acordo com o princípio da moralidade administrativa, a Administração Pública deve agir com boa-fé, probidade e ética. d) O princípio da publicidade está ligado à perspectiva de transparência, sendo um dever da Administração, direito da sociedade. e) No princípio da legalidade, enquanto o particular pode fazer tudo o que a lei não proíbe, a Administração só poderá fazer o que a lei permitir. GABARITO: A 11 4. (2016 - FUNIVERSA - IF/AP - Administrador) Os princípios que regem a Administração Pública podem ser divididos em dois grupos: os expressos e os implícitos ou reconhecidos. A propósito desse assunto, assinale a alternativa correta. a) A CF, no caput do art. 37, estabelece, de forma expressa, alguns princípios básicos. São eles: legalidade, impessoalidade, moralidade, supremacia do interesse público, publicidade e eficiência. b) Os princípios da proporcionalidade, da indisponibilidade, da autotutela e da eficiência são princípios implícitos ou reconhecidos. c) Prevê-se, expressamente, que a Administração Pública seja regida pelos princípios da legalidade, moralidade, economicidade, publicidade e impessoalidade. d) De acordo com o princípio da legalidade, os agentes públicos têm autonomia de vontade, ou seja, possuem liberdade para fazer o que for necessário, desde que não haja proibição legal. e) O princípio da moralidade administrativa impõe ao agente administrativo a observância dos princípios éticos, da boa-fé e da lealdade, e não apenas a conformidade com a norma jurídica. GABARITO: E
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