Baixe o app para aproveitar ainda mais
Esta é uma pré-visualização de arquivo. Entre para ver o arquivo original
PNEUMONIA ADQUIRIDA NA COMUNIDADE EM PEDIATRIA Epidemiologia 2-3% das infecções respiratórias agudas (IRA) evoluem para pneumonia; 80% das mortes por IRA se devem à pneumonia; Fatores de risco para IRA → baixo peso ao nascer, permanência em creche, ausência de aleitamento materno, vacinação incompleta, variáveis socioeconômicas, etc. Epidemiologia As crianças mais vulneráveis à PAC são as menores de 5 anos, que constituem 80% das hospitalizações pela doença em crianças. Etiologia Patógeno não é identificado em 60% dos casos → conhecimento do perfil etiológico da doença orienta o tratamento empírico; Etiologia mista em até 25% dos casos; No Brasil, ainda existem poucos estudos sobre a etiologia das pneumonias em nossa população; Os agentes encontrados diferem entre as faixas etárias. Etiologia < 3 dias → transmissão intra-útero ou no trabalho de parto; 1-3 meses →considerar agentes da pneumonia afebril do lactente; S. pneumoniae, M. pneumoniae e C. pnumoniae tornam-se mais prevalentes com o progredir das faixas etárias. 5 Quadro clínico Diagnóstico diferencial difícil entre as síndromes respiratórias agudas; Antecedente recente de infecção respiratória alta, com piora da febre, da prostração e da tosse; Suspeita clínica (OMS) → tosse e frequência respiratória elevada em menores de 5 anos; Outras manifestações: irritabilidade, cefaleia, vômitos, etc. Frequência respiratória em pediatria Exame físico Inspeção → retração subcostal, batimento de asa de nariz, estridor expiratório contínuo. Exame físico Ausculta → variável, pode contar com estertores finos e grossos, além de murmúrio vesicular reduzido; Palpação e percussão → frêmito toraco-vocal aumentado, sinal de Signorelli. Sinal de Signorelli: som maciço, devido a derrame pleural, na percussão do 7º- 11º espaços intervertebrais 9 Avaliação da gravidade A gravidade do quadro determina a necessidade de internação; Em menores de 2 meses, QUALQUER pneumonia é considerada grave; A partir dessa idade, aplica-se a tabela classificatória ao lado. Avaliação da gravidade Outros critérios de gravidade/internação são: falha no tratamento ambulatorial; doença grave concomitante; sinais radiológicos de gravidade; SpO2 < 92%; dificuldade respiratória/gemido; sinais de desidratação; incapacidade da família de cuidar do paciente. Sinais radiológicos de gravidade (derrame pleural, pneumatoceles, abscesso) 11 Critérios para internação em UTI SpO2 < 92% com FiO2> 60%; Hipotensão arterial; Evidência clínica de grave falência respiratória e exaustão; Apnéia recorrente ou respiração irregular. →Pesquisar agente? (grau C) 12 Radiografia de tórax Realização fundamentada em suspeita clínica; Auxilia no diagnóstico, avalia a extensão do processo e detecta complicações; Possível dissociação clínica-radiológica; Baixa acurácia na diferenciação entre processos virais e bacterianos. Solicitar no controle da cura? pneumonias exclusivamente virais, predominam espessamentos brônquicos e peribrônquicos, infiltrados intersticiais, adenopatia hilar e parahilar, hiperinsuflação e atelectasia; procurar sempre distinguí-las da consolidação bacteriana.(1) Por sua vez, as pneumonias bacterianas apresentam- se com padrão alveolar segmentar ou lobar, broncograma aéreo, abscessos, pneumatoceles, espessamento ou derrame pleurais(1) e imagens arredondadas.(1,2) 13 Radiografia de tórax Radiografia de tórax Radiografia de tórax Outros exames complementares Inespecíficos: Leucograma global e diferencial; Proteína C reativa. A presença de eosinofilia nos casos de pneumonia afebril pode sugerir infecção por Chlamydia trachomatis. O leucograma não deve ser realizado como rotina para pacientes tratados ambulatorialmente. Grau de evidência A Para pacientes internados, o leucograma deve ser realizado. Detectar vírus > evitar ATB desnecessária 17 Outros exames complementares Específicos: Hemocultura; Pesquisa de antígeno viral e isolamento do vírus; Técnicas invasivas na ausência de tratamento (?); Reação de aglutinação a olho nu; Exame citobacteriológico do escarro; Enzyme-linked immunosorbent assay para IgM → M. pneumoniae, C. pneumoniae; A presença de eosinofilia nos casos de pneumonia afebril pode sugerir infecção por Chlamydia trachomatis. O leucograma não deve ser realizado como rotina para pacientes tratados ambulatorialmente. Grau de evidência A Para pacientes internados, o leucograma deve ser realizado. Detectar vírus > evitar ATB desnecessária 18 Condutas gerais no hospital Oxigenoterapia dispensada de forma contínua, com objetivo de manter a SpO2 entre 92 e 94%; Administração de alimentos e líquidos por via oral, quando possível; Não há indicação de fisioterapia. A presença de eosinofilia nos casos de pneumonia afebril pode sugerir infecção por Chlamydia trachomatis. O leucograma não deve ser realizado como rotina para pacientes tratados ambulatorialmente. Grau de evidência A Para pacientes internados, o leucograma deve ser realizado. Detectar vírus > evitar ATB desnecessária 19 Condutas gerais em domicílio Orientar cuidadores a observar sinais de piora e marcar retorno em 48 horas; Uso de antitérmicos e analgésicos para prover conforto ao paciente; Controle e medição da febre. Tratamento Ambulatorial: Suspender 3-5 dias após o fim dos sintomas. Tratamento Hospitalar: Suspender 3-5 dias após o fim dos sintomas. Tratamento Tratamento Transição de medicação via intravenosa para medicação via oral no segundo dia de estabilização clínica; Sibilos + insuficiência respiratória → broncodilatadores e corticoides. Complicações Em caso de ausência de resposta clínica após 48-72 horas, devem ser procurados os motivos de falha, tais como (1) escolha inadequada do antibiótico, (2) dose errada ou (3) complicações da pneumonia adquirida na comunidade (grau D). Entre as complicações, podemos citar o derrame pleural, a pneumatocele e o abcesso pulmonar. Derrame pleural e pneumatocele -> pneumococo Derrame – toracocentese Pneumatocele – conservador - abcesso- tto clínico 25 Critérios de alta Melhora clínica, com retorno do apetite e ausência de febre por pelo menos 12-24 horas; Oximetria de pulso em ar ambiente > 90% nas últimas 12- 24 horas; Remoção de dreno de tórax há 12-24 horas sem piora clinica após a retirada do dreno ou alterações radiológicas na radiografia de controle. Prevenção Previnir desnutrição e desmame; Evitar exposição ao tabagismo passivo; Vacinação. Bibliografia Diretrizes brasileiras em pneumonia adquirida na comunidade em pediatria - 2007. J. bras. pneumol., São Paulo , v. 33, supl. 1, Abr. 2007. Protocolo de Atendimento em Pneumonia Comunitária – Fluxograma. Secretaria Estadual da Saúde. Hospital Infantil Joana de Gusmão. OBRIGADA!
Compartilhar