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RESUMO - TRIBUTAÇÃO DO CONSUMO (REFLEXÕES SOBRE UMA REFORMA TRIBUTÁRIA ECONOMICAMENTE RACIONAL E POLITICAMENTE VIÁVEL)

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TRIBUTAÇÃO DO CONSUMO: REFLEXÕES SOBRE UMA REFORMA TRIBUTÁRIA ECONOMICAMENTE RACIONAL E POLITICAMENTE VIÁVEL
Gerd Willi Rothmann 
	
RESUMO
Thainá Scarídi
11320456
A presente obra cuida por demonstrar a necessidade de uma reforma tributária no sentido de competência e legalidade, haja vista que nosso atual sistema está fadado ao fracasso por legisladores que já não criam leis com as mesmas qualidades, com magistrados que não deliberam com a mesma transparência e imparcialidade e principalmente, por uma guerra entre as grandes potências Estaduais e até Municipais, além da chamada “extra fiscalidade” que toma demasiado tempo e recurso do Fisco para ações que visam induzir a economia tributária da Federação, de formas sociais, como, por exemplo, a distribuição dos valores pagos mensais, ou “renda”. Comparado a outros países, o Brasil diverge na questão de ter seu poder fracionado de uma única fonte para a demais, contudo, tendo seus poderes derivados limitados por restrições constantes na fonte do poder, a chamada “Constituição da República”, ressaltando a divisão de competência por valor monetário. 
No que tange aos impostos nacionais, estes tem natureza especificada de acordo com conteúdo, e sendo sociais, seus valores alternam de acordo com a renda declarada, poupada, ou ainda, despendida. Os impostos Brasileiros foram baseados em Estados da União Europeia, nos moldes Franceses, no que tange a tributação de imposto de qualquer natureza. Contudo, existe uma briga entre os Estados da Federação, no que tange a divisão dos recursos, tributos e desenvolvimento. Atualmente, utiliza-se muito de “Leis Complementares” para tentar amenizar essa situação de disputa, uma vez que, através dela conseguimos modificar determinado sentido através de um adendo, de um complemento. Com a LC veio o Código Tributário Nacional, que rege as relações de tributos do Estado-Nação, lembrando que, a União tem como responsabilidade, a fiscalização e regularização de todas as mercadorias comercializadas com o Exterior, tanto de importação, como exportação. 
Existe em apreciação no Legislativo, desde 2008, uma proposta de reformação do atual sistema tributário, no qual, pleiteia-se a unificação de todos os impostos Nacionais em um único, o que claramente não é benéfico para a política do País, uma vez que a divisão dos impostos implica em maior tributação, mesmo que a custo de uma maior burocracia e de um comércio com alto custo para indivíduos que encaixam-se em classes menos favoráveis que outras. 
A necessidade de um sistema simplificado tributariamente é gritante e latente em nossa realidade há muitos anos, pois a racionalidade, justiça e viabilidade deixaram de ser representantes do nosso atual sistema há muito tempo, conforme dito alhures, sendo a unificação da cobrança de tributos o ponto forte e central dessa necessidade de reforma. 
Conforme dito, a competência de reger sobre os impostos de exportação e importação compete a União Federal, contudo administrativamente a competência é atribuída individualmente a cada Estado membro, e a ideia de reforma iria unificar os valores recebidos pela União Federal e repartir igualmente para as municipalidades e Estados, e claramente sua repartição obedeceria critérios específicos, facilitando assim e trabalhando harmoniosamente para a que a competência em âmbito tributário fosse centralizada em um só Ente, capaz, organizado e competente para exercer tal função, o que consequentemente colocaria um fim na guerra travada entre os Estados e Municípios.
Paralelo a necessidade de uma reforma, esbarramo-nos de frente aos interesses políticos daqueles que foram eleitos e exercem tal função, haja vista que, tais interesses dificilmente se confundem com os interesses sociais da população. Dentro dessa visão, identificamos a necessidade de tornar mais justo e célere o processo tributário, a necessidade humana, eu digo, de acabarmos com as batalhas fiscais existentes dentro de um campo de concentração onde todos tem o mesmo interesse: Crescer, desenvolver. 
O fato é que o Federalismo Nacional somente o fez acomodar-se com todos os erros que lhe foram apresentados ao longo dos anos, sendo altamente competitivo e de uma onerosidade e desigualdade absurdas. 
É uma luta diária de classes econômicas, na qual o elo mais fraco perde o direito de voz, seja por falta de informação, ou até mesmo de animosidade, pois sabe que independente de como faça, seu peso é diferente dos outros. Não visualizamos os princípios de cooperação e solidariedade tanto buscados, tampouco, harmonização entre os Entes Federados. 
Nota-se, que, o problema de individualidade do país encontra respaldo não somente nas despesas sociais que as arrecadações não conseguem suportar, mas sim, na insuficiência em arrecadar, haja vista a necessidade de equilíbrio. A necessidade de uma balança para que não haja escassez em um dos campos, lembrando ainda, que 	tal sistema implantado necessita de uma distribuição justa das riquezas.
A Federação deve possuir autonomia na mesma intensidade que se mantém capaz de sua posição política. Todo o exposto alhures, é baseado em um método assimétrico, que visa driblar dificuldades na administração política e territorial 
Inobstante, na esfera tributária, mescla-se a vida política, constitucional e social no intuito de desenvolver métodos compatíveis com a sociedade moderna que vivemos hoje, e que mantenha em mente a lenta velocidade de desenvolvimento da nação.
Um meio eficaz de driblar estas questões, pode ser observado no imposto de ICMS, que tributa de forma específica e obedece a não cumulatividade, estabelecendo cota partes diferenciadas por cada operação realizada, seja inter ou intraestadual, oferecendo ainda, os tão esperados: Benefícios Fiscais. Lembrando que, em caso de inexistência de contribuinte, a totalidade é entregue ou devolvida ao Estado-Origem, repassando ao destinatário a alíquota devida em caso deste ser o destinatário.
Desta forma, observa-se o desenvolvimento assimétrico do Federalismo, garantido pela CRFB/88 o qual determinou sua competência em caráter de grande importância e garantindo uma idealização forte da tributação deste imposto específico.
Podemos notar a grande importância da globalização na sociedade moderna e atual, vez que esta divulga as informações pertinentes na velocidade da luz, o que conecta a sociedade, concomitante com o fluxo internacional de mercado financeiro, o que facilita também a troca de capital Nacional, promovendo um crescimento mundial.
Na produção em massa, conta o ponto forte do investimento vindo do exterior, tendo papel de tamanha importância neste aumento de produção e formando assim, um mercado internacional forte.
Espera-se que com o desenvolvimento, nosso capital tome caráter moderno e possa aprimorar a cota-parte, bem como suavizar o custo. O que também nos leva a questionar sobre a guerra entre os Estados por fluxos de arrecadação e distribuição de imposto e consequentemente desenvolvimento, o que já fora espelhado em território internacional.
De extrema prejudicialidade aos cofres públicos, a Guerra instaurada destrói o modelo tributário que consta na CRFB/88 e consequentemente torna fraco as relações diplomatas entre os membros da Federação. 
A reforma necessária não se restringe a questões de ordem tributária, mas também de ordem política, uma vez que os interesses políticos de indivíduo eleito não representam uma maioria social. Estando em um país democrático que busca incansavelmente desenvolver-se, é incabível que deixemos o país parar. Posto isso, necessário ainda, uma reforma na própria política governamental e legislativa.
Pois bem, inexiste um termo unânime a respeito do significado da palavra “Federalismo”, contudo, podemos entender como um pacto entre a união e os entes da federação, no qual cada um detém sua autonomia e todos são submetidos a um mesmo poder soberano. Quando dizermos “descentralizado” estamos falando de uma distribuição de responsabilidades e competências, que é justamenteo modelo de organização adotado no Brasil. Contudo, independente da descentralização de tais atribuições, estes poderes tornam-se co-dependentes, uma vez que as responsabilidades são decorrentes, e consequentemente conexas, o que torna de extrema necessidade que haja uma cooperação entre estes. Observa-se que a fonte inicia-se na federação e termina na municipalidade. 
Ainda neste campo de interdependência para obtenção de melhor desempenho ou vantagem econômica, temos a “teoria da ação coletiva” que explicita justamente sobre a união de determinados indivíduos que partilham do mesmo interesse, para conseguirem alcançar o objetivo, contudo, essa teoria pode ser temerosa, uma vez que quando o objetivo é alcançado, todos os envolvidos se beneficiam daquele resultado, e como em toda associação ou grupo, existem indivíduos que não participaram com o mesmo empenho e não ajudaram, de fato, o alcance deste resultado. 
Nestes casos, necessário represália para que estes determinados indivíduos não atrapalhem todo o objetivo da associação. É através de tal teoria concomitante com os elementos adicionais da coordenação, responsabilidade e interdependência governamental que busca-se a harmonia entre o Fisco e toda a federação, o que resume de forma sucinta o objetivo da presente obra, que cuida-se de demonstrar a necessidade de que sejam adotadas posturas de maior afetuosidade entre os órgãos que compõe a Federação Brasileira, em prol de uma melhor execução de seus serviços tributários.

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