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Universidade Regional do Cariri (URCA)
Curso: Direito
Semestre: V
Aluno: Josélio Ferreira da Silva Júnior
Disciplina: Direito Civil III
Professora: Gabrielly Araújo
Trabalho apresentado à professora Gabrielly Araújo.
Iguatu 2015
As novas perspectivas da função social dos contratos decorrem indubitavelmente da nova interpretação do Código Civil de 2002, que visa de forma clara e objetivamente por meio dos contratos, a realização da justiça social. Baseado no tripé: eticidade, socialidade e operabilidade, o código busca estabelecer nos contratos uma forma mais coletiva e social, tendo em vista o novo modelo de interpretação do direito privado que cada vez mais está intrinsecamente ligado a Constituição Federal de 1988, movimento conhecido como constitucionalização do Direito Civil. O direito contratual, a partir da constitucionalização do direito privado, ganha uma nova roupagem no que tange à liberdade de contratar. Não mais é possível uma liberdade contratual que esteja afastada da função social, assim sendo, o próprio direito de contratar deve está interligado a esta função. Todavia, é importante salientar que, essa nova forma de contratar não afasta por completo a autonomia da vontade dos envolvidos, ela apenas vem para garantir, (pelo menos essa é a ideia), de que os contratos sejam firmados com base na nova concepção da função social dos contratos. Partindo desse novo “método” de contratar, percebe-se que a não observância da função social dos contratos torna-o desprotegido pelo ordenamento jurídico, podendo assim tornar-se um ato ilícito podendo também ocorrer responsabilidade civil, caso venha a mitigar o equilíbrio social e podendo gerar reparação de danos. A partir da análise dessa nova concepção dos contratos observa-se que há uma mudança de valores no que rege os contratos. A liberdade para contratar não mais envolve somente os contratos de forma individual. Dessa forma, pode existir uma terceira parte que, mesmo não sendo diretamente ligada ao contrato, possa sofrer dano referente ao contrato firmado ou mesmo possa interferir nessa relação contratual.
Por volta dos anos 1970 surgiu no direito americano uma teoria que expunha de forma até então nunca apresentada, uma maneira de quebra contratual de modo que o rompimento do mesmo não trouxesse danos onerosos em excesso para as partes envolvidas. Essa teoria ficou conhecida como: efficient breach theory (teoria da quebra eficiente). Essa teoria diz basicamente que, a quebra de um contrato tendo em vista que o simples fato do rompimento do acordo não ocasione maiores danos aos envolvidos e que possa trazer, em contrapartida, mais benefícios do que se o mesmo fosse mantido e seguisse seu rumo, não deve ser tido como uma simples forma de rompimento arbitrário e prejudicial aos valores sociais, já que, é justamente uma forma de manter e apreciar a função social que deve nortear os contratos. 
O alcance da função social do contrato está no efetivo cumprimento do mesmo, é o que dizem os mais conservadores. Não obstante, temos que não será somente pelo cumprimento do contrato que se alcançará a função social, tendo em vista que os contratos têm por preceitos fundamentais a efetiva cooperação dos indivíduos em sociedade e a contínua realocação dos recursos no mercado, sendo assim, esses dois preceitos básicos podem sim serem satisfeitos com o rompimento do contrato, como versa a teoria da quebra eficiente. Contudo, desde já, é importante ressaltar que existe certa confusão no que diz respeito à função econômica e a função social dos contratos. É sabido que há de se ter certa estabilidade no que tange ao cumprimento dos contratos, meios pelos quais as partes possam utilizar para garantir o efetivo cumprimento ou quebra contratual. Atualmente a função social dos contratos está alicerçada na íntima relação entre as partes e a sociedade, visando evitar a autotutela e conflitos que possam surgir, mas que, outrossim, incentiva que haja o adimplemento das obrigações adquiridas, tendo em vista que, caso contrário, estabelecer-se-ão compensações para os respectivos descumprimentos.

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