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Software livre (4

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Definição de software livre e proprietário
Segundo a Free Software Foundation é um software concede ao usuário a liberdade de compartilhá-lo, estudá-lo e modificá-lo. É chamado de “software livre” As modificações feitas em softwares livres costumam ser muito cuidadosas, uma vez que essas alterações serão analisadas por outros especialistas em TI, com reflexos sobre a carreira do profissional que as realizou. A filosofia do software livre esta baseada em 4 conceitos básicos. Liberdade de executar o programa para qualquer propósito, liberdade de modificar o código-fonte para adaptá-los às suas necessidades, liberdade de redistribuir cópias de modo a ampliar as possibilidades de acesso e liberdade de aperfeiçoar o programa.. Exemplos de softwares livres são o GNU/UNIX, Linux, Ubuntu, Android, LibreOffice, Mozilla Firefox e Thunderbird.
É chamado de software proprietário, ou software não-livre, aquele que pertence a uma empresa privada, a qual detém direitos sobre seu uso, edição ou redistribuição. Os softwares proprietários são fonte de receita para quem os produz, já que o comprador sempre terá que adquirir nova licença de uso quando houver upgrade do programa ou quando vencer o prazo da licença adquirida. Exemplos de softwares proprietários são os antivírus para uso comercial, como Avast, Kaspersky, McAfee, Norton; aplicativos como o Microsoft Office; sistemas operacionais como o RISC OS e Apple iOS.
[1: Software proprietário - Conceito, o que é, Significado - https://conceitos.com/software-proprietario/ Acessado em 11/12/2017]
Comparação entre software livre e proprietário
Tanto softwares livres quanto softwares proprietários podem ser gratuitos ou pagos. A diferença está no fato de que, no caso do software livre, o código-fonte está disponível ao usuário, que pode usá-lo como achar melhor; enquanto que os softwares proprietários não disponibilizam o código-fonte, impossibilitando modificações e correções, sendo geralmente proibido seu compartilhamento, exceto em versões “freeware”, “shareware” ou “demo”, usualmente incompletas, com funções desabilitadas ou com prazo de utilização limitado. Os softwares proprietários são cedidos aos usuários mediante licenças com prazo de validade limitado e redistribuição proibida, sendo necessário renovar a licença ao fim de cada período ou a cada nova versão do programa. 
Migração
Os softwares livres estão se tornando uma opção cada vez mais disseminada e aceita por empresas e instituições, devido ao fato de serem economicamente viáveis seguros e também por serem considerados por muitos como sistemas estáveis e de fácil customização. Seguindo a tendência das demais organizações, a administração pública federal está efetuando uma ampla migração de seu parque tecnológico para software livre. A redução dos custos com licenças de software já se faz sentir em diversos órgãos federais, como na Previdência Social e no Serpro, assim como o aumento de investimentos em projetos de pesquisa e fomento realizados pelo Ministério da Ciência e Tecnologia e pela FINEP, cujos softwares são distribuídos com a Licença Pública Geral - GPL. [2: Molski, E.R – Migração de Software Proprietário para Software Livre em Instituição Pública - https://www.vivaolinux.com.br/artigo/Migracao-de-Software-Proprietario-para-Software-Livre-em-Instituicao-Publica - Acessado em 11/12/2017]
A migração de software proprietário para um software livre costuma causar certa preocupação, uma vez que os usuários terão que abandonar aplicativos já conhecidos e aprender a utilizar outros novos com a mesma função. Entretanto, os benefícios da migração já são bem conhecidos: 
Economia – geralmente os softwares livres são também gratuitos, não sendo necessário realizar desembolsos com licenças. Adicionalmente, mesmo nos raros casos em que são pagos, é permitido instalá-los em quantas máquinas ele for necessário, sem custos adicionais, fazer um número ilimitado de cópias, compartilhar ou até revender.
Segurança - o Linux, por exemplo, possui um sistema de permissões: um arquivo pode receber permissão de leitura e escrita, ou somente permissão de leitura, ou ter seu acesso bloqueado pelo seu criador. Além disso, por padrão, quando se baixa um arquivo Linux, ele não é executável, sendo necessário que o usuário dê permissão para que o mesmo seja executado. Mesmo quando o usuário baixa um vírus, este só será executado quando o usuário deliberadamente der permissão de execução. 
Diversidade – diariamente novos aplicativos são criados e aperfeiçoados para uso em sistemas de software livre.
Migração de software proprietário para software livre no Governo Brasileiro
O Brasil foi um dos pioneiros na utilização de software livre para fins de administração pública. Em 2003, o Governo Federal colocou o software livre no centro de sua estratégia de TI, e foi iniciado um processo de migração de sistemas de correio eletrônico, servidores de Internet, sistemas de informação, dentre outros. Isso gerou uma economia de R$ 500 milhões em 2010 para os cofres públicos e, segundo o SERPRO, pode economizar anualmente 1,4 bilhão de Reais, se estendido a toda a Administração Pública Federal.[3: Nórcio, L. – A economia do governo com software livre - https://jornalggn.com.br/blog/luisnassif/a-economia-do-governo-com-software-livre - acessado em 11/12/2017]
Em novembro de 2016, no entanto, o Governo voltou atrás nessa política e determinou a compra de licenças de softwares Microsoft. O objetivo seria padronizar a tecnologia dos softwares utilizados pela administração pública federal, mudar o modelo de contratação para licenciamento e economizar com a compra em escala. A mudança, no entanto, não foi uma simples ruptura da atual gestão. Ela já vinha acontecendo, de forma gradual, desde o governo Dilma Rousseff. Embora a própria presidente tenha defendido a mudança para software livre depois que sua correspondência eletrônica foi espionada pelo Google Microsoft e divulgada por Edward Snowden em 2013, acabou voltando atrás devido às resistências internas. Segundo o então diretor de Tecnologia da Informação do Governo Federal, Eduardo Cesar Soares Gomes, retornar ao programa da Microsoft garantiria maior produtividade e eficiência aos usuários. No final de 2015, ainda na gestão Dilma, o sistema de e-mails EXPRESSO, desenvolvido pelo governo federal, foi substituído pelo conhecido Outlook, solução de e-mails da Microsoft. Segundo o portal Convergência Digital, a substituição foi feita sem pregão e o valor não foi revelado.[4: Nadal, M.V.S – Porque é importante que o poder público use software livre - https://brasil.elpais.com/brasil/2017/08/25/tecnologia/1503682398_611930.html - Acessado em 11/12/2017][5: Dias, T. – Por que o software livre vai perder espaço no governo federal - https://www.nexojornal.com.br/expresso/2016/11/03/Por-que-o-software-livre-vai-perder-espa%C3%A7o-no-governo-federal – Acessado em 11/12/2017]
Conclusão
Segundo Martínez-Juliá, a adoção de software livre “se encaixa perfeitamente naquilo que uma administração pública deve privilegiar: enriquecer, na medida do possível, a sociedade que está sendo administrada”. E acrescenta: “Qualquer coisa financiada com recursos públicos deve estar à disposição do público que contribui com ditos recursos, o que não se consegue com software proprietário e sua licença restritiva, e sim com software livre e sua licença permissiva”.[6: Juliá, P.M. - Instituto Nacional de Informação e Comunicações de Tecnologia do Japão]

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