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Revisão Patologia Lesões Fundamentais Lesões com Conteúdo Sólido Pápula – elevação circunscrita do epitélio de conteúdo sólido com até 5 mm de diâmetro Nódulo – elevação circunscrita do epitélio de conteúdo sólido com mais de 5 mm de diâmetro. Nódulos com diâmetros maiores que 2 cm recebem o nome de massa nodular e é diferente de tumor. Pode ser: Séssil: quando a inserção no tecido tem diâmetro igual ou superior ao maior diâmetro da lesão Pediculado: quando a inserção no tecido tem diâmetro menor que o maior diâmetro da lesão. Lesões com Conteúdo Líquido Vesícula – elevação circunscrita do epitélio com conteúdo líquido e menor que 5 mm de diâmetro Bolha – elevação circunscrita do epitélio com conteúdo líquido e maior que 5 mm de diâmetro Lesões com Solução de Continuidade Erosão – solução de continuidade do epitélio sem exposição do conjuntivo subjacente Úlcera – solução de continuidade do epitélio com exposição do conjuntivo subjacente Fissura – erosões ou ulcerações que formam linhas Crosta – ulcerações com tendência de cicatrização – reparação tecidual – formação de crosta Lesões com Alteração de Coloração Manchas ou Mácula – alteração de coloração do epitélio, sem alteração de sua espessura. Petéquias – áreas hemorrágicas puntiformes Teleangectasia – dilatação de pequenos vasos superficiais Lesões com Espessamento do Epitélio Placa – alteração de espessura do epitélio, com altura pequena em relação à extensão e sua superfície pode ser lisa, rugosa, verrucosa, ondulada. Biópsia e Citologia Esfoliativa Imagens Fotos Radiografias Biópsia Biópsia Excisional – remoção de toda a lesão, quando ela é muito pequena e sem hipótese de malignidade (menores que 8 mm) Biópsia Incisional – remoção de parte da lesão, quando ela tem possibilidade de ser maligna ou quando a lesão é muito grande. O material da biópsia está vinculado ao tipo de tecido que será removido (tecidos moles ou rígidos). Bisturi Punch – bisturi arredondado Agulha Fina – PAAF (PUNÇÃO ASPIRATIVA POR AGULHA FINA) Laser O formol a 10% é usado para fixar os tecidos biopsiados, os tecidos devem ficar em formol por 24 horas, para que as estruturas celulares sejam preservadas até a sua análise em laboratório. Citologia Esfoliativa Raspagem com espátula realizando certa pressão e força para conseguir uma boa quantidade de células para análise O álcool a 70% ou uma mistura de álcool e éter é utilizado como fixadores O material utilizado é: espátula de metal, lâminas de vidro e fixador. Métodos de Estudo em Patologia Distinção de Diferenças na Morfologia Degradação tecidual – ocorre se o material não é processado adequadamente Técnicas Complementares Colorações Especiais – colorações para detectar bactérias (Mycobacterium tuberculosis), fungos (Candida sp.), melanina (Fontana-Masson) Imuno-histoquímica – processo de detectar antígenos utilizando anticorpos específicos, baseado na especificidade da reação antígeno-anticorpo. Visualizada por meio de diferentes agentes Fluorescentes (FITC, Rodamina, etc.). Substâncias Eletro-opacas Aminas Ativas (Diaminobenzidina) Fácil utilização em material fixado rotineiramente Produção de Anticorpos Macrófago fagocita bactérias quebra em peptídeos e os exibe na forma de MHC tipo II. O mesmo ocorre nas células B. Célula T auxiliadora vê o antígeno e estimula a célula B a produzir anticorpo. Produção de Anticorpo: a célula B sofre multiplicação e diferenciação em plasmócitos secretores de anticorpos. Hibridização in situ Aspectos Gerais Fita de DNA ou RNA (sonda), específica para uma seqüência de interesse. Marcada para ser visualizada por vários métodos Hibridiza com a seqüência complementar localizada nas células ou tecidos estudados, que devem ter sua morfologia preservada para observar os detalhes da localização da sonda. PCR Definição: a reação em cadeia da polimerase é um procedimento in vitro, para amplificação enzimática de seqüências específicas de DNA, normalmente entre 100 e 300 pb. A PCR permite a rápida amplificação de uma cópia de DNA em milhões de cópias. Por isso, o PCR é uma das mais amplamente utilizadas técnicas da medicina moderna. Aplicações da PCR: Detectar a presença de agentes infecciosos Diagnóstico pré-natal de doenças genéticas Quantificação de DNA e RNA Análise de Amostras Forenses Crimes Paternidade Identificação Auxiliar no diagnóstico de neoplasias malignas de partes moles (p. ex. Lipossarcoma Mixóide) Microscopia Eletrônica Microscópio com potencial de aumento muito superior ao óptico, que utiliza feixes de elétrons. Pode ser de varredura ou de transmissão Cultura de Células Permite trabalhar com células em ambiente controlado, e separadas das condições teciduais onde vários fatores interferem com o comportamento celular e sua resposta a estímulos. Histopatologia Básica do Sistema Estomatognático Alterações teciduais que vão acontecer nas diversas patologias que iremos estudar Mucosa Bucal Conjunto de tecidos – epitélio, membrana basal e lâmina própria (tecido conjuntivo), que revestem cavidades naturais úmidas. Submucosa – não pertence à mucosa, contém as glândulas Limite anterior – lábio Zona Vermelha do Lábio – tecido de transição Epitélio Função: revestimento e proteção Células epiteliais – queratinócitos Epitélio da Boca – estratificado pavimentoso Paraqueratinizado – queratina não formada completamente (contém remanescentes do núcleo – núcleos picnóticocs) Ortoqueratinizado – queratina totalmente formada Não-queratinizados – não há camada córnea nem granulosa, pois não tem queratina. Camadas do Epitélio Normal Basal – proliferação celular – células tronco Espinhosa – recebe esse nome devido à presença de desmossomos Granulosa – grânulos de querato-hialina Lúcida Córnea – epitélio ortoqueratinizado/paraqueratinizado/não-queratinizado (basal, espinhosa, intermediária (contém células claras), superficial) Células do epitélio – melanócitos, células de Merckel – camada intermediária (esta relacionada com o sistema nervoso e células de Langerhans (apresentadora de antígenos – camada basal ou estratos mais elevados) Membrana Basal – lençol de macromoléculas entre tecidos de diferentes origens Localiza-se na periferia dos vasos, compartimentalizando o endoteliócito e o conjuntivo, periferia de músculos, glândulas, etc. A membrana basal tem a função de: Filtro específico Barreira física e química Estimulante da diferenciação celular Modificadora da morfologia Lâmina Própria Composta de: Colágeno Fibroblastos Nervos Vasos Tecido Linfóide Residente Possui 2 zonas: Zona Papilar – tecido conjuntivo frouxo – não é perceptível Zona Reticular – tecido conjuntivo denso Submucosa Tecido Musculares Tecido Adiposo Tecido Linfóide Glândulas Salivares Variações Regionais da Mucosa Bucal Mucosa de Revestimento Elasticidade Epitélio não-queratinizado Locais: mucosa jugal, palato mole, ventre da língua, assoalho da boca, mucosa alveolar e mucosa labial. Mucosa Mastigatória Resistência Epitélio Queratinizado Locais: Gengiva (paraqueratinizada) e palato duro (ortoqueratinizado) Mucosa Especializada Dorso da Língua Queratina e papilas – filiformes, foliadas, circunvaladas e fungiformes. Hiperqueratose Aumento da camada córnea Espessamento da camada de queratina ou surgimento desta camada em superfície onde normalmente não se encontra. Queratose ou Hiperortoqueratose Clinicamente a mucosa aparece branca, pois com a aumento da espessura do epitélio a mesma deixa de ser transparente. Hiperparaqueratose Aumento da camada de paraqueratina (camada de queratina com núcleos) Histológico – Núcleos Picnóticos Espessamento da camada de paraqueratina ou surgimento desta camada em superfície onde normalmente não se encontra. Paraqueratose Acantose Aumento da camada espinhosa do epitélio Acanto = espinhos em latim Espessamento da camada espinhosa do epitélio Hiperplasia Pseudo-carcinomatosa Carcinoma – epitélio dentro do tecido conjuntivo – Invasão real, oepitélio se desprende e ilhas invadem o tecido conjuntivo – neoplasia maligna de tecido epitelial. Hiperplasia – aumento do epitélio Acantose intensa que imita um carcinoma, ou seja, aparenta invasão do conjuntivo. Falsamente um carcinoma – apresenta projeções epiteliais profundas (com aumento da camada espinhosa) – impressão que há uma ilhotas soltas no tecido conjuntivo, porém elas são unidas pela projeção mais longa. Facilmente confundida com o carcinoma epidermóide Hipergranulose Espessamento da camada granulosa do epitélio Histológico – muitos “pontos pretos” e espessamento da camada Quando acompanhada de hiperqueratose apresenta-se clinicamente vermelha Atrofia Diminuição do número de camadas do epitélio. Histológico – as papilas epiteliais desaparecem e perdem suas projeções – Líquen Plano Diminuição do número de células com conseqüente diminuição do espessamento do epitélio Clinicamente apresenta-se como uma lesão mais vermelha Espongiose – edema intercelular Acúmulo de água entre as células causando um afastamento destas sem rompimento de suas ligações – o epitélio fica com aspecto de esponja. Edema Intercelular da Camada Espinhosa Degeneração Hidrópica – edema intracelular Acúmulo de água no citoplasma das células, provocando áreas vazias no mesmo. Acontece em qualquer situação de estresse da célula, como por exemplo, a redução do nível de oxigênio. Histológico - “bolinhas brancas” dentro da célula. Acantólise Quebra ou perda de contato entre as células de epitélio (da camada espinhosa) – rompimento dos desmossomos A célula perde o seu referencial de citoesqueleto Perda de contato entre as células do epitélio e torna-se arredondada e passa a ser chamada de célula acantolítica Por exemplo: Pênfigo Vulgar Ulceração Perda do epitélio de superfície deixando o tecido conjuntivo desnudo Descontinuidade do tecido – inflamação e tecido necrótico na superfície Clinicamente apresenta-se como uma zona de necrose, por exemplo, a afta. Exocitose Invasão das células inflamatórias para o tecido epitelial Sempre que houver uma inflamação no tecido conjuntivo, vamos ter uma saída de células inflamatórias para o epitélio. Presença de células inflamatórias para a intimidade do epitélio Atipias Celulares É a perda de uniformidade das células individualmente, assim como a perda da arquitetura dos tecidos. Epitélio atípico ou displásico Alterações Arquiteturais Estratificação Irregular – se deixa ter a ordem natural (perda de maturidade) Inversão de Polaridade da Camada Basal – os núcleos ficam voltados para o pólo apical Projeção Epitelial em Gota – zona desdiferenciada que vai acabar atingindo o tecido conjuntivo Aumento do número de mitoses – se é possível enxergar uma mitose é porque então já houve um aumento Mitoses nas Camadas Altas – as mitoses devem acontecer na camada basal Queratinização prematura das células – no meio do epitélio é possível encontrar queratina – amadurecimento precoce Pérola Córnea pelas projeções epiteliais – queratina no meio do epitélio formando uma pérola córnea Alterações Citológicas Variação no tamanho e forma do núcleo Variação no tamanho e forma das células Aumento da proporção núcleo/citoplasma Mitoses atípicas Aumento em número e tamanho dos nucléolos Hipercromatismo Nuclear PS: Epitélio Displásico é aquele que apresenta diversas atipias. Lesões Reativas da Mucosa Bucal Grupo de lesões heterogêneo que eventualmente mostra tendência à regressão quando o estímulo que as iniciou é removido. Agentes Etiológicos Endógenos: relacionadas à genética (fatores imunitários e fatores emocionais) Exógenos: qualquer estímulo da natureza seja ele físico químico ou biológico pode produzir uma lesão, isso dependerá de sua intensidade, do tempo de sua ação e da capacidade individual que cada organismo tem de reagir. Físicos Químicos Biológicos Agentes Físicos Força mecânica → Mais Comum Variação Barométrica Variação de Temperatura Eletricidade Radiação Úlcera Traumática Lesão mais freqüente Perda do epitélio de superfície por trauma Comum na mucosa jugal, borda de língua, lábio inferior e palato Etiopatogenia: trauma Causas Dentição: língua, lábios, mucosa jugal. Outras Fontes: gengiva, palato e fundo de sulco. Iatrogenia em consultório dentário Corpos estranhos (canetas, pregos e objetos pontiagudo) Características Clínicas Ulcerações pequenas Limites precisos Contornos irregulares Sem margens elevadas Edema periférico Com pseudomembrana recobrindo o fundo ulcerado – aspecto esbranquiçado/amarelado Áreas de eritema Área central coberta por membrana fibrinopurulenta Pode aparecer uma borda branca ao redor da úlcera Características Histológicas Cobertas por membrana fibrinopurulenta (fibrina misturada com neutrófilos) Base da úlcera – tecido de granulação (proliferação de vasos, células inflamatórias e fibroblastos). Exposição do tecido conjuntivo Epitélio pode ser levemente acantótico ou normal Infiltrado Inflamatório Misto (células mononucleares – linfócitos e plasmócitos – células polimorfonucleares - neutrófilos) Tratamento Remoção do agente traumático Corticóides, apenas se o paciente estiver sentindo muita dor, utilização tópica. Tratamento de suporte – analgésicos Anestésicos – uso tópico Diagnóstico Clínico: anamnese (história regressa do trama) + características clinicas da lesão Úlcera Eosinofílica – normalmente em borda lateral de língua, com bordas elevadas e costuma se estender por volta de um mês Estomatite Nicótica Características Clínicas Lesão causada pelo calor, que ocorre normalmente no palato. Inflamação nos ductos das glândulas salivares menores do palato Não ocorre transformação maligna Palato exibindo áreas eritematosas circulares (ductos) em meio a regiões leucoplásicas e/ou eritematosas e candidíases secundárias. Tratamento Remoção do agente agressor Tratamento de suporte Processo Inflamatório Crônico com Ulceração e Eosinofilia Características Clínicas Ulceração extensa da evolução rápida Mais comum na língua e na mucosa jugal Etiologia desconhecida, mas a possibilidade de trauma, envolvendo o tecido muscular, determinando assim uma resposta inflamatória especial, é a patogenia desta lesão mais aceita pela maioria dos autores. O aspecto clínico desta lesão justifica a biópsia, pois esta aparência e a localização pode ser a do carcinoma epidermóide. Características Histológicas Área de ulceração e intenso infiltrado inflamatório predominantemente mononuclear, com uma grande quantidade de eosinófilos. Envolve e dissocia os feixes musculares Tratamento Igual ao da úlcera traumática Hiperplasia Fibrosa Inflamatória Lesões muito comuns na mucosa oral Etiopatogenia: resposta a trauma – uso de aparelhos protéticos mal adaptadas Características Clínicas Única ou múltiplas pregas de tecido hiperplásico Tecido firme e fibroso Meia idade e adultos A porção anterior é a mais afetada Geralmente associada a próteses Predileção pelo sexo feminino Características Histológicas Proliferação celular no tecido conjuntivo Aumento de fibras colágenas no conjuntivo Infiltrado inflamatório crônico Hiperplasia do tecido conjuntivo fibroso Hiperqueratose, acantose e exocitose Áreas de ulceração Infiltrado Inflamatório Crônico e abaixo de epitélio (quantidade variável) Tratamento Remoção cirúrgica e remoção do trauma Hiperplasia Papilomatosa Inflamatória Características Clínicas Tipo de Hiperplasia Fibrosa Ocorre devido a próteses mal adaptadas Má higiene Uso prolongado de próteses Mais comum no palato duro Etiopatogenia: adaptação de artefatos e resposta à estímulos de sucção Características Histológicas Crescimentos papilares Projeções acima de superfície Pode ocorrer hiperplasia epiteliomatosa Conjuntivo edemaciado ou colagenizado Tratamento Excisão sem bisturi Curetagem Eletrocirurgia Criocirurgia Abrasão Granuloma Piogênico Crescimento tecidual não neoplásico comum na mucosa oral Ocorre em outras mucosas e na pele Piogênico– refletia origem infecciosa (errôneo) Etiopatogenia – fator irritante local/traumatismo Restos alimentares Restaurações mal adaptadas Placa e tártaro Características Clínicas Pode ocorrer em qualquer localização Sangra facilmente – lesão nodular que contém muitos vasos, a coloração da lesão varia do vermelho ao arroxeado (varia conforme o número de vasos) Mais comum em gengiva (superior), face vestibular, porém também pode afetar o lábio, a língua e a mucosa jugal, ocorre dificilmente em palato Região vestibular Nódulo flácido de superfície lisa ou lobulada Crescimento rápido – tamanho variado Massa plana ou lobulada Pediculado (mais comum) ou séssil Superfície Ulcerada Mais comum em crianças e adultos jovens Predileção pelo sexo feminino (TUMOR GRAVÍDICO), pois durante a gravidez há um aumento dos níveis de estrógeno e progesterona, que aumentam a vascularização dos tecidos. Indolor, apesar de sangrar facilmente. Características Histológicas Proliferação vascular que lembra o tecido de granulação Os vasos podem estar agregados em lóbulos Superfície ulcerada e recoberta por membrana fibrinopurulenta Colarete epitelial – epitélio que mergulha para tentar circunscrever o tecido de granulação numa tentativa de reparar a lesão Infiltrado inflamatório misto de neutrófilos, plasmócitos e linfócitos. Derramamento de hemácias Proliferação de fibroblastos Tratamento Excisão cirúrgica conservadora Remoção dos agentes irritantes locais Pode ocorrer recidiva (raras) Durante a gestação o tratamento deve ser postergado, a menos que haja problemas estéticos e funcionais. Hiperplasia Gengival Inflamatória Deficiência de higiene, uso de aparelhos ortodônticos, alterações sistêmicas, etc... Acúmulo de biofilme (placa) + inflamação Tratamento Orientação da higiene oral Hiperplasia Gengival Medicamentosa Difenil-hidantoína (1939) Crises convulsivas Enxaquecas Hiperatividade Ciclosporinas – utilizado em pacientes transplantados Crescimento tecidual com inicio nas papilas – toda a gengiva Tratamento Cirúrgico Troca do medicamento Higiene rigorosa Exodontia Características Histológicas Muita fibra colágena, pouca celularidade e vascularização Epitélio – projeções finas e alongadas em direção ao tecido conjuntivo (projeções em tubo de ensaio) Infiltrado inflamatório geralmente mononuclear e discreto Hiperplasia Fibroma Inflamatória Nódulo róseo assintomático, firme à palpação... Ambos os sexos (1:2 H/M) Menores que 2 cm Qualquer região da mucosa oral Tratamento Excisão cirúrgica Remoção do irritante Lesão Periférica de Células Gigantes Características Gerais Exclusivo de rebordos e gengiva (edêntulos) Mandíbula mais comum – anteriores ou posteriores – região edentada Anterior aos molares permanentes Massa nodular de coloração azulada ou roxo-avermelhada Séssil ou pediculada Qualquer idade, mas afeta mais as 5ª e 6ª décadas. Lesão exofítica Séssil ou pediculada Consistência amolecida Superfície lisa ou ulcerada Coloração avermelhada a enegrecida Trauma de alta intensidade e curta duração Características radiográficas: reabsorção em taça 60% dos afetados são mulheres Características Histológicas Proliferação de células gigantes multinucleadas e fusiformes ou ovaladas Mucosa ulcerada em 50% dos casos Áreas de hemorragia e pigmentos de hemossiderina Zona de tecido fibroso separando a proliferação de células gigantes da superfície. Pode haver osso reacional ou calcificação distrófica Tratamento Excisão Cirúrgica até o periósteo Eliminação de fatores irritantes locais 10% de recidivas Fibroma Ossificante Periférico Lesão freqüente e, em geral, de pequenas proporções Originária do ligamento periodontal Fibroblasto Produto mineralizado – osso e/ou cemento (células do periósteo ou do ligamento) Etiopatogenia – trauma/Neoplasia (???) Sexo feminino Gengiva – papila interdental Adolescentes e adultos jovens Pacientes desdentados também podem apresentar Características Clínicas Exclusivo de gengiva Lesão exofítica Séssil ou pediculada Massa nodular séssil ou pediculada, que usualmente se origina da papila dental. Coloração varia de vermelho a rosa e a superfície pode estar ulcerada Adolescentes e adultos jovens ( picos de 10 a 19 anos) A maioria do sexo feminino Discreta predileção pela maxila, na região de incisivos e caninos. Lesão exofítica Consistência dura ou amolecida Superfície lisa ou ulcerada Possui superfície mais regular que um Granuloma Piogênico PS: Devido às suas semelhanças clínicas e histológicas com o Granuloma Piogênico, os pesquisadores acreditam que alguns fibromas ossificantes periféricos desenvolvam-se inicialmente como Granulomas Piogênicos, que sofrem maturação fibrosa e calcificação. Características Histológicas Proliferação fibrosa associada à deposição de material mineralizada Deposição de fibras aumenta com o tempo Componente Fibroblástico Celular Material semelhante ao osso ou cemento Mineralização Matriz óssea + osso Matriz cementóide + cemento Queilite Actínica Alteração da pele do lábio devido à exposição solar Lesão Pré-maligna associada ao carcinoma epidermóide de lábio Causada por radiação solar Linha Alba É uma linha formada na altura da oclusão dos dentes, a mucosa jugal não é queratinizada, mas devido ao trauma da oclusão ela se torna ortoqueratinizada. Agentes Químicos Queimaduras químicas – uso de agente químico diretamente sobre a mucosa Hiperplasia Gengival Dilantínica (difenil-hidantoína) Tatuagem por amálgama Pigmentação Exógena Sistêmica Ácido Acetilsalicílico Características Clínicas Área esbranquiçada decorrente da ação cáustica do ácido acetilsalicílico Características Histológicas Necrose epitelial Tatuagem por Amálgama Características Clínicas Máculas pretas, azuis ou cinzas. As bordas podem ser bem definidas, irregulares ou difusas. Características Histológicas Fragmentos do metal dispersos Os sais de prata coram as fibra reticulares, especialmente aquelas que circundam vasos e nervos, pois é a rota de fuga dos macrófagos, a prata fica e o mercúrio entra na corrente sanguínea. Pouca resposta inflamatória – pode ser granulomatosa ou mistura de plasmócitos e linfócitos Tratamento Não há necessidade de tratamento quando o fragmento metálico é encontrado na radiografia, porém se este não é localizado na radiografia há a necessidade da realização de biópsia para excluir a possibilidade de neoplasia melanocítica (melanoma), principalmente se este for em assoalho de boca. Diagnóstico diferencial – Diascopia Remoção Cirúrgica Outros materiais também podem tatuar a mucosa oral, por exemplo, grafite. Doenças Imunomediadas Conjunto de patologias inflamatórias mucocutâneas Lesões vésico-bolhosas Lesões vésico-ulcerativas Etiopatogenia: autoimunes e idiopáticas (que se forma ou se manifesta espontaneamente ou a partir de causas obscuras ou desconhecidas) Introdução Sobreposição de características clinicas e microscópicas Sintomatologia: de desconforto a dor severa Na boca Alterações eritematosas com queratose Ulcerações/erosões Descamações Ocasionalmente bolhas Líquen Plano Patogenia Queratinócitos da camada basal (células apresentadoras de antígenos) sofre alteração antigênica – células alvo (passa Antígeno do líquen plano – MHC Classe I CD8+ encontra Ag específico Por acaso Atraído ao local – quimiocinas Resumindo: O estimulo aos LT CD8+ deve ocorrer por duas vias Ag associado ao MHC-1 de queratinócitos basais IL-2 e INF-gama derivados do LT CD4+ (necessidade de MHC-II) INF-gama mantém a expressão de MHC-II pelos queratinócitos: cronicidade da lesão Características Clínicas Adultos de meia idade Mulheres são mais afetadas na razão de 3:2 As lesões na pele são classificadas como pápulas poligonais, púrpuras e pruriginosas, que em geral afetam superfícies flexoras das extremidades. Envolvem a mucosa genital e as unhas Na boca Forma Reticular: forma estrias de Wickham, estrias entrecortadas que parecem uma rede – hiperqueratose– mucosa jugal (ocorre bilateralmente), língua (dorso e borda lateral), gengiva, vermelhão do lábio, palato. Não é doloroso (assintomático). Forma Erosiva: forma áreas erosivas atróficas com graus variáveis de ulceração central, sintomáticas, geralmente circundadas por finas estrias brancas. Algumas vezes a atrofia e a ulceração estão confinadas à mucosa gengival produzindo um padrão de reação denominado gengivite descamativa. É dolorosa (sintomático). Características Histológicas Infiltrado inflamatório linfocitário em banda justaepitelial (CD8+) Hiperqueratose Hipergranulose Exocitose Corpos de Civatte – corpos apoptóticos (CD8+) – perda de nitidez da camada basal Degeneração hidrópica – edema intracelular O epitélio fica com formato de Dente de Serres – o epitélio sofre atrofia e diminui suas projeções epiteliais (papilas epiteliais). Tratamento Laser – controla a resposta inflamatória Sintomáticos Corticóides Tópico Raramente sistêmico Lesões liquenóides e histopatológica Semelhança clinica e histopatológica Fator identificável Reação a metais (restaurações) Doença do enxerto versus hospedeiro Drogas Antiinflamatórios Anti-hipertensivos Doenças Vésico-bolhosas Pênfigos Grupo de doenças autoimunes nas quais o desmossomo é destruído Pênfigos: Vulgar – em termos é o único que tem manifestações bucais Vegetante Eritematoso Foliáceo – é endêmico na região centro-oeste do Brasil e é conhecido como Fogo Selvagem Pênfigo Vulgar Raro: 1 a 5 casos/milhão Em boca: raro, mas quando ocorre as lesões são “as primeiras a surgir e as últimas a desaparecer” Características Clínicas Adultos por volta dos 50 anos Sem predileção por sexo Sintomática – na boca, erosões e ulcerações superficiais e irregulares e na pela surgem bolhas por todo o corpo – lesões dolorosas. Acontece pela formação de autoanticorpos contra uma proteína do desmossomo, chamada de desmogleína (na boca desmogleína-3) Erosões superficiais e irregulares e ulcerações distribuídas aleatoriamente na mucosa bucal, mas são mais freqüentes no palato, na mucosa jugal, no ventre da língua e gengiva. Uma das características do Pênfigo Vulgar é a bolha que pode ser induzida em pele de aparência normal se uma pressão lateral for exercida, isso é chamado de SINAL DE NIKOLSKY POSITIVO. Causa gengivite descamativa – não é periodontite, pode ser Penfigóide das membranas mucosas, Pênfigo Vulgar ou até Líquen Plano. As bolhas que caracterizam essa doença ocorrem devido à produção anormal de anticorpos que são dirigidos contra glicoproteínas de superfície da célula epidérmica, desmogleína-3 e desmogleína-1. Essas desmogleínas são componentes dos desmossomos e os anticorpos atacam esses componentes desmossomais, inibindo a interação molecular que é responsável pela aderência. Características Histológicas Espongiose na região supra-basal, formando uma fenda intraepitelial – bolha Células acantolíticas – perdem o referencial da organização do citoesqueleto – Células de Tzanck – ficam arredondadas Apresenta uma zona de vilosidades abaixo da lesão Infiltrado Inflamatório Crônico Leve Vilosidades – papilas do próprio epitélio na região de tecido conjuntivo Tratamento – se não tratado tende a aumentar continuamente Corticóides sistêmicos Dose de ataque Dose de manutenção Imunossupresores Controle constante do paciente Recidivas Penfigóide das Membranas Mucosas Características Clínicas Família de doenças crônicas imunomediadas nas quais se formam bolhas subepiteliais Grupo de doenças no qual são produzidos autoanticorpos contra componentes da membrana basal – hemidesmossomos É duas vezes mais comum que o pênfigo vulgar Adultos 50 a 60 anos Maioria tem lesões de boca Maior predileção por mulher (duas vezes mais) Forma-se auto-anticorpos para a região da membrana do hemidesmossomo Moléculas alvo BP180 BP230 Laminina 5 Colágeno VII Clinicamente: forma bolhas subepiteliais, com teto mais resistente, porém mesmo assim são difíceis de encontrar na mucosa oral o que normalmente se encontra são úlceras superficiais e áreas desnudas de mucosa, que são dolorosas e irregulares. Na gengiva pode-se ser encontrada na forma de gengivite descamativa, assim como, no líquen plano erosivo e no pênfigo vulgar A complicação maior ocorre na conjuntiva ocular, que com o tempo vai formando uma fibrose subconjuntival, queratinização e fusão das pálpebras. Características Histológicas Separação entre o epitélio de superfície e o conjuntivo subjacente na região da membrana basal – fenda subepitelial Ausência de células acantolíticas Infiltrado Inflamatório Moderado – não há no PV – presença de eosinófilos Tratamento Corticóides Tópicos Corticóides Sistêmicos em associação a agentes imunossupressores Sempre encaminhar ao oftalmologista Eritema Multiforme e Doenças Relacionadas Peptídeos antigênicos formam complexos com IgG fixadoras de complemento – neutrófilos são liberados na região causando necrose. Características Clínicas Em cerca de 50% dos casos está relacionado a uma doença precedente Herpes Simples Tuberculose Histoplasmose Exposição às drogas e medicamentos Antibióticos Barbitúricos Anticonvulsivantes Antiinflamatórios Analgésicos Forma Leve – desenvolvem-se ulcerações, que afetam primariamente a mucosa bucal. Forma Grave – desenvolvem-se áreas de descamação difusas e ulcerações em toda a superfície da pele e mucosas Atinge 3ª e 4ª décadas Geralmente sem sinais prodômicos Esporádico ou recidivante Agudo e auto-limitante (todas as lesões surgem no mesmo momento e não surgem mais) Na pele Lesões em alvo Região eritematosa com uma região central que sofre necrose Lesões planas, redondas vermelho escuras. Bolha com centro necrótico – simétrica – acontece dos dois lados Afeta superfícies flexoras e extremidades Na boca Placas eritematosas que sofrem necrose e evoluem para grandes erosões rasas e ulcerações com bordas irregulares (ataque de neutrófilos) Não há formação de bolha – a necrose avança pelo epitélio na vertical Afeta os lábios, a mucosa jugal e labial, a língua, o assoalho e o palato. Tipos Eritema Multiforme Maior Mucocutânea Ocorre em menos de 10% da pele Comprometimento de até duas mucosas (boca) Na boca as lesões são maiores e mais abrangentes Eritema Multiforme Menor Menos de 10% da pele Mais raro nas mucosas Não é severo Síndrome de Steven-Johnson Desencadeada mais por drogas do que por infecções Ocorre em até 10% da pele Atinge qualquer local da pele Atinge duas ou mais mucosas 1/3 de sinais prodrômicos Mucosa ocular + Mucosa Genital + Mucosa Bucal + Pele Dificilmente é possível diferenciar o E. M. Maior da Síndrome de Steven-Johnson. Regride em duas a seis semanas Histopatologia: áreas de morte intraepitelial, infiltrado inflamatório moderado Necrólise Epidérmica Tóxica É a forma mais grave da doença É desencadeada por exposição a uma droga O dano no epitélio é devido a um aumento da apoptose das células epiteliais Formação de bolhas por todo o corpo Apresenta predileção pelo sexo feminino Características Histológicas Presença de vesículas subepiteliais ou intraepiteliais podem ser observadas em associação da necrose dos queratinócitos basais Infiltrado Inflamatório Misto – linfócitos, neutrófilos e eosinófilos. Tratamento Corticóides Tópicos – formas menores – quando ocorrer apenas na boca Corticóides Sistêmicos – formas maiores Tratamento da desidratação quando necessário NET – tratamento como queimados Não utilizar corticóides 30 a 40% de óbito SSJ – 2 a 10% de óbito Úlcera Aftosa Recorrente Características Clínicas Estomatite Aftosa, afta Afeta de 20 a 60% da população Afeta pacientes com maior poder aquisitivo e não fumantes, pois o epitélio queratinizado é resistente a afta. Afeta mais mulheres Causas - Etiopatogenia Estresse Predisposição genética Agentes Infecciosos Traumas Suspensão do fumo Fatores Imunológicos Deficiências nutricionais (B12, ácido fólico e ferro) Alterações hormonais Alergiasalimentares (nozes, chocolate, alimentos ácidos) Tipos Úlceras Aftosas Menores Ocorrem em mucosas não-queratinizadas Ulceração com membrana fibrinopurulenta removível branco-amarelada, que é circundada por halo eritematoso. Lesões sintomáticas Mais comum, porém menos recidivante Mucosa jugal, labial, ventre da língua, fundo de vestíbulo, assoalho de boca e palato mole. Úlceras Aftosas Maiores Doença de Sutton São mais duradoras por episódio que as menores Afeta mais a mucosa labial, o palato mole e as fauces amigdalianas. São bem irregulares Podem ser múltiplas Afeta pacientes com debilitações do sistema imune (AIDS) Úlceras Aftosas Herpetiformes Possui forma semelhante ao herpes Apresentam-se em maior número e possui maior índice de recidivas Diferenças do herpes – o herpes ocorre em crianças de 5 a 7 anos de idade e em zonas queratinizadas, enquanto as aftas ocorrem em áreas não-queratinizadas. Características Histológicas Zona central de ulceração coberta por uma membrana fibrinopurulenta Aumento da vascularização do tecido conjuntivo Infiltrado Inflamatório Misto – linfócitos, histiócitos e leucócitos polimorfonucleares. Espongiose Tratamento Não há tratamento apenas devem ser tomados cuidados paliativos, como, por exemplo, terapêutica com laser, antiinflamatórios com película protetora e corticosteróides tópicos. Lupus Eritematoso Tipos Lúpus eritematoso x Lupus vulgaris Discóide (pele e mucosas) Sistêmico (articulações e órgãos viscerais) Características Clínicas Acomete 10 vezes mais mulheres que homens 25 a 40 anos de idade Lesão em asa de borboleta na região malar e nasal Lesões nas orelhas Lesão em placa, discretamente elevada, sob o nariz e sob o zigomático, abaixo dos olhos. Apresenta raras manifestações bucais, quando acontece em boca apresenta bordas brancas e estrias perpendiculares – palato, mucosa jugal e vestibular Forma eritemas, erosões e ulcerações. Mais freqüentes em melanodermas Patogenia Produção de autoanticorpos contra proteínas do núcleo Anti-DNA Anti-histonas Anti-nucléolo O quadro clínico é causado pela deposição de anticorpos Características Histológicas Praticamente igual ao Líquen Plano Hiperqueratose alternando atrofia e espessamento da camada de células espinhosas Perda de nitidez da camada basal, devido à degeneração das células. Infiltrado Inflamatório Linfocitário em banda Corpos apoptóticos (queratinócitos) Detecção do fator anti-núcleo Tratamento Uso de drogas antiinflamatórias não esteroidais associadas às drogas antimaláricas Evitar exposição solar excessiva, pois podem precipitar a atividade da doença. Corticóides sistêmicos para os casos mais graves Distúrbios do Desenvolvimento “Alterações que ocorrem no desenvolvimento do homem fazendo com que ele apresente diferenças que o afastem dos padrões usuais”. Desenvolvimento = Formação dos tecidos Período Embrionário Período Fetal Período da Odontogênese O dente é o único tecido que ocorre após o nascimento do homem e está sujeito por mais tempo a fatores/agentes que causam um distúrbio de desenvolvimento, agente teratogênico. Ação de um Agente Teratogênico 1-2 semanas – morte 3-8 semanas – malformação major 9-38 semanas – malformação minor ou defeitos funcionais Fatores Doses de teratogênicos Tempo de exposição Período da gestação em que aquele agente foi apresentado Interação genético-ambiental (predisposição genética) Tipos Major 2 a 3% dos recém-nascidos vivos 2% de crianças até 5 anos Malformações cardíacas Espinha Bífida Síndrome de Down Minor Freqüentes na população Extremidades Auriculares Urogenitais Nevus Importância da Odontologia Duas ou mais anomalias Minor sugere a presença de uma anomalia Major Exemplo: Hipodontia + Polidactilia = Cardiopatia Variação Fenotípica + Variações Ambientais = Fenótipo Malformações Fatores Responsáveis Ambientais Físicos – radiação, trauma. Químicos – talidomida, remédios. Biológicos – rubéola Genéticos Gênicos – gene autossômico dominante/recessivo ou ligado ao sexo Cromossômicos – não disjunção e translocação Doenças Infecciosas Toxoplasmose – cegueira retardo mental, atraso do desenvolvimento psicomotor. Rubéola – surdez, catarata, cardiopatia. Citomegalovírus – hepatoesplenomegalia, placentomegalia, hipoplasia pulmonar, calcificações intracranianas, defeito no desenvolvimento dos dentes. Herpes – dificuldades de respiração, hepatite, coágulos nos vasos sanguíneos. Sífilis – Tríade de Hutchinson (incisivo em forma de barril, molar em amora), queratite ocular intersticial, surdez. TORCHS Tecidos Endoderma – aparelho respiratório, tubo digestivo, glândulas anexas. Mesoderma – notocorda, derma, musculatura estriada, esqueleto axial. Ectoderma – epiderme, anexos, encéfalo, medula espinhal. Embriologia da Face Arcos Branquiais – saliências separadas por sulcos que separam o estomodeu da saliência cardíaca Fendas Faciais Ocorre devido à falha dos processos faciais ou persistência dos sulcos Tipos Clínicos Fenda Labial Associada à Fenda Palatina Fenda Lábio Palatina Incidência 1:1000 nascimentos 70% associadas a fendas palatinas Classificação Uni ou Bilateral Completa ou Incompleta Queixas Dificuldades de sucção Alimentação Fonação Complicações Má dicção Otites médias de repetição Deficiência auditiva condutiva Fissura Labial/Palatina Defeito primário – falha na fusão do lábio e subseqüente falha de fusão das prateleiras palatinas até a 8ª/9ª semana de gestação Anomalias secundárias – defeitos de desenvolvimento dos dentes da área e crescimento incompleto da narina Tratamento: cirurgia e ortodontia Fenda Palatina Isolada – 0,5: 1000 nascimentos Classificação Spina 1979 Pré-forame Incisivo Pós-forame Incisivo Trans-forame Incisivo Distúrbios de Desenvolvimento dos Tecidos Moles Grânulos de Fordyce Incidência – 70% da população Local – lábio superior e mucosa jugal Histologia – Glândulas sebáceas da pela que ocorrem na mucosa oral Tecido normal em local atípico Alterações da Língua – alta incidência e sem sintomatologia Aglossia Anquiloglossia Microglossia Macroglossia Língua Fissurada Etiologia – hereditária (malformação), inflamatória, agentes infecciosos, fatores emocionais, distúrbios hormonais, anemias. Glossite Migratória Benigna (Língua Geográfica) Características Clínicas Áreas irregulares de descamação das papilas Porção central eritematosa Halo branco-amarelado Distúrbios de Desenvolvimento Combinados Associações – ocorrência não casual em um ou mais indivíduos, de anomalias múltiplas em estruturas de localização anatômicas distintas. CHARGE C – Coloboma H – Heart Defect A – Atresia de Coanas R – Retardo de Crescimento G – Genitália Malformada E – Ear Anormalies Seqüências – múltiplas anomalias derivadas de um evento malformativo primário Seqüência de Pierre Robin – micrognatia, Fissura do palato, glossoptose. Síndromes – anomalias de origem genética ou adquirida, que são associadas com desordens específicas. Síndrome de Treacher Collins Distomose Mandíbulo-facial Etiologia – hereditária autossômica dominante, com penetrância e expressividades variáveis. Manifestações Clínicas Hipoplasia dos ossos faciais Macrostomia Palato alto Má oclusão dentária Fissura palpebral oblíqua para baixo Coloboma de pálpebras inferior Malformações de ouvido Fístulas cegas entre trago e ângulo bucal Síndrome de Down Incidência – 1,5:1000 nascimentos Diretamente proporcional a idade materna – mães acima dos 45 anos de idade – 1:50 nascimentos Manifestações Clínicas Retardo mental Hipotonia muscular generalizada Cardiopatias – 40% dos casos Deficiência do Sistema Imune – Infecções Respiratórias Recorrentes Prega Palmar Transversa Única Clinodactilia Baixa estatura Microstomia Rágades Hipoplasia da Maxila Pseudo-prognatismo mandibular Mordida cruzada posterior em 90% dos casos Mordida cruzada anterior Apinhamento dentário Palato ogival Doença Periodontal Grave Rápida progressãoEm indivíduos jovens Fatores locais Relação com deficiência do sistema imune Manejo Clínico Cardiopatia congênita Instabilidade atlanto axial Infecção respiratória recorrente Atenção para: Periodonto Oclusão Distúrbios de Desenvolvimento dos Dentes Ocorrem devido à: Fatores locais Fatores Genéticos Fatores Sistêmicos Quanto ao: Número Anodontia Supranumerários Cronologia Erupção Pré-madura Erupção Retardada Tamanho Microdontia Macrodontia Forma Germinação Fusão Concrescência Dens in dente Taurodontismo Dilaceração Pérolas de Esmalte Talon Cúspide (Cúspide Talão) Estrutura Amelogênese Imperfeita Dentinogênese Imperfeita Displasia Dentinária Odontodisplasia Regional Número Anodontia Ausência total dos dentes Displasia Ectodérmica Anidrótica Hereditária Hipodontia Anodontia parcial Ausência parcial, pequena quantidade de terceiros molares, incisivos laterais, segundos pré-molares. Oligodontia, ausência parcial, grande quantidade, mais de 6. Displasia Ectodérmica Anidrótica Hereditária Grupo de condições hereditárias que apresentam falha no desenvolvimento de duas ou mais estruturas derivadas da ectoderme Podem ser vistos hipoplasia ou aplasia de tecidos como: pele, cabelo, unhas, dentes, glândulas. Relativamente rara – 1:10000 ou 100000 121 tipos diferentes Herança genética Autossômica Dominante Autossômica Recessiva Ligada ao X Características Clínicas Displasia Ectodérmica Hipoidrótica Dentes Anomalias de forma Incisivos cônicos, abaulados ou pontiagudos. Molares com coroas reduzidas em diâmetro Processo Alveolar Mandíbula e maxila Supranumerários Disostose (Displasia) Cleido-craniana Perda de um dos alelos do gene CBFA1, que leva ao fenótipo da Displasia Cleido-craniana. CBFA1 controla a diferenciação das células precursoras dos osteoblastos, e é essencial para a ossificação endocondral e intramembranosa. Alguns pesquisadores acreditam que o gene CBFA1 controla o crescimento e a diferenciação do epitélio odontogênico Sinais Clínicos Crânio – Fontanelas e suturas abertas Dentes – Erupção retardada e supranumerários Clavículas – ausentes ou hipoplásicas Cronologia Dentição Prematura Dente Natal Dente Neonatal Síndrome de Ellis-van Creveld Síndrome de Hallermann-Streiff Síndrome de Jadassoln-Lewandowsky Erupção Prematura Disfunção da Hipófise Disfunção da Tireóide Hemi-hipertrofia facial Angiomatose Encéfalo-trigeminal (S. Sturge Weber) Erupção Retardada Local Fibromatose gengival Retenção prolongada dos decíduos Sistêmica Síndrome de Down Hipotiroidismo Hipopituitarismo Displasia Cleido-craniana Síndromes de Craniossinostoses Síndrome de Apert Síndrome de Crouzon Síndrome de Saethre-Chotzen Síndrome de Pfeiffer Síndrome de Carpenter Características Cranio-faciais Fusão das suturas com aumento da circunferência da craniana, com achatamento do osso occipital, frontal proeminente. Hipertelorismo Proptose Fissuras Palpebrais Oblíquas Ponte nasal deprimida Nariz em forma de bico Septo nasal desviado Tamanho Microdontia Síndrome de Down Displasia Ectodérmica Hereditária Macrodontia Generalizada Verdadeira – Gigantismo Pituitário Generalizada Relativa – dentes de tamanho normal, porém em uma arcada pequena. De um único dente ou localizada – hipertrofia hemifacial Forma Germinação – tentativa de divisão de um germe dentário Clinicamente a impressão é de que existem dois dentes (duas coroas dentais) Radiograficamente – evidencia-se uma única raiz (uma única câmara pulpar) Região anterior de maxila Dentição decídua, dentição permanente. Síndrome de Williams Fusão – união de dois dentes independentes, decíduos ou permanentes. Clinicamente – duas coroas fundidas Radiograficamente – duas raízes fundidas, mas distintas (câmaras pulpares distintas). Região anterior de maxila Dentição decídua > Dentição Permanente Concrescência – união de dois dentes independentes pelo cemento Região posterior de maxila Taurodontismo – alongamento da câmara pulpar em direção apical, sendo que a divisão não ocorre ou se dá próxima ao ápice. Síndrome de Kleinefelter (XXY) Síndrome de Barber Say Raquitismo Hipofosfatêmico Dilaceração Radicular Curvatura acentuada da raiz Dens in Dente (Dente Invaginado) Invaginação do epitélio interno do órgão do esmalte antes da calcificação Dentes permanentes e supranumerários Pérolas de Esmalte (Esmalte Ectópico) Presença de esmalte em locais incomuns, principalmente na raiz dentária. Talon Cúspides Cúspides muito acentuadas Síndrome de Rubinstein-Taybi Estrutura Amelogênese Imperfeita Alterações do desenvolvimento da estrutura do esmalte – ausência de doenças sistêmicas Genética – tipo de herança variável Atinge 1:8000 – 1:700 Dentição permanente e decídua Tipos Hipoplásica Os dentes erupcionam com quantidades insuficientes de esmalte (deposição da matriz do esmalte) Depressões e sulcos até ausência completa de esmalte O esmalte depositado entre as “falhas” é normal Padrões Clínicos variáveis – pontilhada – generalizada (superfície áspera) Hipocalcificada Os dentes erupcionam com quantidades normais de esmalte, mas sem adequada mineralização. Esmalte mole e friável – fratura e desgasta facilmente Hipomaturada A matriz de esmalte se deposita de forma normal e começa a mineralizar, mas falha na maturação da estrutura dos cristais de esmalte. Dentinogênese Imperfeita Formação de dentina defeituosa com dentes opalescentes na ausência da doença sistêmica Herança Autossômica Dominante Tipos Tipo I – Associada à Osteogênese Imperfeita Tipo II – Forma isolada sem OI Tipo III – Brandywine – similar ao tipo II, mas com exposições pulpares múltiplas e imagens radiolúcidas periapicais. Características Herança Autossômica Dominante Alterações dentárias nas formas tipo I e II são semelhantes clínica, radiográfica e histologicamente. Afeta todos os dentes das duas dentições Dentes Opalescentes de cor Âmbar Esmalte normal, mas destaca-se com facilidade – rápido desgaste. Coroas bulbosas Constrição cervical Raízes Delgadas Obliteração dos canais e câmaras pulpares Túbulos pequenos e deformados Dentina Globular (amolecida) Odontoblastos atípicos Displasia Dentinária Formação alterada da dentina sem relação com dentinogênese imperfeita ou com doença sistêmica Tipos Tipo I – radicular (dentes sem raízes) Autossômica Dominante Atinge com mais freqüência permanentes Clinicamente os dentes (coroas) são normais Dentes sem raízes Raízes curtas e malformadas Câmaras pulpares atresiadas Imagens radiolúcidas periapicais Tipo II – coronária Autossômica Dominante Raiz com comprimento normal Os decíduos são muito semelhantes à dentinogênese imperfeita – coroas bulbosas, constrição cervical, raízes finas, obliteração precoce das câmaras pulpares. Os permanentes possuem coloração normal Odontodisplasia Regional Dentes Fantasmas Localizada e não hereditária Alterações na formação do esmalte, dentina e polpa (câmara pulpar muito ampla). Ambas as dentições Alguns dentes não erupcionam Agentes Biológicos Doenças Causadas por Fungos Candidíase Infecção fúngica causada pela Candida albicans Fungo dimórfico Levedura – forma inócua Hifa – invasão tecidual Pode fazer parte da microbiota normal, sendo que 30 a 50% das pessoas têm C. Albicans na cavidade oral. Fatores Predisponentes Fisiológicos – bebês prematuros, idosos, grávidas. Sistêmicos – infecção por HIV, antibióticos, imunossupressores, doenças endócrinas, doenças malignas, agranulocitose, etc. Fatores gerais que podem determinar se existe evidência clínica de infecção: O estado imunológico do paciente Microambiente bucal favorável Locais – próteses, dimensão vertical, antissépticos bucais, xerostomia, etc. Espécies de Candida Formas Clínicas da Candida Eritematosa Manchas vermelhas Sensação de queimação Mais comum na região posterior do palato duro, mucosa jugal e dorso da língua. Ocorre devido ao uso prolongado de antibióticos e imunossupressoresPseudomembranosa Também conhecida como sapinho Placas brancas, cremosas destacáveis. Sensação de Queimação Hálito fétido Mais comum em mucosa jugal, língua e palato. Pode ocorrer devido ao uso prolongado de antibióticos, xerostomia, imunossupressão e idiopatia. Queilite Angular – Candida + Bactérias A saliva tende a se acumular na região da comissura dos lábios e favorece a proliferação de fungos Candidíase Crônica Hiperplásica Leucoplasia por Candida Placas brancas não removíveis à raspagem Assintomática Mais comum em mucosa jugal anterior Pode ocorrer devido à idiopatia ou imunossupressão Diagnóstico diferencial com outras lesões Características Histológicas Presença de microabscessos Hifas de Candida na superfície Paraqueratose Diagnóstico Citologia Esfoliativa Biópsia - Coloração por PAS ou Grocott Tratamento Remoção ou eliminação da causa Soluções básicas (bicarbonato de sódio) Nistatina (antibiótico) – solução oral ou pastilha Derivados Imidazólicos – clotrimazol, cetoconazol e fluconazol. Paracoccidioidomicose (Blastomicose Sul-americana, Doença de Lutz-Esplendore-Almeida, Blastomicose Brasileira). Fungo dimorfo – Paracoccidioides brasiliensis Características Clínicas Comum em trabalhadores rurais, agricultores, operários da construção civil. Possui predileção por homens (15:1), pois o β-estradiol inibe a transformação da forma de hifa para a forma patogênica de levedura. 30 a 40 anos Sem notificação compulsória e medidas de controle Acredita-se que a maioria dos casos de Paracoccidioidomicose apresenta-se inicialmente como uma infecção pulmonar por esporos dos microrganismos. Mucosa oral – anacorese: os fungos são atraídos do pulmão para a boca. Mucosa anal – toalete anal As lesões apresentam-se como úlceras moriformes – mucosa alveolar, gengiva (Estomatite Moriforme) e palato – lábios, língua, mucosa jugal e orofaringe. Formas Crônica – adulto Forma Unifocal – pulmão (lesão pulmonar com aspecto de asa de borboleta), pele e mucosa. Forma Multifocal – mais de um órgão ou sistema Aguda Características Histológicas Coleções de macrófagos epitelióides Células Gigantes Multinucleadas Hiperplasia epitelial Presença de múltiplos brotamentos-filhos, ligados à mãe, resultando em uma aparência semelhante às orelhas do “Mickey Mouse”. Microabscessos Diagnóstico Biópsia Laboratorial Sorologia – imunodifusão em gel Exame Micológico Tratamento - 24 meses Anfotericina B Itraconazol Oral Cetoconazol Oral Sulfas Vacina Monitorar gp43 Histoplasmose Causada pelo Histoplasma capsulatum, que é encontrado em solo úmidos (fezes de pássaros e morcegos). Fungo dimórfico, que se torna levedura dentro do corpo do homem, devido à temperatura. A contaminação ocorre através da inalação de esporos do H. capsulatum Tipos Histoplasmose Pulmonar Aguda Histoplasmose Pulmonar Crônica – clinicamente igual à tuberculose Histoplasmose Disseminada Diagnóstico Biópsia + Cultura PCR Genoma Seqüenciado Teste Intradérmico – controle da doença – histoplasmina Tratamento Anfotericina B Derivados Imidazólicos Doenças Causadas por Bactérias Sífilis (Lues) Adquirida Congênita Sífilis e o Dentista Manifestações Bucais Transmissão por Lesões Maior Risco de HIV+ Controle da Doença Notificações Compulsórias Causada pela bactéria Treponema pallidum É transmitida via sexual, transfusão, via congênita. Tipos Sífilis Primária Caracterizada pelo cancro Áreas de inoculação tornam-se clinicamente evidentes 3 a 90 dias após a exposição inicial Os sítio afetados mais acometidos são genitália externa e ânus, e na área afetada surge uma lesão papular, que desenvolve ulceração central. As lesões orais são vistas mais em lábios, língua, palato, gengiva e amígdalas - ulcera de base clara e indolor, semelhante a um granuloma piogênico. A cicatrização leva de 3 a 8 semanas Sífilis Secundária É identificada de 4 a 10 semanas após a infecção primária (a primária não é tratada) Pode ser concomitante ao cancro Lesões maculopapulares disseminadas pelo corpo todo e pode inclusive acometer a região palmo-plantar Na boca pode-se desenvolver como lesões maculopapulares vermelhas – áreas de espongiose e exocitose intensa na mucosa levando à formação de zonas de mucosa sensível e esbranquiçada, conhecidas como placas mucosas. A resolução espontânea leva de 3 a 12 semanas Causa dores musculares, perda de peso, etc. Sífilis Terciária Após a Sífilis secundária o paciente pode entrar em um estado de latência, conhecido como Sífilis Latente, que pode durar de 1 a 30 anos, porém cerca de 30% destes pacientes irão desenvolver a Sífilis Terciária. Sífilis sistêmica – afeta: Sistema Cardiovascular SNC (Neurosífilis) Pele/Mucosas – granulomas (Goma) Acomete mais o palato e a língua (glossite luética) Tratamento – penicilina Sífilis Adquirida Sífilis Lues Congênita Mãe pode infectar o feto de 40 a 70% de chance, depende da fase de gestação. Ocorre após 4º mês 25 a 50% abortos ou natimortos 2 a 3 semanas após o nascimento a criança pode manifestar os sinais Torna-se Sífilis Terciária após 2 anos Alterações da Sífilis Congênita Bossa Frontal Maxila Curta Palato alto e arqueado Prognatismo Nariz em sela Tríade de Hutchinson Dentes de Hutchinson – incisivo em chave de fenda e molares em amora Queratite Ocular Intersticial – se desenvolve entre os 5 e os 25 anos – Opacificação da Conjuntiva Surdez associada ao comprometimento do 8ª par de nervos cranianos Diagnóstico Fase Primária – biópsia – prata Latência, Secundária e Terciária – Testes Sorológicos. Teste Não-treponêmico – VDLR Teste Treponêmico – FTA-ABS/TPHA Características Histológicas Primária e Secundária – Plasmócitos e presença de T. pallidum Terciária – Inflamação granulomatosa e ausência de T. pallidum Tratamento Penicilina, Eritromicina, Tetraciclina Prevenção Pré-natal Tuberculose Doença causada pela bactéria Mycobacterium tuberculosis Contaminação – disseminação direta através das gotículas de ar Tipos Tuberculose Primária Ocorre em indivíduos não expostos previamente ao microrganismo Envolve quase sempre os pulmões Nódulos Fibrocalcificados no pulmão Microrganismos vivos em latência por muitos anos Menos de 5% progridem para a doença ativa Tuberculose Secundária (Miliar) Está relacionada com a idade, a pobreza, condições precárias de sobrevivência e imunossupressão (AIDS). Disseminação através do sistema vascular Mucosa Bucal – periodontite e lesões ulceradas Diagnóstico PPD (Derivado Protéico Purificado) ou Reação de Manteaux ID (não é útil em países onde se aplica BCG) Cultura de 6 a 4 semanas Biópsia Ziehl-Neelsen PCR – acelera o diagnóstico Tratamento OMS – Normas Internacionais de Controle da também Tratamento Supervisionado da Rede Pública Drogas: Izoniazida, Rinfampicina, Etambutol, Pirazinamida/TFC 6 a 9 meses Vacinas: BCG (5 anos, recomendação), vacinas em investigação (DNA). Hanseníase Lepra ou Doença de Hansen Causada pela Mycobacterium leprae Afeta qualquer idade Pele e sistema nervoso, particularmente membros e face. Pode incapacitar e causar desfiguramento permanente Tratável com combinação de antibióticos Necessita da temperatura corpórea baixa para sobreviver – baixa infectividade – temperatura abaixo de 37° C Afeta nervos, pele e mucosa bucal. Relacionada à resposta imune do indivíduo Lepra Tuberculóide – pacientes com reação auto-imune elevada Envolvimento bucal Áreas resfriadas Envolvimento do nervo Trigêmeo – paresia facial uni ou bilateral Lepra Lepromatosa – ausência de resposta imune celular (lesões bucais) Fácies leonina Queda de pêlos Diminuição da sudorese, sensação de dor e de temperatura. Perda sensorial Colapso nasal Tratamento Paucibacilares – 1 a 5 lesões de pele (poucos microrganismos) Multibacilares – alta carga de bacilos, mais de 5 lesões na pele. Características Clínicas Lepra Tuberculóide Hipopigmentação Anestesia da pele afetada Perda de sudorese Lesões bucais são rarasCaracterísticas Histológicas L. tuberculóide – inflamação granulomatosa e poucos M. leprae L. lepromatosa – granulomas malformados e muitos M. leprae Diagnóstico Clínico Biópsia Esfregaço Tratamento Paucibacilar – 6 meses de rinfampicina e dapsona e 2 anos de observação Multibacilar – 2 anos de rinfampicina, clofazimina e dapsona e 5 anos de acompanhamento. Reconstrução dos danos, fisioterapia e educação dos pacientes. Actinomicose Infecção por bactéria filamentosa – Actinomyces israelli Bactéria componente da microbiota oral Anaeróbica e gram+ Não patogênica Habita o cólon, a boca e a mucosa vaginal – criptas tonsilares. Biofilme e cálculo dental Cárie dentária Bolsa periodontal Sulco gengival Sítios de Envolvimento Cervicofacial (50%) Abdominal e pélvico (25%) Toráxico (15%) Cérebro Cutâneo Mandíbula – melhor prognóstico Cerebral e medula espinhal – 50% lesões neurológicas e 25% morte Formação de grânulos de enxofre – colônia de bactérias Diagnóstico Esfregaço da secreção (grânulos) Gram + Biópsia Cultura Tratamento Penicilina 1 a 2 meses – intravenoso ou oral 6 meses – oral Cirúrgico – 90% de cura Drenagem de abcessos Complicação – meningite Doenças Causadas por Protozoários Leishmaniose Úlcera de Bauru Causada pelo protozoário Leishmania sp. Transmissor: Flebótomo/Fêmea Tipos Visceral Cutâneo-mucosa Diagnóstico Esfregaço Raspado de lesão ELISA PCR Tratamento Drogas antimoniais pentavalentes Anfotericina B Prevenção – eliminação do mosquito, repelentes e inseticidas, vacinas caninas contra a doença. Cárie Cárie – Doença crônica dos tecidos duros dentários, resultante da desmineralização mediada por bactérias e que causa, nos estágios finais, a destruição do dente. Cárie Dentária É a mais prevalente das doenças crônicas É transmissível Distribuição mundial Ambos os sexos, todos os grupos etários, todas as raças, todos os e níveis sócio-econômicos. Manifestações – logo após o aparecimento dos primeiros dentes até a idade senil Etiologia – complexa com diversos fatores diretos e indiretos envolvidos interagindo em conjunto Locais de Início da Cárie Mais susceptível – fóssulas e fissuras Intermediária – superfície lisa do esmalte Menos susceptível – raiz Classificação Tecido Envolvido Esmalte Dentina Cemento Localização Anatômica Sulco e Fissura Face Lisa Vértice de Cúspide Raiz Velocidade de Destruição Aguda Crônica História Prévia Primária Recorrente ou Secundária Grau de Destruição Pré-clínica Incipiente Visível – cavidade Grande Destruição Cárie de Rápida Evolução Mamadeira Irradiação Placa Bacteriana Cárie Doença Periodontal Película Adquirida + Bactérias = Placa Bacteriana Cárie de Esmalte Mancha branca não-cavitária Visível após limpeza Lesão Cavitária Desmineralização X Remineralização Equilíbrio que ocorre entre a hidroxiapatita e o meio bucal Ca10(PO4)6(OH)2 + H+ → Ca² + PO4ˉ + H2O ← Cárie (→) Remineralização (←) Hidroxiapatita + H+ → Ca++ + PO4 + F¯ → Fluorapatita DESMINERALIZAÇÃO REMINERALIZAÇÃO Superfície Lisa Sulcos e fissuras Antes da formação da cárie Camada superficial aprismática ou de Darling Corpo de Lesão Zona Escura Zona Translúcida A cárie de esmalte é resultado do aumento dos espaços intercristalinos e, portanto, da diminuição no tamanho e número de cristais o que ocasiona uma maior porosidade deste tecido. Patogenia da Cárie de Esmalte Estabelecimento da Zona Translúcida Surgimento da Zona Escura Formação do Corpo da Lesão Aparecimento da Lesão Branca Superfície gredosa no esmalte Formação da cavidade Áreas remineralizadas no esmalte possuem maior resistência à cárie, devido: Cristais maiores que no esmalte normal Maior conteúdo de flúor Conteúdo protéico com baixa solubilidade Cárie de Dentina Dentina Primária Dentina Secundária (fisiológica) Dentina Terciária (reacional) A dentinogênese terciária ocorre junto à polpa, e sua estrutura está relacionada com a atividade da lesão cariosa, isto é, quanto mais ativa mais irregular. A alteração inicial da dentina primária é a secreção de uma dentina peritubular altamente mineralizada, que reduz o diâmetro dos túbulos. Secreção pelos odontoblastos Re-precipitação dos minerais dissolvidos Zonas da Cárie de Dentina Zona de Esclerose Dentinária Zona de desmineralização inicial ou profunda Zona de Invasão Bacteriana Zona de desmineralização avançada ou superficial Zona de destruição e desorganização total Dentina Infectada e Contaminada Zona de dentina necrótica, destruída e desorganizada. Zona de dentina desmineralizada superficial Zona de dentina desmineralizada profunda ou avançada Dentina Hipermineralizada Esclerose Dentinária Dentina Reacional Dentina Infectada Vs. Afetada Infectada Consistência mole e coloração amarelada Presença de grandes quantidades de bactérias por grama, geralmente proteolíticas. Zona de dentina necrótica superficial, zona de dentina desmineralizada superficial – canalículos dilatados e obstruídos com formação de varicosidades e focos de liquefação. Não pode ser remineralizada Não é encontrada em cáries inativas Morta e sem sensibilidade Afetada Consistência semelhante a couro com coloração acastanhada Presença de menos bactérias que a infectada, geralmente acidogênicas. Zona de dentina desmineralizada profunda e zona de dentina hipermineralizada que é constituída por: Esclerose dentinária Dentina Reacional Viva e sensível Remineralização Dentina acastanhada, dura. Evento raro Quando o pH local está acima de 5,5 numa lesão cavitária, e íons de cálcio, fosfato e flúor estão presentes, o processo de desmineralização pode ser revertido por remineralização. Cárie Recidivante – Cárie Secundária Exposição do cemento ao meio bucal Penetração das bactérias nos espaços cementários Actinomyces S. mutans Características da Cárie de Cemento Semelhante à cárie de dentina Crescimento inicial em extensão Presença de zona de necrose, invasão bacteriana e desmineralização. Formas aguda e crônica Não atinge a polpa tão rapidamente (canalículos em menor número e diâmetro) Aspectos Clínicos Somente no cemento – não é possível detectar clinicamente Bactérias invadindo os espaços cementários Dentina atingida Largas, arredondadas e progressão lenta. Ativa – amarela e amolecida Inativa – dura e escura Aspectos histológicos semelhantes à cárie de dentina Tratamento da Cárie Tratar a doença que causa as cavidades Tratar as cavidades que são resultados da doença Como tratar a doença cárie Identificar os fatores que causam a doença Instalar medidas contra esses principais fatores Checar se as ações estão tendo efeito Patologia Pulpar Alterações regressivas e inflamatórias Alterações reversíveis e irreversíveis Alterações sintomáticas ou assintomáticas Alterações de tratamento radical e conservador Alterações Pulpares Regressivas Associadas ao processo de maturidade e envelhecimento Resultado da Lesão Cárie Forças incorretas no tratamento ortodôntico Estímulo de baixa intensidade Alterações de Envelhecimento Fibrose pulpar Diminuição do volume da camada pulpar Diminuição da celularidade da polpa Redução do suprimento vascular Deposição contínua de dentina (secundária) Acúmulo de colágeno em um espaço reduzido Calcificações Pulpares Nódulos Calcificações Lineares Difusas Características Assintomáticos Sem significado clínico relevante e sem necessidade de tratamento Aspecto radiográfico de acordo com o tamanho Desenvolvimento Interações Epitélio-mesenquimais Fragmentos de epitélio retidos na polpa interagem com o mesênquima pulpar resultando em diferenciação dos odontoblastos e posterior mineralização Calcificação Distrófica Calcificação espontânea de fibras. Debris celulares, etc. Calcificação Difusa Variação dos aspectos descritos acima ocorrendo de forma muito mais severa Nódulos Desenvolvem-se ao redor de um ninho central no tecido pulpar Alteraçõespatológicas locais ou a idades avançadas Porção coronária da polpa Usualmente ficam livres ou aderidos e raramente estão embutidos Características Histológicas Áreas de mineralização no tecido pulpar Ausência de inflamação Calcificações Lineares Áreas de calcificações irregulares Podem estar presentes tanto na câmara pulpar como nos canais radiculares A freqüência aumenta com a idade Alterações Pulpares Inflamatórias Reabsorções Dentárias Estrutura mineralizada dos dentes é reabsorvida por células clásticas Injúria – elimina dos odontoblastos (interna) ou os cementoblastos (externa) Trauma uso de clareadores, tratamento ortodôntico, restauração com sobre-saliência. Fator estimulador – Ativa as células clásticas Infecção pulpar Infecção periodontal Aparelhos ortodônticos Reabsorção Interna Rara – a maioria relacionada à injúria dos tecidos pulpares devido a trauma ou pulpite de origem bacteriana Etiopatogenia – Alterações vasculares, tecido de granulação, compressão das paredes dentinárias provocando as reabsorções. Diagnóstico Clínico – radiográfico Características Polpa coronária Coroa com pigmentação rósea Imagem radiolúcida simétrica e circunscrita Polpa Radicular O contorno do canal é perdido Imagem radiolúcida mostrando alargamento do canal Características Histológicas Infiltrado Inflamatório Crônico Células Gigantes Multinucleadas de origem clástica – dentro do canal radicular Tratamento Endodontia antes da perfuração Após perfuração perde dental Continuidade do processo – comunicação com o meio externo Reabsorção Externa Início no ápice Comum com o uso de aparelhos ortodônticos Força aplicada X Tempo Níveis de Severidade Reabsorção Mínima – apical inicial, alteração do contorno. Reabsorção Moderada – apical com perda de 1 mm Reabsorção Severa – 2 mm até 1/3 da raiz Reabsorção Extrema – mais de 1/3 da raiz Características Histológicas Infiltrado Inflamatório Crônico Células Gigantes Multinucleadas de origem clástica – fora do canal radicular Tratamento Remoção do tecido inflamado Apicectomia – quando necessário Origem ortodôntica – processo auto-limitante Após perfuração – perda dental Continuidade do processo – comunicação com o meio interno Pulpites Bacteriana – cárie, fratura, bolsa periodontal Traumática – luxação, avulsão. Iatrogênica – preparo cavitário, desidratação, restauração, ortodontia Química – material restaurador, desinfetantes. Peculiaridades da Polpa Totalmente circundada por tecido duro (dentina) – pouca tolerância a edema Falta de circulação colateral – dificuldade para combater bactérias, tecido necrótico e inflamação. Circulação Inativa Presença de odontoblastos – capacidade para formar tecido (dentina) para própria proteção Presença de células-tronco Pulpite Reversível X Irreversível Classificação Clínica Aguda X Crônica Classificação Clínica Classificação Histológica Hiperemia Pulpar – quando reversível Alteração inflamatória leve e inicial em que existe reparação tecidual após remoção da causa Persistência – inflamação moderada ou severa (=pulpite irreversível) que culmina com a necrose Características Clínicas Assintomática (inicial) Dor aguda, rápida e fugaz em resposta a estímulos que normalmente não evocam dor. Queixa comum – dor ao frio e ao doce Características Histológicas Vasodilatação – hiperemia Edema intersticial leve ou inexistente Resposta inflamatória leve (aguda ou crônica) A organização tecidual está mantida Essas alterações podem ser localizadas Pulpite Irreversível A polpa sofre alterações irreversíveis (normalmente devido à características peculiares) caracterizadas por inflamação severa e somente a remoção do estímulo não é suficiente para reverter o quadro. A necrose é inevitável A progressão resulta em lesão dos tecidos periradiculares Pulpite Aguda ou Crônica – Quadro Irreversível – Descrição Clínica Aumento da permeabilidade vascular prolongado e acentuado Elevação da pressão hidrostática – excede limiar das fibras amielínicas do tipo C, provocando dor pulsátil, excruciante, lancinante, contínua e espontânea. Maior aumento da pressão – as fibras param de responder (degeneração) – dor branda e até a ausência da dor Pulpite Crônica Pode levar anos até a necrose Em pacientes jovens pode levar a formação de pólipo – Pulpite Crônica Hiperplásica Pulpite Aguda ou Crônica – Quadro Irreversível – Descrição Histológica Pulpite Aguda – infiltrado inflamatório agudo edema e desorganização tecidual – Pode tornar-se crônica. Pulpite Crônica – infiltrado inflamatório crônico edema e desorganização tecidual – Pode agudizar. Pulpite Crônica Hiperplásica – crescimento tecidual por vezes revestido por epitélio Tecido de granulação e revestimento epitelial PS: Em um mesmo caso podem haver áreas agudas e crônicas!!! Abscesso Pulpar Presença de material purulento rodeado por neutrófilos Pode ser assintomático Difícil à correlação clínica com a histológica Pulpite – Evolução = Necrose Aumento da pressão hidrostática em vasos de paredes finas (vênulas) – compressão – aumento da resistência venular – diminuição da drenagem sanguínea = Hipóxia Tecidual, Concentração de produtos tóxicos e queda de pH → Necrose. Essa seqüência de eventos pode ser localizada – progressão gradual Necrose Pulpar Seqüência de eventos que acompanham a morte celular Liquefação – resulta da ação de enzimas hidrolíticas (comum nas infecções bacterianas) Coagulação – resulta da desnaturação protéica (comum em lesões traumáticas) Gangrenosa – quando o tecido que sofreu necrose é invadido por bactérias (dentes traumatizados com posterior invasão bacteriana) Características Histológicas – necrose tecidual e infiltrado inflamatório Patologia Periapical A intensidade da agressão + a resistência do hospedeiro = Resposta Aguda e Resposta Crônica É dividida em: Abscesso Dental Granuloma Dental Osteomielites Aguda Crônica Crônica Esclerosante (Osteomielite Condensante) Crônica Proliferativa (Osteomielite de Garre) Celulites Angina de Ludwig Trombose do seio cavernoso Abscesso Periapical Agudo Persistência do agente agressor com exacerbação do processo Enzimas proteolíticas + enzimas lizossomais + radicais oxigenados = Liquefação Tecidual – pus De 72 a 96 horas – redução da agressão bacteriana com destruição tecidual Características Clínicas Dor pulsátil e espontânea Linfadenite regional, febre e mal-estar podem estar associados. Tumefação intra e/ou extra-oral Mobilidade e/ou extrusão dentária Resposta à percussão Características Histológicas Coleção purulenta – infiltrado neutrofílico em meio à área de liquefação Tecido conjuntivo dilacerado localmente Tratamento Drenagem da coleção purulenta Endodontia ou extração Analgésicos/ Antiinflamatórios Antibióticos apenas em condições especiais Abcesso Periapical Crônico Abcesso agudo cronificado ou progressão da inflamação crônica com formação de exsudato purulento no interior da célula Ausência de sintomatologia Associado a drenagem intermitente com formação de fístula intra ou extra-oral Imagem radiolúcida apical – possibilidade de rastreamento da fístula (cone de guta percha) Características Histológicas Coleção purulenta central (neutrófilos) Infiltrado Inflamatório Crônico Periférico Epitelização da fístula Tratamento Endodontia ou extração A fístula deve regredir (7 a 30 dias) Os abcessos podem ocorrer no interior do tecido pulpar: Pulpite (Crônica ou Aguda) com área de abscesso A diferenciação entre a pulpite crônica e aguda é complexa e controversa: Sempre existe coleção neutrofílica (pus = área aguda) Granuloma Dental = Granuloma periapical Patologia apical mais comum 2308 lesões apicais 48% granulomas 42% cistos 10% outras patologias Etiopatogenia Continuidade do processo inflamatório de baixa intensidade – produção de citocinas (IL-1, IL-2, IL-3, TNF, prostaglandinas) – indução da reabsorção óssea com substituição por tecido de granulação. Características ClínicasAusência de sinais e sintomas Testes pulpares negativos Resposta negativa a percussão Características Radiográficas Área radiolúcida associada ao ápice radicular Características Histológicas Infiltrado Inflamatório Crônico em numerosos macrófagos (por vezes com citoplasma espumoso) Elementos de reparação Fibroblastos jovens Numerosos vasos sanguíneos Tecido Conjuntivo denso na periferia Tratamento Endodontia Cirurgia parendodôntica Continuidade do processo de Granuloma Dental – ativação da proliferação epitelial (restos de Malassez) via fatores de crescimento (EGF), mediadores químicos (IL-1, IL-6, PGE2) e endotoxinas bacterianas (LPS) → Degeneração Cística → Cisto Radicular. Osteomielites Lesão óssea inflamatória Curso agudo – agressão de alta intensidade e/ou baixa resistência Curso crônico – agressão de baixa intensidade e/ou alta resistência, geralmente curso infeccioso. Patogenia – propagação de bactérias nos canais de Havers e Wolkman – liberação de citocinas, reabsorção óssea, aparecimento de tecido fibroso – neoformação óssea. A mandíbula é mais acometida Conformação Densidade Anatomia Conformação Porta de entrada Infecção periapical Periocoronarite Lesão periodontal Extrações dentais Osteomielite Aguda Vs. Osteomielite Crônica Aguda – há grande liberação de mediadores químicos, exsudação e maior sintomatologia. Crônica – predominam fenômenos produtivos e reparativos (também pode haver destruição tecidual) A crônica pode ser tornar aguda e vice-versa Osteomielite Aguda Qualquer idade Mandíbula Extensão de um abscesso ou trauma Maior propensão pelo sexo masculino Sinais cardeais da inflamação, linfadenopatia e febre. Exsudação – abscesso ou celulite Características Radiográficas Início sem imagem e depois imagens radiolúcidas mal delimitadas, irregulares com “aspecto de roído de traça”. Periferia – imagem é difusa e confunde-se com tecido ósseo normal Tratamento Drenagem da coleção purulenta Remoção do seqüestro Antibioticoterapia variada Características Histológicas Osso necrótico Colônias Bacterianas Presença de polimorfonucleares – espaços medulares Em geral, o diagnóstico histológico é de seqüestro ósseo e a somatória das características clínico-radiográficas fecham o quadro de osteomielite aguda. Osteomielite Crônica Pode ser dividida em primária e secundária, segundo o fator etiológico envolvido Primária – não supurativa e sem qualquer causa identificada (sem origem odontogênica) Episódios de dor de variáveis intensidades que duram de poucos dia a algumas semanas Pode ser totalmente assintomática e descoberta em exame radiográfico de rotina Discreto abaulamento de corticais com crescimento lento e quase imperceptível Tumefação, limitação de abertura bucal, linfadenopatia e diminuição de sensibilidade do nervo alveolar inferior. Características Radiográficas Esclerose medular (Osteomielite esclerosante difusa – termo confuso) Dois picos de incidência Adolescência – mais ativa – excessiva reabsorção óssea formando áreas líticas geralmente em posição central e deposição subperiosteal na forma que causa abaulamento da cortical envolvida Quinta década de vida – fibrose medular e aposição óssea endosteal com característica pagetóide – lesões mais esclerosantes e menos líticas Tratamento Antiinflamatórios não esteroidais glicocorticóides Interferon α e λ Bifosfatados Antagonistas do fator de necrose tumoral Antibióticos não são eficazes Secundária Relação com foco infeccioso Muito mais frequente Pode mostrar um curso supurativo, com formação de abscesso, fístula e seqüestro Características Radiográficas Imagem radiolúcida mal delimitada Áreas radiopacas podem estar presentes entremeando a área lítica Sequestros ósseos são observados na forma de radiopacidades envoltas por halo radiolúcido, mais comumente em posições centrais na lesão Tratamento Complexo devido à circunscrição do processo, o que dificulta a eliminação do agente agressor e a penetração do antibiótico Intervenção cirúrgica com remoção do seqüestro ósseo quando presente Doses elevadas de antibióticos, por vezes via endovenosa e tratamento prolongado Culturas bacterianas são positivas geralmente para Staphylococcus aureus Características Histológicas Componente de tecido mole visto como tecido conjuntivo fibroso na região medular Presença de células inflamatórias mononucleares Pode haver sequestros e áreas de abscesso Osteomielite Crônica Proliferativa (Garrè) = Hiperplasia Periosteal Inflamatória ou Osteomielite com Periostite Proliferativa Mandíbula principalmente nas regiões de pré-molar Borda inferior e cortical vestibular Assimetria facial de curso lento e progressivo Crianças e adolescentes Etiopatogenia – lesão de cárie com envolvimento pulpar/periosteal, infecções periodontais, fraturas e também infecções não odontogênicas Características Radiográficas Laminações concêntricas - “casca de cebola” Linhas radiopacas entremeadas por linhas radiolúcidas Técnica radiográfica oclusal Diagnóstico = características clínico-radiográficas Tratamento Eliminação do foco de infecção (tratamento endodôntico ou extração do elemento dental envolvido) Inicialmente ocorre e resolução do processo inflamatório intra-ósseo, após 6 a 12 meses consolidação das laminações ósseas, formação inicial de um calo ósseo, remodelação pela ação muscular Osteíte Condensante = Osteomielite Crônica Esclerosante Estritamente relacionada à ápices com alterações pulpares – persistência do processo por períodos prolongados Qualquer idade – pré-molares e molares inferiores Pequena área radiopaca em torno da raiz Tratamento endodôntico ou extração – cicatriz óssea Osteíte Alveolar Alveolite – forma aguda da osteomielite restrita ao alvéolo dentário que ocorre poucos dias após a extração (2 a 4) Seca ou Fibrinolítica Mais comuns após extrações traumáticas Etiologia Multifatorial Dor severa e persistente Alvéolo vazio Curetagem, irrigação e preenchimento com curativo Osteíte Alveolar - Úmida Presença de corpo estranho, fragmento de raiz residual ou espícula óssea Remanescente do coágulo diminuto e enegrecido ou ausência do mesmo por não formação Pode haver sangramento constante que não fica retido localmente e supuração Curetagem e sutura Antibioticoterapia pode ser utilizada com adjuvante em ambas osteítes alveolares Celulites Disseminação dos abscessos através dos planos faciais Angina de Ludwig Disseminação da infecção pelos espaços sublingual, submandibular e submentoniano 70% dos casos origem em molares inferiores Mediastino pode ser atingido Maior prevalência em indivíduos imunocomprometidos Aspectos Clínicos Edema pronunciado – edema de laringe – obstrução respiratória Dor Sialorréia Restrição de movimentos Disfonia Disfagia Disartria – efeito neurológico – incapacidade de articular palavras Tratamento Manutenção das vias aéreas Incisão e drenagem Antibioticoterapia Eliminação do foco infeccioso inicial Trombose do Seio Cavernoso Espaço entre a camada meníngea e a camada periosteal da dura-máter Evolução da infecção para o espaço peri-orbitário, pálpebras e conjuntiva Infecções iniciais em pré-molares e molares superiores – 10% dos casos de trombose evoluem a partir de infecções dentárias Características Clínicas Edema localizado Fixação Protrusão do globo ocular Dilatação pupilar Lacrimejamento Fotofobia Perda de visão Tratamento Drenagem cirúrgica Altas doses de antibióticos 40% de mortalidade Patologia Óssea Não-neoplásica Lesões Fibro-ósseas Benignas Compreendem várias que se caracterizam pela substituição do tecido ósseo normal por tecido fibroso com áreas mineralizadas O diagnóstico depende dos aspectos: Clínico Radiográfico Histológico Lesões Displasia Fibrosa Displasia Óssea (Cemento Óssea) D. Óssea Periapical D. Óssea Focal D. Óssea Florida Fibroma Ossificante Central Displasia Fibrosa Proliferação benigna de trabéculas ósseas em tecido fibroso Etiologia incerta
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