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AULA 3 SANEAMENTO

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SAÚDE PUBLICA E 
SANEAMENTO BÁSICO
 COLÉGIO TÉCNICO RENASCER 
CURSO TÉC.ENFERMAGEM TURMA 49
SAÚDE PÚBLICA E HIGIENE
Profº. Esp. Enfermeiro Jorge Santos coren-sp 471893
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HISTÓRIA DO SANEAMENTO BÁSICO NO BRASIL
O que é saneamento básico?
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O saneamento básico consiste na atividade de coleta e tratamento de esgoto, limpeza urbana, manejo de resíduos sólidos e controle de pragas, assim como qualquer tipo de agente patogênico, visando à saúde das comunidades. O abastecimento de água potável e o manejo de água pluvial também fazem parte das atividades nas quais se enquadram o saneamento básico.
O serviço de saneamento básico pode ser prestado por empresas públicas, como a SABESP, em São Paulo e a CEDAE, no Rio de Janeiro e em regime de concessão, por empresas privadas, como acontece com a Aegea Saneamento e suas controladas nos mais diversos Estados do País.
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O serviço prestado por empresas de saneamento é considerado essencial, sendo importante para a saúde de toda a sociedade e para o meio ambiente. A ausência do serviço de saneamento básico aliada a fatores sócio-econômico-cultural são determinantes para o surgimento de infecções por enteroparasitoses, com maior susceptibilidade às doenças infectocontagiosas pelo grupo infantil. No Brasil, doenças decorrentes da falta de saneamento figuram entre os principais problemas de saúde pública e ambiental.
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O saneamento básico é um direito assegurado pela Constituição Federal e definido pela Lei nº. 11.445/2007 como o conjunto de serviços, infraestrutura e instalações operacionais de abastecimento de água, esgotamento sanitário, limpeza urbana, drenagem urbana, manejos de resíduos sólidos e de águas pluviais.
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Política de sustentabilidade
Prestar serviços de abastecimento de água e esgotamento sanitário, de maneira sustentável, atendendo a requisitos legais aplicáveis e outros requisitos subscritos, garantindo qualidade no serviço, eficiência econômica, respeito ao meio ambiente e aos seus colaboradores, contribuindo para a melhoria de vida e saúde da população. Para tanto, a empresa determina como suas principais diretrizes estratégicas:
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ECONÔMICO
Melhoria dos resultados financeiros 
Melhoria contínua e sustentável dos seus processos
Busca constante por soluções inovadoras que agreguem valor ao negócio
AMBIENTAL
Prevenção da poluição e da degradação ambiental, proveniente das suas atividades diretas e indiretas
Busca contínua pela eficiência energética
Utilização sustentável dos recursos naturais, minimizando perdas ao longo dos seus processos
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SOCIAL
Prevenção de lesões e doenças dos seus colaboradores e de quem atue em seu nome
Comportamento ético e transparente junto as partes interessadas
Desenvolvimento humano da comunidade onde atua, incluindo seus colaboradores
A Alta Direção compromete-se com a melhoria contínua da eficácia do Sistema de Gestão Sustentável, promovendo o desdobramento destas diretrizes nos seus objetivos estratégicos e de processos e realizando análises críticas periódicas do seu desempenho.
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Definição de Saneamento básico em Saúde Pública
 Para melhor entender essa definição. Saneamento básico é um conjunto de procedimentos adotados numa determinada região que visa proporcionar uma situação higiênica saudável para os habitantes.
 
Procedimentos 
Entre os procedimentos do saneamento básico, podemos citar: tratamento de água, canalização e tratamento de esgotos, limpeza pública de ruas e avenidas, coleta e tratamento de resíduos orgânicos (em aterros sanitários regularizados) e materias (através da reciclagem).
 
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Saneamento básico e saúde pública
 
Com estas medidas de saneamento básico, é possível garantir melhores condições de saúde para as pessoas, evitando a contaminação e proliferação de doenças. Ao mesmo tempo, garante-se a preservação do meio ambiente.
 
Saneamento básico no Brasil
Houve um grande avanço no Brasil, nos últimos 30 anos, no tocante ao saneamento básico. Porém, muitas cidades do interior do país, principalmente nas regiões norte e nordeste, ainda apresentam deficiências nesta área.
 
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Política Ambiental
O que é (conceito)
 
Política Ambiental é um conjunto de ações ordenadas e práticas tomadas por empresas e governos com o propósito de preservar o meio ambiente e garantir o desenvolvimento sustentável do planeta. Esta política ambiental deve ser norteada por princípios e valores ambientais que levem em consideração a sustentabilidade.
 
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Importância
 Atualmente, quase todos os governos e grandes empresas possuem políticas ambientais. Além de mostrar para os cidadãos e consumidores quais são os princípios ambientais seguidos, as políticas ambientais servem para minimizar os impactos ambientais gerados pelo crescimento econômico e urbano.
 
Estas políticas são, portanto, importantes instrumentos para a garantia de um futuro com desenvolvimento e preservação ambiental. São também fundamentais para o combate ao aquecimento global do planeta (verificado nas últimas décadas), redução significativa da poluição ambiental (ar, rios, solo e oceanos) e melhoria na qualidade de vida das pessoas (principalmente dos grandes centros urbanos).
 
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Ações práticas de uma política ambiental (exemplos):
Adoção de processos de reciclagem.
 
- Ações que visem à redução do consumo de energia;
 
- Ações práticas para evitar o desperdício de água, incentivando o seu consumo racional;
 
- Planejamento urbano adequado por parte dos governos. Nestas ações são importantes a preservação de áreas verdes e projetos de arborização urbana;
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-Uso, sempre que possível, de fontes de energia limpa como, por exemplo, eólica e solar;
 
- As empresas que geram qualquer tipo de poluição em seu processo produtivo devem adotar medidas eficazes para que estes poluentes não sejam despejados no meio ambiente (ar, rios, lagos, oceanos e solo);
 
- As empresas devem criar produtos com baixo consumo de energia e, sempre que possível, usar materiais recicláveis.
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- Criação de projetos governamentais voltados para a educação ambiental, principalmente em escolas.
 
- Implantação das normas do ISO 14000 e obtenção do certificado.
 
Dica importante:
 - Acessando o site de grandes empresas é possível conhecer suas políticas ambientais. Esta ação é importante, pois o consumidor poderá saber de que forma a empresa trata o meio ambiente. Serve, portanto, de mais uma informação voltada para a definição do consumo consciente. 
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ENTENDA O QUE É SANEAMENTO E SEUS SERVIÇOS BÁSICOS
Resumindo saneamento é basicamente o estudo do comportamento da sociedade quanto à produção e descarte de resíduos que causam algum tipo de agressão à saúde do ser humano utilizando ferramentas e elementos que proporcione qualidade de vida e que minimizem os riscos.
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Cada um desses serviços tem peculiaridade própria e deve ser tratado dentro de tecnologias atualizadas compatíveis com o grau de desenvolvimento do município. Independentemente do estágio socioeconômico, o zelo e cuidados pela boa funcionalidade desses sistemas indicam o estágio cultural, organizacional e de desenvolvimento de seus habitantes.
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somente no nosso continente, cerca de 100 milhões de pessoas são desprovidas de saneamento básico e  as áreas rurais são as que mais sofrem com a falta de água e saneamento. Com o crescimento da população é necessário a priorização das necessidades de saneamento básico das grandes metrópoles através de políticas públicas.
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No Brasil esse direito é assegurado pela Lei nº. 11.445/2007. Chamada de a Lei Nacional do Saneamento Básico – LNSB, ela teve vigência a partir de 22 de fevereiro do mesmo ano, estabelecendo as diretrizes nacionais para o saneamento básico e para a política federal do saneamento básico.
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SERVIÇOS DO SANEAMENTO BÁSICO
DISTRIBUIÇÃO DE ÁGUA POTÁVEL
De toda água que o nosso planeta dispõe somente
2,5% é água doce. A região mais rica do mundo em termos de disponibilidade de água doce por pessoa é a América Latina. Na lista de países que contam com a maior quantidade de água, três da América Latina estão entre os primeiros: Brasil (primeiro), Colômbia (terceiro) e Peru (oitavo).
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Estação de tratamento de água
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Mesmo com toda essa abundância de água não significa que ela seja suficiente para todos. Ainda existe uma enorme desigualdade de abastecimento de água entre as cidades brasileiras, um exemplo que pode ser citado é São Paulo, a demanda é muito elevada e o desperdício vem na mesma proporção por conta de uso inadequado e às instalações precárias. No Brasil em torno de 83,3% dos brasileiros são atendidos com abastecimento de água e mais de 35 milhões de pessoas ainda não possuem acesso a este serviço básico de saneamento.
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Estação de tratamento de esgoto
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COLETA E TRATAMENTO DE ESGOTO
Com relação ao tratamento de esgoto, 42,67% dos esgotos do país são tratados. A média das 100 maiores cidades brasileiras em tratamento dos esgotos foi de 50,26%. E ainda, a Organização Mundial da Saúde (OMS)/ UNICEF existe 4 milhões de habitantes sem acesso a banheiro. A falta desse serviço afeta vários setores: como educação, saúde, trabalho entre outros.
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Coleta de Resíduos Sólidos
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Esses mesmos dados apontam que 3,79% dos municípios têm unidade de compostagem de resíduos orgânicos. Outros 11,56% têm unidade de triagem de resíduos recicláveis. Somente 0,61% têm unidade de tratamento por incineração. A prática desse descarte inadequado provoca sérias e danosas consequências à saúde pública e ao meio ambiente. Isso está ligado um quadro de um grande número de famílias que sobrevivem dos “lixões”. Eles retiram os materiais que podem ser reciclados e comercializam.
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Ainda é frequente observar-se a execução de ações em resíduos sólidos sem prévio e adequado planejamento técnico-econômico. A falta de regulação e controle social no setor contribui na gravidade da quadro atual.
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DRENAGEM E MANEJO DAS ÁGUAS PLUVIAIS URBANAS
O sistema de drenagem e manejo de águas pluviais urbanas pode ser definido como o conjunto de obras, equipamentos e serviços projetados para receber o escoamento superficial das águas de chuva que caem nas áreas urbanas, fazendo sua coleta nas ruas, estacionamentos e áreas verdes, e encaminhando-os aos córregos, lagos ou rios.
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Para manter o sistema em funcionamento, algumas ações simples são essenciais:
Evitar o descarte de lixo nas ruas;
Não fazer ligações de esgoto na rede pluvial e
Manter áreas permeáveis nos lotes.
Com isso, a qualidade dos corpos hídricos melhora, consequentemente elevando a qualidade de vida da população.
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Após essa analise concluímos  que o saneamento básico é uma das chaves para a melhoria da qualidade de vida. Com certeza é uma importante ferramenta para prevenção de doenças. Consequentemente os investimentos aplicados em combate à essas doenças tendem a diminuir. Podemos comprovar essa afirmação através dos dados da Organização Mundial de Saúde (OMS). A cada dólar investido em saneamento básico significa economizar U$ 9 em outras áreas, especialmente a saúde.
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Por isso é muito importante o planejamento das ações de políticas públicas sejam bem elaborados e completos. É preciso que se pense e se planeje não só bons projetos, mas como eles serão aplicados e como contribuirão para a sociedade.
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O sistema de abastecimento de água pode ser definido como o conjunto de obras, equipamentos e serviços que objetivam levar água potável para o consumo de uma população.É possível comparar o sistema de abastecimento de água com o setor elétrico.
Da mesma forma que este ramo pode ser dividido em geração, transmissão e distribuição de energia, no abastecimento há a produção de água, transporte para os reservatórios e distribuição aos consumidores.
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5 CONSEQUÊNCIAS DA FALTA DE SANEAMENTO BÁSICO
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1 – AMEAÇA À SAÚDE PÚBLICA
Segundo a Organização Mundial da Saúde (OMS), o principal objetivo do saneamento é a promoção da saúde do homem, visto que muitas doenças podem proliferar devido a ausências desse serviço.
Má qualidade da água, destino inadequado do lixo, má deposição de dejetos e ambientes poluídos são decorrências da falta de saneamento e fatores cruciais para proliferação de doenças.
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Dados da OMS revelam que 88% das mortes por diarreias no mundo são causadas pelo saneamento inadequado. Destas, 84% são crianças. No Brasil, em 2008, 15 mil brasileiros morriam por ano devido doenças relacionadas à falta de saneamento.
As doenças com maiores incidências devido a exposição a esses ambientes são: Leptospirose, Disenteria Bacteriana, Esquistossomose, Febre Tifóide, Cólera, Parasitóides, além do agravamento das epidemias tais como a Dengue.
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2 – DESIGUALDADE SOCIAL
Em estudo realizado pelo Instituto Trata Brasil em 2016 nos 100 maiores municípios do país, constatou que 90% dos egotos em áreas irregulares não são coletados nem tratados. Ademais, os serviços de abastecimento de água não chegam nesses locais. Portanto, a água que chega vem de furto através de ligações clandestinas.
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Os impactos dessa situação são alarmantes: esgotos correndo a céu aberto, ligações ilegais na canalização que contaminam a água e lixo sendo jogado em locais inapropriados. Estes, são cenários que contribuem tanto para a proliferação de doenças quanto para a desigualdade social.
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Em geral, as áreas irregulares, com riscos de deslizamentos e inundações, são excluídas do planejamento, visto a dificuldade técnica para levar esse serviço. Dessa forma, criam-se barreiras para a implantação do saneamento básico e comprometem parte da população a conviver frente às dificuldades e desigualdades.
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3 – POLUIÇÃO DOS RECURSOS HÍDRICOS
Mesmo com a ONU declarando que o acesso à água potável e ao saneamento básico é um direito essencial do ser humano, ainda há muitas pessoas não sabem o que é possuir água tratada em suas residências.
Com isso, tem-se uma quantidade absurda de águas poluídas. Em um estudo realizado pela ONG SOS Mata Atlântica, no ano de 2016, em 111 rios brasileiros revelou que quase 24% das águas são de qualidade ruim ou péssima. 
 Segundo a lei, águas nessa situação não podem sequer receber tratamento para consumo humano ou para irrigação de lavouras.
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Dessa forma, a situação é alarmante: por um lado tem-se a falta de saneamento e a poluição dos corpos hídricos. De outro, a maior demanda por água potável. O que se sabe é que é necessário bom planejamento para ambos os problemas. Tanto para garantir a universalização do saneamento, quanto para preservar a disponibilidade de água para o consumo humano.
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4 – POLUIÇÃO URBANA
Uma das vertentes do saneamento básico é a limpeza urbana e o manejo correto de resíduos sólidos. Com a crescente urbanização, isso nem sempre ocorre em sua totalidade.
O destino adequado para o lixo urbano é o aterro sanitário. O aterro contém estrutura para o tratamento de gases e chorume, incineração ou coleta seletiva. Mas, por tratar de grandes investimentos, as gestões públicas acabam deixando de lado essas práticas gerando péssimas consequências.
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Além disso, segundo a OMS, um ambiente poluído é mortal. Principalmente para crianças pequenas, pois seus órgãos e sistemas imunológicos são especialmente vulneráveis ao ar e água sujos. A ONU também tem se preocupado com o aumento do lixo eletrônico descartado incorretamente. A previsão é que esse tipo de resíduo aumente em 19% até 2018, chegando a 50 milhões de toneladas.
Relatórios da Organização Mundial da saúde alertam para o descarte de resíduos eletrônicos. Eles podem causar prejuízos à saúde, principalmente nas crianças, incluindo redução da inteligência, déficits de atenção, problemas no pulmão e câncer.
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5 – IMPRODUTIVIDADE
Segundo
a pesquisa, a renda per capita do Brasil aumentaria em 6% se todos os brasileiros tivessem os serviços básicos. Além disso, 11% das faltas do trabalhador estão relacionadas a problemas causados por falta de saneamento. 217 mil trabalhadores se afastam de suas atividades anualmente devido problemas gastrointestinais ligados à ausência de saneamento.
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Por fim, o Instituto conclui também, que uma redução de 10% nas perdas com vazamentos, roubos, ligações clandestinas, falta de medição ou medições incorretas no consumo de água no Brasil reduz o equivalente a 42% do investimento realizado no sistema de abastecimento de água no país.
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Jacobi, P. Saúde e meio ambiente em uma realidade tão desigual. Debates socioambientais. Centro de Estudos de Cultura Contemporânea. São Paulo, ano 3, nº8, nov./dez./jan./fev. 1997/98.
MARTINS, Getúlio. Benefícios e custos do Abastecimento de Água e Esgotamento Sanitário em pequenas comunidades. Dissertação de mestrado da Faculdade de Saúde Pública da Universidade de São Paulo. SP: 1995.
CARVALHO, Benjamim de. Glossário de Saneamento e Ecologia. Editado por Associação Brasileira de Engenharia Sanitária e Ambiental. Rio de Janeiro:1981.
IBGE. Pesquisa Nacional de Saneamento Básico - 1989. Rio de Janeiro: 1992Manual de Saneamento. Fundação Serviços de Saúde Pública. Ministério da Saúde, 2ª edição. Rio de Janeiro: 1981.
Referências Bibliográficas

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