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Equilíbrio de uma partícula no espaço MECÂNICA DOS SÓLIDOS I PROF. MURILO BARBOSA DE CARVALHO UNIDADE I I – ESTÁTICA DAS PARTÍCULAS Forças no espaço Os problemas já tratados se desenvolveram no plano – duas dimensões Passaremos a investigar também problemas no espaço – Três dimensões Equilíbrio de uma partícula no espaço Três situações podem aparecer: a) Caso em que a linha de ação da força é definida pelo seu módulo e por três ângulos. Equilíbrio de uma partícula no espaço b) Caso em que a linha de ação da força é definida pelo seu módulo e por dois ângulos. Equilíbrio de uma partícula no espaço c) Por meio de dois pontos da linha de ação da força e do seu módulo . Equilíbrio de uma partícula no espaço a) Caso em que a linha de ação da força é definida por três ângulos. - Quando tivermos o módulo da força e os três ângulos x, y e z, as componentes Fx, Fy e Fz são calculadas geometricamente por meio dos seguintes triângulos de força. Decomposição direta da força F por meio de seus cossenos diretores (definem a direção da força F entre 0° e 180°): • Δ ODA: Fx = F cos x • Δ OBA: Fy = F cos y • Δ OEA: Fz = F cos z (I) Equilíbrio de uma partícula no espaço - Então a força F pode ser dada em função dos vetores unitários i, j e k, orientados segundo os eixos x, y e z. Ou seja: (II) 222 zyx FFFF E substituindo (I ) em (II), teremos o produto do escalar F pelo vetor λ: ou λF F Sendo o vetor l dado por: Equilíbrio de uma partícula no espaço - Consideremos as equações (I) e (III), repetidas a seguir: • Fx = F cos x • Fy = F cos y • Fz = F cos z (I) 222 zyx FFFF (III) Delas podemos observar que: 222 )()()( zyx cosFcosFcosFF 222 zyx coscoscosFF Logo: 1 222 zyx coscoscos Vetor λ é unitário, intensidade igual a 1 e direção e sentido iguais ao de F Equilíbrio de uma partícula no espaço - Da equação (V) pode-se concluir que o vetor l = cos xi + cos yj + cos zk indicado pela equação (IV) , é unitário, intensidade igual a 1, direção e sentido iguais ao de F. λF F - E, da Álgebra Linear, sabemos que todo vetor pode ser caracterizado pelo produto do seu módulo pelo vetor unitário orientado segundo a sua linha de ação, conforme obtido na equação (IV). - Observa-se assim, que as componentes escalares do vetor unitário l são os cossenos diretores da linha de ação de F. Equilíbrio de uma partícula no espaço b) Caso em que a linha de ação da força é definida por dois ângulos. - É traçado um plano OBAC contendo F - A orientação do plano é definida pelo ângulo φ que ele forma com plano xy - A direção de F neste plano é definida pelo ângulo θy com o eixo y Equilíbrio de uma partícula no espaço b) Caso em que a linha de ação da força é definida por dois ângulos. - Quando tivermos o módulo da força e os ângulos y e f, as componentes Fx, Fy e Fz são calculadas geometricamente pelos seguintes triângulos de força. Decomposição inicial da força F (Δ OCA ): •Componente Fy: Fy = F cos y •Componente horizontal: Fh = F sen y Decomposição de Fh segundo os eixos x e z (Δ OCD ): •Componente Fx: Fx = Fh cos f Fx = F sen y cos f •Componente Fz: Fz = Fh sen f Fz = F sen y sen f Equilíbrio de uma partícula no espaço - Aplicando o teorema de Pitágoras aos triângulos OCA e OCD da figura, teremos: • Δ OCA: F² = Fh² + Fy² • Δ OCD: Fh² = Fx² + Fz² 222 zyx FFFF Equilíbrio de uma partícula no espaço c) Por meio do módulo e de dois pontos da linha de ação da força • Sabendo-se que todo vetor pode ser obtido pelo produto do seu módulo pelo vetor unitário orientado segundo a sua linha de ação, se na figura dada tivermos as coordenadas dos pontos M e N e o módulo da força agindo nesta direção, o vetor F será dado por: - Considere o vetor 𝑀𝑁, ligando os pontos M e N de mesmo sentido que F 𝑀𝑁 = 𝑑𝑥𝒊 + 𝑑𝑦𝒋 + 𝑑𝑧𝒌 Equilíbrio de uma partícula no espaço - O vetor unitário λ poderá ser obtido dividindo-se o vetor 𝑀𝑁 por sua intensidade MN, que é igual a distância d entre os pontos M e N: - O vetor F será dado por: 2 12 2 12 2 12 121212 )y-(y)y-(y)x-(x )z-(z)y-(y)x-(x kji F MN FFλF Ou: kjiF zyx ddd d F F l MN Equilíbrio de uma partícula no espaço Onde, 222 zyx zyx ddd ddd MN kji λ MN é o vetor unitário na direção MN. Sendo os cossenos diretores do vetor unitário dados por: E, assim os componentes escalares de F são: Adição de forças concorrentes no espaço A resultante de duas ou mais forças no espaço, será determinada por meio da soma das componentes retangulares, como vimos anteriormente a notação vetorial se torna a mais prática e adequada. Para o cálculo da resultante, temos: 𝑅 = 𝐹 𝑅𝑥𝑖 + 𝑅𝑦𝑗 + 𝑅𝑧𝑘 = 𝐹𝑥𝑖 + 𝐹𝑦𝑗 + 𝐹𝑧𝑘 = 𝐹𝑥 𝑖 + 𝐹𝑦 𝑗 + 𝐹𝑧 𝑘 Equilíbrio de uma partícula no espaço No espaço, uma partícula estará em equilíbrio se a resultante de todas as forças que atuam em um ponto material for zero. Desta forma, são condições necessárias e suficientes (no espaço): 𝐹𝑥 = 0 𝐹𝑦 = 0 𝐹𝑧 = 0 Exemplo 1 Determine (a) as componentes x, y e z da força de 750 N e 900 N, (b) os ângulos θx, θy e θz que as forças formam com os eixos coordenados. Exemplo 2 Uma torre de transmissão é sustentada por três cabos de sustentação ancorados por parafusos em B, C e D. Se a tração no cabo AB é 2335 N, determine os componentes da força exercida pelo cabo no parafuso em B. Exemplo 3 Uma placa circular horizontal está suspensa, como mostra a figura, por três fios que estão ligados a um suporte D e formam ângulos de 30° com a vertical. Sabendo que o componente x da força exercida pelo fio AD na placa é 110,3 N, determine (a) a tração no fio AD e (b) os ângulos θx, θy, e θz que a força exercida em A forma com os eixos coordenados. Exemplo 4 Os cursores A e B são conectados por um fio de 635 mm de comprimento e podem deslizar livremente sobre as hastes sem atrito. Se uma força Q de 267 N é aplicada no cursor B, como mostrada na figura, determine (a) a tração no fio quando x=228 mm, (b) a intensidade da força P necessária para se manter o equilíbrio do sistema. Exemplo 5 A chapa articulada é suportada pela corda AB. Se a força na corda for F=340 lb, expresse essa força orientada de A para B e como um vetor cartesiano. Qual é o comprimento da corda ? Exemplo 6 Determine o comprimento do elemento AB da treliça, estabelecendo primeiro um vetor posição cartesiano de A para B e depois determinando sua intensidade. Exemplo 7 Um caixote de 2670 N é sustentado por vários sistemas de corda e roldana como mostra a figura. Determine para cada caso a tração na corda. (a tensão na corda é a mesma em cada lado para uma roldana simples) Exemplo 8 Determine a deformação necessária em cada uma das molas para manter a caixa de 20 kg na posição de equilíbrio mostrada na figura. Cada mola tem comprimento de 2m sem deformação e rigidez k=300 N/m.
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