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1. Determinação do ponto de ebulição
2. Introdução
O termômetro é o instrumento utilizado para determinar a temperatura. A temperatura é a medida do estado, ou do nível de agitação térmica das partículas de um corpo, ou de um sistema físico. E calor é a energia que flui entre um sistema e sua vizinhança como consequência da diferença de temperatura que existe entre eles. 
Um termômetro mede a variação do estado térmico de um corpo mediante da variação de uma propriedade mensurável do corpo, denominada propriedade termométrica. Em geral toma-se uma substancia que colocada (encostada) junto ao corpo do qual se deseja conhecer o estado térmico, rapidamente adquira o estado energético do mesmo e tenha a variação apreciável de alguma propriedade susceptível de ser medida. 
As substancias, ou espécies químicas, distinguem-se entre si pelas suas propriedades físicas ou químicas. As propriedades físicas de uma espécie são as propriedades que podem ser observadas sem transformá-la em outra substancia. As mudanças ou modificações que a matéria pode ter são espontâneas, ou forçadas pala natureza, ou pela ação antrópica. 
Entende-se por ponto de ebulição a temperatura em que uma substancia liquida passa para o estado gasoso, Um líquido entra em ebulição quando se formam bolhas de seu vapor. As moléculas de um líquido devem vencer as forças de atração para separar-se e formar-se um vapor. Quanto mais forte as forças de atração, maior é a temperatura no qual o liquido entra em ebulição. 
Como já foi dito, muitas propriedades dos líquidos, incluindo os pontos de ebulição, refletem a intensidade das forças intermoleculares. Sabe-se que existem três tipos de forças atrativas entre moléculas neutras: forças dipolo-dipolo, de dispersão de London e de ligação do hidrogênio. Essas forças também são chamadas forças de van der Waals. 
Forças dipolo-dipolo: Moléculas polares neutras se atraem quando o lado positivo de uma molécula está próximo ao lado negativo de outra. Em líquidos as moléculas polares estão livres para movimentar-se em relação às outras. Hora estarão em interação atrativa (logo se mantêm juntas por mais tempo), hora estão em interação repulsiva. E o efeito como um todo é uma atração líquida. 
Forças de dispersão de London: A origem dessas atrações foi proposta por Fritz London. Este físico identificou que o movimento dos elétrons em um átomo ou molécula pode criar um momento de dipolo instantâneo. Como os elétrons se repelem, os movimentos em um átomo influenciam os movimentos dos elétrons em seus vizinhos. Assim, o dipolo temporário em um átomo pode induzir um dipolo similar em um átomo adjacente, fazendo com que os átomos sejam atraídos entre si. Essa força só é significativa quando as moléculas estão próximas.
Ligações de hidrogênio: A ligação de hidrogênio é um tipo especial de atração intermolecular entre o átomo de hidrogênio em uma ligação polar e um par de elétrons não compartilhado em um íon ou átomo pequeno e eletronegativo que esteja próximo (geralmente um átomo de O, N ou F em outra molécula). Como F, N e O são muito eletronegativos, uma ligação entre o hidrogênio e qualquer um desses três elementos é bastante polar, com o hidrogênio no lado positivo. 
O tubo de Thiele é um dos métodos mais utilizado para determinar o ponto de fusão e ebulição de uma substância. O tubo de Thiele é um tubo de vidro que contém um líquido-banho (o líquido-banho não deve ser inflamável nem volátil, e deve apresentar ponto de ebulição maior que a dos compostos em análise). O formato do tubo de Thiele permite a formação de correntes de calor no líquido-banho, quando este é aquecido e esta corrente gerada mantém a temperatura uniforme em todo o sistema. O braço do tubo já possui um formato específico que contribui na geração destas correntes e na distribuição do calor, pelo tubo, que provém da chama. 
O tubo de Thiele normalmente é aquecido por um Bico de Bunsen. Durante o aquecimento, a taxa de variação da temperatura deve aumentar gradualmente. Segurando o bico de Bunsen com uma chama suave, aquece-se suavemente o braço do tubo de Thiele. Quando o líquido estiver com o aquecimento muito intenso a chama deve ser afastada por alguns segundo e depois recolocada. 
A taxa de aumento da temperatura deve ser bem pequena (aproximadamente 1ºC por minuto) para que a temperatura não suba muito rápido, permitindo que a quantidade de calor submetida ao sistema seja absorvida pela amostra na mesma taxa que é fornecida. 
O ponto de ebulição normal de uma substância é definido como a temperatura na qual sua pressão de vapor é igual à pressão atmosférica normal (760 mmHg), levando-se em conta que o ponto de ebulição varia com a altitude, já que a pressão atmosférica varia com a mesma. Cada líquido que não sofra decomposição antes de alcançar a pressão de vapor de 760mmHg possui seu ponto de ebulição característico. 
Em geral, o ponto de ebulição de uma substância depende da massa de suas moléculas e da intensidade das forças interativas entre elas. Em séries homólogas, os pontos de ebulição dos compostos aumentam regularmente com o aumento da massa molecular. Os líquidos polares possuem tendência a ferver a temperaturas mais altas que os não polares de mesma massa molecular. O ponto de ebulição é uma constante característica muito utilizada para a identificação de líquidos. No entanto, devido à sua grande dependência da pressão e aos erros que podem advir da presença de impurezas, é menos seguro e útil na caracterização e como critério de pureza que o ponto de fusão, usado para os sólidos.
As ligações químicas que juntam os átomos se "quebram", deixando os átomos muito mais livres (característica do estado gasoso). Quanto mais baixa for a pressão do sistema, menor será o ponto de ebulição e vice-versa. O ponto de ebulição da água em condições de atmosfera padrão é de 100 °C, mas em pressões menores, ferve à temperaturas bem inferiores à 100°C. Temperatura é um parâmetro físico descritivo de um sistema que vulgarmente se associa às noções de frio e calor, bem como às transferências de energia térmica, mas que se poderia definir, mais exatamente, sob um ponto de vista microscópico, como a medida da energia cinética associada ao movimento (vibração) aleatório das partículas que compõem o um dado sistema físico.
. Propriedades dos compostos
Hexano: é um solvente alifático obtido por destilação de frações do petróleo, com faixa de destilação compreendida entre 62 ºC e 74 ºC. Uma das características principais deste produto é possuir alto poder extrativo e rápida evaporação, com curva de destilação estreita.
Ele é utilizado na extração de óleos e gorduras vegetais ou animais, pois tem um excelente poder de solvência para um grande número de sementes oleaginosas, oferece separação facilitada do óleo ou gordura, simplificando o processo de recuperação do solvente, e possui alta pureza com ausência de resíduos, não afetando a qualidade dos produtos obtidos.
Seu manuseio requer os cuidados necessários que se aplicam a todos os solventes petroquímicos. Deve ser mantido longe de fontes de ignição, chamas e faíscas, e é classificado como um produto que altera o comportamento. Deve-se evitar inalação de seus vapores e um contato prolongado com a pele.
Álcool Isopentílico: é um líquido claro, incolor, de odor desagradável e pouco solúvel em água. Sua inalação de vapores pode causar irritação das membranas das mucosas e da área respiratória, dores de cabeça, náusea, vômito, diarreia, vertigens. Inalação de vapores de altas concentrações pode causar morte. Já sua ingestão, pode causar dor abdominal e vômito. Outros sintomas são semelhantes à inalação. Em contato com a pele, causa irritação, vermelhidão e dor.
Hexano					Álcool isopentílico
Formula molecular: C6H14			Formula molecular: C5H12O
Massa molar: 86,18 g/mol			Massa molar: 88,148 g/mol
Densidade: 0,6548 g/mL, líquido		Densidade: 0,8104 g/cm3, líquido
Ponto de fusão: -95°C			Ponto de fusão: -117.2 °C
Ponto de ebulição: 69°C			Ponto de ebulição: 131.1°C3. Objetivos
Determinar o ponto de ebulição de amostras de hexano e álcool isopentílico.
4. Procedimento experimental
4.1 Materiais 
Termômetro					Bico de Bunsen 
Tubo de Thiele				Suporte universal
Tubo de ensaio				Garras metálicas
Capilares 
Óleo Mineral ou Glicerina
4.2 Reagentes
Hexano
Álcool isopentílico.
4.3 Métodos
I) Colocar uma pequena quantidade da amostra em um tubo de ensaio (5x50mm) e mergulhar neste, um capilar com uma das extremidades fechada, a qual deve permanecer para cima.
II) Fixar o tubo de ensaio ao termômetro com o auxílio de um elástico e colocar o conjunto em um tubo de Thiele contendo glicerina.
III) Aquecer e observar o aparecimento de bolhas que escapem do capilar e percorrem o liquido. Quando o fluxo de bolhas ficar contínuo, afastar a chama. Observar que as bolhas cessarão e o liquido começará a adentrar no capilar, anotar essa temperatura.
IV) Aquecer novamente e observar o liquido sair do capilar, anotar a temperatura.
V) Repetir a operação 2 vezes
5. Resultados e discussão
Com a realização dos experimentos, obtiveram-se os seguintes resultados, representados pela tabela 1 e 2: 
Tabela 1: Resultados obtidos com a ebulição do hexano
	Hexano
	Tinicial
	Erro médio (%)
	Tfinal
	Temp. teórica
	68°C
	3,6%
	65°C
	de eb.: 69°C
	68°C
	
	66°C
	
	75°C
	
	70°C
Tabela 2: Resultados obtidos com a ebulição do ácool pentílico
	Álcool Isop.
	Tinicial
	Erro médio (%)
	Tfinal
	Temp. teórica
	129°C
	1,0%
	124°C
	De eb.: 132°C
	130°C
	
	125°C
	
	133°C
	
	130°C
De acordo com os dados obtidos, notou-se que as duas primeiras temperaturas de ebulição aproximaram-se bastante da temperatura teórica, e que a terceira, devido talvez à evaporação dos reagentes, tiveram o seu valor um pouco alterado.
Durante o aquecimento dos reagentes até o seu ponto de ebulição, parte deles foi sugado pelo capilar contido no tubo de ensaio, devido à diferença de pressão causada no sistema. Da mesma forma, ao acontecer seu resfriamento, o reagente era expulso do capilar.
6. Conclusão
Com a diferença de pressão causada no sistema, devido ao aquecimento, em que há uma forte agitação molecular, o sistema tende a realizar uma forma de compensação, para que as pressões sejam igualadas. No caso desse experimento, o reagente era sugado ou expulso do capilar. 
7. Referências bibliográficas 
 Lenzi, Ervim.; Fávaro, L. O. B.; Tanaka, A. S.; Viana Filho, E. A.; Silva, M.B. Química geral experimental. II Titulo. Editora Freitas Bastos. Rio de janeiro, 2004.
Brown, Theodore L.; Lemay, H. Eugene.; Bruce E.; Química a ciência central. 9a edição. Editora Pearson Prentice Hall, São Paulo-SP, 2005.
http://www.infoescola.com/fisico-quimica/pontos-de-fusao-e-ebulicao/

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