Buscar

Resumo Estruturalismo e Gerativismo

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes
Você viu 3, do total de 3 páginas

Prévia do material em texto

UNIVERSIDADE FEDERAL DO MARANHÃO
CENTRO DE CIÊNCIAS HUMANAS
DEPARTAMENTO DE LETRAS
Linguística I Código: DLER 0174
Professora: Conceição de Maria de Araújo Ramos
Aluna: Maria Beatriz Macedo Soares
RESUMO
ESTRUTURALISMO E GERATIVISMO
COSTA, Marcos Antonio. Estruturalismo. In: MARTELOTTA, Mário Eduardo. Manual de Linguística / Mário Eduardo Martelotta, (org.) – São Paulo : Contexto, 2008.
KENEDY, Eduardo. Gerativismo. In: MARTELOTTA, Mário Eduardo. Manual de Linguística / Mário Eduardo Martelotta, (org.) – São Paulo : Contexto, 2008.
O estruturalismo, derivado das ideias de Saussure, reconhece a língua como sistema ou estrutura, na qual os linguistas devem investigar como ela se sustenta e funciona. Os estruturalistas devem, portanto, revelar os princípios de organização e funcionamento dessa língua. Saussure faz uma analogia ao jogo de xadrez para explicar o funcionamento da língua. Assim como no jogo de xadrez, o que define o funcionamento da língua são as regras, no caso da fala são as da gramática interna, no xadrez, as regras do jogo. E isso independente da materialidade das “peças”, o que na língua seria em que a língua se expressa (se em sinais visuais ou sonoros). Essa concepção de entender a língua como estrutura desenvolve o princípio de que a língua deve ser estudada em si mesma e por si mesma, o que é chamado de estudo imanente da língua. Isto é, não são consideradas as relações entre língua e sociedade, língua e cultura, entres outras relações com fatores extralinguísticos.
Em Saussure, observa-se a definição de dicotomias, que é a colocação de um par de conceitos opositivos, entre elas: língua e fala, sincronia e diacronia, paradigma e sintagma, forma e substância, significado e significante, motivado e arbitrário. Na primeira dicotomia, Saussure define língua como a parte social da linguagem, e fala como a parte individual. Embora faça essa distinção, o objeto de estudo do estruturalismo é a língua, não a fala. Outra dualidade estabelecida por Saussure é sincronia e diacronia, que dizem respeito aos métodos de estudo dentro da linguística. A linguística sincrônica trabalha com as relações estatísticas dentro da ciência, e a diacrônica trabalha com as evoluções. O estruturalismo prioriza o estudo sincrônico.
Saussure entendia que a língua é um sistema de signos. O signo é uma unidade do sistema linguístico. Para ele, o vínculo que une um nome a uma coisa estava bem longe da verdade, o que acontecia de fato era a ligação de um conceito a uma imagem acústica. 
Há ainda a discussão sobre a arbitrariedade do signo, que se desdobra em duas teses: convencionalista e naturalista. Para a primeira, os signos estão associados por uma convenção. Para a segunda, há uma relação natural entre nomes e coisas. Saussure concluiu que o signo linguístico é arbitrário, logo, desconsiderou a possibilidade da tese naturalista, deixando claro que o significante não apresenta relação natural com seu significado. Isto é, o signo linguístico não é motivado, e sim convencional, visto que é produto de um acordo entre os falantes.
O significante apresenta caráter linear ao ser transmitido. A composição dos signos se dá por arranjo distribucional. Ao combinar duas ou mais unidades, compõe-se sintagmas. A noção de relações sintagmáticas pode ser compreendida em três áreas: fonológica, morfológica e sintática.
Contemporâneo aos estudos de Saussure, desenvolve-se o estruturalismo americano, que tem como fundamento o behaviorismo. Para os behavioristas, a linguagem humana era uma resposta aos estímulos produzidos na interação social, dentro de uma perspectiva mecânica e comportamentalista. Ou seja, para eles a linguagem era adquirida apenas por uma mera repetição, sem inovação no seu uso. No entanto, em 1959, o linguista Noam Chomsky publicou uma resenha na qual criticou a visão comportamentalista dos estruturalistas norte-americanos. Chomsky trouxe a concepção de criatividade dentro da linguagem, em oposição a esses estruturalistas. Ele evidenciou o fato da capacidade inata de sempre criarmos sentenças inéditas. Assim surgiu o gerativismo, que foi capaz de superar e substituir o behaviorismo.
Chomsky defende a ideia de que existe na mente humana um dispositivo inato que constitui a competência linguística de um falante. Relacionado a isso, Chomsky cria a dualidade competência e desempenho, semelhante à língua e fala de Saussure. Para o gerativista, a competência seria o conhecimento de língua que o falante tem, e o desempenho seria a execução da língua, o que pode ser entendido como fala. A mudança mais significativa do estruturalismo behaviorista para o gerativismo, é que a língua deixa de ser vista como comportamento, e passa a ser vista como uma faculdade mental.
Chomsky e os gerativistas, primeiramente, trabalharam com a gramática transformacional, que afirmava que os marcadores sintagmáticos poderiam se transformar, formando assim outras sentenças. Para analisar sintaticamente uma sentença, foi criado o diagrama arbóreo ou árvore sintagmática, que forma duas estruturas: profunda e superficial. Dessa forma, a voz ativa é entendida como profunda que gera a voz passiva, a superficial.
O gerativismo trabalha com as noções de gramatical e agramatical. O que é gramatical é toda sentença que pode ser perfeitamente entendida dentro de uma língua, com estrutura completamente aceita e correspondente à mesma, e é considerado agramatical aquilo que para ter uma estrutura inaceitável na língua.
Com a evolução da linguística gerativa, surgiu um novo conceito derivado da ideia de competência linguística, que é a hipótese da gramática universal (GU). A GU corresponde aos mecanismos mentais de produção e compreensão da fala. Para descrever seu funcionamento, os gerativistas criaram a teoria dos princípios e parâmetros. Os princípios são as propriedades da língua que são válidas em todos os idiomas. Os parâmetros são as particularidades dentro de cada língua.
Em suma, pode-se dizer que a linguística gerativa complementa alguns estudos do estruturalismo desenvolvido a partir das ideias de Saussure. No entanto, o gerativismo se opõe completamente ao estruturalismo behaviorista.

Continue navegando