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RESUMO PARA A PROVA FINAL LING I

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UNIVERSIDADE FEDERAL FLUMINENSE
ALINE BILLÉ SANTOS
RESUMO DOS CONTEÚDOS DA SEGUNDA PARTE DO CURSO DE LINGUÍSTICA I
Niterói
2º semestre 2011
ALINE BILLÉ SANTOS
RESUMO DOS CONTEÚDOS DA SEGUNDA PARTE DO CURSO DE LINGUÍSTICA I
Niterói
2º semestre 2011
SUMÁRIO
1. Conteúdos...........................................................................................................04
1.1 Sincronia e Diacronia...............................................................................................................04
	1.1.1 Exercícios resolvidos.......................................................................................................05
1.2 Valor Linguístico.....................................................................................................................06
1.3 Sintagma e Paradigma.............................................................................................................06
1.4 Dupla Articulação....................................................................................................................07
1.5 Estruturalismo..........................................................................................................................07
 	1.5.1 Noções de Gramática.......................................................................................................08
1.5 Gerativismo..............................................................................................................................09
2. Dicas Gerais........................................................................................................09
2.1 Dicas de leitura de enunciados................................................................................................09
2.2 Dicas de produção de respostas...............................................................................................11
	2.2.1 Exemplo de resposta........................................................................................................12
3. Referências Bibliográficas................................................................................................13
1. CONTEÚDOS
1.1 Sincronia e Diacronia
Tratam-se de dois modos distintos de estudar as línguas.
	A sincronia ou o estudo sincrônico elege somente um estado de língua para a análise, em qualquer ponto da linha do tempo, e realiza a descrição desse estado considerando os casos coexistentes na língua naquele dado momento. Explica o sistema pelo sistema, isto é, despreza as informações externas ao sistema, tais como o contexto histórico, os condicionamentos sociais, as variações semânticas, etc. A sincronia pode descrever, por exemplo, a coexistência das formas de tratamento de 2ª pessoa “você” e “cê” no ano de 2011, mas não pode descrever as transformações já ocorridas com essa forma de tratamento ao longo do tempo, isto é, não dá conta de explicar porque a forma “vossa mercê” do séc. XVI passou a “vosmicê”, “você”, e agora “cê”. Essa última explicação caberia à diacronia, como veremos a seguir.
	A diacronia ou o estudo diacrônico elege dois ou mais estados de língua para a análise, em dois ou mais pontos da linha do tempo (tomando, portanto, um espaço de tempo que vai de um estado de língua A a um estado de língua B), e realiza a descrição das transformações ocorridas na língua ao longo desse espaço de tempo. Explica o sistema pelos fatores externos a ele, como o contexto histórico, os condicionamentos sociais, as variações semânticas, etc. A diacronia pode dar conta da comparação entre termos não coexistentes, ou seja, dá conta das transformações já ocorridas na língua, como, por exemplo, as ocorridas com a forma de tratamento de 2ª pessoa “você” ao longo do tempo.
Vejamos a linha do tempo:
A Sincronia descreveria apenas um destes estados, enquanto a diacronia poderia descrever todos até o estado atual.
1.1.1 EXERCÍCIOS RESOLVIDOS
1 — Assinale F para falso e V para verdadeiro:
(V) Saussure chama sincronia quando não há intervenção do tempo.
(V) Saussure chama diacronia quando os fenômenos se sucedem no tempo.
(V) Todos os elementos gramaticais da língua pertencem à sincronia.
(F) Os sons, as formas gramaticais, a sintaxe e o vocabulário não são suscetíveis de considerações diacrônicas.
(V) É diacrônico tudo o que diz respeito às evoluções.
(F) O estudo sincrônico não é possível sem um paralelo estudo diacrônico que lhe sirva de apoio.
2 — Assinale com a letra S o que caracteriza a sincronia e com a letra D o que caracteriza a diacronia:
(S) Estuda os fenômenos linguísticos num determinado estado de sua evolução.
(D) Estuda os fatos linguísticos em suas transformações através dos tempos.
(S) Interessa-se pelo sistema.
(S) Descreve fenômenos evolutivos de per si.
(S) Estuda o modo como a língua funciona.
(D) Estuda o processo de evolução da língua.
(D) Interessa-se pelas evoluções e suas causas.
9 — Um estado de língua vem a ser:
a) espaço de tempo em que a língua sofre transformações.
b) momento estático em que se pode observar o funcionamento de uma língua.
c) espaço de tempo em que as transformações ocorridas são mínimas.
3 — Coloque D nas explicações diacrônicas e S nas sincrônicas:
(D) Pôr é um verbo da 2ª conjugação, porque no passado o infinitivo do verbo era poer.
(S) Pôr é da 2ª conjugação porque sua vogal temática é -e-, como comprovam as formas pudesse, puser, põe, etc.
(S) Forma-se o plural de amável pela troca do -l por -is: amável/amáveis.
(D) O plural amáveis provém da forma latina amabiles: amabiles > amavies > amavees > amáveis
(D) O plural de lobo provém evolutivamente de lupas: lupos> íopos> lobos
(S) O plural de lobo forma-se pelo acréscimo de um -s ao singular lobo.
1.2 Valor Linguístico
	“A língua é um sistema de valores”. Segundo Saussure, o que caracteriza a língua é ser um sistema no qual os elementos são definidos pela existência de outros, pela oposição com os outros. Isso é ser um sistema de valores, e é por isso que Saussure também afirma que “na língua só existem diferenças”.
	O valor de um elemento, o signo lingüístico, só é dado na relação que este estabelece com outro signo lingüístico. O valor não está dentro do signo, mas fora dele, na relação com outro signo. A palavra “casa” não tem valor em si mesma, mas quando contrastada com a palavra “lar” podemos ver nela um valor, pois existem diferenças entre as duas palavras: em alguns contextos podem ser permutadas como sinônimos, como em “estamos de volta à(ao) nossa(o) casa(lar)”, mas em outros contextos jamais poderiam ser sinônimas, como em “esta mulher é uma destruidora de lares”, ou “lar doce lar”.
	O contraste também ocorre no nível gramatical ou morfológico, como quando comparamos lava/leva/luva, em que a mudança da vogal da 1ª sílaba opera uma mudança de palavras. Também se comparamos lar/mar/bar/par vemos que a mudança da 1ª consoante opera uma mudança de palavras, tendo cada uma seu valor em oposição à grafia da outra.
	Saussure usa a metáfora da moeda para explicar como é dado o valor lingüístico. Segundo ele, o valor é dado por 1)semelhanças (do mesmo sistema) e por 2)dessemelhanças. Uma moeda pode ser comparada a uma coisa semelhante a ela, do mesmo sistema monetário, como outra moeda ou uma nota, e pode ser comparada a uma coisa dessemelhante, de outro sistema, como uma mercadoria. Assim também a palavra pode ser comparada a uma coisa semelhante, uma outra palavra, ou a uma coisa dessemelhante, como a ideia que essa palavra expressa.
	O significado das palavras participa do processo de comparação entre elementos, mas não é definitivo para estabelecer o valor de uma palavra. O valor faz parte do sistema lingüístico e só pode ser dado dentro dele. Já o significado não faz parte do sistema lingüístico, é dado fora dele, remete a uma experiência do mundo real.
1.3 Sintagma e Paradigma
Tratam-se de dois eixos da linguagem: o sintagma é o eixo horizontal, o eixo das combinações, enquantoo paradigma é o eixo vertical, o eixo das seleções. O sintagma é formado a partir das seleções que são feitas no eixo paradigmático.
Vejamos o esquema abaixo, em que as setas horizontais representam o eixo sintagmático e as setas verticais o eixo paradigmático:
		 MINHA CASA ESTÁ LINDA. 
		 SUA	 LOJA É FEIA.
		 NOSSO APTO. ESTEVE SUJO.
1.4 Dupla articulação da linguagem
A linguagem humana é duplamente articulada. A primeira articulação ou morfologia compreende os morfemas, elementos mínimos da significação, isto é, são as menores partículas lingüísticas dotadas de significado. Exemplos: prefixos, radicais, sufixos, etc. A segunda articulação ou fonologia compreende os fonemas, elementos desprovidos de significado e que compõem os morfemas. Exemplos: /a/, /b/, /c/.
A dupla articulação produz uma economia, como um processo de combinação de partes que permite infinitas combinações a partir de elementos finitos. Podemos articular os mesmo fonemas para formar diversos morfemas, e os mesmos morfemas para formar diversas palavras. Os processos de formação de palavras exemplificam esta economia: no processo de derivação aproveitamos praticamente toda uma palavra para formar outra, por prefixação e/ou sufixação: feliz > infeliz > infelizmente.
1.5 Estruturalismo
“Saussure, o precursor do estruturalismo, enfatizou a ideia de que a língua é um sistema, ou seja, um conjunto de unidades que obedecem a certos princípios de funcionamento, constituindo um todo coerente. À geração seguinte coube observar mais detalhadamente como o sistema se estrutura: daí o termo ‘estruturalismo’ para designar a nova tendência de se analisar as línguas”. (COSTA, In. Martelotta, 2010, p.114)
	Algumas características do Estruturalismo (europeu)
Postula a Lingüística como Ciência, determinando-lhe o objeto de estudo: a langue (língua);
Entende a Língua como forma (estrutura) e não substância; Isto significa dizer que ela é um sistema e que possui uma estrutura própria de funcionamento;
Por ser sistemática, a Língua pode ser estudada em si mesma e explicada por si mesma, isto é, pode ser estudada de forma sincrônica;
Segundo Saussure, a Língua é um sistema de VALORES, onde cada elemento é solidário ao outro: o valor de um signo resulta da presença simultânea dos outros signos da língua, e assim “um é o que o outro não é”. Cada sociedade atribui valores diferentes aos seus sinos e isso é possível graças ao princípio da arbitrariedade do signo.
1.5.1 Estruturalismo Norte-Americano
	Paralelamente às formulações lingüísticas de Saussure, na Europa, o lingüista Leonard Bloomfield buscava um método rápido e eficaz de descrição de línguas aborígenes, nos Estados Unidos. Assim, a preocupação de Saussure era explicar o funcionamento da langue (língua), enquanto objeto de estudo da Linguística, já Bloomfield tinha a preocupação de descrever o máximo possível de línguas indígenas (que eram ágrafas, isto é, sem escrita).
	Bloomfield, sob a influência do antropólogo Franz Boas, fazia um “trabalho de campo”: ia até as aldeias indígenas para estar em contato direto com as suas línguas e, sob influência do behaviorismo, buscava fazer experiências empíricas através de um corpus de dados observáveis. Para isso, utilizava do distribucionalismo, isto é, um método de comutação que permite verificar a distribuição dos elementos linguísticos na cadeia sintagmática (lembram de sintagma, né?), e assim podia observar a posição desses elementos uns em relação aos outros, depreendendo as categorias de sujeito, verbo, predicado, etc., ou até mesmo a ausência delas.
Apesar de não terem influência um sobre o outro, os dois linguistas pensaram muitas coisas em comum:
Os dois linguistas se preocuparam em afirmar a Linguística enquanto Ciência;
Ambos compreendem que a língua é um sistema que possui uma estrutura interna de funcionamento analisável;
Privilegiam o estudo sincrônico das línguas;
Em ambos os “estruturalismos” não há indagação sobre o significado dos enunciados que compõem o corpus. Ambas são abordagens que privilegiam o significante;
É possível afirmar que a noção de Valor Linguístico está presente nas concepções de ambos os linguistas, mesmo que Bloomfield não tenha teorizado a respeito: o método distribucionalista usado por ele possibilitava o entendimentos dos elementos linguísticos através da relação que um estabelece com o outro na cadeia sintagmática, e a diferenciação se dava, pois, na oposição entre eles. Assim, é possível dizer 	que a análise partia do pressuposto de que “um era o que o outro não era”. Isso te lembra alguma coisa? rs.
1.6 Noções de Gramática
Gramática Tradicional – Também chamada Gramática Normativa ou Escolar é a que estudamos na escola e vemos nos livros didáticos. É prescritiva, isto é, prescreve normas (regras) a serem seguidas por todos os falantes da língua. Considera como ERRADO todas as realizações lingüísticas que não são previstas pelas normas estabelecidas. Privilegia o uso lingüístico da classe social dominante de uma comunidade de fala, tornando esse uso o “padrão” de determinada língua.
Gramática histórico-comparativa – É a que busca, através da comparação de línguas de origem comum, detectar a estrutura da protolíngua ou língua original, a partir da qual aquelas teriam se desenvolvido. É um estudo histórico e comparativo baseado nas regularidades da evolução das palavras de uma língua para outra.
Gramática estrutural – Conhecida como Estruturalismo, foi desenvolvida a partir das ideias de Saussure, e propõe que a língua seja um sistema organizado, estruturado. Essa “estrutura” e todos os elementos que a compõem são a gramática de uma língua. É descritiva, isto é, descreve todas os usos linguísticos e não apenas o da classe dominante. Não busca padronizar um uso da língua, mas entender o funcionamento da língua como um todo. Não são pertinentes as noções de CERTO e ERRADO, mas de GRAMATICALIDADE (ocorrências previstas pelo sistema da língua), e de AGRAMATICALIDADE (ocorrências não previstas pelo sistema da língua). Exemplo: a língua portuguesa permite a variação “flamengo/framengo”, sendo ambas gramaticais, mas não permite “fbamengo” ou “ftamengo”, sendo estas agramaticais.
Gramática gerativa – Conhecida como Gramática Universal (GU), foi desenvolvida a partir das idéias de Noam Chomsky, e propõe que as línguas naturais possuam uma gramática comum, básica, inata ao ser humano, isto é, que já nasce com o ser humano. As gramáticas das línguas naturais seriam, portanto, variações previstas dessa Gramática Universal. Por exemplo, a categoria de sujeito e de tópico seria prevista na GU, mas há línguas que elegem somente uma dessas categorias e línguas que elegem ambas. O português permite ambas, embora o sujeito seja a categoria privilegiada. Ex: Aline é monitora de Linguística I (“Aline” é sujeito); Aline, ela é monitora de Linguística I (“Aline” é tópico, “ela” é sujeito)
1.7 A hipótese de Sapir-Whorf
Em 1.921, Sapir propôs uma nova perspectiva sobre a linguagem, sugerindo que esta influenciaria a maneira como os indivíduos pensam, ou seja, Sapir afirmava que a visão de mundo que um sujeito possui é controlada, de alguma forma, pela linguagem que esse indivíduo fala. Neste sentido, as línguas naturais são diferentes porque as culturas são diferentes.
 Por exemplo: o conceito de tempo nos tempos verbais – presente, passado, futuro. Na língua Hopi não há tempos verbais, mas marcas de diferenciação sobre relato de fatos, expectativas e verdades gerais. Com isso, a noção de tempo que dos indivíduos que se utilizam de marcações verbais, é distinta da noção de tempo que os falantes da língua Hopi têm. 
 Na década de 1.940, Benjamin Whorf passou a adotar e desenvolver a hipótese de Sapir, e com isso deu-se origem à hipótese Sapir-Whorf.
 Whorf também acreditava que a linguagem funda a realidade, restringindo o pensamento. Assim, a linguagem e a cultura de um povo possuem uma relaçãointrínseca, em que determinadas visões da realidade criam determinadas línguas que as expressam e, ao mesmo, as delimitam. Como exemplo para essa hipótese, temos os nomes de cores que podem variar enormemente. Em navajo, cinza e azul tem uma só palavra; em hebraico, há uma palavra para azul do céu e outra para azul do mar. Em shona, há uma só palavra para laranja, vermelho e roxo.
(o texto acima foi adaptado do link: http://gabianiceto.blogspot.com.br/2010/10/hipotese-de-sapir-whorf.html)
2. DICAS GERAIS
2.1 Dicas de leitura de enunciados
Antes de começar a responder as questões, leia atentamente todos os enunciados da prova; às vezes você encontra pistas para a resposta de uma questão em outra. Lendo a prova toda, você também tem uma visão geral dos tópicos cobrados: se é sabido que serão cobrados 6 assuntos (os 6 trabalhados nesse resumo), então você pode anotar em cada questão qual desses assuntos cada uma está pedindo. Assim não irá esquecer-se de falar sobre o que é realmente importante em cada questão, e também não irá confundir os conceitos que deverá desenvolver nelas.
Circule ou evidencie de alguma forma os verbos que compõem os enunciados. Eles são importantíssimos para direcionar a sua resposta de modo que não se desvie do que a professora espera para determinada questão. Estando atento aos verbos você também não deixará de cumprir nenhuma “etapa” da resposta, como veremos no próximo tópico. Cada verbo exige de você uma ação, vejamos alguns:
Explique – Você deve esclarecer uma afirmação feita na questão, uma crítica que é colocada, etc. O foco é deixar bem claro o que é dito no enunciado. Você pode e deve citar exemplos que deixem sua explicação mais didática.
Comente – É uma das ações mais vagas, o que deixa você á vontade para formular sua resposta. Você pode optar por reforçar o que é dito no enunciado, argumentar contra ou a favor, relembrar as palavras de algum autor estudado, etc.
Relacione – Para usar este verbo com certeza a questão deve trazer dois conceitos, dois textos, duas considerações, em fim, duas coisas que tenham algum tipo de relação, cabe a você dizer qual é essa relação. É válido você explicar o que é uma coisa e o que é a outra coisa e depois confrontar as duas (estabelecer a relação). Citar exemplos é sempre válido.
Diferencie – Parece-se com o verbo anterior, mas neste caso é obrigatória a conceituação das duas ou mais coisas que você deve diferenciar. Só em delimitar o que é um e o que é o outro você já estará diferenciando. Para evidenciar o contraste, você pode e deve lançar mão de conjunções como “já”, “enquanto”, “em contrapartida”, “por sua vez”. Exemplo: A sincronia é estática , já a diacronia é evolutiva. O uso de antônimos na conceituação de um e de outro termo também funciona bem na diferenciação, como as palavras do exemplo “estática” e “evolutiva”.
2.2 Dicas de produção de respostas
	Como vimos no tópico anterior, é imprescindível uma leitura atenta dos enunciados das questões. É a partir deles que você desenvolve a sua questão. Depois de verificar os conceitos envolvidos e os verbos empregados nos enunciados, chegou a hora de finalmente começar a sua resposta. É aí que está o problema: COMEÇAR.
	Abaixo sugiro uma “divisão” em etapas para uma resposta completa:
1) INTRODUÇÃO – a introdução deve conter o prenúncio do que será desenvolvido na sua resposta. Deve apresentar os conceitos que estão sendo cobrados na questão, por exemplo, sincronia e diacronia. Uma sugestão para montar a introdução é recuperar palavras-chave do enunciado. Uma boa introdução é aquela que não repete o enunciado, mas o recupera de tal forma que seria possível presumir o enunciado a partir da sua resposta.
2) DESENVOLVIMENTO – é a resposta em si. É no desenvolvimento que você deve realizar a(s) ação(ões) expressa(s) pelo(s) verbo(s) do enunciado. Explicar, Conceituar, Diferenciar termos, etc. O objetivo é demonstrar domínio do conteúdo. Se a questão tiver algum texto de apoio (tirinhas, imagens, poemas, afirmações, etc) não se esqueça de mencioná-lo aqui no desenvolvimento da resposta, ou na conclusão como veremos a seguir.
3) CONCLUSÃO – aqui você deve comprovar o que você disse e retomar o que já foi dito, como quem diz que cumpriu o que foi pedido no enunciado. Uma excelente forma de comprovação e retomada é o exemplo. O texto de apoio da questão (se houver) é sempre uma excelente fonte de exemplos, e buscá-lo aí é uma ótima forma de relacionar sua resposta com a questão. Se não souber concluir, deixe os exemplos sempre para o final da resposta.
2.2.1 Exemplo de resposta
Questão: “[...] Se todos os vocábulos masculinos possuíssem, como correspondentes femininos, vocábulos inteiramente distintos, as línguas constituiriam um sistema comunicativo muito pesado”. (Martelotta, p.40)
Com base na afirmação acima desenvolva o conceito de Dupla Articulação da linguagem e explique porque ela produz uma Economia.
1) INTRODUÇÃO – A Linguagem humana é articulada, isto é, constituída de partes que se combinam .
2) DESENVOLVIMENTO – Essa articulação é dupla, sendo a primeira concernente aos morfemas, que são as menores unidades significativas da língua; e a segunda se dá no nível dos fonemas, destituídos de significado, sendo somente elementos distintivos. Os fonemas se combinam para formar inúmeros morfemas, e os morfemas por sua vez se combinam para formar palavras. Como essa combinação se dá em grande parte com elementos já existentes, a língua não fica tão “pesada”, como afirma Martelotta. 
3) CONCLUSÃO – É por isso que se diz que há uma economia através da dupla articulação, pois não precisamos criar vocábulos inteiramente novos a todo tempo, como no caso de gênero comentado na afirmação do enunciado.
A Linguagem humana é articulada, isto é, constituída de partes que se combinam . Essa articulação é dupla, sendo a primeira concernente aos morfemas, que são as menores unidades significativas da língua; e a segunda se dá no nível dos fonemas, destituídos de significado. Os fonemas se combinam para formar inúmeros morfemas, e os morfemas por sua vez se combinam para formar palavras. Como essa combinação se dá em grande parte com elementos já existentes, a língua não fica tão “pesada”, como afirma Martelotta. É por isso que se diz que há uma economia através da dupla articulação, pois não precisamos criar vocábulos inteiramente novos a todo tempo, como no caso de gênero comentado na afirmação do enunciado.
3. Referências Bibliográficas
LOPES, Edward. Fundamentos da linguística contemporânea. São Paulo: Cultrix, 1995.
MARTELOTTA, Mário Eduardo. (org.) Manual de Linguística. São Paulo: Contexto: 2010.
MARTINET, André. Elementos de Linguística Geral. São Paulo: Martins Fontes, 1975.
SAUSSURE, Ferdinand de. Curso de Linguística Geral. São Paulo: Cultrix, s.d.
Trabalho apresentado à turma M2 da disciplina Linguística I do Departamento de Ciências da Linguagem do Instituto de Letras da Universidade Federal Fluminense, para auxiliar os alunos na preparação para a prova final.
Você/cê
Você
Vosmecê
Vossa mercê
Séc. XXI
Séc. XVI
PARADIGMAS: PRONOMES, SUBSTANTIVOS, VERBOS, ADJETIVOS
SINTAGMAS FORMADOS PELAS SELEÇÕES FEITAS NOS PARADIGMAS.

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