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OS MECANISMOS DE TRANSMISSÃO DA RESISTÊNCIA BACTERIANA Aluno: Renato Barradas Rodrigues e Mariah Farias Matrícula: 4506712 Período: 5º Campus: Caxias Disciplina: Bases I A resistência bacteriana aos antimicrobianas é assunto de extrema importância médica, visto que cada vez mais microrganismos tem desenvolvido tolerância aos medicamentos, incluindo os mais modernos. No passado, onde a pesquisa e descoberta de novas drogas superiorizava o desenvolvimento de resistência, nos dias atuais, talvez pelo uso excessivo, talvez por tratamentos prolongados, talvez pelo processo custoso e longo de desenvolver novos medicamentos, microrganismos vem “ganhando” esta disputa. É inevitável visualizar um prognóstico ruim para a situação e pensar em alternativas para tal. Resistência Bacteriana Resistência é descrita como o fenômeno em que as Concentrações Inibitórias Mínimas (CIM) de um medicamento In Vitro é maior do que a concentração máxima possível alcançada In Vivo. Essa classificação nem sempre é verdade, pois outros fatores podem garantir resistência In Vivo a uma bactéria. Exemplo disso é a bactéria sensível a uma droga In Vitro, mas que infecta sítio onde o fármaco não tem distribuição. A resistência pode ser advinda da própria bactéria, com fatores de sua estrutura ou mutações, ou pode ser adquirida através de mecanismos de transmissão dinâmicos. Resistência Intrínseca Fatores estruturais da bactéria podem garantir resistência natural a estas. A membrana externa das bactérias Gram-negativas diminui sua permeabilidade a vários tipos de moléculas, dificultando a chegada de antibióticos ao seu alvo de ação. Bactérias atípicas possuem resistência a Beta-lactâmicos pois não possuem parede celular e, portanto, alvo para ação desses. Além disso, microrganismo como bactérias possuem alta taxa de replicação e ausência de sistemas de reparo de DNA que geram mutações naturais com adição, deleção e substituição de bases, codificando novos peptídeos. Podem gerar resistência a partir de uma única mudança ou necessitarem de alterações subsequentes para garantirem significatividade. As mutações ocorrem a todo tempo, porém os antimicrobianos acabam selecionando aqueles com algum fator de resistência. Resistência Transferível Apesar de muitos dos microrganismos bacterianos se dividirem de forma assexuada, existem formas de transmissão de material genético entre eles e que podem carrear mecanismos resistivos. São eles: transformação, transdução, conjugação e transposição Transformação É a captação de material genético de qualquer tipo, previamente presente em uma bactéria que sofreu lise celular. Não é um mecanismo de grande importância clínica, pois a bactéria captadora só realiza esse processo em ambiente favorável e expressando receptores de superfície para tal. Transdução É a incorporação acidental de material genético a um bacteriófago que, ao infectar novas células, transmite o gene aos hospedeiros. Geralmente ocorre entre bactérias de mesma espécie e constitui fator importante de transmissão entre Staphylococcus aureus e Streptococcus pyogenes. Conjugação É o principal mecanismo de transmissão de resistência e, por isso, clinicamente, o mais importante. É um processo de contato entre bactérias. Um plasmídeo de DNA fita-dupla e autoreplicante, denominado plasmídeo F, é capaz de codificar estruturas proteicas em canal denominadas de Fímbrias ou Pili Sexual e, através dessas, transmitir genes plasmídeais de resistência. As bactérias aceptoras podem receber também o plasmídeo F e transmitir esses genes de resistência em escala geométrica. Transposição Esse meio necessita de pequenos pedaços de DNA denominados de “Transposons” que são genes sem capacidade replicação, capazes de se inserir em diferentes partes do DNA ou “saltar” de célula em célula, incorporando-se a material genético para replicação. Ao se inserirem, podem alterar a sequência do DNA, codificando genes de resistência. Por último, é importante salientar que não é necessário patogenicidade bacteriana para a presença de resistência antimicrobiana. Muito pelo contrário, as bactérias da flora são, geralmente, as que mais possuem genes de resistência e os transmitem em contato com as bactérias patogênicas.
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