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Regimento Interno da Câmara Legislativa do Distrito Federal Esquematizada

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REGIMENTO INTERNO DA CÂMARA LEGISLATIVA DO DF – ESQUEMATIZADO
Prof. José Willemann
www.grancursosonline.com.br
SUMÁRIO
Apresentação desta Aula .............................................................................4
Regimento Interno da Câmara Legislativa do Distrito Federal ............................5
I – Noções Gerais .......................................................................................5
II – Um Dedinho de História sobre as Leis Distritais antes da CLDF....................6
III – O Poder Legislativo do Distrito Federal ....................................................8
IV – Legislatura e Sessão Legislativa ...........................................................10
V – Deputados Distritais ............................................................................11
5.1 – Sistema Eleitoral ..............................................................................11
5.2 – Direitos, Prerrogativas e Vedações ......................................................12
5.3 – Exercício do Mandato e Licenças .........................................................15
5.4 – Vacância e Convocação de Suplente ....................................................16
5.5 – Lideranças e Blocos Parlamentares .....................................................18
VI – Órgãos da CLDF .................................................................................18
6.1 – Noções Gerais ..................................................................................18
6.2 – Mesa Diretora ..................................................................................19
6.3 – Comissões .......................................................................................22
6.4 – Comissão Parlamentar de Inquérito – CPI ............................................24
6.5 – Ouvidoria e Procuradoria Especial da Mulher ........................................25
VII – Corregedoria e Código de Ética e Decoro Parlamentar ............................28
VIII – Sessões .........................................................................................34
IX – Processo Legislativo ...........................................................................39
9.1 – Noções Gerais ..................................................................................39
9.2 – Etapas do Processo Legislativo ...........................................................40
9.3 – Procedimento Legislativo ...................................................................47
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X – Fiscalização e Responsabilidade do Governador .......................................48
10.1 – Fiscalização ...................................................................................48
10.2 – Responsabilidade do Governador ......................................................51
Exercícios de Aplicação ..............................................................................55
Gabarito ..................................................................................................64
Gabarito Comentado .................................................................................65
Bibliografia ..............................................................................................84
Sites Consultados .....................................................................................85
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REGIMENTO INTERNO DA CÂMARA LEGISLATIVA DO DF – ESQUEMATIZADO
Prof. José Willemann
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JOSÉ WILLEMANN
Advogado e professor de Língua Portuguesa, José Willemann é consultor 
legislativo na Câmara Legislativa desde o primeiro concurso (1993), 
onde já exerceu inúmeras funções públicas, como assessor e chefe de 
Gabinete, secretário-executivo da Mesa Diretora da CLDF, ordenador 
de despesa, presidente de comissões etc. Também já exerceu o cargo 
de coordenador-chefe de assuntos legislativos do Governo do Distrito 
Federal e presidente de conselho fiscal da CEB Geração.
Entre os trabalhos que realizou, merece destaque a elaboração da 
minuta de projeto do regime jurídico dos servidores públicos do Distrito 
Federal (Lei Complementar n. 840/2011), o ajuste fiscal da Câmara 
Legislativa em 2007, a coordenação dos trabalhos para informatizar a 
legislação distrital por meio do site da Câmara Legislativa e a minuta de 
projeto da Lei Complementar n. 13/1996, que disciplina a elaboração, 
redação, alteração e consolidação das leis no Distrito Federal.
APRESENTAÇÃO DESTA AULA
Nesta aula, vamos fazer uma síntese do Regimento Interno da Câmara Legislati-
va do Distrito Federal – RICLDF, destacando os seus pontos essenciais e apontando 
alguns temas recorrentemente cobrados em concursos públicos para as Casas Le-
gislativas (Câmara dos Deputados, Câmara Legislativa e Assembleias Legislativas).
O objetivo central desta aula é apresentar o RICLDF aos futuros colegas de tra-
balho na Câmara Legislativa do Distrito Federal – CLDF e incentivá-los a conhecer o 
material completo sobre o RICLDF, desenvolvido em 12 aulas, com os mais variados 
tipos de exercícios, e disponibilizado de forma exclusiva para o Gran Cursos Online.
Como todos sabemos, o concurso para a CLDF está autorizado desde meados de 
2016, e o atual Presidente, Deputado Joe Vale, prometeu lançar o edital do concur-
so até o final do primeiro semestre de 2017. E o Regimento Interno é matéria de 
estudo obrigatória para todos os concursos do Legislativo, especialmente porque a 
sinalização dada até o momento é a de que serão selecionados candidatos apenas 
de nível superior e nível médio, para os quais conhecer o RICLDF é indispensável 
para o bom exercício das atribuições do cargo.
Quem conhece bem o Regimento Interno está um passo à frente dos demais 
candidatos, porque ele será cobrado nas provas do concurso para a CLDF.
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REGIMENTO INTERNO DA CÂMARA LEGISLATIVA
DO DISTRITO FEDERAL
I – Noções Gerais
Etimologicamente, a palavra regimento é deverbal do verbo reger, que, por sua 
vez, vem do latim regĕre, que significa “dirigir, guiar, conduzir”, “ter a direção de, ter 
o comando de”. O radical desse verbo é o mesmo do substantivo rex, regis = “rei”. 
Nesse sentido, Regimento Interno é a norma que regula o funcionamento e os 
serviços das Casas Legislativas, Tribunais e órgãos da administração pública, disci-
plinando a forma de sua organização e funcionamento internos. O Supremo Tribunal 
Federal – STF, por exemplo, tem o seu regimento interno; o Superior Tribunal de Jus-
tiça – STJ, os demais tribunais superiores e os tribunais de segunda instância (tribu-
nais de justiça, tribunais regionais federais, tribunais regionais do trabalho e tribunais 
regionais eleitorais) também possuem, cada um, o seu respectivo regimento interno.
Cada Casa Legislativa (Senado Federal, Câmara dos Deputados, Assembleias 
Legislativas e Câmaras Municipais) também possui o seu regimento interno.
No caso da Câmara Legislativa do Distrito Federal, o Regimento Interno define 
os órgãos e suas atribuições, o detalhamento das normas e princípios aplicáveis 
aos Deputados Distritais, o processo legislativo, as sessões plenárias e reuniões 
das comissões e as demais matérias de interesse interno da Casa. 
O Regimento Interno é, pois, norma elaborada dentro da competência exclusiva 
da Câmara Legislativa, razão por que é aprovado por resolução, não estando, por 
via de consequência, sujeito à sanção ou veto do Governador. É norma de autorre-
gulação e, conforme se costuma dizer, de efeitos interna corporis.
Entre as várias funções do RICLDF,podem ser lembradas:
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a) democratizar o poder advindo do mandato parlamentar;
b) possibilitar a disciplina nas relações entre os Deputados Distritais;
c) detalhar as normas do exercício do mandato; 
d) regular os espaços de atuação parlamentar (sessões e reuniões);
e) instituir as instâncias e órgãos internos (Mesa Diretora, comissões, Ouvidoria 
e Corregedoria), fixando suas atribuições;
f) estabelecer a tramitação das proposições legislativas (proposta de emenda à 
Lei Orgânica, projeto de lei complementar, projeto de lei ordinária, projeto de de-
creto legislativo, projeto de resolução etc.);
g) normatizar os procedimentos de discussão e votação das matérias, bem como 
do exercício da fiscalização, etc.
Há várias disposições do RICLDF que estão desatualizadas em relação ao texto da 
Constituição Federal e da Lei Orgânica, como é o caso do art. 10, VI, VIII, IX e X; 
art. 12; art. 24; art. 26, II, III, IV e V; art. 30, III; art. 39, VIII; etc. 
Não há como detalhar neste resumo as diversas normas do RICLDF que se encon-
tram derrogadas, mas nas nossas aulas em PDF do Gran Cursos Online tudo está 
devidamente explicado. 
II – Um Dedinho de História sobre as Leis Distritais antes da CLDF
A Câmara Legislativa do Distrito Federal foi instituída pela Constituição Federal 
de 1988 – CF/1988 (art. 32), como consequência da luta história pela autonomia 
política da Capital da República, governada até então por Governadores nomeados 
pelo Presidente da República. Sua instalação deu-se com a posse dos primeiros 
Deputados Distritais em 1º de janeiro de 1991, eleitos no ano anterior.
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Na Lei Federal n. 3.751, de 13 de abril de 1960, que criou a organização admi-
nistrativa do Distrito Federal, localizada no Planalto Central, estava previsto que 
o Poder Legislativo seria exercido por uma Câmara do Distrito Federal, com 20 
vereadores, eleitos pelo povo, nas mesmas eleições para o Congresso Nacional 
(art. 6º).
Entretanto, isso não foi cumprido. As leis para reger o Distrito Federal, até a 
Constituição Federal de 1967, foram elaboradas pelo Congresso Nacional, como 
pode ser comprovado pela leitura da cláusula de promulgação das seguintes 
leis federais: 3.948/1961, 4.158/1962, 4.218/1963, 4.545/1964, 4.878/1965 e 
5.027/1966.
Por determinação da Constituição Federal de 1967 (art. 17, § 1º), as leis para 
o Distrito Federal passaram a ser elaboradas pelo Senado Federal, o que começou 
a ser efetivamente cumprido a partir de 1971, como pode ser visto na cláusula de 
promulgação das leis federais seguintes: 5.569/1971, 6.366/1976, 7.334/1985 e 
7.633/1987. A numeração dessas leis, entrementes, embora regulassem matéria 
de interesse exclusivo do Distrito Federal, continuou sendo feita na mesma série 
das leis federais, e a sanção era feita pelo Presidente da República.
Entre a promulgação da CF/1988, em 5 de outubro, e a instalação da Câmara 
Legislativa, em 1º de janeiro de 1991, as leis distritais continuaram a ser apro-
vadas pelo Senado Federal (CF/1988, ADCT, art. 16, § 1º). No entanto, essas leis 
passaram a ter numeração em série própria e distinta das leis federais, e a sanção 
passou a ser atribuição do Governador. Por isso, quem estiver atento a detalhes 
observará que da Lei Distrital n. 1 até a n. 142 aparece Senado Federal como órgão 
legiferante. A partir da Lei n. 143, de 8 de fevereiro de 1991, o órgão legiferante 
das leis distritais passou a ser a Câmara Legislativa do Distrito Federal.
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Até 30 de abril de 2017, os dados disponíveis no site da Câmara Legislativa do 
Distrito Federal (www.cl.df.gov.br) apontam para a seguinte quantidade de leis, 
decorrentes do processo legislativo:
Dados até 30/04/2017
Legislação Quantidade
Emendas à LODF 98
Leis complementares 923
Leis 5.826 
Decretos legislativos 2.131 
Resoluções 283
III – O Poder Legislativo do Distrito Federal (RICLDF, arts. 1º e 2º)
Na União, o Poder Legislativo é exercido pelo Congresso Nacional (CF/1988, art. 
44), que é bicameral (bi- = “duas” + câmara + -al), isto é, o Congresso Nacional 
tem duas Casas: a Câmara dos Deputados e o Senado Federal.
No Distrito Federal, assim como nos Estados e Municípios, o Poder Legislativo 
é unicameral, isto é, há apenas um órgão encarregado de seu exercício, tal como 
representado no esquema abaixo:
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Conforme questão de concurso formulada pelo CESPE/2005, o nome Câmara 
Legislativa formou-se da junção do primeiro termo de Câmara Municipal com o se-
gundo termo de Assembleia Legislativa, o que revela aspectos históricos, mas prin-
cipalmente a natureza híbrida do Distrito Federal, que pode legislar sobre matérias 
de competência dos Estados e matérias de competência dos Municípios (CF/1988, 
arts. 32, § 1º, e 147).
Os principais elementos do Poder Legislativo do Distrito Federal, previstos no 
Regimento Interno e em outras normas, são os seguintes:
a) o órgão encarregado de exercer o Poder Legislativo: Câmara Legislativa do 
Distrito Federal – CLDF;
b) composição da CLDF: 24 Deputados Distritais, o que corresponde ao triplo 
dos Deputados Federais eleitos pelo DF (CF/1988, art. 32, § 3º, c/c art. 27);
c) eleição dos Deputados Distritais: sistema proporcional;
d) duração do mandato: quatro anos, com início em 1º de janeiro do ano se-
guinte ao das eleições e término em 31 de dezembro do ano das novas eleições;
e) designação do “salário” dos Deputados Distritais: subsídio (LODF, art. 33, 
§ 5º);
f) representante institucional da CLDF: Presidente da Câmara Legislativa;
g) representante judicial da CLDF: Procuradoria-Geral da CLDF, mas apenas 
quando o Poder Legislativo estiver em juízo em nome próprio, porque nos demais 
casos a representação judicial é feita pela Procuradoria-Geral do Distrito Federal;
h) sede da CLDF: Brasília;
i) símbolos da CLDF: os mesmos símbolos oficiais do Distrito Federal;
j) exercício do controle externo: auxílio do Tribunal de Contas do Distrito Fede-
ral – TCDF.
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IV – Legislatura e Sessão Legislativa (RICLDF, arts. 3º e 4º)
A legislatura é a designação dada ao período em que o Deputado Distrital eleito 
exerce o seu mandato. Tem duração de quatro anos, com início em 1º de janeiro 
do ano seguinte ao das eleições e término em 31 de dezembro do ano das novas 
eleições.
A legislatura é dividida em sessões legislativas, que nada mais são do que os 
períodos em que os Deputados Distritais devem reunir-se para discutir e votar as 
matérias da competência do Distrito Federal. Essas competências estão fixadas na 
CF/1988 (arts. 24, 32, 147, 149, § 1º, 149-A etc.) e na Lei Orgânica do Distrito 
Federal (arts. 15, 16, 17 etc.).
As sessões legislativas podem ser ordinárias ou extraordinárias.
Há quatro sessões legislativas ordinárias em cada legislatura. Uma por ano. 
Cada uma divide-se em dois períodos legislativos: de 1º de fevereiro a 30 de junho 
e de 1º de agosto a 15 de dezembro de cada ano. O encerramento desses períodos, 
porém, não ocorre:
a) em 30 de junho, se a lei de diretrizes orçamentárias não tiver sido votada;
b) em 15 de dezembro, se a lei orçamentária anual não tiver sido votada.
De 16de dezembro a 31 de janeiro e durante todo o mês de julho, ocorrem 
os recessos parlamentares. É nesses recessos que a CLDF pode ser convocada a 
reunir-se em sessão legislativa extraordinária. Essa convocação está assim discipli-
nada na LODF:
Art. 67. A convocação extraordinária da Câmara Legislativa far-se-á:
I – pelo Presidente, nos casos de:
a) decretação de estado de sítio ou estado de defesa que atinja o território do Distrito 
Federal;
b) intervenção no Distrito Federal;
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c) recebimento dos autos de prisão de Deputado Distrital, na hipótese de flagrante de 
crime inafiançável;
d) posse do Governador e do Vice-Governador;
II – pela Mesa Diretora ou a requerimento de um terço dos Deputados que compõem a 
Câmara Legislativa, para apreciação de ato do Governador do Distrito Federal que im-
porte crime de responsabilidade;
III – pelo Governador do Distrito Federal, pelo Presidente da Câmara Legislativa ou a 
requerimento da maioria dos seus membros, em caso de urgência ou interesse público 
relevante;
IV – pela comissão representativa prevista no art. 68, § 5º, nas hipóteses estabelecidas 
nesta Lei Orgânica.
Parágrafo único. Na sessão legislativa extraordinária, a Câmara Legislativa somente 
deliberará sobre a matéria para a qual tiver sido convocada. 
Houve época em que os Deputados Distritais recebiam uma ajuda de custo igual 
ao subsídio mensal, no início e no final de cada sessão legislativa extraordiná-
ria. Isso, porém, foi proibido pela Emenda Constitucional n. 50/2006 (CF/1988, 
art. 57, § 7º).
V – Deputados Distritais (RICLDF, arts. 5º a 8º e 12 a 38)
5.1 – Sistema eleitoral
Os Deputados Distritais são eleitos pelo sistema proporcional nas mesmas elei-
ções dos Deputados Federais. Estes, porém, tomam posse em 1º de fevereiro do 
ano seguinte ao das eleições (CF/1988, art. 57, § 4º); aqueles – os Deputados Dis-
tritais – tomam posse em 1º de janeiro do ano seguinte aos das eleições (RICLDF, 
art. 5º).
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Apenas para recapitular, o Brasil adota dois sistemas eleitorais: o majoritário 
e o proporcional, aplicados de acordo com o cargo, conforme segue:
No sistema proporcional, a eleição do candidato depende do desempenho do 
partido político ou dos partidos coligados, pois só consegue eleger candidatos o 
partido ou coligação que conseguir o quociente eleitoral, obtido pela divisão do total 
de votos válidos pelo número de vagas de Deputados Distritais.
Na Aula 1 do Regimento Interno, disponibilizada pelo Gran Cursos Online, es-
tão minuciosamente explicadas as regras do sistema proporcional, seguidas de um 
quadro exemplificativo sobre as eleições de 2014.
5.2 – Direitos, prerrogativas e vedações
Eleitos, os Deputados Distritais são diplomados pela Justiça Eleitoral e, a partir 
da daí, passam a gozar de certos direitos e prerrogativas, mas também estão su-
jeitos a certas vedações. 
Entre as prerrogativas, estão as chamadas imunidades, que podem ser mate-
riais ou formais. Estas dizem respeito a aspectos processuais, como a de o Depu-
tado Distrital não ser preso a não ser em caso de flagrante de crime inafiançável 
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(LODF, art. 61, § 2º). Já as imunidades materiais proíbem que os Deputados Dis-
tritais sejam responsabilizados, civil ou penalmente, por suas opiniões, palavras e 
votos (LODF, art. 61).
Outra prerrogativa dos Deputados Distritais é o de serem processados e julgados 
criminalmente pelo Tribunal de Justiça do Distrito Federal e Territórios (LODF, art. 61, 
§ 1º). Essa, porém, é uma regra geral, pois a jurisprudência do STF e a legislação 
federal têm definido algumas exceções, sintetizadas no quadro sinóptico seguinte:
Essas imunidades subsistem durante o estado de sítio, mas podem ser suspen-
sas pelo voto de 2/3 dos membros Deputados Distritais (LODF, art. 61, § 9º).
Quanto às incompatibilidades, estão elas previstas no art. 13 do RICLDF e clas-
sificam-se em:
a) Incompatibilidades negociais (RICLDF, art. 13, I, a): proíbem que o candidato 
eleito Deputado Distrital firme contrato com pessoa jurídica de direito público, suas 
autarquias, empresas públicas, sociedades de economia mista e concessionárias de 
serviço público. Excetuam-se, porém, os contratos com cláusulas uniformes, que 
também são conhecidos como contratos de adesão (CC/2002, arts. 423 e 424).
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b) Incompatibilidade funcional (RICLDF, art. 13, I, b; II, b): não permite que o 
Deputado Distrital, desde a diplomação, ocupe cargos em comissão ou funções de 
confiança, pois são essas as hipóteses de demissibilidade ad nutum.1 
Como exceção à incompatibilidade funcional, a LODF (art. 64, I), inspirada na 
CF/1988 (art. 56), permite ao Deputado Distrital, sem perder o mandato parla-
mentar, ser “investido na função de Ministro de Estado, Secretário-Executivo de 
Ministério ou equivalente, Secretário de Estado do Distrito Federal, Administrador 
Regional, chefe de missão diplomática temporária ou dirigente máximo de autar-
quia, fundação pública, agência, empresa pública ou sociedade de economia mista 
pertencentes à administração pública federal e distrital”.
c) Incompatibilidade profissional (RICLDF, art. 13, II, a e c): proíbe que o De-
putado Distrital seja proprietário, controlador ou diretor de empresa que goze de 
favor decorrente de contrato com pessoa jurídica de direito público ou nela exerça 
função remunerada. Por pessoa jurídica de direito público compreendem-se apenas 
a União, os Estados, o Distrito Federal, os Territórios, os Municípios, suas autar-
quias e fundações públicas (Código Civil, art. 41).
A incompatibilidade profissional também impede o Deputado Distrital de patro-
cinar causas em que seja interessada qualquer das entidades referidas nas incom-
patibilidades negociais.
d) Incompatibilidade política (RICLDF, art. 13, II, d): restringe o exercício do 
mandato de Deputado Distrital a apenas um cargo eletivo. É uma vedação ao acú-
mulo de cargos. Assim, não pode o Deputado Distrital exercer o mandato de Prefei-
to, Vereador ou Senador simultaneamente com o mandato na CLDF. 
1 A expressão latina ad nutum significa, literalmente, “de acordo com o sinal de cabeça”. Essa expressão é 
usada na CF/1988 (arts. 54, I, b, e 235, VIII) para designar o servidor que pode ser exonerado a critério de 
quem o nomeou. Há registro de seu emprego na legislação do Império e na República Velha (v.g., Decreto 
n. 7.155, de 08/02/1879, art. 34; Decreto n. 848, de 11/10/1890, art. 32 etc.).
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5.3 – Exercício do mandato e licenças
Uma vez empossado, o Deputado Distrital passa a ter liberdade plena de opi-
nião, palavra e votos para o exercício do mandato que lhe foi conferido pela po-
pulação. Para isso, o RICLDF (art. 15) relaciona as mais variadas iniciativas que 
o Deputado pode tomar durante o mandato, sendo a mais importante delas a de 
votar segundo suas convicções.
O Deputado Distrital pode afastar-se do exercício do mandato, sem perdê-lo, 
nas situações sintetizadas no quadro abaixo: 
Quadro sinóptico das licenças
Espécie de licença Deliberação Formalização Quorum Subsídio
Cargo no Executivo2
Mesa Diretora Ato da Mesa
Maioria absoluta
Opção
Interesseparticular Perda
Motivo de doença
Manutenção
Licença-maternidade
Licença-paternidade
Incapacidade civil
Plenário Resolução
Incapacidade mental
Incorporação às Forças 
Armadas
Maioria simples Perda
Suspensão das imunidades
Maioria 
qualificada
Manutenção
2 Investidura em cargo de Ministro de Estado, Secretário-Executivo de Ministério ou equivalente, Secretário 
de Estado do Distrito Federal, Administrador Regional, chefe de missão diplomática temporária ou dirigente 
máximo de autarquia, fundação pública, agência, empresa pública ou sociedade de economia mista perten-
centes à administração pública federal e distrital (LODF, art. 64, I).
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Lei Complementar n. 13/1996:
Art. 21. Para efeitos de deliberação, considera-se:
I – maioria qualificada a manifestação de dois terços dos membros que com-
põem a Câmara Legislativa;
II – maioria absoluta a manifestação ou presença de, no mínimo, metade 
mais um dos membros que compõem a Câmara Legislativa;
III – maioria simples a manifestação por maioria de votos, presente a maioria 
absoluta dos membros que compõem a Câmara Legislativa.
5.4 – Vacância e convocação de suplente
O mandato de Deputado Distrital pode ficar vago em virtude de falecimento, 
renúncia ou perda do mandato.
A renúncia pode ser expressa ou tácita. Esta ocorre quando o Deputado Distrital 
não toma posse no prazo legal, nem alega motivo de força maior ou enfermidade 
por não tomá-la (RICLDF, art. 7º, § 6º). O prazo regimental para posse é de 30 
dias úteis, prorrogáveis por mais 30 dias úteis. A renúncia expressa deve ser diri-
gida à Mesa Diretora e, como qualquer outra espécie de renúncia, não depende de 
aprovação. Torna-se efetiva e irretratável, no entanto, apenas após a leitura em 
Plenário e a publicação no Diário da Câmara Legislativa.
A perda do mandato é punição por infringência às normas do art. 63 da LODF. 
A perda do mandato pode ser declarada pela Mesa Diretora ou pelo Plenário, pelo 
voto da maioria absoluta dos Deputados Distritais.
Os casos em que a Mesa Diretora declara a perda do mandato de Deputado 
Distrital são os seguintes:
a) não comparecimento, em cada sessão legislativa, à terça parte das sessões 
ordinárias, salvo licença ou missão autorizada pela Câmara Legislativa;
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b) perda ou suspensão dos direitos políticos;
c) determinação da Justiça Eleitoral, nos casos previstos na Constituição 
Federal.
No caso da letra a, é necessária a abertura de processo disciplinar em que seja 
assegurado o contraditório e a ampla defesa. Nos casos das letras b e c, por se 
tratar de mero cumprimento de decisão judicial, na qual certamente o parlamen-
tar já exerceu o seu direito de defesa, a Mesa Diretora apenas declara a perda do 
mandato, sem a necessidade de processo.
Já os casos de perda do mandato declarada pelo Plenário são os seguintes:
a) infringência a qualquer das incompatibilidades para o exercício do mandato 
(LODF, art. 62);
b) procedimento declarado incompatível com o decoro parlamentar;
c) condenação criminal em sentença transitada em julgado;
d) uso do mandato para a prática de atos de corrupção ou improbidade admi-
nistrativa.
Nessas situações, deve ser aberto processo disciplinar por determinação da 
Mesa Diretora ou mediante representação de partido político com Deputado Dis-
trital na CLDF, em que seja assegurado ao Deputado Distrital o contraditório e a 
ampla defesa. O procedimento para isso está regulado no Código de Ética e Decoro 
Parlamentar da CLDF (Resolução n. 110/1996).
Conforme manifestações reiteradas do Poder Judiciário e dos manuais de Di-
reito, as instâncias judiciária e administrativa são independentes uma da outra. 
Assim, não há a necessidade de processo judicial sobre corrupção ou improbidade 
administrativa para que a CLDF instaure processo disciplinar contra o Deputado 
acusado desses ilícitos.
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5.5 – Lideranças e blocos parlamentares
Os Deputados Distritais de dois ou mais partidos têm a liberdade de se unirem 
para formar um bloco parlamentar, que pode ser definido como a junção das ban-
cadas de diferentes partidos para terem liderança comum. Exige-se, para formação 
do bloco, que ele tenha pelo menos três Deputados Distritais e que a decisão de 
integrar o bloco seja tomada pela maioria absoluta dos membros da bancada do 
partido político.
Tanto os partidos políticos quanto os blocos parlamentares possuem um Líder, 
escolhido por seus pares para representá-los no Colégio de Líderes e exercer a co-
ordenação dos trabalhos da bancada e as atribuições previstas no RICLDF.
VI – Órgãos da CLDF
6.1 – Noções gerais
A Câmara Legislativa do Distrito Federal possui os seguintes órgãos internos, 
compostos por Deputados Distritais:
a) Mesa Diretora, composta de cinco Deputados Distritais: Presidente, Vice-
Presidente, 1º Secretário e respectivo suplente, 2º Secretário e respectivo suplente 
e 3º Secretário e respectivo suplente;
b) 10 comissões permanentes, cada uma com cinco Deputados Distritais cada 
e cinco suplentes, indicados segundo o critério da proporcionalidade partidária:
• Comissão de Constituição e Justiça – CCJ;
• Comissão de Economia, Orçamento e Finanças – CEOF;
• Comissão de Assuntos Sociais – CAS;
• Comissão de Defesa do Consumidor – CDC;
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• Comissão de Defesa dos Direitos Humanos, Cidadania, Ética e Decoro Parla-
mentar – CDDHCEDP;
• Comissão de Assuntos Fundiários – CAF;
• Comissão de Educação, Saúde e Cultura – CESC; 
• Comissão de Segurança – CS;
• Comissão de Desenvolvimento Econômico Sustentável, Ciência, Tecnologia, 
Meio Ambiente e Turismo – CDESCTMAT;
• Comissão de Fiscalização, Governança, Transparência e Controle - CFGTC;
c) Corregedoria, composta por um Deputado Distrital, eleito pelo Plenário, 
para mandato de um ano, permitida a recondução;
d) Ouvidoria, composta por um Deputado Distrital, eleito pelo Plenário, para 
mandato de um ano, permitida a recondução;
e) Procuradoria Especial da Mulher, composta por uma Deputada Distrital 
como Procuradora Especial da Mulher e duas Deputadas Distritais como procurado-
ras adjuntas, designadas pelo Presidente da CLDF, por prazo indeterminado.
Esses órgãos, dirigidos e compostos exclusivamente por Deputados Distritais, 
não se confundem com as unidades administrativas internas, dirigidas e compostas 
por servidores efetivos e servidores ocupantes de cargos em comissão.
6.2 – Mesa Diretora
A Mesa Diretora é um órgão diretor colegiado, cujos membros são eleitos pelo 
Plenário para mandato de dois anos. A primeira eleição ocorre no dia 1º de janeiro 
do 1º ano da legislatura, às 15 horas; a segunda eleição ocorre no último dia útil 
da 1ª quinzena de dezembro do 2º ano da legislatura; e a posse é em 1º de janeiro 
do ano seguinte. Para o segundo biênio, não pode haver reeleição.
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Como órgão diretor, incumbe à Mesa Diretora a direção dos trabalhos legislati-
vos e dos serviços administrativos da Câmara Legislativa do Distrito Federal. Há, no 
RICLDF, uma relação significativa de atribuições da Mesa Diretora e outra relação 
também significativa das atribuições do Presidente da CLDF.É de se observar que, 
às vezes, as atribuições da Mesa Diretora se entrelaçam com as atribuições do Pre-
sidente da CLDF, o que obriga o estudante a tentar compreender bem a distinção 
entre umas e outras.
No contraste entre elas, porém, nota-se que algumas atribuições da Mesa Dire-
tora estão relacionadas com decisões de caráter geral; outras necessitam ser cole-
giadas em razão da sensibilidade política que possuem e acabam sendo atenuadas 
por conta da proporcionalidade partidária observada na sua composição; e umas 
outras decorrem do funcionamento da Mesa Diretora como uma comissão. 
Já as atribuições do Presidente, em suas linhas básicas, são voltadas para solu-
cionar questões do dia a dia da vida parlamentar e dos afazeres de rotina da parte 
administrativa. Entre as principais características das atribuições do Presidente da 
CLDF, podem ser mencionadas:
a) caráter monocrático das decisões;
b) efeitos de natureza concreta;
c) questões que exigem pronta solução;
d) atos de natureza solene ou institucional;
e) responsabilidade administrativa e institucional pelos atos de gestão.
Em todo caso, não há, no Regimento Interno da CLDF, um conjunto de aspectos 
precisos que permitam distinguir a natureza das atribuições da Mesa Diretora em 
relação à natureza das atribuições do Presidente. No entanto, há alguns aspectos 
que, em suas linhas básicas, permitem delinear boa parte das diferenças entre as 
atribuições. Ei-los num quadro resumido:
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Diferenças de atribuições
Mesa Diretora Presidente
A
sp
ec
to
s
Caráter geral Caráter concreto
Função regulamentadora
Função decisória 
(dia a dia dos trabalhos)
Decisões colegiadas Decisões monocráticas
Compartilhamento de responsabilidade 
política
Responsabilidade administrativa e 
funcional
Natureza de comissão Natureza solene e institucional
Ex
em
p
lo
s
Iniciar o processo legislativo em matéria 
administrativa e regimental
Designar relator para essas matérias
Convocar sessão legislativa extraordiná-
ria no caso de crime de responsabilidade do 
Governador
Convocar sessão legislativa extraor-
dinária no caso de prisão de Deputado 
Distrital
Promulgar emendas à Lei Orgânica do DF
Promulgar resolução e decreto legisla-
tivo
Requisitar auditorias e inspeções do TCDF Requisitar servidores
Aprovar a proposta orçamentária da CLDF Ordenar as despesas
Aprovar o plano de comunicação social
Decidir sobre a publicação de matérias 
no Diário da Câmara Legislativa – DCL
Fixar normas para celebração de contra-
tos, convênios, acordos e outros instrumentos
Assinar contratos, convênios, acordos 
e outros instrumentos
Aprovar requerimentos de informações
Aprovar requerimentos do dia a dia 
dos trabalhos legislativos
Em suas ausências e impedimentos, o Presidente da CLDF é substituído pelo 
Vice-Presidente. Se este também estiver ausente, o substituto é o Secretário, na 
ordem de sua numeração.
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O Vice-Presidente e os Secretários praticamente não possuem atribuições defi-
nidas no Regimento Interno, mas exercem as funções que lhe são delegadas pela 
Mesa Diretora, conforme pode ser visto no Ato da Mesa Diretora n. 1/2017.
6.3 – Comissões
Há duas espécies de comissões na CLDF: as permanentes e as temporárias. Es-
tas têm prazo certo de duração e objeto determinado; aquelas integram a estrutura 
da CLDF, possuem caráter técnico-legislativo e têm duas atribuições centrais:
a) emitir parecer sobre as proposições em geral, antes de a matéria ser levada 
à deliberação do Plenário;
b) fiscalizar os atos do Poder Executivo, podendo, para isso, convocar Secretá-
rios de Estado a comparecer para prestarem esclarecimentos, bem como requisitar 
inspeções e auditorias do TCDF.
Todas as comissões permanentes possuem atribuições para emitir parecer de 
mérito sobre as matérias previamente definidas no RICLDF (arts. 63 a 69-C), cujo 
bom conhecimento é indispensável ao estudante que queria ir bem numa prova. 
Em linhas gerais, o nome de cada comissão permanente dá uma indicação bem 
significativa do eixo temático da competência de cada comissão, conforme quadro 
sintético seguinte:
Comissão Eixo temático das matérias de sua competência
CCJ
Matérias relacionadas com o Direito em geral (constitucionalidade, juridicidade, 
legalidade, regimentalidade, técnica legislativa e redação).
CEOF
Matérias relacionadas com as receitas e despesas públicas, bem como com a 
prestação de contas do Governador e do TCDF.
CAS
Assuntos relacionados com o esporte, trabalho, previdência, assistência social e 
título de cidadão honorário.
CDC Assuntos relativos à orientação e defesa do consumidor.
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CDDHCEDP
Assuntos diversos sobre direitos humanos e responsabilidade pelos processos de 
quebra da ética e do decoro parlamentar.
CAF Assuntos relacionados com o uso e ocupação do solo.
CESC
Assuntos envolvendo as matérias que constam do seu nome, salvo patrimônio 
histórico e artístico, que é da competência da CAS.
CS
Segurança, bioética e biossegurança (matérias sobre a Polícia Militar do DF, Corpo 
de Bombeiros Militar do DF e Polícia Civil do DF são de competência da União: 
CF/1988, art. 22, XIV).
CDESCTMAT Assuntos compreendidos nos termos que designam seu nome.
CFGTC
Assuntos voltados para a fiscalização e controle dos atos que envolvem despesa 
pública.
A Comissão de Constituição e Justiça, nos aspectos relacionados com a constitu-
cionalidade, juridicidade, legalidade, regimentalidade, técnica legislativa e redação, 
e a Comissão de Economia, Orçamento e Finanças, nos aspectos relacionados com 
a adequação orçamentária e financeira das proposições, possuem também a atri-
buição de emitir parecer de admissibilidade sobre as proposições.
Esse parecer de admissibilidade tem caráter terminativo, isto é, se a proposição 
for considerada inadmissível, ela não vai a Plenário. A tramitação encerra-se na 
própria comissão. Desse parecer, porém, cabe recurso ao Plenário, no prazo de 5 
dias úteis, subscrito por 1/8 dos Deputados Distritais.
Para emitir seus pareceres, as comissões possuem os seguintes prazos, como 
regra geral:
Regime de tramitação Prazo original Prorrogação
Matéria urgente 2 dias úteis 1 dia útil
Matéria prioritária 5 dias úteis 2 dias úteis
Tramitação ordinária 20 dias úteis 10 dias úteis
Em matéria urgente, o prazo é concomitante para todas as comissões a que a 
proposição é distribuída. Nas demais matérias, os prazos são sucessivos, isto é, as 
comissões emitem seus pareceres uma após outra, na ordem da distribuição.
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Cada comissão tem um Presidente e um Vice-Presidente, eleitos por seus mem-
bros, para mandato de um ano, permitida a reeleição. Não há limites para um mes-
mo Deputado ser reeleito para Presidente de comissão permanente, o que permite 
ao mesmo Deputado ficar durante toda a legislatura na presidência de uma mesma 
comissão. 
Nas Aulas 3, 4 e 5 do Regimento Interno, disponibilizadas pelo Gran Cursos On-
line, estão minuciosamente explicadas as diversas normas sobre as atribuições dos 
órgãos da CLDF e seu trabalho.
6.4 – Comissão Parlamentar de Inquérito – CPI
Atenção especial deve ser dada ao estudo das regras regimentais sobre as CPIs, 
dado ser matéria recorrente nos concursospara as Casas Legislativas. E, no Dis-
trito Federal, há a singularidade da CPI popular, que pode ser requerida por, pelo 
menos, 1% do eleitorado distrital (LODF, art. 68, § 3º).
A Comissão Parlamentar de Inquérito, mais conhecida pela sigla CPI, é uma co-
missão temporária, constituída por Deputados Distritais, mediante requerimento, 
que possui poderes de investigação próprios das autoridades judiciais.
A criação de comissão parlamentar de inquérito deve atender aos seguintes 
elementos formais:
a) requerimento assinado por, pelo menos:
• 1/3 dos Deputados (autoria qualificada); ou
• 1% do eleitorado, distribuído em pelo menos 3 zonas eleitorais (CPI popular);
b) apuração de fato determinado, devidamente explicitado no requerimento de 
criação;
c) prazo de funcionamento: 180 dias corridos, prorrogáveis por mais 90, a cri-
tério da própria comissão;
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d) indicação no requerimento de criação:
• do número de membros;
• da provisão de meios e condições organizacionais;
• dos recursos humanos necessários e assessoramento;
e) publicação pelo Presidente da proporcionalidade partidária e número de luga-
res dos partidos e blocos parlamentares;
f) indicação dos nomes pelos Líderes no prazo de cinco dias úteis;
g) publicação da composição da CPI e convocação para se instalar e eleger o 
Presidente e o Vice-Presidente.
Importante lembrar que o requerimento para criação de CPI basta-se por si 
mesmo, isto é, não precisa ser aprovado. Quanto aos poderes próprios das autori-
dades judiciais (CF/1988, art. 58, § 3º), é permitido às CPIs, fundamentadamente, 
quebrar o sigilo bancário, fiscal, telefônico e telemático de pessoas e empresas in-
vestigadas, bem como convocar pessoas para prestar depoimentos. No entanto, o 
STF3 vem afirmando que existem alguns poderes próprios das autoridades judiciais 
que não podem ser usados pelas CPIs, como é o caso de: 
a) busca domiciliar;
b) decretação de prisão, salvo em flagrante;
c) interceptação telefônica; 
d) decretação da indisponibilidade dos bens etc.
6.5 – Ouvidoria e Procuradoria Especial da Mulher
A Ouvidoria é um órgão da Câmara Legislativa que não consta do Regimento 
Interno. Sua estrutura, composição e atribuições estão previstas na Resolução n. 
178/2002.
3 MS 24817/DF, julgado em 03/02/2005, Relator Min. Celso de Mello, Tribunal Pleno, DJe, de 06/11/2009.
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A Procuradoria Especial da Mulher é um órgão especial, criado no Regimento 
Interno pela Resolução n. 262/2013 para contribuir no esforço nacional de inserção 
da mulher na política e na vida pública do País.
As competências da Procuradoria Especial da Mulher reforçam a necessidade de 
tornar efetiva a igualdade de gênero, fruto de outras iniciativas de valorização da 
mulher.
Como a comunicação na atualidade tem exercido forte influência nas reflexões 
das pessoas sobre os mais variados temas, as normas regimentais determinam que 
as iniciativas da Procuradoria Especial da Mulher tenham ampla divulgação, para 
serem conhecidas e reconhecidas pela sociedade, tal como na lei federal que auto-
rizou o TSE a fazer publicidade para incentivar a participação feminina na política 
brasileira. 
Curiosidade!
A inserção da mulher na sociedade é fato recente. Ao longo da história da 
humanidade – e isso ainda não mudou em algumas culturas –, ela teve um 
papel secundário, a começar pela concepção judaico-cristã de sua criação: foi 
feita de uma costela de Adão, o que só por aí já revelaria um ser derivado, não 
principal.
Nas sociedades primitivas, na Antiguidade, na Idade Média, na Idade Mo-
derna e também em boa parte da Idade Contemporânea, reservou-se à mulher 
um papel doméstico, para cuidar dos filhos, lavar a roupa, limpar a casa e fazer 
as refeições. Na sociedade romana, por exemplo, tinha a mulher o papel de 
matrona4, e as filhas eram desprovidas de qualquer igualdade com os irmãos5.
4 Cf. Mário Curtis Giordani, História de Roma, p. 162.
5 Cf. Fustel de Coulanges, A Cidade Antiga, p. 33.
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Reflexos dessas concepções antigas permanecem em vocábulos como pa-
trimônio e matrimônio, formados no latim de pater = “pai” e mater = “mãe”, 
acrescidos possivelmente de munus = “encargo, função”. Por outras palavras, 
pelo matrimônio a mulher casar-se-ia com a finalidade de ser mãe, cabendo ao 
pai a administração dos bens da família. 
Outros resquícios dessas concepções estavam presentes em expressões 
como “pátrio poder” e “todo homem é capaz de direitos e obrigações na ordem 
civil”, contidas no Código Civil de 1916 (arts. 2º e 379), que vigeram até o tér-
mino do século XX, só sendo substituídas pelo Código Civil de 2002 (arts. 1º e 
1.634) com as expressões “poder familiar” e “toda pessoa é capaz de direitos e 
obrigações na ordem civil”.
O mesmo Código Civil de 1916 (art. 6º, II) também determinava à mulher 
casada a condição de pessoa relativamente incapaz, o que lhe trazia como 
consequência a necessidade de autorização do marido para a prática de quase 
todos os atos da vida civil. Isso só foi modificado com a Lei Federal n. 4.121, de 
27/08/1962, conhecida como Estatuto da Mulher Casada.
No exercício da cidadania, a mulher conquistou o direito de votar apenas com 
o Código Eleitoral de 1932, aprovado pelo Decreto n. 21.076, de 24/02/1932 
(art. 2º), do Governo Provisório do Brasil, que assim dispôs: “é eleitor o cidadão 
maior de 21 anos, sem distinção de sexo, alistado na forma deste Código”.
Depois da CF/1988, a legislação começou a traçar algumas regras para in-
centivar a participação da mulher na política brasileira e, assim, tentar reverter 
a cultura machista impregnada nas mentes humanas. A Lei Federal n. 12.034, 
de 29/09/2009, por sua vez, fez incluir na Lei Federal n. 9.096, de 19/09/1995 
(art. 44, V), uma nova disposição para determinar que 5% dos recursos oriun-
dos do Fundo Partidário fossem aplicados na criação e manutenção de progra-
mas de promoção e difusão da participação política das mulheres.
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Com a Lei Federal n. 9.100, de 29/09/1995 (art. 11, § 3º), iniciou-se a 
política de quotas para candidaturas femininas em cada partido. Eram, à épo-
ca, 20%. Atualmente, esse percentual está em 30% (Lei Federal n. 9.504, de 
30/09/1997, art. 10, § 3º).
Mais recentemente, a Lei Federal n. 12.891, de 11/12/2013, autorizou o Tribu-
nal Superior Eleitoral, no período compreendido entre 1º de março e 30 de junho 
dos anos eleitorais, a promover propaganda institucional, em rádio e televisão, 
destinada a incentivar a igualdade de gênero e a participação feminina na política. 
Há, por certo, alguns avanços, mas ainda é preciso reverter as concepções 
de domínio masculino oriundas desse processo histórico de opressão às mulhe-
res e à sua condição de feminilidade.
A Procuradoria Especial da Mulher foi uma proposta da Deputada Rejane Pi-
tanga. E a primeira Procuradora foi a Deputada Luzia de Paula, designada pelo 
Presidente Wasny de Roure.
VII – Corregedoria e Código de Ética e Decoro Parlamentar 
(RICLDF, art. 50; Resolução n. 110/1996)
O termo corregedoria deriva de corregedor, que, por sua vez, advém do verbo 
corrigir (latim co- + regĕre). Por isso, as atribuições do Corregedor associam-se à 
ideia de verificação e acompanhamento das condutase procedimentos para certi-
ficar-se de sua correção. E é nesse sentido que o Regimento Interno da CLDF traz 
as seguintes atribuições ao Corregedor:
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a) zelar pelo decoro parlamentar, a ordem e a disciplina no âmbito da Casa;
b) realizar investigação prévia acerca de qualquer notícia de infração ao Código 
de Ética e Decoro Parlamentar;
c) inspecionar, periodicamente, os processos referentes às proposições. 
Dessas atribuições, a mais importante é certamente a de emitir parecer prévio 
sobre qualquer representação, denúncia ou notícia de infração ao Código de Ética e 
Decoro Parlamentar – CEDP (Resolução n. 110/1996). 
Essa representação, denúncia ou notícia contra Deputado Distrital por infração 
ao CEDP pode ser formulada à Mesa Diretora pelo Corregedor, por parlamentar, por 
comissão permanente, por qualquer cidadão ou por entidades representativas da 
sociedade civil (RICLDF, art. 39, § 1º, XIII). 
Nos casos de representação por ato incompatível com o decoro parlamentar, 
que pode levar à perda do mandato, a LODF (art. 63, § 2º), repetindo a CF/1988 
(art. 55, § 2º), legitima apenas a Mesa Diretora da CLDF e partido político com re-
presentação na Câmara Legislativa.
Recebida pela Mesa Diretora, a representação, denúncia ou notícia é lida em 
Plenário (RICLDF, art. 153, § 3º) e encaminhada ao Corregedor, que deve notificar 
o investigado para prestar esclarecimentos no prazo de 10 dias úteis. Findo esse 
prazo e independentemente da manifestação do investigado, o Corregedor deve 
elaborar o seu parecer prévio opinativo no prazo de 15 dias úteis.
Sintetizando as normas da LODF, RICLDF e CEDP, o processo disciplinar para 
apurar violação à ética e ao decoro parlamentar por Deputado Distrital apresenta 
as seguintes fases: 
a) preliminar, constituída da representação, recebimento pela Mesa Diretora e 
parecer prévio da Corregedoria; 
b) instauração pela Comissão de Defesa dos Direitos Humanos, Cidadania, Ética 
e Decoro Parlamentar; 
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c) apresentação de defesa escrita e produção de provas, no prazo de 30 dias 
corridos, pelo Deputado Distrital ou, em seu silêncio, por defensor dativo no prazo 
de 15 dias corridos; 
d) instrução, promovida pela Comissão de Defesa dos Direitos Humanos, Cida-
dania, Ética e Decoro Parlamentar, no prazo de 30 dias, prorrogáveis por mais 30; 
e) parecer da Comissão de Defesa dos Direitos Humanos, Cidadania, Ética e 
Decoro Parlamentar, no prazo de 5 sessões ordinárias, concluindo pela procedência 
ou improcedência da representação; 
g) projeto de resolução de autoria da Comissão de Defesa dos Direitos Huma-
nos, Cidadania, Ética e Decoro Parlamentar, quando se tratar de perda de mandato; 
h) parecer da Comissão de Constituição e Justiça sobre o processo, no prazo de 
5 sessões ordinárias, quando se tratar de perda de mandato; 
i) julgamento pela própria Comissão de Defesa dos Direitos Humanos, Cidada-
nia, Ética e Decoro Parlamentar quando a sanção for de advertência ou censura 
escritas; 
j) julgamento pelo Plenário (LODF, art. 63, § 2º), quando se tratar de sanção de 
perda do mandato, nos casos seguintes: 
• infringência a qualquer das incompatibilidades para o exercício do mandato;
• procedimento declarado incompatível com o decoro parlamentar;
• condenação criminal em sentença transitada em julgado;
• uso do mandato para a prática de atos de corrupção ou improbidade admi-
nistrativa;
k) julgamento pelo Mesa Diretora (LODF, art. 63, § 3º), quando se tratar de 
sanção de perda do mandato por faltas injustificadas a 1/3 das sessões ordinárias 
de cada sessão legislativa.
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Juntando todas as informações sobre os procedimentos relacionados com o pro-
cesso disciplinar contra Deputado Distrital, é possível apresentar o quadro abaixo, 
com o fluxo dos procedimentos:
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As disposições legais do quadro-resumo apresentado acima são as seguintes:
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(1) Legitimados: LODF, art. 63, §§ 2º e 3º.
(2) RICLDF, art. 39, § 1º, XIII.
(3) Perda do mandato: LODF, art. 63, I a VII; CEDP, arts. 11 e 14.
(4) Advertência e censura escritas: CEDP, arts. 11, 12 e 13.
(5) Endereçamento à Mesa Diretora: RICLDF, art. 39, § 1º, XIII.
(6) Leitura em Plenário: RICLDF, art. 153, § 3º.
(7) Declaração de perda do mandato pela Mesa Diretora, sem processo discipli-
nar, em cumprimento a decisão judicial: LODF, art. 63, § 3º. STF, Ação Penal 470/
MG, julgada em 17/12/2012, Relator Min. Joaquim Barbosa, Tribunal Pleno, DJe de 
22/04/2013.
(8) Distribuição à Corregedoria, art. 153, § 3º.
(9) Cópia da representação para a CDDHCEDP simultaneamente à distribuição 
para a Corregedoria: RICLDF, art. 153, § 3º.
(10) Prazo para notificação pelo Corregedor ao Deputado: RICLDF, art. 50, § 2º.
(11) Prazo para esclarecimentos pelo Deputado ao Corregedor: RICLDF, art. 50, 
§ 2º.
(12) Prazo para o parecer prévio opinativo do Corregedor: RICLDF, art. 50, § 3º.
(13) Encaminhamento do processo pelo Corregedor à CDDHCEDP: RICLDF, art. 
50, § 4º, e deliberação sobre o parecer: CEDP, art. 17, caput.
(14) Sorteio do relator: CEDP, art. 17, I.
(15) Prazo para o Deputado apresentar defesa escrita: CEDP, art. 17, II.
(16) Designação de defensor dativo, se a defesa escrita não tiver sido apresen-
tada no prazo: CEDP, art. 17, III.
(17) Prazo para o defensor dativo apresentar defesa escrita: CEDP, art. 17, III.
(18) Instrução probatória e diligências: CEDP, art. 17, IV.
(19) Parecer da CDDHCEDP: CEDP, art. 17, IV.
(20) Perda do mandato de competência do Plenário: CEDP, art. 17, V.
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(21) Perda do mandato de competência da Mesa Diretora: CEDP, art. 17, V.
(22) Oferecimento do projeto de resolução no caso de perda do mandato de 
competência do Plenário: CEDP, art. 17, V.
(23) Parecer da CCJ em perda do mandato de competência da Mesa Diretora: 
CEDP, art. 17, IV.
(24) Parecer da CCJ em perda do mandato de competência do Plenário: RICLDF, 
art. 63, V.
(25) Encaminhamento do processo pela CCJ à Mesa Diretora: CEDP, art. 17, VI.
(26) Formalidades burocráticas: CEDP, art. 17, VI.
(27) Projeto de resolução sujeito a turno único de discussão e votação em Ple-
nário: RICLDF, art. 160.
(28) Quorum para deliberação e aprovação da perda do mandato: LODF, art. 
63, § 2º.
(29) Prazo para promulgação da resolução que aprova a perda do mandato: 
RICLDF, art. 206, § 1º.
VIII – Sessões (RICLDF, arts. 98 a 128)
O Regimento Interno da CLDF chama de sessão ao tempo destinado à manifestação 
dos Deputados em Plenário. Existem quatro espécies de sessões plenárias, a saber:
a) preparatórias: as que ocorrem em 1º de janeiro do primeiro ano da legisla-
tura, para posse dos Deputados Distritais, eleição e posse da Mesa Diretora para o 
primeiro biênio e eleição e posse da comissão representativa; bem como a sessão 
que ocorre em 1º de janeiro do terceiro ano da legislatura, para a posse da Mesa 
Diretora do segundo biênio;
b) ordinárias: as que ocorrem às terças, quartas e quintas-feiras, a partir das 
15 horas, com a finalidade de oportunizaros pronunciamentos parlamentares e a 
discussão e votação das matérias constantes da ordem do dia; 
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c) extraordinárias: as que ocorrem em momentos diversos das sessões ordiná-
rias, com a finalidade exclusiva de discussão e votação das matérias constantes da 
ordem do dia; 
d) solenes: as que se destinam a comemorações ou homenagens especiais e 
recepção de altas autoridades.
Além dessas quatro sessões, quanto à finalidade, existem também as sessões 
itinerantes, destinadas a audiências públicas realizadas fora da sede da CLDF, me-
diante proposta do Presidente ou requerimento de 1/3 dos Deputados Distritais, 
aprovado pela maioria absoluta dos Deputados Distritais.
As sessões preparatórias e as sessões ordinárias já possuem dia e hora defi-
nidos no Regimento Interno para sua realização. As sessões extraordinárias e as 
sessões solenes dependem de aprovação prévia.
Como regra, as sessões plenárias são públicas, isto é, qualquer pessoa e a im-
prensa têm acesso a tudo o que é falado no Plenário. O RICLDF (art. 121), porém, 
permite a realização de sessão secreta para casos precisamente indicados em pro-
posta do Presidente ou requerimento assinado pela maioria absoluta dos Deputa-
dos Distritais, aprovado pela maioria absoluta, em votação nominal e pública.
Das sessões secretas, apenas os Deputados Distritais participam, o que enseja 
a proibição de usar os microfones e qualquer forma de captação de som e imagem.
Para a realização das sessões, algumas exigem quorum; outras, não. No entan-
to, nenhuma sessão pode ser realizada sem Deputado Distrital. O quorum, para re-
alização das diversas espécies de sessões, pode ser sintetizado no quadro seguinte:
Sessão Momento Quorum RICLDF
Preparatória
Eleição da Mesa Diretora no início da legislatura Maioria absoluta Art. 10, IV
Posse da Mesa Diretora no início da legislatura Sem quorum Art. 10, XV
Eleição da comissão representativa no início da 
legislatura
Maioria absoluta
Art. 10, XV, c/c 
art. 185
Posse da Mesa Diretora no início da 3ª sessão 
legislativa
Sem quorum Art. 11, III
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Ordinária
Abertura da sessão ¼ (6 Deputados) Art. 109, § 3º
Pequeno expediente ¼ (6 Deputados)
Art. 109, § 3º, 
c/c art. 102, III
Discussão da ordem do dia ¼ (6 Deputados)
Art. 109, § 3º, 
c/c art. 116,
§ 3º, e art. 
102, III
Deliberação com maioria simples ou absoluta
Maioria absoluta 
(13 Deputados)
Art. 185
Deliberação com maioria qualificada
Maioria qualificada 
(16 Deputados)
LC n. 13/1996, 
art. 21, § 3º
Grande expediente ¼ (6 Deputados) Art. 102, III
Extraordinária
Abertura da sessão ¼ (6 Deputados) Art. 109, § 3º
Discussão da ordem do dia ¼ (6 Deputados)
Art. 109, § 3º, 
c/c art. 116, 
§ 3º, e art. 
102, III
Deliberação com maioria simples ou absoluta
Maioria absoluta 
(13 Deputados)
Art. 185
Deliberação com maioria qualificada
Maioria qualificada 
(16 Deputados) 
LC n. 13/1996, 
art. 21, § 3º
Solene Sem quorum Art. 124, II
Há, para cada espécie de sessão, várias regras de conduta que permitem a sua 
realização. Entre elas, uma das mais importante é o tempo destinado ao uso da 
palavra nos microfones do Plenário. Esse tempo está sintetizado no quadro abaixo:
Situação Tempo RICLDF
I – apresentar proposições Sem definição Art. 105, I
II – fazer comunicação ou versar assuntos diversos na 
hora do:
a) pequeno expediente:
• Líder de bancada até 3 Deputados 3' Art. 111, I
• Líder de bancada com mais de 3 Deputados 5' Art. 111, I
• Deputado Distrital 5’ Art. 113
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b) grande expediente 20' Art. 118
III – discutir proposições em:
a) regime de tramitação ordinária ou de prioridade 5'
Arts. 116; 152, § 3º, 
III; 164, § 1º; 180; e 
204, § 3º
b) regime de urgência 2’30” Art. 165, § 3º
IV – encaminhar a votação:
a) Deputado Distrital
• em matéria urgente 2'30”
Art. 165, § 3º, c/c art. 
199
• em matéria não urgente 5' Art. 199
b) Líder 3' Arts. 32, IV; 199, § 2º
• em matéria urgente 1'30”
Art. 165, § 3º, c/c art. 
199
• em matéria não urgente 3' Art. 199
c) Líder em requerimento 5' Art. 145, § único
d) Autor em requerimento 5' Art. 145, § único
V – questão de ordem:
a) para suscitá-la 5' Art. 126, § 2º
b) para contraditá-la 5' Art. 126, § 5º
VI – fazer reclamação 5' Art. 127, § único
VII – contestar, a juízo do Presidente, acusação pessoal, 
feita durante os debates, ou contradizer o que lhe for 
indevidamente atribuído como opinião pessoal
Sem definição Art. 105, VII
VIII – declaração de voto Sem definição Art. 190
IX – apartes 
Sem definição, mas deve estar contido 
no tempo do orador que está na tribuna
Art. 104, XII
De todas as espécies de sessões, a que ocorre com mais frequência é a sessão 
ordinária. Certamente por isso, é também a sessão com maior grau de disciplina-
mento no Regimento Interno, porque é na sessão ordinária que são oportunizados 
os pronunciamentos dos Deputados Distritais, bem como a discussão e votação das 
proposições e demais matérias em tramitação na Câmara Legislativa do Distrito 
Federal.
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A sessão ordinária tem início às 15 horas das terças, quartas e quintas-feiras, 
no período de 1º de fevereiro a 30 de junho e de 1º de agosto a 15 de dezembro. 
Sua duração é normalmente de quatro horas, distribuídas da seguinte maneira:
a) leitura dos expedientes: 10 minutos iniciais;
b) pequeno expediente: 50 minutos, distribuídos em:
• Comunicados de Líderes: até 20 minutos, sendo 3 minutos para os Líderes 
de bancada até 3 Deputados e 5 minutos para os Líderes de bancada com 
mais de 3 Deputados;
• Comunicado de Parlamentares: de 30 a 40 minutos, dependendo do tempo 
usado pelos Líderes, sendo 5 minutos por Deputado;
c) ordem do dia: 110 minutos;
d) grande expediente: 60 minutos.
No pronunciamento dos Líderes e durante a discussão da ordem do dia, é per-
mitido aparte, isto é, um Deputado pode fazer comentário no pronunciamento de 
outro Deputado Distrital, por concessão deste (RICLDF, art. 113). É, porém, proibi-
do conceder aparte nos seguintes casos:
a) nos comunicados de parlamentares (RICLDF art. 113);
b) durante o discurso, na comissão geral, de representante de projeto de inicia-
tiva popular (RICLDF, art. 125, § 2º);
c) após o término dos debates na audiência de oitiva de Secretário de Estado 
convocado, durante o uso da palavra pelos Líderes (RICLDF, art. 230, § 5º);
d) durante a exposição de convidado em audiência pública (RICLDF, art. 240, § 2º).
Nas sessões, o uso da palavra é, em regra, restrito aos Deputados Distritais. O 
RICLDF admite, porém, duas exceções.
A primeira delas é durante as sessões solenes, em que os convidados podem 
fazer uso da palavra a critério do Deputado que está presidindo a sessão.
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A segunda situação é quando a sessão ordinária se transforma em comissão 
geral, por proposta do Presidente ou requerimento de 1/8 dos Deputados Distritais, 
mediante aprovação do Plenário para:
a) debate de matéria relevante;
b) discussão de projeto de lei de iniciativa popular, desde que presente seu pri-
meiro signatário ou quem este tiver indicado, quando da sua apresentação;
c) comparecimentode Secretário de Estado e demais autoridades do Distrito 
Federal;
d) recepção de autoridades que estejam visitando a Câmara Legislativa.
IX – Processo Legislativo (RICLDF, arts. 129 a 224)
9.1 – Noções gerais
Parte significativa das disposições do Regimento Interno são para disciplinar as 
regras do processo legislativo, que pode ser definido como “o conjunto de atos pre-
ordenados visando à formação das leis, mediante a colaboração entre os Poderes 
do Distrito Federal” (LC n. 13/1996, art. 2º).
As normas do processo legislativo estão previstas em várias disposições da 
LODF, especialmente nos arts. 60 a 76, na Lei Complementar n. 13/1996 e no Re-
gimento Interno.
Segundo a Lei Orgânica do Distrito Federal (art. 69), o processo legislativo com-
preende a elaboração de:
a) emendas à Lei Orgânica;
b) leis complementares;
c) leis ordinárias;
d) decretos legislativos;
e) resoluções.
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Para a elaboração de emenda à Lei Orgânica, apresenta-se proposta; para as 
demais normas sujeitas ao processo legislativo, apresenta-se projeto. Proposta de 
emenda à Lei Orgânica e projetos são espécies de proposição, de acordo com o 
Regimento Interno (art. 129).
Há também outras espécies de proposição, previstas no RICLDF. São elas:
a) requerimento;
b) moção;
c) indicação;
e) recurso.
As emendas, embora também sejam espécies de proposição, são sempre aces-
sórias de proposição sujeita ao processo legislativo. 
9.2 – Etapas do processo legislativo
Os vários atos do processo legislativo são organizados em etapas, conforme 
previsto na LC n. 13/1996 (art. 7º) e explicado nos manuais sobre a matéria. Com 
base nesses ensinamentos, chega-se ao quadro seguinte:
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A iniciativa é a primeira etapa do processo legislativo, bem como das demais 
proposições não sujeitas a esse processo. É por meio dela que a proposição toma 
forma e inicia a sua tramitação até ser definitivamente aprovada ou rejeitada. E 
quem tem a iniciativa de apresentar uma proposição chama-se autor.
A iniciativa das leis, no Distrito Federal, cabe aos seguintes legitimados pela Lei 
Orgânica do Distrito Federal ou pelo Regimento Interno da CLDF:
Os Deputados Distritais podem apresentar qualquer espécie de proposição; o 
Governador e os cidadãos podem apresentar proposta de emenda à Lei Orgânica, 
projeto de lei complementar e projeto de lei; os demais legitimados podem apre-
sentar apenas projeto de lei complementar e projeto de lei e restritos às matérias 
de sua organização e funcionamento internos.
A autoria, que está intimamente vinculada à iniciativa, pode ser classificada sob 
diversos pontos de vista, conforme terminologia presente em diversas disposições 
normativas. Entre as classificações, podem ser lembradas:
a) Quanto à origem: funcional, popular ou institucional. A autoria funcional 
ocorre quando a proposição está subscrita por Deputado Distrital, Governador ou 
Procurador-Geral junto ao MPjTCDF; a autoria popular ocorre nos casos em que a 
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proposição está subscrita pelos cidadãos (1% do eleitorado distrital); e a autoria 
institucional ocorre quando a proposição é apresentada pela Mesa Diretora, comis-
são da CLDF, TCDF ou Defensoria Pública.
b) Quanto ao número de subscritores: individual ou plúrima. Esta é a 
que contém mais de um subscritor, como é o caso de proposta de emenda à Lei 
Orgânica de iniciativa parlamentar, que precisa da assinatura de 1/3 da composi-
ção da CLDF (8 dos 24 Deputados Distritais). A autoria individual é aquela para 
cuja iniciativa basta a assinatura de apenas uma autoridade, como a proposta de 
emenda à Lei Orgânica de iniciativa do Governador ou qualquer proposição de sua 
iniciativa.
A autoria plúrima pode ser qualificada, coletiva ou apoiada. A autoria qualificada 
é aquela em que a norma de regência (LODF ou RICLDF) exige número mínimo de 
subscritores (LC n. 13/1996, art. 12, parágrafo único); a autoria coletiva é aquela 
com a assinatura de dois ou mais Deputados Distritais, embora a proposição pudes-
se ser subscrita por apenas um dos Deputado Distritais (RICLDF, art. 220, § 5º); e 
a autoria apoiada é aquela em que a iniciativa continua individual, mas conta com 
a assinatura de outros Deputados Distritais como apoiadores (RICLDF, art. 133, 
§ 1º). A autoria apoiada tem de estar explícita, diferenciando o proponente dos 
apoiadores. 
c) Quanto ao universo de proponentes: comum ou privativa (LC n. 13/1996, 
art. 9º). Esta é a proposição que só pode ter como origem a autoridade a quem a 
LODF ou o RICLDF reservou a iniciativa. Há, nesse caso, apenas uma autoridade ou 
instituição legitimada para apresentar a proposição, como as matérias reservadas 
à iniciativa do Governador (LODF, art. 71, § 1º), do Tribunal de Contas do Distrito 
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Federal (LODF, arts. 84, IV, e 86), do Procurador-Geral do Ministério Público junto 
ao Tribunal de Contas (LODF, ADT, art. 8º, parágrafo único) e da Defensoria Pública 
(LODF, art. 114, § 4º).
As emendas são proposições acessórias e podem ser apresentadas pelos Depu-
tados às propostas de emenda à Lei Orgânica, aos projetos de lei complementar, 
aos projetos de lei, aos projetos de decreto legislativo e aos projetos de resolução. 
Há dois momentos para apresentação de emendas. O primeiro é nas comissões, no 
prazo de 10 dias úteis. O segundo é em Plenário, quando a proposição estiver na 
ordem do dia, sendo que, no segundo turno, a emenda precisa estar assinada por 
1/6 dos Deputados Distritais ou de Líderes que representem esse número (RICLDF, 
art. 149, II).
O Governador também pode apresentar emendas aos projetos de lei de sua ini-
ciativa (LODF, art. 150, § 8º; LC n. 13/1996, art. 15, parágrafo único).
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Após o prazo de emendas, inicia-se a etapa de discussão das proposições. Essa 
fase tem início efetivo nas comissões, por meio dos pareceres. No entanto, o RI-
CLDF chama de discussão a fase que precede a deliberação em Plenário, quando 
cada Deputado Distrital pode usar da palavra por cinco minutos para falar sobre a 
matéria posta em debate.
O RICLDF (art. 102, III) exige a presença de, pelo menos, ¼ dos Deputados 
Distritais em Plenário para que as matérias da ordem do dia sejam discutidas.
Concluída a discussão em Plenário, segue-se a deliberação, por meio da votação. 
Essa votação é, em regra, ostensiva (“pública”, “aberta”) e pode ser pelo processo 
nominal ou simbólico. Neste, apenas os Deputados contrários manifestam-se; na-
quele, cada Deputado Distrital é chamado para dizer “sim”, “não” ou “abstenção”, 
podendo também registrar que sua bancada está em obstrução.
Para que haja votação, como regra geral, é necessária a presença da maioria 
absoluta dos Deputados em Plenário (LODF, art. 56). Quando, porém, a matéria 
exige maioria qualificada, ela só pode ser votada se estiverem presentes em Plená-
rio 2/3 dos Deputados (LC n. 13/1996, art. 21, § 3º).
A essa presença mínima para deliberação chama-se quorum.
O quorum para deliberação, porém, não se confunde com o quorum para apro-
vação das matérias. Este, conforme já definido anteriormente, pode ser por maioria 
qualificada, maioria absolutaou maioria simples.
Como regra geral, o quorum para aprovação é maioria simples (LODF, art. 56). 
Para que a aprovação que dependa de maioria qualificada ou maioria absoluta, é 
necessária regra expressa com essa previsão, que está prevista na Constituição 
Federal, na Lei Orgânica do Distrito Federal ou no Regimento Interno. 
Na Aula 9 do Regimento Interno, disponibilizada pelo Gran Cursos Online, há um 
quadro tão completo quanto possível de todas as matérias sujeitas à aprovação por 
maioria absoluta ou maioria qualificada.
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Em regra, as matérias são discutidas e votadas em turno único. O RICLDF, po-
rém, exige dois turnos de discussão e votação para as seguintes matérias:
a) proposta de emenda à Lei Orgânica;
b) projeto de lei complementar;
c) projeto de lei;
d) projeto de resolução sobre Regimento Interno, polícia legislativa, regulamen-
to administrativo e criação, transformação ou extinção de cargos da CLDF.
À votação segue-se a elaboração da redação final, que nada mais é do que a 
consolidação do texto aprovado. Essa redação final é necessária porque, muitas 
vezes, as proposições são aprovadas com emendas, o que acarreta alterações em 
sua versão original, quer por meio de supressão, acréscimo ou modificação de al-
gum dispositivo.
Para a conclusão do processo legislativo de projeto de lei complementar ou de 
projeto de lei, tem-se a sanção ou veto do Governador do DF.
A sanção é o ato pelo qual o Governador exterioriza, expressa ou tacitamente, 
sua aquiescência ao projeto de lei complementar ou de lei ordinária aprovado pela 
Câmara Legislativa (LC n. 13/1996, art. 34). A sanção tácita concretiza-se pelo 
decurso do prazo de 15 dias úteis sem a manifestação do Governador, quer pela 
sanção expressa, quer pelo veto.
O veto é o ato pelo qual o Governador nega sanção, no todo ou em parte, a 
projeto aprovado pela Câmara Legislativa (LC n. 13/1996, art. 25). O prazo para o 
Governador vetar um projeto é de 15 dias úteis, e o veto tem de ser motivado em 
questões constitucionais ou em razões de interesse público (LODF, art. 74, § 1º).
O veto devolve a matéria à nova apreciação da CLDF, que tem o prazo de 30 dias 
corridos para deliberar sobre ele. No entanto, ele só pode ser rejeitado pelo voto da 
maioria absoluta dos Deputados Distritais.
Tanto a sanção quanto o veto são atos privados, indelegáveis e irretratáveis.
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A promulgação é a etapa do processo legislativo que atesta a existência da lei, 
reconhece os fatos e atos que a geraram, indica sua validade e a torna apta a ser 
executada (LC n. 13/1996, art. 37).
A competência para promulgar as leis e os prazos para promovê-la variam con-
forme a proposição. A competência para promulgação das leis pode ser originária 
ou supletiva. Esta decorre do silêncio da autoridade com competência originária; 
aquela – a competência originária para promulgação das leis – é a sintetizada no 
quadro abaixo:
A promulgação das leis complementares e das leis, quando o Governador não 
o faz, é promovida pelo Presidente da Câmara Legislativa também no prazo de 48 
horas, contadas do esgotamento do prazo para o Governador fazer a promulgação.
Essa competência supletiva para promulgar as leis decorre de duas situações 
fáticas:
1ª) sanção tácita do Governador e silêncio na promulgação;
2ª) rejeição do veto com o silêncio do Governador na promulgação.
Quando o Presidente da Câmara Legislativa também silencia, sem fazer a pro-
mulgação de lei complementar, lei ordinária, decreto legislativo ou resolução, a 
competência é do Vice-Presidente, que tem os mesmos prazos do Presidente, mas 
não tem a prerrogativa de ficar em silêncio.
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A última etapa do processo legislativo é a publicação, tida como condição de 
vigência e eficácia da lei e a etapa pela qual se dá ciência da promulgação das leis 
aos seus destinatários, tornando obrigatória sua execução (LC n. 13/1996, art. 42). 
A publicação das leis é feita no Diário Oficial do Distrito Federal. As resoluções são 
publicadas apenas no Diário da Câmara Legislativa.
9.3 – Procedimento legislativo
O processo legislativo possui três espécies de procedimento legislativo: o ordi-
nário ou comum, o sumário e o especial.
As regras do procedimento comum são aplicáveis às proposições em geral, com 
as peculiaridades que lhe são inerentes. Assim, por exemplo, enquanto o projeto de 
decreto legislativo é discutido e votado em turno único, o projeto de lei é votado e 
discutido em dois turnos. Nesse aspecto, embora haja essa diferença, ambos estão 
submetidos ao procedimento ordinário.
As regras do procedimento sumário são as mesmas do procedimento comum. 
No entanto, há um prazo determinado para a deliberação da Câmara Legislativa do 
Distrito Federal. É o caso dos projetos para os quais o Governador pede urgência, 
cuja deliberação deve ser tomada em 45 dias corridos (LODF, art. 73, § 1º). Para 
deliberar nesse tempo, os prazos para parecer nas comissões são comuns e conco-
mitantes, não podendo ultrapassar a dois dias úteis, e os interstícios também são 
reduzidos pela metade (RICLDF, arts. 90, I, e 161, parágrafo único).
Nos procedimentos especiais, há alguma regra específica de tramitação que os 
difere do procedimento comum. É o caso, por exemplo, do projeto de resolução 
para alteração ou reforma do Regimento Interno (RICLDF, art. 224), que exige au-
toria qualificada ou institucional, possui prazos diferentes para parecer e discussão 
e depende do voto favorável da maioria absoluta dos Deputados Distritais para ser 
aprovado, o que não se aplica aos demais projetos de resolução.
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As matérias sujeitas a procedimento especial são as do quadro seguinte:
Matéria do procedimento RICLDF
a) Representação por ato incompatível com o decoro parla-
mentar
Arts. 18, 50 e 153, § 3º, c/c 
Resolução n. 110/1996, art. 17
b) Licença para incorporação de Deputado Distrital às Forças 
Armadas
Art. 21
c) Licença para suspensão das imunidades parlamentares Arts. 22 e 23
d) Deliberação sobre prisão em flagrante de Deputado Distrital 
por crime inafiançável
Art. 26, I
e) Deliberação sobre o veto Arts. 208 e 209
f) Proposta de emenda à Lei Orgânica Arts. 139, 210 e 211
g) Projetos com urgência governamental Art. 212
h) Fixação do subsídio do Governador e outras autoridades Art. 213
i) Prestação e tomada de contas do Governador Arts. 214 e 215
j) Projetos de leis orçamentárias Arts. 216 a 223
k) Projeto de resolução sobre alteração ou reforma do Regi-
mento Interno
Art. 224
l) Indicação e escolha de autoridades Arts. 227 e 228
m) Autorização para processo criminal contra o Governador e 
outras autoridades
Art. 234
n) Processo por crime de responsabilidade do Governador e 
outras autoridades
Art. 235
o) Proposições de iniciativa popular Art. 236
Na Aula 10 do Regimento Interno, disponibilizada pelo Gran Cursos Online, há o 
detalhamento de cada matéria sujeita a procedimento especial.
X – Fiscalização e Responsabilidade do Governador (RICLDF, 
arts. 225 e 226; 234 e 235)
10.1 – Fiscalização
Além da atribuição de legislar, o Poder Legislativo também possui a atribuição 
de fiscalizar, mediante controle externo, os atos e fatos da Administração Pública.
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