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Universidade Federal da Bahia Departamento de Engenharia Elétrica Tailana Azevedo da Silva EXPERIMENTO 1 Relatório Lentes e instrumentos óticos RELATÓRIO DESENVOLVIDO COMO COMPONENTE DE NOTA DA DISCIPLINA DE FÍSICA IV, LECIONADA POR PATRÍCIA HEPP. Salvador-Ba, maio de 2017 TAILANA AZEVEDO EXPERIMENTO 1 Lentes e Instrumentos óticos RELATÓRIO DESENVOLVIDO COMO COMPONENTE DE NOTA DA DISCIPLINA DE FÍSICA IV, LECIONADA POR PATRÍCIA HEPP. Salvador-Ba, maio de 2017 Sumário Introdução ......................................................................................................... 1 Objetivo ............................................................................................................. 2 Desenvolvimento .............................................................................................. 3 Materiais Utilizados .................................................................................. 3 Procedimento Experimental...................................................................... 3 TRATAMENTO DE DADOS E PERGUNTAS REALIZADAS ........................ 5 1.3.2 A relação entre o objeto, a lente e a imagem gerada pela lente ...... 5 Lei de Gauss para as lentes .................................................................. 5 A ampliação linear transversal de uma lente ......................................... 6 1.3.3 A lupa .................................................................................................... 9 1.3.4 Luneta ................................................................................................. 10 1.3.4 Microscópio composto ...................................................................... 11 Resultados e Discussões .............................................................................. 13 Conclusão ....................................................................................................... 14 P á g i n a | 1 Introdução Será abordado neste relatório alguns assuntos referentes a ótica geométrica. A óptica geométrica é um ramo da física que estuda a luz e seus fenômenos, isto é possível quando se analisa os raios de luz. Levando em consideração que a luz possui natureza dual, ou seja, a luz se apresenta ora como partícula e ora como onda, este ramo da física se limita a estudar a luz como uma partícula, para que assim possa haver o aprofundamento nos estudos de refração e reflexão. Por meio de equações matemáticas como a equação de Gauss para lentes esféricas e Leis pré-estabelecidas será possível obter o entendimento de formação de imagens, compreendendo então o mecanismo de vários instrumentos óticos. Um desses instrumentos é a Lupa, que consiste numa lente convergente, esta é capaz de trazer uma sensação de ampliação ao observar através dela um objeto, nesta lente os raios refratados se encontram no foco. Outro instrumento é a luneta que é a associação de duas lentes convergentes, de modo que uma imagem obtida por uma lente sirva de objeto para a outra. Confere-se então uma ampliação da imagem. Por fim o microscópio composto foi o último instrumento montado, ele é um pouco parecido com as lunetas, porém o microscópio é usado para observar objetos próximos e a luneta objetos distante. Este instrumento é montado apropriando-se de uma lente objetiva e uma ocular (ambas convergentes), a imagem da objetiva é o objeto para a lente ocular. P á g i n a | 2 Objetivo O experimento conta com quatro objetivos principais, são eles: construir e utilizar corretamente as combinações possíveis entre lentes e objetos, classificar as imagens formadas, determinar a posição destas imagens, e determinar a ampliação fornecida pelas lentes que foram utilizadas. Com isto analisaremos diversas situações que farão uma relação direta com a teoria envolvida no experimento, como as imagens reais e virtuais, imagens direitas ou invertidas, imagens menores ou maiores, os tipos de combinações realizadas, etc. P á g i n a | 3 Desenvolvimento ● Materiais Utilizados: • 1 base principal com escala milimetrada e sapatas niveladoras; • 1 lanterna de luz policromática; • 1 lente convergente 8 di (f = 125 mm); • 1 lente convergente 4 di (f = 250 mm); • 1 figura objeto com moldura e fixação magnética; • 1 cavaleiro com moldura para figura objeto; • 2 cavaleiros metálicos para as lentes; • 1 anteparo. Procedimento Experimental: O experimento consiste em Quatro partes principais, que são: o Parte I Inicialmente será feito uma relação entre objeto, lente, e a imagem formada pela lente, envolvendo alguns conceitos importantes, como: a lei de Gauss para as lentes e a ampliação linear transversal de uma lente. Sendo esta segunda realizada para cinco distâncias diferentes. Como instruído no roteiro, a lanterna foi posicionada na marcação de 890mm e a lente plano convexa de 8 di (f = 125 mm) foi alinhada sobre a marcação de 500 mm e a figura objeto foi colocada sobre a marca de 800 mm de tal modo que o mesmo ficou entre a lente e a fonte de luz. Com a luz ligada foi observada a imagem formada, e foi feito o que se pediu no roteiro. o Parte II Nesta etapa será realizada será calculado a distancia da imagem para lente, pela lei de Gauss, será classificada a imagem P á g i n a | 4 formada, com relação ao seu tamanho e natureza, calculando-se algumas grandezas, comparando-as com a imagem visualizada. Com a fonte desligada, a lente foi posicionada em 400 mm a figura foi colocada na marca de 300 mm. Olhou-se o objeto através da lente, podendo-se verificar uma imagem maior que o objeto em questão. o Parte III A montagem reproduzirá uma luneta, ou seja, será comprovada as características de uma luneta, além de ser calculada algumas características fundamentais, como o aumento angular da mesma. Nesta etapa a luz manteve-se desligada, foi colocado uma lente de 8 di (f=125mm) na posição de 500 mm e uma outra de 4 di (f=250) na posição de 165 mm. Um objeto à distância foi selecionado, a uma distância de 300mm da lente ocular teve-se uma impressão de aproximação do objeto. o Parte IV Nesta organização de lentes será feito um microscópio composto, no qual serão calculadas diversas características das imagens formadas pela lente, havendo uma relação entre as duas lentes presentes nesta configuração, após os cálculos irá se comparar os valores calculados, se são compatíveis com a imagem vista pelo observador. A lanterna foi colocada novamente na posição de 890 mm, a lente de 8 di em 600 mm (esta servirá de lente objetiva do microscópio). E a figura objeto na posição 790 mm. P á g i n a | 5 TRATAMENTO DE DADOS E PERGUNTAS REALIZADAS Parte I 1.3.2 A relação entre o objeto, a lente e a imagem gerada pela lente Lei de Gauss para as lentes: O objeto é considerado real, pois o mesmo emana raios refletidos. A posição em que a imagem melhor focalizou foi em 290 mm, istoé, a uma distância de 210 ±0,5 mm do centro de curvatura da lente. A partir da Lei dos pontos conjugados de Gauss pode-se obter o valor teórico, isso é possível ao se utilizar a seguinte equação: p = distância do objeto ao centro de uma lente delgada i = distância do centro da lente até a imagem f = foco da lente 1 𝑓 = 1 𝑝 + 1 𝑖 Eq. (1) Onde f = 125 mm e p = 300 mm 1 125 = 1 300 + 1 𝑖 Obtém-se então, i = 214,28418368±0,5 mm como valor teórico, que comparado com o valor obtido experimentalmente apresenta-se como próximo e admissível. Ao desenvolver a Eq. (1) teremos: 𝑖 = 𝑝 × 𝑓 𝑝 − 𝑓 Partindo desta expressão, para o cálculo da discrepância: ∆𝑖 = | 𝜕𝑖 𝜕𝑝 | × ∆𝑝 + | 𝜕𝑖 𝜕𝑓 | × ∆𝑓 teremos, ∆𝑖 = |−0,5102040816| × 0,5 + |2,9387755102| × 0,5 ∆𝑖 = 1,724489795 P á g i n a | 6 Esta discrepância consiste no fato de que o valor experimental foi determinado com base na percepção do observador, ao se obter uma imagem mais nítida projetada no anteparo. Isto implica em afirmar que a observação para determinar onde melhor a imagem focou é subjetivo. Assim, ao colocar o anteparo em 214,29 ± 0,5 será alcançada uma imagem um pouco mais bem definida. A ampliação linear transversal de uma lente: Conforme solicitado foi feita a coleta dos dados, onde a altura “h” do objeto utilizado foi de 2 ± 0,05 cm, e o tamanho h’ da imagem formada no anteparo foi de 1,5 ± 0,05 cm. Calculando o valor da ampliação pela razão entre as alturas, temos: 𝐴 = ℎ′ ℎ Eq. 2 1,5 2 = 0,75 Já o valor da ampliação pela relação entre as posições do objeto e da imagem: 𝐴 = − 𝑖 𝑝 𝐸𝑞. 3 Sendo i a distância do centro da lente até a imagem e p distância do objeto ao centro da lente. Assim: 𝐴 = − 290 300 = −0,9666 Podemos encontrar a incerteza para a ampliação referente a razão entre as alturas a partir da seguinte expressão: 𝑑𝐴 = 𝑑 ( ℎ′ ℎ ) + (𝑑ℎ × ℎ′ ℎ ) Onde dA é o erro referente a medida A da ampliação, dh o erro da medida h referente a altura do objeto e consequentemente dh’ que é o erro da medida da imagem h’. Sendo assim temos o valor da ampliação com suas respectivas P á g i n a | 7 incertezas, referente a razão entre as alturas, bem como pela relação entre objeto e imagem: ℎ′ ℎ = 0,75 ± 0,21 − 𝑖 𝑝 = −0,96 ± 0,5 Observa-se que os valores encontrados são coerentes e um tanto próximos do experimental, levando-se em consideração os erros cometidos, como uma má leitura da escala do anteparo, devido a sua dimensão ser um tanto maior que a imagem que foi projetada, admitindo assim uma pequena desproporcionalidade. Outro erro em questão pode ter ocorrido quando estava a buscar uma imagem mais focalizada, pois se trata de uma tentativa do observador encontrar este ponto, sendo que esta tentativa pode ser falha, como já dito, a determinação para uma imagem nítida é subjetiva. A imagem obtida é real, pois sua projeção sobre o anteparo é visível. Além disso é menor e invertida quando comparada com o objeto. Diagrama 1 – Representação do experimento em questão P á g i n a | 8 Posição do objeto Real ou virtual? Direita ou invertida? Maior ou menor? h’ (±0,5mm) p (±0,5mm) 700mm Real Invertida Maior 35 200 675mm Real Invertida Maior 58 175 Posição do objeto i(mm) Teórico i (mm) Prático h’ (±0,5mm) 𝑨 = − 𝒊 𝒑 𝑨 = 𝒉′ 𝒉 700mm 333,33 330,00±0,5 35 1,667 1,75 675mm 437,5 475±0,05 58 2,5 2,9 Os resultados experimentais estão bem próximo dos valores esperados. Para as posições de 700 e 675 mm o objeto encontra-se situado a uma distância de 200 mm e 175 mm do centro de curvatura da lente, respectivamente. Estas distâncias são maiores do que a distância focal de 125 mm, o que evidenciará em imagens maiores do que o objeto, tais como foi verificado experimentalmente. As incertezas devem-se ao fato do observador ter tentado encontrar a imagem mais bem definida, tal como já foi citado acima. Quando o objeto é colocado na posição de 625 mm, o mesmo se situa sobre o foco da lente, 625 - 500=125mm, a imagem não foca pois a mesma será formada no infinito. Já para o objeto em 570mm o mesmo não forma imagem, uma vez que o mesmo se encontra a uma distância de 570-500= 70 mm da lente, ou seja, o objeto se encontra antes do foco. P á g i n a | 9 Parte II 1.3.3 A lupa Após colocar os materiais posicionados conforme descrito no procedimento experimental, observou-se que a imagem formada é virtual, direita e maior que o objeto em questão. Utilizando-se a lei de Gauss (equação 1), a distância i (entre a imagem e a lente) obtida foi de -500 ± 0,05mm. Diagrama 2 – Representação da Lupa Os valores encontrados são compatíveis com a imagem visualizada, pois calculando o valor da ampliação utilizando a Eq. 2, obtém-se uma ampliação de 5, apresentando assim coerência no resultado. P á g i n a | 10 Parte III 1.3.4 Luneta Após seguir o procedimento experimental, vemos que a imagem formada era invertida e visualmente mais próxima que o objeto observado, o que evidencia uma ampliação. O aumento angular G da luneta construída foi: 𝐺 = 𝐹𝑜𝑏 𝐹𝑜𝑐 𝐸𝑞. 4 𝐺 = 250 125 = 2 ± 0,01 ∆𝐺 = 1 𝐹𝑜𝑐 × ∆𝐹𝑜𝑏 + 𝐹𝑜𝑏 𝐹𝑜𝑐2 × ∆𝐹𝑜𝑐 = 0,01 Ao colocar a lente de 8 di em 700 mm e ainda com o observador em 300mm notou-se uma perda da nitidez da imagem, já esta mesma lente na posição de 350mm obteve-se uma imagem muito bem definida. P á g i n a | 11 Parte IV 1.3.4 Microscópio composto Após seguir o procedimento experimental, foi utilizada a equação de Gauss (Eq. 1) para o cálculo da posição da imagem, onde f = 125mm e p = 190mm, obteve-se o valor i1 = 365,38mm, estando assim a imagem a 235 ± 0,5 mm. Ao colocar o anteparo no local que fora calculado, observou-se uma imagem real, invertida e maior que o objeto observado. Ao utilizar a seguinte equação, podemos determinar o aumento linear transversal: 𝐴 = ℎ′ ℎ = − 𝑖 𝑝 Onde i=365 mm e p = 190 mm, obtendo assim -1,92. A altura h’ foi estimada durante o experimento, valendo assim -4,1 ± 0,5 cm. Diagrama 3 – Representação microscópio composto Extraída em 24/05/2017: http://www.dhnet.org.br/w3/henrique/caminholuz/images/fig7-11.jpg A imagem fornecida pela lente objetiva (8 di) foi considerada objeto para a lente ocular (4di), posicionada em 200mm, desta forma o objeto estará posicionada a 35 mm da lente. Fazendo uso da Lei de Gauss (Eq. 1) mais uma vez, teremos o valor de i2 equivalente a -40,7 mm. Usando-se a Eq. 3 supracitada anteriormente, podemos calcular a ampliação fornecida pela ocular, que será a razão entre -40,7 mm e 35 mm, resultando em 1,16 de ampliação. Podemos calcular a ampliação total, a partir da expressão: AT = A1×A2 P á g i n a | 12 Onde A1 é a ampliação obtida pela lente objetiva e A2 a ampliação fornecida pela lente ocular, assim esta expressão resultará em 2,23 de ampliação total. Desta forma podemos calcular a altura h’2 da imagem conjugada pela ocular, usando a expressão,𝐴 = ℎ′ ℎ Assim, h’2 = AT × h’1 Resultando em h’2 = 4,46 cm. Experimentalmente este valor não foi possível de ser obtido, uma vez que o anteparo se encontrou muitíssimo perto da lente. Colocando o rosto rente a base principal, na posição de 300 mm observou-se uma imagem virtual, maior e invertida. Os valores encontrados são compatíveis com a imagem visualizada pois i foi negativo, indicando que a imagem seria virtual, h'2 foi maior que h’1( indicando a ampliação) e foi direita em relação a i1. P á g i n a | 13 Resultados e Discussões Ao fim do experimento pôde-se entender com um pouco mais de clareza os instrumentos óticos que foram utilizados, já que foi observada a passagem da luz em uma lente, vendo assim o comportamento da mesma após ultrapassar esta superfície refratora. Além disso, foi possível observar a partir das equações que regem a física óptica geométrica o comportamento das imagens a serem formadas, uma vez que esta vertente da física entende a luz como uma partícula, e não a luz como uma onda. A lei de Gauss para as lentes esféricas evidencia esta questão, ambas ajudaram a calcular os valores teóricos, comparando assim com os experimentais, isto foi com certeza interessante. P á g i n a | 14 Conclusão Ao fim deste relatório foi verificado que os valores medidos encontrados são próximos aos valores teóricos, sendo esta diferença justificada pela propagação de erros dos observadores, dos equipamentos, e dos materiais utilizados. Mesmo com todas estas questões pode-se concluir que realmente o desenvolvimento teórico oferecido no roteiro é aplicável na prática, fixando assim com mais clareza e objetividade o assunto abordado neste relatório. Introdução Objetivo Desenvolvimento ● Materiais Utilizados: Procedimento Experimental: TRATAMENTO DE DADOS E PERGUNTAS REALIZADAS 1.3.2 A relação entre o objeto, a lente e a imagem gerada pela lente Lei de Gauss para as lentes: A ampliação linear transversal de uma lente: 1.3.3 A lupa 1.3.4 Luneta 1.3.4 Microscópio composto Resultados e Discussões Conclusão
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