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CONSTITUIÇÃO DOS ESTADOS UNIDOS DO BRASIL DE 1937

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CONSTITUIÇÃO DOS ESTADOS UNIDOS DO BRASIL DE 1937
Natalia Dalla Pria Pereira; Matheus Santana Andrade
(Universidade Paranaense – UNIPAR)
Introdução: Em 1934, Getúlio Vargas foi eleito presidente do Brasil. No início de seu governo tinha-se um país divido de um lado a Ação Integralista Brasileira (AIB) de ideais fascistas e do outro a Aliança Nacional Libertadora (ANL) de ideais socialistas. Temendo a tomada do poder pelos comunistas Vargas dá um golpe ditatorial, revoga a Constituição de 1934 e outorga a Constituição dos Estados Unidos do Brasil de 1937.
Objetivo: Analisar as principais características da Constituição de 1937.
Desenvolvimento: Outorgada a Constituição dos Estados Unidos do Brasil de 1937, dá-se início a ditadura, intitulada por Getúlio Vargas como “Estado Novo”. Conhecida também como Polaca, a constituição teve influência fascista da Constituição polonesa de 1935. A nova Constituição de 1937 fecha o Parlamento e dá ao governo amplo domínio do Poder Judiciário, cria a Polícia Especial e o Departamento de Imprensa e Propaganda (DIP). Responsável pela repressão e censura dos meios de comunicação, o DIP restringe a circulação dos meios de comunicação, afetando diretamente o direito de manifestação do pensamento, ocorre também o enfraquecimento dos direitos fundamentais e com o Decreto-Lei nº 37 há a dissolução dos partidos políticos. Com objetivo de atrair o apoio da população, foram criados os direitos sociais e a Consolidação das Leis Trabalhistas (CLT) que garantia importantes direitos a classe trabalhadora. A Constituição Polaca tem como forma de Governo a República, e como forma de Estado a Federação, porém a autonomia dos Estados foi reduzida, sendo os interventores federais que nomeavam os governos estaduais, a capital do Brasil continuou a ser a cidade do Rio de Janeiro, em seu texto não cita uma religião oficial do Estado, o Brasil continua laico e em seu preâmbulo não há mais a invocação de ‘Deus’. Proibia o direito a greve e utilizava a tortura como meio de repressão. 
“A teoria clássica da tripartição de ‘Poderes’ de Montesquieu foi formalmente mantida. Entretanto, na prática, tendo em vista o forte traço autoritário do regime, o Legislativo e o Judiciário foram ‘esvaziados’.” (LENZA, 2013). O Poder Legislativo seria exercido pelo Parlamento Nacional composto pela Câmara dos Deputados e o Conselho Federal, sendo a primeira composta por representantes do povo, eleitos por meio do sufrágio indireto. O Poder Judiciário era composto pelo Supremo Tribunal Federal, Juízes e Tribunais dos Estados e do Distrito Federal e dos Territórios e pelos Juízes e Tribunais Militares. Assim como os partidos políticos, a Justiça Eleitoral também foi extinta. O Poder Executivo era supremo, segundo José Afonso da Silva (2005, p. 83), “Vinte e uma emendas sofreu essa constituição, através de leis constitucionais, que alteravam ao sabor das necessidades e conveniências do momento, e não raro, até do capricho do chefe de governo”. Apesar da realidade da ditadura podemos concluir que a economia do país neste período teve boa expansão capitalista, fazendo a utilização de seus recursos naturais surgindo nessa época empresas estatais como: Vale do Rio Doce, Companhia Nacional de Álcalis, Fábrica Nacional de Motores e Companhia Hidroelétrica de São Francisco.
Conclusão: Observa-se que a Constituição em questão não teve aplicação regular, o Presidente utilizou o poder para reprimir os adversários, visando o interesse individual sempre acima do bem da coletividade.
Referências:
LENZA, P. Direito Constitucional Esquematizado. 17 ed. São Paulo: Saraiva, 2013. 115-119 p.
SILVA, J. A. Curso de Direito Constitucional Positivo. 25 ed. São Paulo: Malheiros, 2005. 82-83p.

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