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Nota de Aula ESTADO, GOVERNO, PODER, SOCIEDADE - Parte III_BG

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Disciplina: Geopolítica, Regionalização e Integração
Líder da Disciplina: Prof Enzo Vasques
Professora: Rosely Gaeta 
Nota de Aula PARTE III_ Estado, Governo, Poder, Sociedade
Estado, Governo, Poder, Sociedade (continuação)
	Regime Político
Na ciência política, é o nome que se dá ao conjunto de instituições políticas por meio das quais um estado se organiza de maneira a exercer o seu poder sobre a sociedade. Cabe notar que esta definição é válida mesmo que o governo seja considerado ilegítimo.
Tais instituições políticas têm por objectivo regular a disputa pelo poder político e o seu respectivo exercício, inclusive o relacionamento entre aqueles que detêm o poder político (autoridade) e os demais membros da sociedade (administrados).
O regime político adoptada por um Estado não deve ser confundida com a sua forma de Estado (Estado unitário ou federal) ou com o seu sistema de governo (presidencialismo, parlamentarismo, ou semi-presidencialismo).
Outra medida de cautela a ser observada ao estudar-se o assunto é ter presente o fato de que é complicado categorizar as formas de governo. Cada sociedade é única em muitos aspectos e funciona segundo estruturas de poder e sociais específicas. Assim, alguns estudiosos afirmam que existem tantas formas de governo quanto há sociedades.
Regimes políticos antigos (não será objeto de estudo no momento)
· Absolutismo 
· Caciquismo 
· Czarismo 
· Ditadura 
Regimes políticos contemporâneos
São, em geral, classificados em:
· Democracia
· Os regimes políticos democráticos se caracterizam por eleições livres, liberdade de imprensa, respeito aos direitos civis constitucionais, garantias para a oposição e liberdade de organização e expressão do pensamento político.
· Autoritarismo
· Os regimes políticos autoritários, localizados na América Latina nos anos 1960/1970, operam por meio da suspensão das garantias individuais e das garantias políticas. No regime político autoritário as normas constitucionais são manipuladas ou reeditadas conforme os interesses do grupo ou partido que detêm o poder.
· Totalitarismo
· Os regimes políticos totalitaristas diferem fundamentalmente dos dois regimes citados. No totalitarismo, o regime político está concentrado em uma pessoa que representa a figura de um fürher (comandante supremo). Nos regimes políticos totalitários não há nenhuma instituição política que possa representar qualquer vestígio de democracia. Tais regimes ocorreram entre os anos 1920/1945 na forma de fascismo na Itália e franquismo na Espanha, nazismo na Alemanha e stalinismo na União Soviética.
. Democracia 
	· A democracia baseia-se nos princípios do governo da maioria associados aos direitos individuais e das minorias. Todas as democracias, embora respeitem a vontade da maioria, protegem escrupulosamente os direitos fundamentais dos indivíduos e das minorias.
· Os cidadãos numa democracia não têm apenas direitos, têm o dever de participar no sistema político que, por seu lado, protege os seus direitos e as suas liberdades.
	Fonte: Princípio da Democracia – Embaixada dos Estados Unidos Brasília
Dentre as mais relevantes e importantes “invenções” dos gregos está a democracia. 
Palavra de origem grega (δημοκρατία, dēmokratía), demo significa povo, enquanto que cracia vem de kratos, que significa governo, poder. Logo, democracia significa condição na qual o poder é do povo porque todos são iguais.
É um regime de governo em que o poder de tomar importantes decisões políticas está com os cidadãos (povo), direta ou indiretamente, por meio de representantes eleitos — forma mais usual. 
Uma democracia pode existir num sistema presidencialista ou parlamentarista, republicano ou monárquico. 
As Democracias podem ser divididas em diferentes tipos, baseado em um número de distinções. A distinção mais importante acontece entre:
· A democracia direta (algumas vezes chamada "democracia pura"), na qual o povo expressa a sua vontade por voto direto em cada assunto particular, 
· a democracia representativa (algumas vezes chamada "democracia indireta"), na qual o povo expressa sua vontade por meio da eleição de representantes que tomam decisões em nome daqueles que os elegeram. 
Outros itens importantes na democracia:
· quem é "o Povo", isto é, quem terá direito ao voto; 
· como proteger os direitos de minorias contra a "tirania da maioria" 
· e qual sistema deve ser usado para a eleição de representantes ou outros executivos.
Um pouco de História
A história da democracia se refere a um conjunto de processos históricos cuja origem é tradicionalmente localizada na Atenas clássica e por meio dos quais foram forjados discursos e práticas políticas de cunho democrático. 
Democracia é um conceito de difícil definição, fundamentado na noção de uma comunidade política na qual todas as pessoas possuem o direito de participar dos processos políticos e de debater ou decidir políticas igualmente e, na acepção moderna, na qual certos direitos são universalizados a partir dos princípios de liberdade de expressão e dignidade humana. O conceito de democracia,embora estreitamente vinculado à ideia de lei e ao constitucionalismo, não se resume à igualdade jurídica, e também depende do acesso democrático (isto é, igual para todos) a espaços e benefícios sociais diversos, sobretudo do ponto de vista das esquerdas.
Na Grécia antiga, o termo foi muitas vezes empregado de forma depreciativa, uma vez que a maior parte dos intelectuais gregos, entre eles Platão e Aristóteles, era contrária a um governo de iniciativa popular.
A despeito da democracia enquanto instituição ter nascido na cultura grega, mais especificamente em Atenas, vale a ressalva de que a participação política não era de fato tão democrática, mas restringia-se a um grupo – mais especificamente ao grupo dos homens. Dessa forma, não apenas as mulheres estariam excluídas dos debates e discussões, mas também uma enorme fatia da população composta por escravos, libertos e estrangeiros.
Para os gregos havia três tipos de regimes políticos: monarquia, república e democracia, sendo que o que os diferenciava era o número de indivíduos que detinha o poder. Segundo Renato Janine Ribeiro (2012, s/p.), 
 “Monarquia é o poder (no caso, arquia) de um só (mono). Aristocracia é o poder dos melhores, os aristoi, excelentes. São quem tem aretê, a excelência do herói. Assim, a democracia não se distingue apenas do poder de um só, mas também do poder dos melhores, que se destacam por sua qualidade. A democracia é o regime do povo comum, em que todos são iguais”. 
Através da história percebemos como as sociedades (principalmente as ligadas à cultura ocidental) tornaram-se mais complexas, a exemplo da sociedade industrial que surgiria no século XIX. Parte da explicação dessa complexalização estaria:
· no desenvolvimento do capitalismo (alavancado pela Revolução Industrial) e 
· da valorização da liberdade enquanto direito universal dos homens em todos os sentidos, ou seja, da liberdade de expressão, religiosa e principalmente política (enquanto desdobramentos da Revolução Francesa). 
Assim, diferentemente das cidades-estado gregas, as sociedades urbanas e industriais seriam compostas por milhares de pessoas (cidadãos) e as relações sociais (assentadas sobre uma sociedade de classes) se dariam sob outra lógica, requerendo um outro tipo de organização política. Dessa forma, a democracia direta ou participativa enquanto instrumento para decisões e debate político se tornaria impossível.
Democracia direta & Democracia indireta.
Democracia direta refere-se ao sistema pelo qual os cidadãos decidem diretamente cada assunto por votação. 
A democracia direta tornou-se cada vez mais difícil, e necessariamente se aproxima mais da democracia representativa, quando o número de cidadãos cresce. 
	
	O Landsgemeinde, é uma velha forma de democracia direta sendo ainda praticado em dois cantões suíços.
Com o crescimento das populações o voto exercido em praça pública tornou-se mais difícil de ser gerido.
	Fonte: http://pt.wikipedia.org/wiki/DemocraciaDessa forma, a democracia representativa seria uma alternativa para melhor se deliberar em Estados muito grandes, com muitos indivíduos, os quais estariam, de forma desorganizada, dispostos a lutar por uma infinidade de interesses particulares. Na democracia representativa, o dever de fazer leis não cabe a todo o povo, mas a um grupo restrito de representantes eleitos (vereadores, deputados, senadores) pelo próprio povo, do qual recebem os direitos políticos para defender e governar a sociedade. Logo, a responsabilidade dos políticos enquanto representantes estaria em zelar e lutar pelas reivindicações de toda a sociedade e não apenas de um grupo ou de um indivíduo.
Daí a importância da participação da sociedade civil na política, bem como do entendimento do voto como um dos principais mecanismos para isso. Infelizmente, na política brasileira, além da apatia e desinteresse de grande parte da população com assuntos políticos, não raramente alguns representantes investidos de seus cargos públicos envolvem-se em casos de corrupção, desvirtuando o sentido da representação do povo.
Em democracias representativas, em contraste, os cidadãos elegem representantes em intervalos regulares, que então votam os assuntos em seu favor.
Do mesmo modo, muitas democracias representativas modernas incorporam alguns elementos da democracia direta, como o referendo ou o plebiscito
	Diferença entre plebiscito e referendo:
· no direito latino:
· o plebiscito é convocado antes da criação da norma (ato legislativo ou administrativo), e é o povo, por meio do voto, que vai aprovar ou não a questão que lhe for submetida. 
· o referendo é convocado após a edição da norma, devendo o povo ratificá-la ou não. 
· No direito anglo-saxônico os termos "plebiscite" e "referendum" são usados quase como sinônimos. 
	Fonte: http://pt.wikipedia.org/wiki/Referendo 
Podemos ver democracias diretas e indiretas como os tipos ideais, com as democracias reais se aproximando umas das outras. Algumas entidades políticas modernas, como a Suíça ou alguns estados americanos, onde é frequente o uso de referendo iniciada por petição (chamada referendo por demanda popular) ao invés de membros da legislatura ou do governo. A última forma, que é frequentemente conhecida por plebiscito, permite ao governo escolher se e quando manter um referendo, e também como a questão deve ser abordada. Em contraste, a Alemanha está muito próxima de uma democracia representativa ideal: na Alemanha os referendos são proibidos — em parte devido à memória de como Adolf Hitler usou isso para manipular plebiscitos em favor do seu governo.
	(( Aprofunde seu conhecimento lendo o artigo sobre a volta da democracia ao Brasil no Anexo I.
Democracias ao Redor do Mundo:
É difícil precisar o número de democracias na actualidade. A linha que divide regimes democráticos dos regimes autocráticos é ténue. Muitos países (p.ex. Singapura) têm supostamente eleições livres, onde o partido do governo vence sempre, normalmente acompanhado por alegações ou evidências de repressão a qualquer oposição ao governo. Nesses países parece haver as chamadas "democracias de um só partido" (se bem que os termos democracia e monopartidarismo não são antagónicos).
No entanto, houve tentativas de determinar o número de democracias. De acordo com a Casa da Liberdade, no fim do ano 2000 havia 120 democracias no mundo.
Quase todos Estados hoje apoiam a democracia em princípio, embora geralmente não na prática. Mesmo muitas ditaduras comunistas chamam a si mesmos democracias populares (p.ex. a "República Democrática do Vietname", "República Democrática Popular da Coréia"), embora de modo algum sejam democráticas do ponto de vista da maioria dos ocidentais. Uma das fraquezas apontadas à Democracia é o fato de não permitir que objectivos lançados por um governo a longo prazo, mesmo que sejam essenciais para o progresso/bem estar dos cidadãos, não possam ser postos de lado pelo governo seguinte, adiando assim decisões importantes, ou seja, não permite que haja um rumo para a nação em causa.
Algumas ideologias se opõem abertamente à democracia, por exemplo, o Fascismo.
	Índice de Democracia 2011
	
	
	Fonte: ONG Freedom in the World apud http://pt.wikipedia.org/wiki/Democracia 
Referências Bibliográficas
BENEVIDES, Maria Victoria de Mesquita. 'A cidadania Activa – Referendo, Plebiscito e iniciativa popular' . São Paulo. Ed. Ática, 1991, p.128. 
WOLF LINDER, SCHWEIZERISCHE DEMOKRATIE: INSTITUTIONEN, PROZESSE, PERSPEKTIVEN 256-64 (2nd edition, 2005) 
BOBBIO, Norberto. 'Estado, governo, sociedade'. São Paulo : Paz e Terra, 1987, p. 459. 
BONAVIDES, Paulo. 'Ciência política.' 10. ed. São Paulo : Malheiros, 2003, p. 275. 
Ribeiro, Paulo Silvino. Democracia direta (particiaptiva) e Democracia Indireta (representativa) Brasil Escola: http://www.brasilescola.com/sociologia/da-democracia-direta-participativa-democracia-indireta-representativa.htm
Wikipedia: http://pt.wikipedia.org/wiki/Democracia 
. Autoritarismo 
Autoritarismo descreve uma forma de governo caracterizada pela ênfase na autoridade do Estado em uma república ou união. É um sistema político controlado por legisladores não eleitos que usualmente permitem algum grau de liberdade individual.
Pode ser definido como um comportamento em que uma instituição ou pessoa se excede no exercício da autoridade de que lhe foi investida. 
Pode ser caracterizado pelo uso do abuso de poder e da autoridade confundindo-se com o despotismo. 
Nas relações humanas o autoritarismo pode se manifestar da vida nacional onde um déspota ou ditador age sobre milhões de cidadãos, até a vida familiar, onde existe a dominação de uma pessoa sobre outra através do poder financeiro, econômico ou pelo terror e coação. 
Características 
O autoritarismo possui as seguintes características para se manter no poder: 
· Exclusividade do exercício do poder. 
· Arbitrariedades. 
· Enfraquecimento dos vínculos jurídicos do poder político. 
· Alteração da legislação institucional criando regras para a auto manutenção do poder.
· Restrição substancial das liberdades públicas e individuais. 
· Impulsividade nas decisões. 
· Agressividade à oposição. 
· Controle do pensamento. 
· Censura às opiniões. 
· Cerceamento das liberdades individuais. 
· Cerceamento das liberdades de movimentação. 
· Emprego de métodos ditatoriais e compulsórios de controle político e social. 
Os regimes autoritários sempre coincidem com a figura do estado de exceção, este é diametralmente oposto ao estado de direito. O autoritarismo apesar da relação com o militarismo, nem sempre caminha junto ao estado militarista, mas para se manter no poder precisa daqueles que são os representantes das forças armadas nacionais. Criando por vezes muitas relações incestuosas entre os militares, os políticos e os detentores do poder econômico. 
O sistema autoritário necessariamente não precisa ser originário de um sistema econômico que supervaloriza o chamado complexo industrial-militar, podendo ser financiado e tutelado pelo poder militar alienígena de nações estrangeiras e dominadoras da economia de uma determinada região. 
Os regimes políticos conhecidos como ditaduras militares durante a história da humanidade foram modelos de autoritarismo estrito, uma vez que instauraram estados de exceção, que se impuseram pela força das armas e por elas foram mantidos. No decorrer do século XX, o autoritarismo foi estudado por diversas escolas de todas as partes do planeta.
Referências Bibliográficas:
Adorno, Theodor W; The Authoritarian Personality ( A personalidade autoritária), 1950. 
Hannah Arendt; The Origins of Totalitarianism (As origens do totalitarismo),1958. 
Duverger, Maurice; De la dictadure (Da ditadura), 1961. 
Shepard, Jon. Sociology and You. Ohio: Glencoe McGraw-Hill, 2003. ISBN 0-07-828576-3 
Wikipédia: http://pt.wikipedia.org/wiki/Autoritarismo 
. Totalitarismo (ou regime totalitário) 
É um sistema político no qual o Estado, normalmente sob o controle de uma única pessoa, político,facção ou classe, não reconhece limites à sua autoridade e se esforça para regulamentar todos os aspectos da vida pública e privada, sempre que possível.
O totalitarismo é caracterizado pela coincidência do autoritarismo (onde os cidadãos comuns não têm participação significativa na tomada de decisão do Estado) e da ideologia (um esquema generalizado de valores promulgado por meios institucionais para orientar a maioria, senão todos os aspectos da vida pública e privada).
Os regimes ou movimentos totalitários mantêm o poder político por meio de uma propaganda abrangente divulgada por meio dos meios de comunicação controlados pelo Estado, um partido único que é muitas vezes marcado por culto de personalidade, o controle sobre a economia, a regulação e restrição da expressão, a vigilância em massa e o disseminado uso do terrorismo de Estado.
Sob o título de totalitarismo, as diferenças ideológicas entre regimes como o nazismo de Adolf Hitler e o fascista de Benito Mussolini, o comunista de Josef Stalin e o de Mao Tse-tung, ficam indistintas. 
Recentemente considerado, pela maioria da opinião pública internacional, o Bolivarianismo de Hugo Chávez da Venezuela, um regime meramente totalitário, o qual pretende significar o exercício de uma democracia mais direta do que representativa. Todas as instituições constitucionais são instáveis, podendo ser a qualquer momento modificadas de acordo com a vontade do máximo representante do Estado, embora, normalmente, referendadas pela população através de plebiscitos, considerados manipulados, segundo a oposição. 
	((( pesquise sobre o assunto para ampliar seu conhecimento e acompanhe o noticiário. Eleito presidente em 1998 ele logrou mudar a Constituição de foma permitir sua reeleição indefinida. Supõe-se haver fraudes eleitorais. Opositores são presos, órgãos de imprensa fechados e empresas privadas tomadas e estatizadas, dentre outros atos que caracterizam o totalitarismo
	O Nazismo, Facismo e Stalinismo 
(somente alguns elementos. ((Aprofunde seus conhecimentos lendo mais sobre o assunto)
	O nazismo era, desde seu início, antiliberal tendo derrubado antigas estruturas institucionais imperiais bem como antigas elites consolidadas.
Já o fascismo italiano foi mais proveitoso ao capital na medida em que extinguia sindicatos e obstáculos à administração patronal do trabalho. O movimento foi no interesse de velhas classes dominantes em reação às agitações esquerdistas revolucionárias que se avolumavam. O fascismo, liderado por Mussolini, foi um regime anti-democrático no qual o poder ficava nas mãos de um chefe de Estado, havia grande incentivo à educação e preparação de indivíduos para a guerra. Os fascistas se apresentavam como solução para a crise economica e greves italianas. Por meio de violência e mortes eles sufocaram os movimentos grevistas e Mussolini conquistou oficialmente o poder.
Características do Stalinismo:
· Ditadura burocrática do regime de partido único; 
· centralização dos processos de tomada de decisão no núcleo dirigente do Partido; 
· burocratização do aparelho estatal; 
· intensa repressão a dissidentes políticos e ideológicos; 
· culto à personalidade do(s) líder(es) do Partido e do Estado; 
· intensa presença de propaganda estatal e incentivo ao patriotismo como forma de organização dos trabalhadores; 
· censura aos meios de comunicação e expressão; 
· coletivização obrigatória dos meios de produção agrícola e industrial; 
· militarização da sociedade e dos quadros do Partido.
	Fonte: http://pt.wikipedia.org/wiki/Totalitarismo 
IDEOLOGIA : O que há por trás das filosofias totalitárias
O totalitarismo como forma de domínio político sistemático e permanente começou a se manifestar em alguns países europeus entre o final dos anos 20 e o início dos 30. Sua doutrina prega não apenas a desestabilização da capacidade política das pessoas, isolando-as da vida pública: seus objetivos são mais profundos, graves e obscuros, pois destroem os grupos e instituições que formam as relações privadas do indivíduo, tornando-o um estranho para si mesmo e para os demais. Assim, o regime de governo penetra no cotidiano das pessoas e da sociedade e, sobretudo, na natureza humana. Combinando perseguição ideológica e terror, estabelece o medo e a submissão. 
O totalitarismo baseia-se na convicção de que detém a verdade absoluta. Assim, suas análises não dependem de comprovação e verificação, pois a verdade e as leis da evolução histórica dão uma aparente legitimidade às suas ações e explicações. Pode, portanto, criar um mundo fictício e coerente a partir das normas que ele mesmo criou, tornando-se uma trágica realidade. Geralmente seus princípios são impostos de forma sistemática por recursos de propaganda usados para convencer - e manipular - as massas. Quando a propaganda não resolve, entra em cena a polícia secreta para resguardar os valores do regime.
Em governos totalitários, o poder deve estar obrigatoriamente concentrado e monopolizado nas mãos de uma pessoa ou de um só partido. Esse partido e o Estado coexistem como uma dupla autoridade, estabelecendo a confusão entre as duas instituições. Apesar da duplicidade, o poder no Estado totalitário é fortemente personalizado. O ditador acumula o status de chefe do Estado, do partido e da polícia secreta; detém a verdade histórica e conhece as normas e princípios que a sociedade deve aceitar; conhece e reconhece os inimigos, reais e fictícios, do Estado e da "nova sociedade" que apregoa. Em sua figura centraliza-se todo o poder. 
O expansionismo é outra característica típica dos Estados totalitários. O que está em jogo é o domínio total do mundo, seja em favor do surgimento de uma nova raça ou na instauração de uma nova sociedade. Portanto, a chegada ao poder não significa apenas restringir-se às fronteiras nacionais, mas a conquista de "aliados" e nações. 
Após a década de 40, o conceito de totalitarismo foi revisto e ampliado para permitir a compreensão das especificidades de cada caso. Os estudiosos perceberam, por exemplo, divergências fundamentais entre o fascismo italiano e o stalinismo soviético, apesar dos pontos em comum. A perspectiva internacionalista do nazismo também era bastante diversa da que Stalin defendia.
Fonte: http://revistaescola.abril.com.br/ensino-medio/grandes-irmaos-427292.shtml
Acesso março 2012
	Distinção entre Autoritarismo e Totalitarismo
	A distinção entre regime autoritário e totalitário é que no primeiro, o Governo não procura controlar a vida privada de seus cidadãos a ponto de torná-los, compulsoriamente, "reeducados" para passar o resto de suas vidas sob o regime. 
Nos regimes autoritários da América Latina, havia forte repressão vinda de cima, contra os elementos reputados "dissidentes", mas a população civil era normalmente deixada em paz. 
Nesse particular, o autoritarismo de Estado prefere alienar a população, fornecendo-lhe diversões públicas que as distraiam das preocupações políticas. Foi o caso do Brasil, que, durante o período 1964-1985, teve no futebol o centro de suas atenções, especialmente a partir da eleição indireta do presidente militar Emílio Garrastazu Médici, que assentou como ponto de honra obter o tricampeonato mundial na Copa do Mundo de 1970, vitoriosamente alcançado. 
A alienação imposta pelo autoritarismo por meio do esporte levou a oposição a parodiar Karl Marx, dizendo que "o futebol é o ópio do povo". 
No totalitarismo, o Governo tende a endeusar-se, implantando uma verdadeira ditadura de partido único, confundindo o Partido com o Estado.
	Fonte: http://pt.wikipedia.org/wiki/Autoritarismo 
	(( Saiba mais:
Aprofunde o seu conhecimento lendo o artigo Os Grandes Irmãos no Brasil no Anexo II.
	Sistemas de Governo
Em ciência política, o sistema de governo é a maneira pela qual o poder político é dividido e exercido no âmbito de um Estado. O sistema de governo varia de acordo com o grau de separação dos poderes, indo desde a separação estrita entre os poderes legislativo e executivo (presidencialismo), de que é exemploo sistema de governo dos Estados Unidos da América, até a dependência completa do governo junto ao legislativo (parlamentarismo), caso do sistema de governo do Reino Unido.
O sistema de governo adotado por um Estado não deve ser confundido com a sua forma de Estado (Estado unitário ou federal) ou com a sua forma de governo (monarquia, república etc.).
Os sistemas de governo mais adotados no mundo são:
· parlamentarismo 
· presidencialismo 
· semi-presidencialismo 
Parlamentarismo
O parlamentarismo é um sistema de governo no qual o poder executivo de um Estado depende do apoio direto ou indireto do parlamento, usualmente manifestado por meio de um voto de confiança. Assim, não há uma clara separação dos poderes entre os poderes executivo e legislativo.
Embora alguns critiquem o parlamentarismo por não adotar os freios e contrapesos encontrados no presidencialismo, outros arguam que o sistema parlamentarista é mais flexível do que o presidencial, pois enquanto neste último uma crise política poderia levar a uma ruptura institucional, naquele o problema seria resolvido com a queda do governo e, eventualmente, a dissolução regular do parlamento.
Os sistemas parlamentaristas costumam adotar uma diferença clara entre o chefe de governo e o chefe de Estado, sendo este uma figura simbólica eleita indiretamente ou um monarca hereditário com pouco ou nenhum poder, e aquele, um primeiro-ministro responsável pelo governo perante o parlamento. Entretanto, alguns sistemas parlamentaristas possuem chefes de Estado eleitos e, por vezes, com alguns poderes políticos. Em geral, as monarquias constitucionais adotam sistemas parlamentaristas de governo.
Presidencialismo
O presidencialismo é um sistema de governo no qual o presidente da república é chefe de governo e chefe de Estado. Como chefe de Estado, é ele quem escolhe os chefes dos grandes departamentos ou ministérios. 
O presidencialismo é um sistema de governo no qual há uma nítida separação dos poderes entre o executivo e o legislativo, de maneira que o poder executivo é exercido independentemente do parlamento, não é diretamente responsável perante este e não pode ser demitido em circunstâncias normais.
Juridicamente, o presidencialismo se caracteriza pela separação de poderes Legislativo, Judiciário e Executivo. A noção de separação estrita de poderes surgiu de forma clara na obra de Montesquieu, como resultado de suas observações da história dos sistemas políticos da França e dos Estados da Grã-Bretanha, e foi primeiramente adotada de maneira sistemática pela constituição dos EUA, ao instituir o cargo de presidente.
Embora em tese o sistema presidencialista não seja exclusivo de repúblicas, uma monarquia presidencialista é absoluta.
	Países Presidencialistas
	
 HYPERLINK "http://pt.wikipedia.org/wiki/Afeganist%C3%A3o" \o "Afeganistão" Afeganistão 
 HYPERLINK "http://pt.wikipedia.org/wiki/Argentina" \o "Argentina" Argentina 
 Arménia 
 HYPERLINK "http://pt.wikipedia.org/wiki/Bielorr%C3%BAssia" \o "Bielorrússia" Bielorrússia 
 Bolívia 
 HYPERLINK "http://pt.wikipedia.org/wiki/Brasil" \o "Brasil" Brasil 
 Cazaquistão 
 Chile 
 Chipre 
 Colômbia 
 Coreia do Sul 
 HYPERLINK "http://pt.wikipedia.org/wiki/Costa_Rica" \o "Costa Rica" Costa Rica 
 HYPERLINK "http://pt.wikipedia.org/wiki/El_Salvador" \o "El Salvador" El Salvador 
 HYPERLINK "http://pt.wikipedia.org/wiki/Equador" \o "Equador" Equador 
 Estados Unidos 
 HYPERLINK "http://pt.wikipedia.org/wiki/Filipinas" \o "Filipinas" Filipinas 
 Guatemala 
 HYPERLINK "http://pt.wikipedia.org/wiki/Haiti" \o "Haiti" Haiti 
 HYPERLINK "http://pt.wikipedia.org/wiki/Honduras" \o "Honduras" Honduras 
 HYPERLINK "http://pt.wikipedia.org/wiki/Indon%C3%A9sia" \o "Indonésia" Indonésia 
 Irã 
 HYPERLINK "http://pt.wikipedia.org/wiki/Lib%C3%A9ria" \o "Libéria" Libéria 
 Madagáscar 
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 México 
 Moçambique 
 HYPERLINK "http://pt.wikipedia.org/wiki/Nicar%C3%A1gua" \o "Nicarágua" Nicarágua 
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 Panamá 
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 Peru 
 Quênia 
 HYPERLINK "http://pt.wikipedia.org/wiki/Rep%C3%BAblica_Dominicana" \o "República Dominicana" República Dominicana 
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 HYPERLINK "http://pt.wikipedia.org/wiki/Seychelles" \o "Seychelles" Seychelles 
 HYPERLINK "http://pt.wikipedia.org/wiki/Serra_Leoa" \o "Serra Leoa" Serra Leoa 
 HYPERLINK "http://pt.wikipedia.org/wiki/Sud%C3%A3o" \o "Sudão" Sudão 
 Sudão do Sul 
 HYPERLINK "http://pt.wikipedia.org/wiki/Suriname" \o "Suriname" Suriname 
 HYPERLINK "http://pt.wikipedia.org/wiki/Tanz%C3%A2nia" \o "Tanzânia" Tanzânia 
 HYPERLINK "http://pt.wikipedia.org/wiki/Uganda" \o "Uganda" Uganda 
 HYPERLINK "http://pt.wikipedia.org/wiki/Uruguai" \o "Uruguai" Uruguai 
 Venezuela 
 Zâmbia 
 Zimbabwe
	Fonte: http://pt.wikipedia.org/wiki/Presidencialismo 
Semi-presidencialismo
O semi-presidencialismo é um sistema de governo no qual o chefe de governo (geralmente com o título de primeiro-ministro) e o chefe de Estado (geralmente com o título de presidente) compartilham em alguma medida o poder executivo, participando, ambos, do cotidiano da administração pública de um Estado.
	(A sua "descoberta" foi feita por Maurice Duverger no seu livro "Échec au Roi"de 1978, nessa obra Duverger define o semipresidencialismo como o sistema de governo no qual o Chefe de Estado é eleito pelo povo, recolhendo assim a legitimidade democrática necessária para exercer os poderes relevantes que a Constituição lhe atribui; e o governo é responsavel politicamente perante o parlamento, em sentido estrito o parlamento pode, através de uma moção de censura, forçar a demissão do Governo.
Difere do parlamentarismo por apresentar um chefe de Estado, geralmente eleito pelo voto direto, com prerrogativas que o tornam mais do que uma simples figura protocolar; difere, também, do presidencialismo por ter um chefe de governo com alguma medida de responsabilidade perante o legislativo.
Num sistema semipresidencialista, a linha divisória entre os poderes do chefe de Estado e do chefe de governo varia consideravelmente de país para país:
· Na França, por exemplo, o presidente é responsável pela política externa, e o primeiro-ministro, pela política interna. Naquele caso, a divisão de poderes não é explicitada na constituição, mas evoluiu com a prática política. 
· Na Finlândia, por outro lado, este aspecto particular da divisão de poderes é expressamente prevista na constituição: "a política externa é conduzida pelo presidente em cooperação com o gabinete".
Nos sistema semipresidencialistas, é frequente o fenômeno da "coabitação", no qual o chefe de governo e o chefe de Estado são eleitos separadamente e por partidos rivais, o que pode resultar num mecanismo efetivo de freios e contrapesos ou num período de paralisia administrativa, a depender do comportamento das duas facções políticas.
- Presidente da República: Chefe de Estado; 
- Primeiro Ministro: Chefe de Governo.
Cenários possíveis da construção de sistemas de governo semi-presidencialista: 
a) Presidente e Primeiro Ministro do mesmo partido: Constituição "material"; 
b) Presidente e Primeiro Ministro de partidos contrários: Constituição "formal".
Países Semi-presidencialistas
 HYPERLINK "http://pt.wikipedia.org/wiki/Angola" \o "Angola" Angola 
 Argélia 
 Bósnia e Herzegovina 
 HYPERLINK "http://pt.wikipedia.org/wiki/Cabo_Verde" \o "Cabo Verde" Cabo Verde 
 Finlândia 
 França 
 HYPERLINK "http://pt.wikipedia.org/wiki/Guiana" \o "Guiana" Guiana 
 HYPERLINK "http://pt.wikipedia.org/wiki/L%C3%ADbano" \o "Líbano" Líbano 
 Lituânia 
 Macedónia 
 HYPERLINK "http://pt.wikipedia.org/wiki/Mali" \o "Mali" Mali 
 Moldávia 
 HYPERLINK "http://pt.wikipedia.org/wiki/Mong%C3%B3lia" \o "Mongólia" Mongólia 
 HYPERLINK"http://pt.wikipedia.org/wiki/Nam%C3%ADbia" \o "Namíbia" Namíbia 
 HYPERLINK "http://pt.wikipedia.org/wiki/Paquist%C3%A3o" \o "Paquistão" Paquistão 
 República Democrática do Congo 
 Romênia 
 Rússia 
 São Tomé e Príncipe 
 HYPERLINK "http://pt.wikipedia.org/wiki/Som%C3%A1lia" \o "Somália" Somália 
 HYPERLINK "http://pt.wikipedia.org/wiki/Sri_Lanka" \o "Sri Lanka" Sri Lanka 
 Ucrânia
Fonte: http://pt.wikipedia.org/wiki/Semi-presidencialismo 
	Leitura complementar: Presidencialismo e Parlamentarismo
	( ( 
(...) Mas na realidade...
São muito raros os sistemas parlamentaristas puros, que subsistiram, sobretudo, nas Monarquias (Reino Unido, Suécia, Holanda, etc.).
Na França, por exemplo, embora o regime seja chamado de parlamentarista, o chefe de Estado (presidente da República) tem várias funções de governo, às vezes até superiores às do primeiro-ministro. O poder é dividido entre os dois.
No Brasil, as formas de parlamentarismo sempre foram impuras. Na Monarquia, tínhamos um regime parlamentarista, mas o imperador dispunha do "Poder Moderador", o que lhe permitia até nomear primeiros-ministros que não dispusessem do apoio da maioria parlamentar.
Em 1962, tentou-se criar um sistema parlamentarista, com João Goulart como presidente da República. O sistema nunca funcionou porque o presidente era quem indicava ao Parlamento o nome do primeiro-ministro. Os chefes de governo que o presidente indicava eram seus aliados políticos, e a direção do país, na prática, continuava nas mãos do chefe de Estado. Foi realizado um plebiscito e o povo resolveu voltar ao presidencialismo.
A Constituição de 1988 é presidencialista, mas repleta de instituições parlamentaristas.
Quando a Constituinte começou a votar a Constituição, pensava-se em estabelecer o regime parlamentarista, e vários artigos foram votados com esse espírito. Depois, aprovou-se o presidencialismo, mas aqueles artigos já estavam na Constituição.
O presidencialismo produz um gabinete, personificado no presidente, com prazo de validade definido. Chova ou faça sol, o mandato é aquele. Apenas depois de quatro ou cinco anos, a sociedade vai discutir novamente a quem será passado o bastão. Nesse ínterim, o mundo dá voltas, crises surgem e se dissipam, são bem ou mal enfrentadas, governos mantêm ou perdem legitimidade e o eleitor muda de opinião. Se o país é presidencialista, nada disso importa. O governo permanece, mesmo fraco, até a data da próxima eleição. No máximo, em caso de crise grave, há renúncia do presidente, como aconteceu recentemente na Argentina, com Fernando De La Rua, ou durante o impeachment do ex-presidente do Brasil Fernando Collor de Melo.
No parlamentarismo, quando há problemas, o governo simplesmente cai. Cabe aos congressistas formar uma nova maioria, com um novo governo. Quando não conseguem, o próprio Congresso é dissolvido, e eleições são antecipadas. O sistema permite que governos considerados bons durem o necessário e que os duvidosos terminem antes do prazo previsto.
Plebiscito no Brasil
A Constituição de 1988 determinou que a forma (Monarquia ou República) e o sistema de governo (presidencialismo ou parlamentarismo) deveriam ser escolhidos pelo próprio povo. 
Em 21 de abril de 1993, 67,01 milhões de brasileiros foram às urnas em todo o país. Nesse plebiscito:
· a República foi escolhida por 44,26 milhões de eleitores (66,06%), enquanto a Monarquia teve apenas 6,84 milhões (10,21%). Os votos brancos e nulos somaram 23,73%. 
· Para o sistema de governo, o presidencialismo recebeu 55,45%, contra 24,65% do parlamentarismo. Os 19,9% restantes foram de votos brancos e nulos.
	Fonte: Extrato do artigo Presidencialismo x Parlamentarismo http://www.educacional.com.br/reportagens/eleicoes2002/presidencialismo.asp 
(se quiser ler o artigo completo, consulte esse endereço. Está interessante!
	Poderes de Estado
Teoria dos Três Poderes (executivo, legislativo e judiciário)
A Teoria dos Três Poderes foi consagrada pelo pensador francês Montesquieu. Baseando-se na obra Política, do filósofo Aristóteles, e na obra Segundo Tratado do Governo Civil, publicada por John Locke, Montesquieu escreveu a obra O Espírito das Leis, traçando parâmetros fundamentais da organização política liberal. 
O filósofo iluminista foi o responsável por explicar, sistematizar e ampliar a divisão dos poderes que fora anteriormente estabelecida por Locke. Montesquieu acreditava também que, para afastar governos absolutistas e evitar a produção de normas tirânicas, seria fundamental estabelecer a autonomia e os limites de cada poder. Criou-se, assim, o sistema de freios e contrapesos, o qual consiste na contenção do poder pelo poder, ou seja, cada poder deve ser autônomo e exercer determinada função, porém o exercício desta função deve ser controlado pelos outros poderes. Assim, pode-se dizer que os poderes são independentes, porém harmônicos entre si.
Essa divisão clássica está consolidada atualmente pelo artigo 16 da Declaração Francesa dos Direitos do Homem e do Cidadão (1789) e é prevista no artigo 2º na nossa Constituição Federal.
A Constituição Federal do Brasil determina três poderes, o Executivo, o Legislativo e o Judiciário, os quais são independentes e funcionam em harmonia uns com os outros.
No Brasil, as funções exercidas por cada poder estão divididas entre típicas (atividades freqüentes) e atípicas (atividades realizadas mais raramente). 
Poder Executivo
- Função típica: administrar a coisa pública (república)
- Funções atípicas: legislar e julgar.
Poder Legislativo
- Funções típicas: legislar e fiscalizar
- Funções atípicas: administrar (organização interna) e julgar
Poder Judiciário
- Função típica: julgar, aplicando a lei a um caso concreto que lhe é posto, resultante de um conflito de interesses.
- Funções atípicas: as de natureza administrativa e legislativa.
· ((Atualmente fala-se no Brasil a respeito da existência de um quarto poder, exercido pelo Ministério Público, o qual é o responsável pela defesa dos direitos fundamentais e a fiscalizar os Poderes Públicos, garantindo assim, a eficiência do sistema de freios e contrapesos. Cumpre ressaltar, contudo, que há divergência de opiniões a respeito da existência deste quarto poder.
Poder Executivo 
O Poder Executivo tem a função de executar as leis já existentes e de implementar novas leis segundo a necessidade do Estado e do povo. Em um país presidencialista como o Brasil, o poder executivo é representado, em nível nacional, pelo Presidente. 
Já em países parlamentaristas, o poder fica dividido entre o primeiro-ministro, que chefia o governo, e o monarca, o qual geralmente é rei, e que assume a função de chefiar o estado, em algumas monarquias, o próprio monarca assume as duas funções. 
O Poder executivo é organizado em três esferas, as quais são lideradas por um representante A esfera federal, a qual é representada pelo Presidente da República; a esfera estadual, representada pelo Governador; e a esfera municipal que é representada pelo Prefeito. 
Em caso de algum impedimento, esses representantes são substituídos pelo vice-presidente ou os ministros de estado, vice-governador ou secretários de estado e vice-prefeito ou secretários municipais. 
Estrutura de cada um para compreensão de seu funcionamento: 
Poder Executivo Federal 
· O Presidente e o seu vice são os responsáveis e recebem o auxílio de uma equipe de governo formada pelos ministros e secretários de Estado. 
· Sempre que os dois forem impossibilitados de exercer o cargo, o presidente da Câmara dos Deputados assume sua função. 
· O Presidente é eleito por voto direto, em uma eleição que pode ser levada ao segundo turno, e somente é eleito por votos majoritários. 
· Ao escolher um presidente, o eleitor está optando pela corrente política que o rege e está aceitando as propostas apresentadas pelo mesmo em sua campanha eleitoral. 
· São candidatos aptos ao cargo, maiores de 35 anos, naturais do Brasil e com todas as suas obrigações políticas regularizadas. 
· Os ministros são escolhidos pelo própriopresidente, dentre cidadãos brasileiros maiores de 21 anos. Eles têm a função de elaborar e executar políticas públicas nas suas áreas de atuação. 
· Ao Presidente compete também a escolha do presidente e dos diretores do Banco Central do Brasil, a escolha do advogado-geral e do procurador-geral da República. 
· Em caso de necessidade, o Presidente é destituído de seu cargo por meio de um impeachment, e sucedido pelo seu vice-presidente.
· o Presidente também é responsável por exercer a direção da administração federal, manter relações e negócios com países estrangeiros, decretar estado de defesa e estado de sítio, enviar ao Congresso os planos de governo e planos de investimento, prestar contas, anualmente, do exercício do seu cargo, comandar as forças armadas (exército, marinha e aeronáutica) bem como nomear seus comandantes e oficiais-generais, tomar diversas decisões a respeito das leis que regem o país, entre outras atribuições. O presidente é assessorado pelo Conselho da República e pelo Conselho de Defesa Nacional. 
O Poder Executivo Estadual 
· Chefiado pelo Governador do Estado, o Poder Executivo Estadual tem a responsabilidade de administrar cada uma das unidades da Federação. 
· O mandato do governador é de quatro anos, assim como o do Presidente.
· É assessorado pelo vice-governador e pelos secretários de estado. 
· Cada estado tem a sua constituição, aprovada pela Assembléia Legislativa. 
· A estrutura do Poder Executivo Estadual é semelhante à do Nacional. 
O Poder Executivo Municipal 
· É exercido pelo Prefeito de cada município, auxiliado pelo vice-prefeito e pelos secretários municipais. 
· O mandato é de quatro anos, podendo, como os outros, haver uma reeleição.
· Cada município, segundo a Constituição de 88, é autônomo, sendo responsável pela sua própria organização, administração e arrecadação de impostos. 
· Aos prefeitos cabe a administração dos serviços públicos municipais nas áreas da saúde, educação, transporte, segurança e cultura.
Poder Legislativo
Legislar significa ordenar ou preceituar por lei, fazer leis. Além dessa função, compete também ao poder legislativo fiscalizar o Poder Executivo e julgá-lo se necessário, além de julgar também os seus próprios membros. O Poder Legislativo deve ser composto pelos legisladores, ou seja, os homens que elaboram as leis que regulam o Estado e que devem ser obedecidas pelos cidadãos e pelas organizações públicas ou empresas. Em países presidencialistas ou em monarquias, o Poder Legislativo é composto pelo congresso, o parlamento e as assembléias ou câmaras, já em regimes ditatoriais, o próprio ditador exerce esse poder ou nomeia uma câmara legislativa para isso. 
No Brasil, o Poder Legislativo é composto pelo Senado Federal, com representantes dos Estados e do Distrito Federal; pela Câmara dos Deputados, com representantes do povo e pelo Tribunal de Contas da União, órgão que presta auxílio ao Congresso Nacional nas atividades de controle e fiscalização externa.
Na esfera estadual o Poder Legislativo é exercido pela Assembléia Legislativa e na esfera municipal pela Câmara Municipal
O Congresso Nacional
Entre as principais atribuições do congresso, estão a responsabilidade de elaborar leis e a fiscalização contábil, financeira, orçamentária, operacional e patrimonial da União, bem como:
· a organização de todo o território nacional em Estados, 
· a criação de órgãos públicos, cargos e empregos públicos federais. 
· legislar a respeito de todos os ramos do direito, desapropriação, águas, energia, informática, serviço postal, comércio exterior e interestadual, jazidas minerais, emigração e imigração, nacionalidade, cidadania, naturalização, educação, registros públicos, contratos na administração pública, defesa nacional e propaganda comercial.
· decidir sobre tratados e acordos internacionais que envolvam o patrimônio nacional, 
· autorizar o Presidente da República a tomar medidas como: 
· declarar guerra, 
· celebrar a paz ou permitir forças estrangeiras no território do país. 
· Caso o Presidente ou o vice-presidente necessitem afastar-se do País por mais de quinze dias, precisará também da autorização do Congresso Nacional.
	 (( 
· No Anexo III você encontra quais são as atribuições do Congresso Nacional, Senado e Câmara dos Deputados.
· Você pode também consultar a Constituição Federal
Poder Judicial ou Poder Judiciário
Montesquieu, em seu estudo sobre o Estado Moderno, dividiu-o em três poderes, dentre os quais está o Poder Judicial ou Poder Judiciário. Ele é composto por ministros, desembargadores e juízes, os quais tem a função de julgar, de acordo com as leis criadas pelo Poder Legislativo e de acordo com as regras constitucionais do país. 
Enquanto o Poder Legislativo ocupa-se em elaborar as leis e o Poder Executivo em executá-las, o Poder Judiciário tem a obrigação de julgar quaisquer conflitos que possam surgir no País, baseando-se nas Leis que se encontram em vigor. Cabe-lhe a função de aplicar as Leis, julgando de maneira imparcial e isenta, determinada situação e as pessoas nela envolvidas, determinando quem tem razão e se alguém deve ou não ser punido por infração à Lei.
Para solucionar estas diversas situações, o Poder Judiciário se utiliza do Processo Judicial, o qual irá confrontar a situação com as Leis elaboradas pelo Poder Legislativo, levando em consideração os costumes vigentes na sociedade e as decisões anteriores tomadas pelo próprio Poder Judiciário em situações iguais ou semelhantes à situação em questão.
Os órgãos que são responsáveis pelo funcionamento do Poder Judiciário são:
· o Supremo Tribunal Federal, 
· o Superior Tribunal de Justiça, 
· os Tribunais Regionais Federais nos quais se encontram os Juízes Federais, 
· os Tribunais do Trabalho nos quais se encontram os Juízes do Trabalho, 
· os Tribunais Eleitorais onde estão os Juízes Eleitorais, 
· os Tribunais Militares nos quais se encontram os Juízes Militares 
· e os Tribunais dos Estados juntamente com o Tribunal do Distrito Federal nos quais se encontram os Juízes dos Estados.
	 (( 
· No Anexo IV você encontra quais são as atribuições desses tribunais.
· Você pode consultar também os respectivos sites.
Poder Moderador
O Poder Moderador foi um dos quatro poderes de Estado instituídos pela Constituição Brasileira de 1824 e pela Carta Constitucional portuguesa de 1826 (ambas saídas do punho do imperador D. Pedro I do Brasil / rei D. Pedro IV de Portugal).
O Poder Moderador era o que se sobrepunha aos poderes Legislativo, Judiciário e Executivo, cabendo ao seu detentor força coativa sobre os demais. Construção idealizada pelo francês Benjamin Constant, pregava a existência de cinco poderes: o poder real, poder executivo, poder representativo da continuidade, poder representativo da opinião e poder de julgar. Da forma como foi concebido, situa-se hierarquicamente acima dos demais poderes do Estado. 
Esse poder era pessoal e privativo do imperador, assessorado por um Conselho de Estado. D. Pedro I (e mais tarde seu filho D. Pedro II) era o detentor exclusivo e privativo, com a atribuição de nomear e demitir livremente os ministros de Estado, já como chefe do Poder Executivo, exercitando este último poder por meio de «seus ministros de Estado», os mesmos a quem, como Poder Moderador, nomeava e demitia livremente. Em 1846 houve instalação do parlamentarismo diminuindo assim o poder Moderador .
	 (( 
· Além das anotações em sala de aula você poderá encontrar mais informações em http://pt.wikipedia.org/wiki/Poder_moderador 
Poder Federativo
O Poder Federativo é um poder para momentos de crise, segundo John Locke em sua obra Dois Tratados sobre o Governo. Este poder cumpre a função de poder legislativo e consultado pelo poder executivo ante uma invasão, uma rebelião, geralmente um grande problema relacionado à segurança nacional.
Referências Bibliográficas: 
ARAÚJO, Ana Paula. O Poder executivo. Infoescola http://www.infoescola.com/direito/poder-executivo/ Acesso fev 2012
ARAÚJO, Ana Paula. O Poder legislativo.Infoescola http://www.infoescola.com/direito/poder-legislativo/ Acesso fev 2012
ARAÚJO, Ana Paula. O Poder judiciário. Infoescola http://www.infoescola.com/direito/poder-judiaciario/ Acesso fev 2012
CONSTITUIÇÃO DA REPÚBLICA FEDERATIVA DO BRASIL DE 1988. http://www.senado.gov.br
FERNANDES, Vivian. Teoria dos Três Poderes (executivo, legislativo e judiciário). Infoescola. http://www.infoescola.com/sociologia/teoria-dos-tres-poderes-executivo-legislativo-e-judiciario/ Acesso fev 2012
Anexo I – Volta da democracia brasileira
	20 anos da volta da democracia brasileira
15/03/2005
Por Gizáh Szewczak 
	
	
	 
	 
	 
	 
	Há 20 anos o Brasil comemorava o retorno da liberdade política após 21 anos de regime militar.
Em 15 de março de 1985, José Sarney, depois de 21 anos de regime militar, assumiu a Presidência do país. Era a volta do governo democrático ao Brasil, conhecido como a Nova República, e o regresso dos militares aos quartéis. 
Fatos inusitados marcaram esse período de transição. Apesar de ter sido eleito de forma indireta pelo Colégio Eleitoral, Tancredo Neves foi recebido pelo povo brasileiro como uma esperança de acabar com o autoritarismo militar. Mas ele não chegou a assumir o cargo; adoeceu na véspera da posse e faleceu 37 dias depois, data em que Sarney assumiu oficialmente a Presidência.
A partir daí, o cenário brasileiro começou a mudar. Em 1985, a população elegeu os deputados e senadores que formariam a Assembléia Constituinte, responsável por escrever a Nova Constituição, que foi promulgada em 1988. A eleição presidencial, em 1989, que levou milhões de eleitores às urnas, também mostrava a nova fase vivida no país. Pela primeira vez, um presidente foi eleito pelo voto direto: foi quando Fernando Collor de Mello venceu e assumiu o cargo em 1990. Dois anos depois, sofreu o impeachment por causa de denúncias de corrupção e foi afastado do poder pelo Congresso depois de muita pressão popular. No mesmo dia, seu vice, Itamar Franco, assumiu a Presidência da República até as próximas eleições, que levaram Fernando Henrique Cardoso ao poder, no qual ele permaneceu por oito anos, sendo o primeiro presidente reeleito do país.
Em 2003, Luiz Inácio Lula da Silva — o primeiro presidente de esquerda do país nesses 20 anos de democracia — assumiu o Palácio do Planalto. 
[ notícia comentada ]
Por Luca Rischbieter
Vinte anos sem ditadura militar em um país da América Latina é algo a ser comemorado. Mas todos sabemos que o Brasil ainda está muito longe de ser um país justo e livre. Temos uma imensa dívida social e um enorme esforço a fazer para que todos tenham sua cidadania assegurada.
A “democracia” não é um produto acabado, é um alvo a ser perseguido, uma utopia para a qual todos os nossos esforços, na esfera política, devem convergir. Tanto que a idéia nasceu em Atenas, onde a maioria das pessoas (escravos e mulheres) não tinha nenhum direito de participação, e a partir daí seguiu, aos trancos e barrancos, uma evolução constante, no sentido de incluir cada vez mais pessoas e assegurar um número cada vez maior de direitos básicos.
Não temos como voltar atrás; a idéia de abandonar os princípios democráticos é totalmente inaceitável, e nosso drama é ter de consolidar cada vez mais a democracia em um país onde a pobreza e a falta de um sistema de educação eficiente tornam impossível fabricar cidadania. O que fazer? Continuar perseguindo essa utopia, sem permitir que a tentação reacionária ganhe força e procurando criar um país economicamente mais forte e socialmente mais justo. Como?
As respostas não são simples e exigem muita discussão, vontade política e a constante criação de novos meios de exigir direitos e controlar a atividade daqueles escolhidos para nos representar...
	 
	 
	 
	 
	 
	Para ir mais longe
Saiba mais sobre o período do Regime Militar em http://guiadoestudante.abril.com.br/estudar/historia/ditadura-militar-brasil-1964-1985-650468.shtml 
Saiba mais sobre o mandato presidencial de José Sarney.
 HYPERLINK "http://www.educacional.com.br/brasil_multimidia/presidentes/jose_sarney.asp" \t "_blank" Clique aqui para ver o site
Entenda melhor a história do Direito Constitucional Brasileiro. 
 HYPERLINK "http://www.educacional.com.br/brasil_multimidia/constituicao/constituicao.asp" \t "_blank" Clique aqui para ver o site
Conheça os presidentes eleitos após o período ditatorial, os planos de governo e a movimentação popular de cada mandato.
 HYPERLINK "http://www.educacional.com.br/multimidia/capa.asp?idPublicacao=83375&strPC=sarney" \t "_blank" Clique aqui para ver o site
	
Fonte: http://www.educacional.com.br/noticiacomentada/050315not01.asp
Acesso: março 2012
Anexo II – Os Grandes Irmãos
Ele tudo vê, tudo sabe e, mais grave, tem controle sobre os indivíduos e suas ações. Personalizado na figura do Grande Irmão, o Estado totalitário descrito por George Orwell no romance 1984
 é uma caricatura das doutrinas políticas que marcaram os anos 1930 e culminaram com a Segunda Guerra Mundial. O nazismo alemão, o fascismo italiano e o franquismo espanhol, por exemplo, tomaram o poder e provocaram conflitos e holocaustos.
 No Brasil, a atuação do integralismo, também totalitário, não teve o mesmo alcance - embora seu líder, Plínio Salgado, nutrisse esperanças de ver o Brasil aliado aos países do Eixo. 
Matéria da Revista Veja sobre os camisas-verdes
A década de 30 foi conturbada. Intervalo das duas grandes guerras, o período arrastou-se sob a crise econômica detonada em 1929 pela Quebra da Bolsa de Nova York. Como novo fenômeno social, surgiram massas urbanas em conseqüência da forte industrialização. O sentimento nacionalista aflorou de modo generalizado e, com ele, os movimentos e Estados totalitários. 
A situação brasileira não fugiu à regra: começou com a Revolução de 30, que empossou Getúlio Vargas, seguiu agitada com a Revolta Constitucionalista de 32 e acalmou com o autoritarismo do Golpe de 1937, que criou o Estado Novo. A crise do café, agravada pela depressão econômica, inquietava o clima político e social. As metrópoles em formação abrigavam multidões assalariadas sensíveis a certos apelos nacionalistas e trabalhistas que deram sentido ao populismo.
Foi nesse clima efervescente que surgiu a Ação Integralista Brasileira, contrária ao capitalismo, ao liberalismo, ao socialismo e ao sistema tradicional baseado nos partidos. O movimento pregava o Estado Integral, centralizado e nacionalista. Ou, nas palavras de Plínio Salgado, a "suprema autoridade da nação", livre de divisões como a luta de classes. Vale lembrar que o sentimento nacionalista não se limitava aos movimentos políticos mais conservadores. Ele impregnava o imaginário do país, envolvendo diversos setores da sociedade, como intelectuais, artistas modernistas (o próprio Plínio Salgado, autor do livro O Estrangeiro, participou do verdamarelismo, vertente da Semana de 22) e até a música popular. 
O integralismo mobilizou seus militantes para apoiar o governo Vargas e o Golpe de 1937, mas nunca obteve espaço político junto ao ditador. Getúlio dissolveu os partidos no ano seguinte e debelou um ataque patético de camisas-verdes, que haviam lotado dois caminhões e invadido os jardins do Palácio da Guanabara. O episódio terminou com o fuzilamento de oito rebeldes por tropas do Exército. Com o exílio de Plínio Salgado durante o Estado Novo, o movimento decaiu rapidamente.
Em 1945, com a redemocratização do Brasil, o líder nacionalista voltou ao país e fundou o Partido de Representação Popular (PRP). As concepções ideológicas do Integralismo, porém, foram reformuladas, pois suas referências internacionais desapareceram com a derrota do nazi-fascismo. Nas eleições presidenciais de 1955, vencidas por Juscelino Kubitschek, o ex-líder dos camisas-verdes contabilizou apenas 632.848 votos, ou 8% do total. Em 1964, foi orador na Marcha da Família com Deus pela Liberdade, manifestação contra João Goulart que levou um milhão de pessoas às ruas de São Paulo. 
É importante destacar que o Integralismo não foi um mero reflexoda política e da ideologia de Adolf Hitler e Benito Mussolini, pois sua estrutura teórica era eclética. Embora influenciada pelo fascismo e pelo anti-semitismo nazista, apresentava um forte perfil nacionalista telúrico, misturado ao messianismo sobre o destino de uma nova raça mestiça. 
Na tentativa de definir por que se foi integralista, o gaúcho Henrique Trindade entrevistou, nos anos 70, cem ex-militantes do partido para a tese que defendeu na universidade francesa de Sorbonne. As respostas mais freqüentes foram o anticomunismo (65) e a simpatia pelo fascismo europeu (56). 
Fonte: http://revistaescola.abril.com.br/ensino-medio/grandes-irmaos-427292.shtml, com base em matéria da Revista Veja sobre os camisas-verdes. Acesso março 2012
Anexo III – Atribuições do Poder Legislativo Federal
O Congresso Nacional
Entre as principais atribuições do congresso, estão a responsabilidade de elaborar leis e a fiscalização contábil, financeira, orçamentária, operacional e patrimonial da União. Essas responsabilidades são impostas pelos artigos 48 e 49 da Constituição Federal. Há ainda, nos artigos 51 e 52, as atribuições exclusivas da Câmara dos Deputados e do Senado Federal, respectivamente.
Cabe ainda ao Congresso Nacional a organização de todo o território nacional em Estados, a criação de órgãos públicos, cargos e empregos públicos federais. Compete ao mesmo, legislar a respeito de todos os ramos do direito, desapropriação, águas, energia, informática, serviço postal, comércio exterior e interestadual, jazidas minerais, emigração e imigração, nacionalidade, cidadania, naturalização, educação, registros públicos, contratos na administração pública, defesa nacional e propaganda comercial.
O Congresso deve, ainda, decidir sobre tratados e acordos internacionais que envolvam o patrimônio nacional, autorizar o Presidente da República a tomar medidas como: declarar guerra, celebrar a paz ou permitir forças estrangeiras no território do país. Caso o Presidente ou o vice-presidente necessitem afastar-se do País por mais de quinze dias, precisará também da autorização do Congresso Nacional.
Atribuições exclusivas da Câmara dos Deputados
Art. 51. Compete privativamente à Câmara dos Deputados:
I – autorizar, por dois terços de seus membros, a instauração de processo contra o Presidente e o Vice-Presidente da República e os Ministros de Estado; 
II – proceder à tomada de contas do Presidente da República, quando não apresentadas ao Congresso Nacional dentro de sessenta dias após a abertura da sessão legislativa; 
III – elaborar seu regimento interno; 
IV – dispor sobre sua organização, funcionamento, polícia, criação, transformação ou extinção dos cargos, empregos e funções de seus serviços, e a iniciativa de lei para fixação da respectiva remuneração, observados os parâmetros estabelecidos na lei de diretrizes orçamentárias; 
V – eleger membros do Conselho da República, nos termos do art. 89, VII. 
Atribuições exclusivas do Senado Federal
Art. 52. Compete privativamente ao Senado Federal:
I – processar e julgar o Presidente e o Vice-Presidente da República nos crimes de responsabilidade, bem como os Ministros de Estado e os Comandantes da Marinha, do Exército e da Aeronáutica nos crimes da mesma natureza conexos com aqueles;
II - processar e julgar os Ministros do Supremo Tribunal Federal, os membros do Conselho Nacional de Justiça e do Conselho Nacional do Ministério Público, o Procurador-Geral da República e o Advogado-Geral da União nos crimes de responsabilidade; 
III – aprovar previamente, por voto secreto, após argüição pública, a escolha de:
a) Magistrados, nos casos estabelecidos nesta Constituição;
b) Ministros do Tribunal de Contas da União indicados pelo Presidente da República;
c) Governador de Território;
d) Presidente e diretores do banco central;
e) Procurador-Geral da República;
f) titulares de outros cargos que a lei determinar; 
IV – aprovar previamente, por voto secreto, após argüição em sessão secreta, a escolha dos chefes de missão diplomática de caráter permanente; 
V – autorizar operações externas de natureza financeira, de interesse da União, dos Estados, do Distrito Federal, dos Territórios e dos Municípios; 
VI – fixar, por proposta do Presidente da República, limites globais para o montante da dívida consolidada da União, dos Estados, do Distrito Federal e dos Municípios; 
VII – dispor sobre limites globais e condições para as operações de crédito externo e interno da União, dos Estados, do Distrito Federal e dos Municípios, de suas autarquias e demais entidades controladas pelo Poder Público federal; 
VIII – dispor sobre limites e condições para a concessão de garantia da União em operações de crédito externo e interno; 
IX – estabelecer limites globais e condições para o montante da dívida mobiliária dos Estados, do Distrito Federal e dos Municípios; 
X – suspender a execução, no todo ou em parte, de lei declarada inconstitucional por decisão definitiva do Supremo Tribunal Federal; 
XI – aprovar, por maioria absoluta e por voto secreto, a exoneração, de ofício, do Procurador-Geral da República antes do término de seu mandato; 
XII – elaborar seu regimento interno; 
XIII – dispor sobre sua organização, funcionamento, polícia, criação, transformação ou extinção dos cargos, empregos e funções de seus serviços, e a iniciativa de lei para fixação da respectiva remuneração, observados os parâmetros estabelecidos na lei de diretrizes orçamentárias; 
XIV – eleger membros do Conselho da República, nos termos do art. 89, VII. 
XV – avaliar periodicamente a funcionalidade do Sistema Tributário Nacional, em sua estrutura e seus componentes, e o desempenho das administrações tributárias da União, dos Estados e do Distrito Federal e dos Municípios. 
Fonte: CONSTITUIÇÃO DA REPÚBLICA FEDERATIVA DO BRASIL DE 1988 http://www.senado.gov.br
Anexo IV – Atribuições dos Tribunais do Poder Judiciário
Supremo Tribunal Federal (STF) é a mais alta instância do Poder Judiciário do Brasil e acumula competências típicas de Suprema Corte (tribunal de última instância) e Tribunal Constitucional (que julga questões de constitucionalidade independentemente de litígios concretos). Sua função institucional fundamental é de servir como guardião da Constituição Federal de 1988, apreciando casos que envolvam lesão ou ameaça a esta última. 
Criado após a proclamação da República, o STF exerce uma longa série de competências, entre as quais a mais conhecida e relevante é o controle concentrado de constitucionalidade por meio das ações diretas
Superior Tribunal de Justiça: criado para ser um órgão de execução da justiça em todo o País, e é composto por pelo menos 33 ministros. Funciona junto ao Conselho da Justiça Federal o qual é destinado a supervisionar a justiça federal. Esse conselho é composto pelo Presidente do Superior Tribunal de Justiça, pelo Vice-presidente e mais três ministros, e pelos presidentes dos Tribunais Regionais Federais.
Tribunal Superior Eleitoral: tem a função de acompanhar a legislação eleitoral juntamente com os Tribunais Regionais Eleitorais. Sua sede fica na capital federal e é encarregado de expedir instruções para a execução da lei que rege o processo eleitoral. Dessa maneira assegura a organização das eleições e o exercício dos direitos políticos da população. É composto por no mínimo sete membros: cinco deles são escolhidos por meio de votação entre os ministros e os outros dois são nomeados pelo Presidente da República.
Tribunal Superior do Trabalho: sua principal função é uniformizar as leis trabalhistas, mas também é da sua responsabilidade resolver conflitos entre trabalhadores e empregadores, no plano individual ou coletivo, resultante da relação de emprego. É composto por 17 ministros nomeados pelo Presidente da República.
Superior Tribunal Militar: é a mais antiga corte superior do País. A ele cabem funções judiciais e administrativas, mas é especializada em processar e julgar crimes que envolvam militares da Marinha, Exército e Aeronáutica. É composto por15 ministros vitalícios, nomeados pelo Presidente da República com indicação aprovada pelo Senado Federal. Três ministros são da Marinha, quatro do Exército e três da Aeronáutica, os outros cinco são civis.
Tribunais Regionais Federais: existem cinco Tribunais Regionais Federais, com sedes em Brasília, Rio de Janeiro, São Paulo, Porto Alegre e Recife. Cada um é responsável por uma região político-administrativa do país. São responsáveis por matérias de natureza previdenciária e tributária. São compostos por sete juízes preferencialmente pertencentes à respectiva região, os quais são nomeados pelo presidente da república. É competência destes tribunais processar e julgar os juízes federais da sua área e dos membros do Ministério Público da União.
Fonte: www.brasil.gov.br 
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