Baixe o app para aproveitar ainda mais
Prévia do material em texto
Prof. Ana Paula Moura UNIVERSIDADE FEDERAL DOS VALES DO JEQUITINHONHA E MUCURI INSTITUTO DE CIÊNCIA, ENGENHARIA E TECNOLOGIA - ENGENHARIA CIVIL ECV 113 – ESTRUTURAS DE CONCRETO, METÁLICAS E DE MADEIRA ASPECTOS GERAIS DAS ESTRUTURAS DE CONCRETO ARMADO Prof. Ana Paula Moura ana.paula.moura@live.com Prof. Ana Paula Moura GENERALIDADES ● Material estrutural mais utilizado no mundo; ● Concreto armado: concreto + armadura + aderência; ● Posicionamento da armadura, lançamento, adensamento e cura; ● Uso de aditivos ou adições. Prof. Ana Paula Moura GENERALIDADES Concreto protendido: material estrutural constituído pela associação de concreto simples com uma armadura ativa, resistindo solidariamente aos esforços a que a peça estiver submetida. Prof. Ana Paula Moura GENERALIDADES “Concreto armado: material estrutural composto pela associação de um concreto com barras de aço nele inseridas, de modo que constituam um sólido único, do ponto de vista mecânico, quando submetido às ações externas. É dado pela associação do concreto simples com uma armadura passiva, ambos resistindo solidariamente aos esforços que a peça estiver submetida.” ● Armadura passiva: objetivo apenas de resistir as tensões provenientes das ações atuantes, sem introduzir nenhum esforço adicional a peça. Só trabalham se houver solicitação. ● A solidariedade entre os materiais é garantida pela aderência entre o aço e o concreto. Não deve haver deslizamento relativo entre ambos quando a peça for solicitada. Deve ser garantida a compatibilização de deformações. Prof. Ana Paula Moura GENERALIDADES ● Por que é viável o uso do concreto armado? ● Quais são as vantagens e desvantagens do uso do concreto armado? Prof. Ana Paula Moura GENERALIDADES “O Concreto Armado alia as qualidades do concreto (baixo custo, durabilidade, boa resistência à compressão, ao fogo e à água) com as do aço (ductilidade e excelente resistência à tração e à compressão), o que permite construir elementos com as mais variadas formas e volumes, com relativa rapidez e facilidade, para os mais variados tipos de obra. Outro aspecto positivo é que o aço, convenientemente envolvido pelo concreto, fica protegido contra a corrosão e altas temperaturas provocadas por incêndio, pelo menos durante um certo período de tempo, desde que tenha o correto cobrimento.” ● Ductilidade: representa o nível de deformação plástica antes da ruptura do material. ● Cobrimento: espessura da camada de concreto responsável pela proteção do aço da armadura numa peça. ● Ações: causas que provocam esforços ou deformações nas estruturas. ● Coeficiente de dilatação próximos. Prof. Ana Paula Moura GENERALIDADES Vantagens: ● Economia e facilidade na produção e execução; ● Boa resistência a maioria dos tipos de solicitação; ● Facilidade de moldagem; ● Estrutura monolítica – sem necessidade de ligações; ● Boa durabilidade desde que bem executado; ● Gastos de manutenção reduzidos; ● Material pouco permeável à água desde que bem executado; ● Resistente ao fogo com cobrimento adequado; ● Resiste a choques e vibrações; ● Estruturas pré-fabricadas; ● Resistência aumenta com a idade. Prof. Ana Paula Moura GENERALIDADES Desvantagens: ● Peso próprio elevado; ● Reformas e adaptação de difícil execução; ● Necessidade de execução de escoramento; ● Material que transmite calor e som; ● Fissuração aparente (região tracionada). Prof. Ana Paula Moura GENERALIDADES - Normalização ● Normas técnicas são documentos que estabelecem as regras e as disposições convencionais que visam garantir a qualidade na fabricação de um produto, a racionalização da produção e a transferência de tenologias, nos diversos aspectos relativos a segurança, funcionalidade, a manutenção e a preservação do meio ambiente. ● Ou seja, visa uniformizar em uma determinada região ou pais, os procedimentos para projeto, controle dos materiais e execução, no sentido de estabelecer padrões aceitáveis de segurança, funcionalidade e durabilidade para as edificações. As normas também buscam fornecer métodos de cálculo que tornem mais simples o trabalho dos profissionais, definindo os limites de sua aplicação. Uma norma não é um livro técnico ou um manual. Assim, esta norma deve ser usada com por engenheiros com formação em estrutura e com bibliografia disponível para esclarecimento de dúvidas. Prof. Ana Paula Moura GENERALIDADES - Normalização ● ABNT NBR 6118:2014 Errata 1:2014 - Projeto de estruturas de concreto — Procedimento; ● ABNT NBR 14931:2003 Emenda:2004 - Execução de estruturas de concreto – Procedimento; ● ABNT NBR 6120:1980 Errata 1:2000 - Cargas para o cálculo de estruturas de edificações; ● ABNT NBR 8681:2003 Errata 1:2004 - Ações e segurança nas estruturas – Procedimento. ● ABNT NBR 7480:2007 - Aço destinado a armaduras para estruturas de concreto armado - Especificação Prof. Ana Paula Moura NOÇÕES DE PROJETO ESTRUTURAL Estrutura é a parte resistente da edificação cuja função é resistir as ações/esforços atuantes e transmiti-los para o solo. Pode ser idealizada como a composição de elementos estruturais básicos, classificados e definidos de acordo com a sua forma geométrica e a sua função estrutural. Prof. Ana Paula Moura NOÇÕES DE PROJETO ESTRUTURAL – Classificação ● Critério: dois comprimentos característicos que estão dentro da relação 1:10 são considerados com a mesma ordem de grandeza. ● Se L1 ≤10L2 e L2 ≤10L1, diz-se que a ordem de grandeza dos dois comprimentos é a mesma [LI]=[L2]. Prof. Ana Paula Moura NOÇÕES DE PROJETO ESTRUTURAL – Classificação NBR 6118:2014 - Página 83 e 84. Prof. Ana Paula Moura NOÇÕES DE PROJETO ESTRUTURAL – Classificação NBR 6118:2014 - Página 83 e 84. Prof. Ana Paula Moura NOÇÕES DE PROJETO ESTRUTURAL – Simbologia c - concreto, compressão, deformação Jenta (creep) s - aço (steel), retração (shrínkage) y -escoamento (yelding) t - tração f - resistência de um material F- ação genérica (force) S - solicitação genérica k - característico d - projeto, cálculo (design) Prof. Ana Paula Moura NOÇÕES DE PROJETO ESTRUTURAL – Simbologia Prof. Ana Paula Moura NOÇÕES DE PROJETO ESTRUTURAL – Cálculo “Conjunto de atividades de projeto que conduz a determinação das dimensões das peças estruturas e respectivas armaduras, bem como o seu detalhamento.” 1)Lançamento estrutural; 2) Levantamento de cargas; 3)Pré-dimensionamento; 4)Análise; 5)Dimensionamento; 6)Detalhamento. Prof. Ana Paula Moura NOÇÕES DE PROJETO ESTRUTURAL – Cálculo ● Teto da cobertura - caixas d’água, casas de elevadores; ● Cobertura; ● Pavimento/Teto tipo; ● 1° Pavimento (teto do térreo) - quando há pilotis ou lojas, em geral é teto de transição; ● Térreo - junto ao terreno ou teto do subsolo, destinado à recepção, salas de estar, de jogos, de festas, piscinas e área para recreação ● Subsolo - garagens, casas de bombas, etc. ● Fundações - sapatas ou blocos de estacas. Prof. Ana Paula Moura NOÇÕES DE PROJETO ESTRUTURAL – Cálculo Prof. Ana Paula Moura NOÇÕES DE PROJETO ESTRUTURAL – Lançamento Lançamento estrutural: etapa do projeto estrutural em que se define a disposição das peças da estrutura, a fim de se obter seu melhor ajuste ao projeto de arquitetura, levando-se em consideração o fator econômico, as facilidades construtivas e a eficiência global da edificação. ● Finalidade da edificação, projeto arquitetônico, projeto de instalações elétricas e hidro-sanitárias; ● Pavimento tipo VS Estrutura de transição; ● Evitar que a resistência global da edificação dependa de um número reduzido de peças; ● Evitar peças muito delgadas oumuito espessas; ● Padronização de dimensões das seções transversais de vigas e pilares; Prof. Ana Paula Moura NOÇÕES DE PROJETO ESTRUTURAL – Lançamento ● Vigas sob paredes. Como os banheiros atualmente possuem a tubulação passando sob a laje, ficando recobertos apenas pelos tetos rebaixados, não há obrigatoriedade de vigas em seu contorno. ● As paredes podem ser colocadas sobre as lajes, apenas tendo que ser levado em conta seu peso atuando nas mesmas. ● Quanto maiores as lajes, maior a possibilidade de deformações (flechas) durante sua utilização e maior a possibilidade de aparecimento de fissuras nas alvenarias sobre elas. Prof. Ana Paula Moura NOÇÕES DE PROJETO ESTRUTURAL – Lançamento Prof. Ana Paula Moura NOÇÕES DE PROJETO ESTRUTURAL – Lançamento Prof. Ana Paula Moura NOÇÕES DE PROJETO ESTRUTURAL – Lançamento Prof. Ana Paula Moura NOÇÕES DE PROJETO ESTRUTURAL – Lançamento Prof. Ana Paula Moura EXEMPLO: FAZER O LANÇAMENTO ESTRUTURAL Prof. Ana Paula Moura EXEMPLO: FAZER O LANÇAMENTO ESTRUTURAL Prof. Ana Paula Moura NOÇÕES DE PROJETO ESTRUTURAL – Pré dimensionamento LAJES: NBR 6118:2014 - Item 13.2 – Página 73 e 74 Prof. Ana Paula Moura NOÇÕES DE PROJETO ESTRUTURAL – Pré dimensionamento LAJES: NBR 6118:2014 - Item 13.2 – Página 73 e 74 Prof. Ana Paula Moura NOÇÕES DE PROJETO ESTRUTURAL – Pré dimensionamento LAJES: NBR 6118:2014 - Item 13.2 – Página 73 e 74 Prof. Ana Paula Moura NOÇÕES DE PROJETO ESTRUTURAL – Pré dimensionamento LAJES: ● Vãos de 4 a 6m. Em geral, pode-se adotar: a) 2 a 5 m para o menor vão de lajes armadas em uma direção; b) 3 a 6 m para o maior vão de lajes armadas em duas direções; ● Áreas de 20 a 30 m²; ● Lajes menos espessas: verificação de deformações, vibrações, projeto de instalações, isolamento acústico; ● Lajes de vãos muito pequenos resultam em grande quantidade de vigas, tornando elevado o custo com as fôrmas; ● Lajes com vãos muito grandes podem requer espessuras elevadas e grande quantidade de armaduras. Além disso, a verificação do estado limite de deformações excessivas pode ser crítico. Para vencer grandes vãos, torna-se mais viável a utilização da protensão. Prof. Ana Paula Moura NOÇÕES DE PROJETO ESTRUTURAL – Pré dimensionamento LAJES: Prof. Ana Paula Moura NOÇÕES DE PROJETO ESTRUTURAL – Pré dimensionamento LAJES: Estimar diâmetro longitudinal → 5 mm a 10 mm. Prof. Ana Paula Moura NOÇÕES DE PROJETO ESTRUTURAL – Pré dimensionamento LAJES: Para lajes em balanço pode ser utilizado o critério da NBR 6118 (1978): ● Os coeficientes dependem da vinculação e do tipo de aço e são tabelados por pinheiro (1993). ● Podem ser usadas para os outros tipos de laje, porem resultam em espessuras exageradas. Prof. Ana Paula Moura NOÇÕES DE PROJETO ESTRUTURAL – Pré dimensionamento VIGAS: NBR 6118:2014 - Item 13.2 – Página 73 e 74 Prof. Ana Paula Moura NOÇÕES DE PROJETO ESTRUTURAL – Pré dimensionamento VIGAS: ● Altura (h) – L/10 a L/12; ● Largura (bw) – De 12 a 20 cm; ● Quina de viga: estética; ● Largura das paredes 15 cm, viga de 12 cm ou 14 cm, paredes de 25 cm, viga de 20 cm (1,5 a 3,0 cm em cada lado de revestimento) ● Vãos usuais de 400 a 600 cm; Prof. Ana Paula Moura NOÇÕES DE PROJETO ESTRUTURAL – Pré dimensionamento VIGAS: ● No caso de apoios indiretos (viga apoiada em outra viga), recomenda- se que a viga de apoio tenha uma altura maior ou no mínimo igual à viga apoiada. ● Pé direito 2,80 – altura de janelas e portas 2,10 = 70cm (altura máxima); Prof. Ana Paula Moura NOÇÕES DE PROJETO ESTRUTURAL – Pré dimensionamento VIGAS: ● No caso de vigas contínuas com vãos comparáveis (relação entre vãos adjacentes entre 2/3 a 3/2), costuma-se adotar uma altura única estimada a partir da média dos vãos. No caso de vãos muito diferentes entre si, deve-se adotar uma alt ura própria para cada vão como se fossem independentes. Prof. Ana Paula Moura NOÇÕES DE PROJETO ESTRUTURAL – Pré dimensionamento VIGAS: ● As vigas podem ser normais ou invertidas, conforme a posição da sua alma em relação à laje. As vigas invertidas são utilizadas em situações nas quais se deseja que a viga não apareça na face inferior da laje, geralmente por questões de estética. As semi-invertidas são empregadas em situações nas quais o pé-direito ou as esquadrias limitem a altura útil da viga e o projeto estrutural exija uma viga alta. Prof. Ana Paula Moura NOÇÕES DE PROJETO ESTRUTURAL – Pré dimensionamento PILARES: NBR 6118:2014 - Item 13.2 – Página 73 e 74 Prof. Ana Paula Moura NOÇÕES DE PROJETO ESTRUTURAL – Pré dimensionamento PILARES: ● Nos cantos e cruzamento de vigas; ● Área de influencia 15 a 20 m² ● Usuais 20x30, 30x40, 20x50cm, etc ● Garagem: 1 carro para fazer manobras → 2,5 m entre pilares; ● Dispor os pilares em linha, mantendo uma modulação, facilitando assim a formação de pórticos de contraventamento; ● Levar todos os pilares até a fundação - evitar transição (vigas muito altas e muito carregadas – responsabilidade e encarecimento); ● Regiões não muito nobres (cantos dos armários embutidos, atrás das portas, etc.) evitando que fiquem aparentes em salas e dormitórios. Prof. Ana Paula Moura NOÇÕES DE PROJETO ESTRUTURAL – Pré dimensionamento PILARES: ● Convém sempre afastar os pilares das divisas dos terrenos, principalmente quando há vizinhos. Evitar: ● Excentricidades em suas fundações e também grandes escavações junto ao terreno vizinho. ● Problemas futuros no caso de construções no terreno vizinho, que nos fogem ao controle, e que poderiam afetar seriamente alguma sapata de divisa. Prof. Ana Paula Moura NOÇÕES DE PROJETO ESTRUTURAL – Detalhamento Desenho da estrutura devidamente cotado, com as seções transversais das peças indicadas e numeradas, que será utilizada na obra para execução das formas da estrutura. ● Planta de cargas e locação dos pilares • Desenhos das formas estruturais • Desenhos das armações Prof. Ana Paula Moura NOÇÕES DE PROJETO ESTRUTURAL – Detalhamento PLANTA DE CARGAS E LOCAÇÃO DOS PILARES ● Seções dos pilares locados em relação a dois eixos de referência do terreno (em geral o alinhamento e uma das divisas); ● Todas as cargas que serão transmitidas aos elementos de fundação (sapatas, estacas, tubulões, etc.) e, posteriormente, à camada resistente do solo. Prof. Ana Paula Moura NOÇÕES DE PROJETO ESTRUTURAL – Detalhamento DESENHO DAS FORMAS ESTRUTURAIS ● Planta da estrutura que sustenta aquele pavimento, isto é, o conjunto de pilares, vigas e lajes. ● Escala 1:50. ● As formas são feitas como o teto espelhado no chão, ou como se olhássemos o teto por debaixo da laje, diferentemente da arquitetura que olha por cima. Prof. Ana Paula Moura NOÇÕES DE PROJETO ESTRUTURAL – Detalhamento ● L – lajes, V – vigas, P – pilares, B – blocos, VB – vigas baldrame ● Numeração da laje: esquerda pra direita de cima pra baixo ● Numeração das vigas: ● Vigas horizontais: esquerda pra direita de cima pra baixo, começando do canto superior esquerdo → canto inferior direito; ● Vigas verticais: começando do canto inferior esquerdo → canto superior direito (gira para a esquerda); ● Cotas de face a face de vigas, cotas de eixo a eixo de pilares. Prof. Ana Paula Moura NOÇÕES DE PROJETO ESTRUTURAL – Detalhamento DESENHO DAS FORMAS ESTRUTURAIS Prof. Ana Paula Moura NOÇÕES DE PROJETO ESTRUTURAL – Detalhamento Prof. Ana Paula Moura NOÇÕES DE PROJETO ESTRUTURAL – Detalhamento Prof. Ana Paula Moura EXEMPLO: FAZER O PRÉ DIMENSIONAMENTO E DETALHAMENTOProf. Ana Paula Moura EXEMPLO: FAZER O PRÉ DIMENSIONAMENTO E DETALHAMENTO Prof. Ana Paula Moura SEGURANÇA NAS ESTRUTURAS a) Mantém durante sua vida útil as características originais do projeto, a um custo razoável de execução e manutenção. b) Em condições normais de utilização, não apresenta aparência que cause inquietação aos usuários ou ao público em geral, nem falsos sinais de alarme que lancem suspeitas sobre sua segurança. c) Sob utilização indevida, deve apresentar sinais visíveis - deslocamentos e fissuras - de aviso de eventuais estados de perigo. “O engenheiro é justamente aquele profissional que adquire a habilidade de conduzir o carro numa estrada relativamente estreita, entre dois precipícios: o da insegurança e o do desperdício.” Prof. Ana Paula Moura SEGURANÇA NAS ESTRUTURAS Métodos de cálculo: Classificação quanto aos princípios de verificação da segurança Método das tensões admissíveis: a segurança é verificada pela comparação das tensões decorrentes dos carregamentos máximos com as tensões admissíveis dos materiais empregados. Método dos estados limites: a segurança é verificada pela comparação das solicitações, majoradas por coeficientes de segurança, com os esforços resistentes das seções calculados considerando mineração nas resistências dos materiais. Verifica a capacidade que ela possui de suportar as várias ações que vierem a solicitá-la durante sua vida útil, sem atingir qualquer estado limite último ou estado limite de serviço. Prof. Ana Paula Moura SEGURANÇA NAS ESTRUTURAS Métodos de cálculo: Classificação quanto aos parâmetros de segurança Método determinístíco: os parâmetros que introduzem a segurança (na majoração de solicitações e na mineração de resistências dos materiais) são considerados grandezas fixas. Método probabilístico: os parâmetros de segurança são variáveis com representação estatística ou fixados por norma técnica. NBR 6118: "Método Semiprobabilístico de Estados Limites" O termo "semiprobabilístico" se justifica pela impossibilidade de dar tratamento estatístico pleno a todas as grandezas de interesse para a segurança estruturai. Prof. Ana Paula Moura SEGURANÇA NAS ESTRUTURAS Prof. Ana Paula Moura SEGURANÇA NAS ESTRUTURAS Estado Limite Último (ELU): Estado limite relacionado ao colapso, ou a qualquer outra forma de ruína estrutural, que determine a paralisação do uso da estrutura (NBR 6118:2014 - Item 3.2.1 – Página 4). ● Atingido um ELU, a estrutura esgota sua capacidade resistente, e a utilização posterior da edificação só será possível após a realização de obras de reparo, reforço ou mesmo substituição da estrutura. ● Perda de equilíbrio da estrutura, esgotamento da capacidade resistente. Prof. Ana Paula Moura SEGURANÇA NAS ESTRUTURAS Estado Limite Último (ELU): NBR 6118:2014 - Item 10.3 – Pág. 54 Prof. Ana Paula Moura SEGURANÇA NAS ESTRUTURAS Estado Limite de Serviço (ELS): Estados limites de serviço são aqueles relacionados à durabilidade das estruturas, aparência, conforto do usuário e à boa utilização funcional das mesmas, seja em relação aos usuários, seja em relação às máquinas e aos equipamentos utilizados. (NBR 6118:2014 - Item 10.4 – Página 55). ● Atingido um ELS, a estrutura apresenta um desempenho fora dos padrões especificados para a utilização normal da edificação e/ou comportamentos inadmissíveis para a manutenção da própria estrutura, mas sem risco iminente de ruína do sistema. ● Flechas excessivas em lajes ou vigas, fissuração inaceitável, vibração excessiva, recalques diferenciais elevados, etc. Prof. Ana Paula Moura SEGURANÇA NAS ESTRUTURAS Estado Limite de Serviço (ELS): NBR 6118:2014 - Item 3.2 – Pág. 5 Prof. Ana Paula Moura SEGURANÇA NAS ESTRUTURAS Ação: qualquer influência ou conjunto de influências (permanentes, variáveis ou acidentais, excepcionais e deslocamentos ou deformações impostas) capaz de produzir estados de tensão na estrutura. Solicitação: qualquer esforço ou conjunto de esforços (força normal ou cortante, momento fletor ou torçor) decorrente das ações que atuam na estrutura. Prof. Ana Paula Moura SEGURANÇA NAS ESTRUTURAS NBR 8681:2003 – Ações e Segurança nas estruturas – Procedimento Prof. Ana Paula Moura SEGURANÇA NAS ESTRUTURAS NBR 8681:2003 – Ações e Segurança nas estruturas – Procedimento Prof. Ana Paula Moura SEGURANÇA NAS ESTRUTURAS NBR 8681:2003 – Ações e Segurança nas estruturas – Procedimento Prof. Ana Paula Moura SEGURANÇA NAS ESTRUTURAS NBR 8681:2003 – Ações e Segurança nas estruturas – Procedimento Prof. Ana Paula Moura SEGURANÇA NAS ESTRUTURAS NBR 8681:2003 – Ações e Segurança nas estruturas – Procedimento Prof. Ana Paula Moura AÇÕES NA BBR 6118:2014 – item 11.2 (ações a considerar) – Pág 56 Ações permanentes são as que ocorrem com valores praticamente constantes durante toda a vida da construção. Também são consideradas permanentes as ações que aumentam no tempo, tendendo a um valor-limite constante. ● As ações permanentes diretas são constituídas pelo peso próprio da estrutura, pelos pesos dos elementos construtivos fixos, das instalações permanentes e dos empuxos permanentes. ● As ações permanentes indiretas são constituídas pelas deformações impostas por retração e fluência do concreto, deslocamentos de apoio, imperfeições geométricas e protensão. Prof. Ana Paula Moura AÇÕES Ações variáveis ● As ações variáveis diretas são constituídas pelas cargas acidentais previstas para o uso da construção, pela ação do vento e da água, devendo-se respeitar as prescrições feitas por Normas Brasileiras Específicas. Cargas acidentais previstas para o uso da construção (cargas verticais de uso da construção, cargas móveis, considerando o impacto vertical, impacto lateral, força longitudinal de frenação ou aceleração, força centrífuga), ação do vento e da água. ● Ações variáveis indiretas: variações uniformes de temperatura, ações dinâmicas (choques ou vibrações). Ações excepcionais ● Efeitos não possam ser controlados por outros meios, devem ser consideradas ações excepcionais com os valores definidos, em cada caso particular, por Normas Brasileiras específicas. (incêndios, etc.) Prof. Ana Paula Moura AÇÕES ● As ações variáveis e excepcionais podem atuar simultaneamente com as ações permanentes? ● Qual é a probabilidade de que essas ações atuem simultaneamente? ● Qual situação será a mais crítica no dimensionamento? → COMBINAÇÕES DE AÇÕES Prof. Ana Paula Moura AÇÕES – Valores das ações ***Valores representativos: a) Valores característicos: função da variabilidade de suas intensidades ● Ações permanentes – valores médios ● Ações variáveis – 25 a 35 % de chance de serem ultrapassados no sentido desfavorável num período de 50 anos. Ações variáveis que produzem efeitos favoráveis não são consideradas. b) Valores convencionais excepcionais c) Valores reduzidos em função das combinações de ações: ● ELU – y0 possibilidade muito baixa de ocorrência simultânea dos valores característicos de duas ou mais ações variáveis de naturezas diferentes ● ELS – y1 e y2, estimam valores frequentes e quase permanentes de um ação que acompanha a ação principal. (se repetem muitas vezes e ações de longa duração) ***Valores de cálculo: são obtidos dos valores característicos, multiplicando- os por coeficientes de ponderação, que visam prever a possibilidade de ocorrência de valores mais desfavoráveis, seja na execução ou durante a vida útil da estrutura, sob utilização nas condições previstas em projeto. Prof. Ana Paula Moura AÇÕES – Coeficiente de ponderação das ações NBR 6118:2014 - Item 11.3 – Página 63 ● g f1 – variabilidade das ações; ● g f2 – simultaneidadedas ações; ● g f3 – desvios geométricos, erros teóricos da análise estrutural (modelos), imprecisões de cálculo. Prof. Ana Paula Moura AÇÕES – Coeficiente de ponderação das ações NBR 6118:2014 - Item 11.3 – Página 63 - O valor desfavorável deve ser empregado quando a ação permanente aumenta o valor do efeito procurado. Quando a ação reduz o valor do efeito procurado, usa-se o valor favorável, a ação permanente é dita favorável a segurança. Prof. Ana Paula Moura AÇÕES – Coeficiente de ponderação das ações ● O valor desfavorável (maior) deve ser empregado quando a ação permanente aumenta o valor do efeito procurado. Quando a ação reduz o valor do efeito procurado, usa-se o valor favorável (menor), a ação permanente é dita favorável a segurança. ● Já as ações variáveis que reduzem o efeito procurado não podem ser incluídas nas combinações, com base no fato de que esse tipo de ação pode ter intensidade nula ou muito reduzida em determinados intervalos de tempo. Prof. Ana Paula Moura AÇÕES – Coeficiente de ponderação das ações Prof. Ana Paula Moura AÇÕES – Coeficiente de ponderação das ações Prof. Ana Paula Moura AÇÕES – Coeficiente de ponderação das ações ● Nas duas primeiras combinações o vento não foi incluído por se tratar de ação favorável a segurança (efeito contrário ao da ação variável principal); ● Na terceira combinação: a sobrecarga e o equipamento não foram incluídos pela mesma razão (efeito contrário ao da ação variável principal) e o peso próprio tomado com coeficiente igual a 1 pois tem sentido inverso ao da ação variável. Prof. Ana Paula Moura AÇÕES – Coeficiente de ponderação das ações NBR 6118:2014 - Item 11.3 – Página 63 Prof. Ana Paula Moura AÇÕES – Coeficiente de ponderação das ações NBR 6118:2014 - Item 11.3 – Página 63 Prof. Ana Paula Moura AÇÕES – Coeficiente de ponderação das ações Resumindo... Prof. Ana Paula Moura AÇÕES – Combinações de ações NBR 6118:2014 - Item 11.8 – Página 66 a 69 Prof. Ana Paula Moura AÇÕES – Combinações de ações NBR 6118:2014 - Item 11.8 – Página 66 a 69 Prof. Ana Paula Moura AÇÕES – Combinações de ações NBR 6118:2014 - Item 11.8 – Página 66 a 69 Prof. Ana Paula Moura AÇÕES – Combinações de ações NBR 6118:2014 - Item 11.8 – Página 66 a 69 Prof. Ana Paula Moura AÇÕES – Combinações de ações NBR 6118:2014 - Item 11.8 – Página 66 a 69 Prof. Ana Paula Moura AÇÕES – Combinações de ações NBR 6118:2014 - Item 11.8 – Página 66 a 69 Prof. Ana Paula Moura AÇÕES – Combinações de ações EXEMPLO: Prof. Ana Paula Moura RESISTÊNCIAS NBR 6118:2014 - Item 12 – Página 69 a 72 Prof. Ana Paula Moura RESISTÊNCIAS NBR 6118:2014 - Item 12 – Página 69 a 72 Prof. Ana Paula Moura RESISTÊNCIAS - Valores de cálculo NBR 6118:2014 - Item 12 – Página 69 a 72 Prof. Ana Paula Moura RESISTÊNCIAS - Valores de cálculo NBR 6118:2014 - Item 12 – Página 69 a 72 Prof. Ana Paula Moura RESISTÊNCIAS – Coeficientes de ponderação NBR 6118:2014 - Item 12 – Página 69 a 72 Prof. Ana Paula Moura RESISTÊNCIAS Prof. Ana Paula Moura RESUMINDO…. Ações/solicitações: devem ser previstas majorações, para levar em conta a possibilidade de ocorrência de valores de esforços maiores que os obtidos da análise estrutural, por fatores como a imprecisão na avaliação de cargas, hipóteses aproximadas dos métodos de cálculo, imperfeições geométricas na execução das peças, em relação às dimensões originais de projeto, e outras inevitáveis imperfeições na execução. Materiais: deve ser introduzida minoração nas resistências características, prevendo a possibilidade de ocorrerem resistências ainda inferiores às fk, em razão de problemas executivos e deficiências nos materiais constitutivos, inerentes à própria natureza das construções de concreto, e de imperfeições no controle tecnológico. Prof. Ana Paula Moura DURABILIDADE DE ESTRUTURAS ● Um material de construção com finalidade estrutural deve apresentar, como qualidades essenciais: resistência, durabilidade e disponibilidade. ● O bom desempenho de uma edificação, como um conjunto, não existe como condição isolada, mas é o resultado de boa integração e do trabalho em equipe, nas diversas etapas de uma edificação: planejamento, projeto, execução, utilização e manutenção. ● São requisitos de qualidade da estrutura: capacidade resistente, desempenho em serviço e durabilidade. ● A durabilidade depende diretamente da agressividade ao meio ambiente que é função da classe de agressividade ambiental (CAA). ● A vida útil depende dos mecanismos de deterioração do concreto e da armadura. Prof. Ana Paula Moura DURABILIDADE DE ESTRUTURAS NBR 6118:2014 - Item 6.4.2 – Página 16. Prof. Ana Paula Moura DURABILIDADE DE ESTRUTURAS NBR 6118:2014 - Item 7.4.2 – Página 18. Prof. Ana Paula Moura DURABILIDADE DE ESTRUTURAS NBR 6118:2014 - Item 7.4.7.2 – Página 19. Cobrimento Nominal = Cobrimento Mínimo + Tolerância Prof. Ana Paula Moura DURABILIDADE DE ESTRUTURAS Prof. Ana Paula Moura DURABILIDADE DE ESTRUTURAS Prof. Ana Paula Moura BIBLIOGRAFIA ALVA, G. M. S. Concepção estrutural de edifícios em concreto armado. Notas de aula. Universidade Federal de Santa Maria. Santa Maria, maio de 2007. ALVA, G. M. S. Desenhos deformas estruturais em edifícios de concreto armado. Notas de aula. Universidade Federal de Santa Maria. Santa Maria, maio de 2007. CLIMACO, J. C. T. S. Estruturas de concreto armado: fundamentos de projeto, dimensionamento e verificação. 2ª ed revisada. Brasília. Editora: Universidade de Brasília: Finatecm, 2008. 410p. CARVALHO, R. C. FILHO, J. R. F. F. Concreto armado: segundo a NBR 6118:2014. 4ª ed. São Carlos. EdUFSCAR, 2014. 415p. PINHEIRO, L. M. Fundamentos do concreto e projeto de edifícios. Notas de aula. Universidade de São Paulo. Slide 1 Slide 2 Slide 3 Slide 4 Slide 5 Slide 6 Slide 7 Slide 8 Slide 9 Slide 10 Slide 11 Slide 12 Slide 13 Slide 14 Slide 15 Slide 16 Slide 17 Slide 18 Slide 19 Slide 20 Slide 21 Slide 22 Slide 23 Slide 24 Slide 25 Slide 26 Slide 27 Slide 28 Slide 29 Slide 30 Slide 31 Slide 32 Slide 33 Slide 34 Slide 35 Slide 36 Slide 37 Slide 38 Slide 39 Slide 40 Slide 41 Slide 42 Slide 43 Slide 44 Slide 45 Slide 46 Slide 47 Slide 48 Slide 49 Slide 50 Slide 51 Slide 52 Slide 53 Slide 54 Slide 55 Slide 56 Slide 57 Slide 58 Slide 59 Slide 60 Slide 61 Slide 62 Slide 63 Slide 64 Slide 65 Slide 66 Slide 67 Slide 68 Slide 69 Slide 70 Slide 71 Slide 72 Slide 73 Slide 74 Slide 75 Slide 76 Slide 77 Slide 78 Slide 79 Slide 80 Slide 81 Slide 82 Slide 83 Slide 84 Slide 85 Slide 86 Slide 87 Slide 88 Slide 89 Slide 90 Slide 91 Slide 92 Slide 93 Slide 94 Slide 95 Slide 96 Slide 97 Slide 98 Slide 99
Compartilhar