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THOMAS SKIDMORE - Anotações

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THOMAS SKIDMORE – BRASIL: DE GETÚLIO A CASTELLO
“O Brasil chegou ao fim de 1954, que tinha sido um ano ruim devido às dificuldades na comercialização do café, com um déficit em conta corrente de 230 milhões de dólares. Em 1955, entretanto, o Brasil praticamente equilibrou sua conta corrente, ao mesmo tempo que liquidava mais de 200 milhões de dólares em dívidas de curto prazo, o que foi conseguido apesar da queda de preços do café e do algodão. O método escolhido foi a medida draconiana de reduzir drasticamente as importações, que em 1955 caíram 409 milhões de dólares, quase 30 por cento em relação ao ano anterior. Essa era uma política que já não poderia ser mantida sem prejudicar seriamente o desenvolvimento econômico do país. Não obstante, ofereceu uma oportunidade para interromper a recente tendência brasileira de constantes aumentos do endividamento.” (P. 198)
Instrução 113 da SUMOC: Investidores estrangeiros que concordassem em importar equipamento industrial para a produção de bens obteriam classificação prioritária do governo. (antes de JK) – Marca a abertura ao capital estrangeiro ANTES de JK.
Ministro da Fazenda Gudin.
Golpe Preventivo executado por Lott e militares defensores da legalidade para garantir a posse de JK e Jango. (novembro de 1955)
“Desde o início da carreira política ele (jk) esteve intimamente associado com a fechada elite política de Minas Gerais.”
O PSD de Minas Gerais.
Política de Nacionalismo Desenvolvimentista – “Era uma abordagem pragmática de uma economia já mista, destinada a alcançar o maior índice possível de crescimento estimulando a expansão tanto no setor público como no privado. Em essência, foi uma nova fase do processo de substituição de importações que começou mais ou menos na virada do século, foi acelerado na década de 1930 e praticamente alcançou a autossuficiência em bens de consumo leves em meados da década de 1950.” (P. 203)
Kubitschek – substituição de importações com maior ênfase na criação de indústrias de bens de capital.
“Juscelino tinha esboçado sua estratégia de desenvolvimento econômico durante a campanha. Mesmo antes de tomar posse, o presidente eleito publicou uma apresentação do seu “Plano Nacional de Desenvolvimento”, esboçada por um grupo de jovens tecnocratas com quem o candidato se aconselhara durante a campanha. Uma vez no cargo, Juscelino anunciou sua estratégia com clareza e frequência.” (P. 203-204)
QUEM SÃO OS JOVENS TECNOCRATAS QUE JUSCELINO SE ACONSELHAVA NA CANDIDATURA??? 
“Primeiro, fez um apelo direto aos investidores privados, tanto brasileiros como estrangeiros. Aos empresários brasileiros seu governo ofereceu políticas liberais de crédito e a promessa de manter um alto nível de demanda interna, assegurando, com isso, mercados lucrativos. A fim de canalizar investimentos privados para as indústrias básicas, o governo estabeleceu grupos executivos em indústrias como a de automóveis e a de produtos elétricos, com o objetivo de assegurar que as regulamentações do governo ajudassem em vez de atrapalhar uma rápida ampliação da capacidade.” (P. 204)
- GRUPOS EXECUTIVOS (TRANSPORTE E ENERGIA) – COMO ISSO INFLUENCIA NO PLANEJAMENTO REGIONAL?
- INSTRUÇÃO 113 DA SUMOC
“Empresas estrangeiras receberam um incentivo especial para investir na indústria brasileira. Como meio de encorajá-las a trazer para o Brasil o equipamento industrial de que o país precisava, o governo fez uso liberal da Instrução nº 113 da SUMOC, publicada durante o governo Café Filho. Essa regulamentação isentava firmas estrangeiras da necessidade de fornecer “cobertura” em moeda estrangeira para a importação de maquinário, desde que fossem sócias de empresas brasileiras – vantagem que as empresas totalmente brasileiras não tinham. O governo Kubitschek também deu repetidas garantias de tratamento justo em questões de remessa de lucros e pagamento de impostos. O apelo aos investidores privados, nacionais e estrangeiros, teve grande êxito, sobretudo em indústrias vitais, como a produção de veículos, em que a quase autossuficiência foi alcançada em apenas cinco anos, com 100 mil veículos produzidos por ano no fim da presidência de Kubitschek. Em suma, o apelo do governo Kubitschek ao setor privado foi amplamente recompensado.” (P. 204)
Comissão Mista Brasil – EUA (1951-53): Programa de investimentos públicos desde a presidência de Vargas (Eliminar gargalos infraestruturais em transporte e energia). (JK se aproveitou disso)
Estudos técnicos do grupo CEPAL-BNDE
- IR ATRÁS DESSES ESTUDOS!
BNDE – excelente veículo para novos investimentos públicos, pois desfrutava de certas fontes privilegiadas de receita tributária reservadas para a expansão da produção de energia elétrica e capacidade viária.
QUAL ERA O GRUPO EXECUTIVO DE ENERGIA ELÉTRICA?
“Enquanto recebia investimentos privados estrangeiros para o setor privado, o Brasil também obtinha investimentos públicos estrangeiros para o setor público.” (P. 205)
CODENO!!!
“Ao assumir a presidência, um dos primeiros atos de Juscelino foi criar o Conselho do Desenvolvimento, diretamente subordinado ao presidente. O conselho estava incumbido, entre outras coisas, de estudar as medidas necessárias à coordenação da política econômica do país, particularmente no tocante ao seu desenvolvimento econômico, elaborar planos e programas visando a aumentar a eficiência das atividades governamentais e a fomentar a iniciativa privada. Uma das atividades mais importantes do conselho foi o patrocínio da minuta do Programa de Metas, que estabelecia metas nos campos de energia, transporte, agricultura, indústrias básicas e educação. O programa é explicado em Conselho de Desenvolvimento, Programa de Metas, 3 vols. (RJ 1958)” (NOTA DE RODAPÉ DA P. 205)
“Orientando toda a estratégia de desenvolvimento econômico de Juscelino havia um conjunto de metas gerais de produção, definidas formalmente em 1958. Não se tratava de um plano completo, mas de um conjunto de metas que determinados setores deveriam alcançar. O governo foi pragmático na execução de seu programa, ressaltando o crescimento de indústrias básicas, e decidindo na prática ignorar áreas como agricultura e educação, que tinham sido incluídas nominalmente no Plano de Metas”. (P. 205)

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