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A histoplasmose é uma infecção sistêmica

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A histoplasmose é uma infecção sistêmica, causada por Histoplasma capsulatum var. capsulatum ou H. capsulatum var. duboisii. Enquanto o primeiro agente tem distribuição cosmopolita, o outro tem sua distribuição geográfica restrita ao continente africano. O cultivo de H. capsulatum à temperatura ambiente é constituído de colônia branca que, quando muito velha, assume coloração camurça. O crescimento do fungo È bem lento. Microscopicamente se observam hifas finas e delicadas e conídios de dois tipos. Os macroconídios esféricos e tuberculados são estruturas marcantes para a identificação do fungo. Porém, a presença de microconídios esféricos é necessária para a correta identificação do agente, pois há alguns fungos saprófitos, pertencentes ao gênero Chrysosporium, que também produzem estruturas de propagação semelhantes. Deve-se, para a correta identificação do agente da histoplasmose, realizar a conversão desse fungo para a fase leveduriforme em meios enriquecidos com incubação a 37ºC. Todavia, a conversão de H. capsulatum não é facilmente obtida e depende também das características fisiológicas de cada isolado. Quando convertidos à fase leveduriforme observam-se colônias glabras, lisas, branco-amarelada, e na microscopia notam-se leveduras ovais e unibrotantes.
A paracoccidioidomicose é uma micose sistêmica causada por Paracoccidioides brasiliensis, caracterizada pela forma parasitária do seu agente: célula leveduriforme mutibrotante com parede celular birrefringente. É a micose sistêmica mais frequente na América Latina. Afeta usualmente agricultores, que mantêm contato direto com a natureza, em principal com o solo. A micose é endêmica no Brasil. As manifestações clínicas da paracoccidioidomicose resultam da inalação de elementos infectantes do fungo ou de uma reativação de lesão primária quiescente, ou seja, de uma lesão adquirida há algum tempo, muitas vezes mais de trinta anos, e que não tinha ainda se desenvolvido. O fungo, além de acometer o pulmão, dissemina-se para outras partes do corpo, atingindo principalmente as mucosas do indivíduo, sua pele e linfonodos. O aspecto macroscópico da cultura de leveduras desse fungo tem coloração creme-clara, consistência cremosa e é conseguido em meios especiais, como o meio de Fava-Neto, com incubação a 37ºC. O cultivo a 25ºC d· origem a colônias de crescimento muito lento, filamentosas, algodoadas ou aveludadas, compostos de uma trama de hifas sem conídios
A criptococose é causada por leveduras do gênero Cryptococcus, das quais se destacam duas espécies: C. neoformans, que acomete principalmente indivíduos imunodeprimidos e C. gattii, que pode acometer indivÌduos imunocompetentes. A micose é de frequência elevada nas grandes cidades, onde são diagnosticadas suas formas clínicas mais graves. As formas subclínicas ou as que se manifestam como infecção respiratória inespecífica deve ser bastante freqüente. A doença é endêmica no Norte e no Nordeste do país, acometendo crianças, jovens e adultos, de ambos os sexos e todas as faixas etárias, com ou sem depressão do sistema imunológico. O fungo apresenta tropismo pelo sistema nervoso central e o líquor do paciente pode simular meningite viral, bacteriana e também tuberculose. As leveduras do gênero Cryptococcus possuem uma característica especial, que é a presença de uma cápsula polissacarídica que envolve todo o fungo. Essa cápsula pode ser evidenciada em exames laboratoriais por contraste com tinta nanquim ou com a coloração pelo Mucicarmin de Mayer. C. neoformans e C. gattii são capazes de produzir a enzima extracelular fenol oxidase, que é extremamente ˙útil para a identificação do agente da criptococose, pois esta enzima faz com que a levedura se torne melanizada quando colocada em cultivo com compostos fenólicos. Esta enzima e a cápsula polissacarídica estão relacionadas com a virulência desse fungo ao organismo.
Etiologia
O agente etiológico é o Pneumocystis jiroveci (antigamente denominado Pneumocystis carinii), um organismo eucariótico com características morfológicas similares às dos protozoários, ou seja, presença de três fases morfológicas distintas – cistos, trofozoítas e esporozoítas. Análises do DNA mitocondrial e ribossomal indicaram uma semelhança muito grande do Pneumocystis com os fungos, porém esse patógeno não cresce em meios de cultura para fungos e nem é sensível às drogas antifúngicas.
Modo de transmissão e patogenia
Ainda nos primeiros anos de vida, quase todas as crianças apresentam evidências sorológicas de exposição ao Pneumocystis. Esse microrganismo pode causar sintomas subclínicos ou brandos nas vias aéreas de crianças saudáveis, mas causa doença grave apenas em indivíduos imunocomprometidos.
Embora casos esporádicos sejam a regra, foi relatada a disseminação nosocomial em grupos ou em famílias. Esses dados sugerem que o Pneumocystis jiroveci pode ser contraído por disseminação de pessoa a pessoa, motivo pelo qual algumas instituições isolam pessoas com pneumocistose de outras com alto risco de morte. Porém, ainda não há dados definitivos acerca da transmissão de pessoa a pessoa.
Quadro clínico
O início da pneumocistose em pacientes com AIDS é geralmente insidioso e marcado pela progressão arrastada (por semanas a poucos meses), com febre (38°C a 39°C), calafrios, tosse seca persistente, sudorese, mal-estar, fadiga, dispnéia aos esforços; ultimando com taquidispnéia e insuficiência respiratória. A principal manifestação é tosse seca, tipicamente não produtiva, que pode persistir por semanas, até mesmo meses. Ao exame físico de pacientes com AIDS, os achados são geralmente inespecíficos e limitados. Os achados físicos extrapulmonares podem ser úteis. A candidíase orofaríngea é quase universal em pacientes com AIDS, e a dermatite seborréica facial também é comum. A adenopatia generalizada com linfonodos maiores que 1 cm é rara, pois os pacientes com pneumocistose costumam apresentar imunodeficiência grave com linfonodos hipoplásicos.
Diagnóstico
O diagnóstico definitivo da pneumocistose é realizado através da visualização do patógeno no lavado broncoalveolar (LBA), no escarro ou em amostras de tecido. O LBA é a base do diagnóstico e regularmente apresenta sensibilidade entre 95% e 99%. É o método diagnóstico de escolha quando o exame de escarro é negativo ou não está disponível. A biópsia transbrônquica pode ser útil principalmente em pacientes onde o LBA não confirma o diagnóstico e que não respondem à terapia empírica contra o Pneumocystis ou patógenos bacterianos.
Tratamento
O tratamento de escolha é o sulfametoxazol-trimetroprim em altas doses por 21 dias. O uso de glicocorticóides está indicado em todos os pacientes com PaO2 < 70mmHg ou o gradiente alvéolo-arterial de oxigênio maior do que 35 mmHg, até 72h do início da terapêutica. Suporte ventilatório, hidroeletrolítico e nutricional são adjuvantes importantes na terapia.
Fontes: Cecil - 23ª edição
A coccidioidomicose, também chamada de febre de São Joaquim, febre do vale ou doença de posada-Wernicke, é uma infecção pulmonar que tem como agente etiológico o fungo Coccidioides immitis.
Este agente é um fungo disfórmico atípico. Na natureza e em cultura, o C. immitis apresenta-se como micélios típicos com hifas; todavia, no organismo humano apresenta-se atipicamente, assumindo forma esférica, chamadas esférulas, compostas por vários endósporos.
Os esporos deste fungo são encontrados em solo de determinadas áreas da América do Norte, em especial na Califórnia, Texas, Utah, Novo México, Arizona e Nevada. Também é encontrado na América Central e América do sul, locais onde há relatos de alguns casos da doença.
Uma vez que a contaminação ocorre por meio da inalação dos esporos, alguns trabalhadores, como os agricultores, são mais susceptíveis ao desenvolvimento desta doença. Também é comum acometer indivíduos portadores do HIV, pois estes apresentam sistema imunológico deficiente.
Aproximadamente60% dos indivíduos acometidos pela forma aguda da doença, habitualmente não apresentam manifestações clínicas, pois o sistema imunológico elimina o agente patológico, limitando a sua disseminação pela geração de granulomas. Contudo, uma pequena porcentagem dos indivíduos acometidos pelo fungo C. immitis apresentam pneumonia, febre, sudorese, tosse, expectoração e dispnéia. Em cerca de 5% dos casos pode haver pneumonia crônica que lembra à da tuberculose, e apenas 1% dos indivíduos podem apresentar manifestações sistêmicas após disseminação do fungo através da corrente sanguínea, em especial, os idosos e imunodeprimidos, havendo formação de granulomas que ocasionam nódulos na pele (eritema nodoso), conjuntivite e dores articulares e ósseas.
Suspeita-se da doença quando o indivíduo mora em zonas endêmicas ou esteve em alguma recentemente. Para a confirmação, colhem-se amostras da expectoração ou pus do paciente para realização de exames laboratoriais. Análises sanguíneas podem evidenciar a presença de anticorpos contra o fungo em questão.
O tratamento é feito por meio do uso de antifúngicos, sendo a anfotericina B o fármaco de eleição. Também podem ser usados derivados do azol, como o fluconazol.
Fontes:
http://pt.wikipedia.org/wiki/Coccidioidomicose
http://medicinanet.com.br/conteudos/revisoes/1737/coccidioidomicose.htm
http://www.manualmerck.net/?id=211&cn=1781
http://www.tuasaude.com/coccidioidomicose/

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