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Improcedência liminar do pedido

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por - JAILTON ANDRE DE OLIVEIRA 
 jailtonandre@globo.com 
IMPROCEDÊNCIA LIMINAR DO PEDIDO 
 
Suscintamente falando, a Improcedência Liminar do Pedido, trata-se de uma 
decisão que resolve o mérito de uma determinada demanda, em casos onde a 
improcedência do pedido em questão, possa ser verificada desde o ato de pedir. 
O artigo 332 do Novo Código de Processo Civil nos traz a ideia que se não houver 
necessidade de produzir provas (fase instrutória), ou de quaisquer outras provas que não 
seja aquelas já produzidas no ato da impetração da petição inicial, o juiz poderá julgar 
improcedente (ainda que liminarmente) o pedido, mesmo sem a prévia citação do réu, que 
contrariar um dos requisitos listados nos incisos de I a IV do referido artigo, os quais 
transcrevo: 
“I - enunciado de súmula do Supremo Tribunal Federal ou do Superior Tribunal de 
Justiça; 
II - acórdão proferido pelo Supremo Tribunal Federal ou pelo Superior Tribunal 
de Justiça em julgamento de recursos repetitivos; 
III - entendimento firmado em incidente de resolução de demandas repetitivas ou 
de assunção de competência; 
IV - enunciado de súmula de tribunal de justiça sobre direito local.” 
 
O inciso I nos mostra claramente a intenção do legislador de fortalecer o STF e o 
STJ no sentido de firmar em sua jurisprudência um entendimento uniforme do Direito 
Constitucional, bem como o Direito Infraconstitucional. Não muito diferente, o inciso II, 
mostra o desejo de um entendimento uniforme, que nesse caso serviria de base não só 
para casos específicos, mas de abrangência nacional, servindo de parâmetro para todos os 
demais tribunais. 
 O inciso III, também foca no direito jurisprudencial, por essa razão, os pedidos 
dos autores devem levar em consideração o entendimento das instâncias superiores. Isso 
fica muito mais claro no inciso IV, uma vez que os juízes de primeira instância, devem 
sempre tomar como base as sumulas do Tribunais de Justiça Estaduais ao proferirem suas 
decisões. 
 
O parágrafo 1º do artigo 332 diz: 
O juiz também poderá julgar liminarmente improcedente o pedido se verificar, desde 
logo, a ocorrência de decadência ou de prescrição. 
 
Isso quer dizer que se o Juiz verificar desde logo que houve prescrição ou decadência 
do direito do autor, ele não vai sequer citar o réu e já vai julgar liminarmente 
improcedente o pedido. O objetivo deste dispositivo é zelar pela celeridade do processo 
e constatar desde já, a improcedência do pedido. 
 
Uma vez declarada a improcedência do pedido, resta a parte autora o recurso de 
apelação nos termos do art. 332, § 2º, do NCPC.

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