Buscar

Aula 25 05 02

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes
Você viu 3, do total de 6 páginas

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes
Você viu 6, do total de 6 páginas

Prévia do material em texto

Raphael Simões Vieira – Medicina Veterinária 5º período
Aula 25 – 05/02/15
Tetraciclinas
São drogas que possuem três anéis. Terramicina é o nome mais conhecido, é a oxitetraciclina. Essas drogas têm comportamento muito próximo, compartilham espectro microbiano útil = compartilham os germes em que atuam. Se uma determinada bactéria é suscetível a uma tetraciclina, ela é suscetível a todo o grupo. Se é resistente, ocorre a mesma coisa. O que essas drogas têm de diferença é o aspecto farmacocinético = biodisponibilidade e tempo de meia vida. 
Interferem no processo de iniciação da síntese proteica. Tem caráter competitivo = depende da concentração relativa do antibiótico. Ocupam o aceptor de leitura que recebe o RNAt carregado com aa. Se tem muita tetraciclina, muitos aceptores são ocupados, isso leva um prejuízo maior na síntese proteica do que se tivermos pouca tetraciclina ocupando o número pequeno de aceptores. É um mecanismo que não é seletivo, não é específico. As células animais também sofrem essa ação. Nossas células desenvolveram uma capacidade de não concentrar tetraciclina na célula, é uma bomba que joga para fora. Isso não traz maiores danos. As bactérias não tinham esse mecanismo de bomba, mas já tem desenvolvido. Temos antibióticos que apresentam espectro de ação extremamente amplo: aeróbios e anaeróbios Gram+, Gram-, rickettsias, mycoplasma, legionella, plasmodium (agente etiológico da malária). A sua maior importância em medicina veterinária está relacionada sobre sua possibilidade de ação sobre bactérias atípicas, como rickettsioses. Rickettsioses: anaplasma, erlichia, são bactérias. A rickettsiose em humanos mais frequente: febre maculosa. 
Essas drogas permitem formulações muito variáveis. Tem baixo custo por ser uma droga antiga. Pelo amplo uso, são drogas que têm alta resistência. 
O grande diferencial é em relação à cinética. Clortetraciclina foi a primeira tetraciclina formulada, absorção oral é muito ruim. 70% não é absorvido. Desenvolveu depois a tetraciclina base e posteriormente a oxitetraciclina, onde a biodisponibilidade é de 60-80%. Doxiciclina (95%) e minociclina (100%). Essas duas últimas drogas têm meia vida longa, permite intervalo de 12 até 24h entre as doses. 
Formam quelatos com íons ditrivalentes. São quelatos estáveis e não absorvidos por via oral. Há complexos vitamínicos-minerais, e alimentos que são ricos em íons ditrivalentes. A formação de quelato impossibilita a absorção, ou diminui muito. Leite não é antídoto para veneno!! Muitas vezes se o veneno for lipossolúvel, o leite facilita a absorção. Pessoa tomar tetraciclina e ingerir alimento rico em cálcio, como leite, forma quelato. Quando prescrever essas drogas, tem que ter orientação para que o animal não ingira esses alimentos. 
Essas drogas permitem uso parenteral, mas é muito dolorido. Há as formações de ação prolongada (LA), é muito irritante, não posso usar em humanos, cães e equídeos. Outro problema para equídeos é que tem eliminação biliar, há um desequilíbrio de flora. Não podemos usar essas formulações LA em equídeos, é proibido! Podemos sofrer processos legais se utilizarmos. Mesmo em ruminantes, vemos edema na área, claudicação, pode dar irritação muscular. 
Há preparações para uso tópico, oftalmológico, para prescrições odontológicas. 
Há tempo de carência, há excreção láctea. Elevada concentração no feto, não podem ser usadas em gestantes. Não permeia BHE. Se deposita nos ossos, nos locais ativos de ossificação (pode impactar desenvolvimento ósseo e dentário, principalmente esmalte dentário, levando descoloração e hipoplasia). Manchas de antibiótico nos dentes = não são indicados na infância, deixam sequelas. As contraindicações são relativas, uma criança com febre maculosa, vou usar a droga. 
A doxiciclina pode ser usada em pacientes nefropatas, as outras drogas não. Doxiciclina é droga de escolha para erlichiose. Doxi tem meia vida maior, permite doses com intervalos maiores.
Efeitos indesejáveis: distúrbios gastrintestinais, irritação de mucosa, superinfecção grave. Cuidado com equídeos. Irritação muscular (dói muito), tromboflebite. Efeito antianabólico/catabólico com uremia. Nefrotoxicidade: tetraciclinas degradas (armazenamento inadequado). A superinfecção é importante principalmente em equídeos.
Usos terapêuticos: Corynebacterium, Haemopbhyllus, espiroquetas (leptospira), Pasteurella, etc. 
.........................
Anfenicois
Cloranfenicol
Também são inibidores de síntese proteica, mas não tem nada a ver com tetraciclinas. Cloranfenicol está proibido de ser utilizado em animais produtores de alimentos. O uso só está autorizado em humanos e pets. Florfenicol é uma outra droga desse grupo. Esses antibiótico inibem síntese proteica. Inibem a peptidil-transferase, um mecanismo que não é seletivo. Síntese proteica mitocondrial principalmente, o que pode ter impacto na atividade produtora de medula óssea. Essa falta de especificidade de ação faz com essas drogas tenham efeito amplo, atuam sobre uma gama grande de germes. 
O uso no inicio da implementação do cloranfenicol foi massivo. Incrementou a resistência. Com o passar do tempo esse antibiótico passou a ter problemas de resistência. Por causa do uso mais controlado hoje, houve um resgate, a droga tem uso restrito, atua bem sobre os microrganismos. É utilizado até mesmo para tratamento de infecções hospitalares. Nem nos equídeos podemos utilizar, pois teoricamente eles são produtores de alimento. 
Florfenicol: é uma droga mais moderna, pode ser usada em animais com produção de alimentos. 
Essas drogas apresentam grande maleabilidade farmacotécnica = permite que a industria produza produtos utilizados por várias vias. Tem cloranfenicol colírio, tópico, etc. o florfenicol não tem essa maleabilidade. Essas drogas têm elevada lipossolubilidade = atravessam facilmente barreiras biológicas, incluindo a BHE. É uma das alternativas na medicina humana para tratar meningites. 
São drogas que sofre conjugação glicurônica no fígado. Felídeos têm déficit conjugativo. Recém nascidos de todas as espécies também. Tendem a acumular mais. Síndrome do bebê cinzento = bebês humanos que acumulavam tetraciclinas. A excreção é fundamentalmente renal. 
Toxicidade: o cloranfenicol é muito bem tolerada de maneira geral. Pode levar a desequilíbrio de flora, principalmente de intestino grosso. Flora vaginal e de boca também são acometidas, podendo levar a uma superinfecção. O grande problema do cloranfenicol é o risco hematológico, risco de toxicidade hematológicas. Impactam a capacidade produtiva da medula óssea: anemia, leucopenia ou trombocitopenia dose-tempo-dependente. Não há grande impacto clínico. o grande problema está com humanos, não tem sido descrito em outros animais, relacionado principalmente com ingestão oral. Há relatos que o cloranfenicol induz a um quadro idiossincrático grave, raro mas grave, há desenvolvimento de aplasia de medula, há falência medular. Por isso o cloranfenicol é proibido em animal de produção, não há nível aceitável de resíduo. Em função disso se desenvolveu o florfenicol, que não tem radical nitro, tem custo mais elevado, droga mais recente. Teoricamente não há risco de levar à aplasia. 
Tem excelente atividade sobre anaeróbios. Atinge concentrações elevadas inclusive no SNC. Vias: tópica, oral (quase não é usado), parenteral. 
..........................
Outros antióticos inibidores de síntese proteica
Não têm muito uso em medicina veterinária. 
Cetolídeos
Telitromicina (ketek®): o uso decaiu muito, inclusive em medicina humana.
Estreptograminas
Uso hospitalar, uso em veterinária é dificílimo. A não ser que haja antibiograma, muito específico.
Oxazolidinonas
Estafilococos multiresistentes.

Continue navegando