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guerrilheiros. Ditaduras

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Muitos estudantes, velhos militantes da esquerda e intelectuais começaram a organizar grupos guerrilheiros. Para eles, não havia mais espaço para a legalidade. Apenas a luta armada libertaria o Brasil dos militares. 
Dos partidos de esquerda existentes, o PCB (partido Comunista Brasileiro) foi contra a luta armada. Sua intenção era se unir a todos os grupos democráticos contra o regime autoritário. Foi bastante criticado pela esquerda. Em uma cena da minissérie, João Alfredo e Orlando Damasceno discutiam sobre tal ideia. Damasceno acreditava que era possível combater a ditadura conscientizando a população, especialmente a classe trabalhadora. Já João almejava uma mudança imediata. “Quem sabe faz a hora, não espera acontecer”... 
Os guerrilheiros latino-americanos, inclusive os Brasileiros foram bastante influenciados pela teoria foquista de Régis Debray , companheiro de guerrilha de ninguém menos que Ernesto Guevara de la Serna. De acordo com o conceito foquista, combatentes criariam um foco guerrilheiro numa área rural. Primeira etapa seria o treinamento militar. Depois, contato com a população. Ganham confiança através do trabalho, honestidade e solidariedade. Nesse processo os guerrilheiros vão transmitindo suas ideias, mostrando que os camponeses também deveriam se unir para lutar. Imaginavam que surgiriam vários focos ate que um dia esses focos começariam a se unir para compor um grande exército popular. O único problema é que ninguém tinha feito uma análise profunda da sociedade brasileira para ter certeza de que essa era a melhor estratégia a ser seguida, sonhavam com uma guerrilha camponesa em um país enorme que já era urbano e industrial. 
Desde 1968 já existiam ações guerrilheiras no Brasil, e intensificaram entre 1969 e 1973. Os guerrilheiros mulheres, homens, adultos e jovens abandonaram o conforto do lar, segurança, tranquilidade e muitas vezes o futuro para combater o regime opressor com armas nas mãos. Contudo, a repressão do governo agia com muita eficácia e rapidamente os grupos foram desmantelados. No final, tinham que assaltar bancos ( “expropriar a burguesia financeira”) para levantar fundos para a luta e sequestrar embaixadores ( que jamais foram mortos ou torturados) em troca da libertação de presos políticos , como mostra um capitulo da minissérie em que Heloísa, João, Marcelo dentre outros personagens capturam o embaixador da Suiça.
No final das contas, muitos militantes tiveram que fugir do Brasil para não serem mortos ou torturados. Capitulo este retratado no final da obra. Heloísa, Joao e Marcelo estavam fugindo do Brasil e são pegos em uma blits. Heloisa, desarmada, tenta mostrar a sua RG ate que é reconhecida por um dos militares, levou diversos tiros e morreu bem na frente de seus companheiros de guerrilha que, apesar das circunstancias, conseguiram escapar com segurança do país.

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