Baixe o app para aproveitar ainda mais
Prévia do material em texto
www.cers.com.br MINISTÉRIO PÚBLICO E MAGISTRATURA ESTADUAL Direito Constitucional - Aula 07 Robério Nunes 1 Facebook: www.facebook.com/prof.roberionunes Instagram: @prof.roberionunes 1. (CESPE – Juiz – TJ/SE 2008.) Elabore disser- tação acerca dos princípios constitucionais sen- síveis, abordando, necessariamente, os seguin- tes aspectos: 1 - definição de princípios constitucionais sensíveis com a indicação de, pelo menos, três desses princí- pios presentes na atual Constituição Federal brasi- leira; 2 - possibilidade ou não de um constituinte derivado acrescentar outros princípios aos já existentes, por meio de emenda à Constituição; e 3 - consequência da inobservância desses princí- pios para a estrutura federativa brasileira. 1. (CESPE – Juiz – TJ/SE 2008) Princípios consti- tucionais sensíveis na CF/88: Art. 34. A União não intervirá nos Estados nem no Distrito Federal, exceto para: (...) VII - assegu- rar a observância dos seguintes princípios cons- titucionais: A) forma republicana, sistema representativo e re- gime democrático; B) direitos da pessoa humana; C) autonomia municipal; D) prestação de contas da administração pública, direta e indireta; 1) CESPE – Juiz – TJ/SE 2008 Princípios constitucionais sensíveis na CF/88: Art. 34. A União não intervirá nos Estados nem no Distrito Federal, exceto para: (...) VII - assegu- rar a observância dos seguintes princípios cons- titucionais: e) aplicação do mínimo exigido da receita resultante de impostos estaduais, compreendida a proveniente de transferências, na manutenção e desenvolvimen- to do ensino. (alínea incluída pela EC nº 14/1996) e) aplicação do mínimo exigido da receita resultante de impostos estaduais, compreendida a proveniente de transferências, na manutenção e desenvolvimen- to do ensino e nas ações e serviços públicos de saúde. (Redação da EC 29/2000) 1) CESPE – Juiz – TJ/SE 2008 Princípios constitucionais sensíveis na CF/88: Art. 36. A decretação da intervenção dependerá: III – de provimento, pelo Supremo Tribunal Fede- ral, de representação [interventiva] do Procura- dor-Geral da República, na hipótese do art. 34, VII [violação de princípios constitucionais sensí- veis], e no caso de recusa à execução de lei fe- deral. (Redação dada pela EC nº 45, de 2004). 1) CESPE – Juiz – TJ/SE 2008. Princípios constitucionais sensíveis na CF/88: Art. 35. O Estado não intervirá em seus Municí- pios, nem a União nos Municípios localizados em Território Federal, exceto quando: IV - o Tribunal de Justiça der provimento a re- presentação para assegurar a observância de princípios indicados na Constituição Estadual, ou para prover a execução de lei, de ordem ou de decisão judicial. 2) MPE-MS – Promotor de Justiça – MS/2014 (adaptada). Julgue: O Estado não intervirá em seus Municí- pios, salvo quando: deixar de ser paga, sem motivo de força maior, por dois anos consecuti- vos, a dívida fundada; não forem prestadas con- tas devidas, na forma da lei; não tiver sido apli- cado o mínimo exigido da receita municipal na manutenção e desenvolvimento do ensino e nas ações e serviços públicos de saúde; ou o Tribu- nal der provimento à representação para asse- gurar a observância de princípios indicados na Constituição Estadual ou para prover a execu- ção de lei ou de decisão judicial. CORRETO – Art. 35 da CF/88. 3) VUNESP – Promotor de Justiça – MPE-SP 2013 (adaptada) É possível a intervenção da União nos Estados, dentre outras hipóteses: I. Para assegurar o princípio constitucional da observância à prestação de contas da adminis- tração pública direta e indireta. CORRETO – Art. 34, VII, “d”, da CF/88. 3) VUNESP – Promotor de Justiça – MPE-SP 2013 (adaptada) É possível a intervenção da União nos Estados, dentre outras hipóteses: II. Para assegurar o princípio constitucional dos direitos da pessoa humana. CORRETO – Art. 34, VII, “b”, da CF/88. 3) VUNESP – Promotor de Justiça – MPE-SP 2013 (adaptada) É possível a intervenção da União nos Estados, dentre outras hipóteses: III. Para garantir o livre exercício de qualquer dos Poderes das Unidades da Federação, neste caso agindo de ofício ou mediante solicitação ou requisição do Poder que está sendo embaraçado no exercício de sua competência INCORRETO – Conforme o Art. 36, I, da CF/88, se o motivo for a necessidade de garantir o livre exer- www.cers.com.br MINISTÉRIO PÚBLICO E MAGISTRATURA ESTADUAL Direito Constitucional - Aula 07 Robério Nunes 2 cício de qualquer dos Poderes das unidades da Federação (art. 34, IV) a decretação da intervenção dependerá de solicitação do Poder Legislativo ou do Poder Executivo coacto ou impedido, ou de requisi- ção do Supremo Tribunal Federal, se a coação for exercida contra o Poder Judiciário, não podendo, portanto, ser feita de ofício. 3) VUNESP – Promotor de Justiça – MPE-SP 2013 (adaptada) É possível a intervenção da União nos Estados, dentre outras hipóteses: IV. Para por termo a grave comprometimento da ordem pública. CORRETO – Art. 34, III, da CF/88. 3) VUNESP – Promotor de Justiça – MPE-SP 2013 (adaptada). É possível a intervenção da União nos Estados, dentre outras hipóteses: V. Para o caso de desobediência de requisição do Supremo Tribunal Federal, do Superior Tri- bunal de Justiça ou do Tribunal Superior Eleito- ral, dependendo, na hipótese, de representação do Procurador-Geral da República INCORRETO – Conforme os artigos 34, VI, e 36, II, da CF/88, no caso de desobediência a ordem ou decisão judicial a decretação da intervenção depen- derá de requisição do Supremo Tribunal Federal, do Superior Tribunal de Justiça ou do Tribunal Superior Eleitoral, não dependendo de representação do PGR. 4) CESPE – Promotor de Justiça – AC/2014 (adaptada) Julgue quanto à organização político- administrativa brasileira: A aplicação anual de 25% da receita resultante de impostos estaduais na manutenção e desen- volvimento do ensino e a prestação de contas da administração pública são consideradas princí- pios constitucionais sensíveis, cujo descumpri- mento autoriza a intervenção federal nos esta- dos. CORRETO – Art. 34, VII, “d” e “e”, c/c art. 212, ca- put, da CF/88: 4) CESPE – Promotor de Justiça – AC/2014 (adaptada) CF/88: Art. 34. A União não intervirá nos Estados nem no Distrito Federal, exceto para: (...) VII - assegu- rar a observância dos seguintes princípios cons- titucionais: (...) d) prestação de contas da admi- nistração pública, direta e indireta. e) aplicação do mínimo exigido da receita resultante de im- postos estaduais, compreendida a proveniente de transferências, na manutenção e desenvolvi- mento do ensino e nas ações e serviços públi- cos de saúde. (Redação da EC 29/2000) 4) CESPE – Promotor de Justiça – AC/2014 (adaptada). CF/88: Art. 212. A União aplicará, anualmente, nunca menos de dezoito, e os Estados, o Distrito Fede- ral e os Municípios vinte e cinco por cento, no mínimo, da receita resultante de impostos, com- preendida a proveniente de transferências, na manutenção e desenvolvimento do ensino. 5) FCC – Promotor de Justiça – PA/2014 (adap- tada). Julgue: A intervenção federal, nos termos da Constituição da República, funciona como limite circunstancial ao poder de reforma constitucio- nal. CORRETO – Art. 60, § 1º, da CF/88. 6) MPE-MS – Promotor de Justiça – MS/2014 (adaptada) Julgue as seguintes afirmações sobre Federa- ção: I - Na Constituição Federal, os “princípios sensí- veis da federação”, se violados, ensejam a utili- zação do instituto da intervenção federal. CORRETO – O inciso VII do Art. 34 estabelece os princípios constitucionais sensíveis, os quais, se violados, ensejam a intervenção federal.6) MPE-MS – Promotor de Justiça – MS/2014 (adaptada) Julgue as seguintes afirmações sobre Federa- ção: II - No plano do controle judicial da intervenção, cabe o manejo de Recurso Extraordinário contra acórdão do Tribunal de Justiça do Estado que defere a instauração da intervenção em Municí- pio INCORRETO – Súmula 637 do STF: “Não cabe recurso extraordinário contra acórdão de Tribunal de Justiça que defere pedido de intervenção estadual em Município”. 6) MPE-MS – Promotor de Justiça – MS/2014 (adaptada). Julgue as seguintes afirmações sobre Federa- ção: III - As vedações constitucionais estabelecidas no art. 19 da Constituição Federal direcionam-se a todos os integrantes da Federação (União, Estados, Municípios e Distrito Federal) e são de observância cogente. CORRETO – “Art. 19. É vedado à União, aos Esta- dos, ao Distrito Federal e aos Municípios: (...)”. www.cers.com.br MINISTÉRIO PÚBLICO E MAGISTRATURA ESTADUAL Direito Constitucional - Aula 07 Robério Nunes 3 7) EJEF - TJMG - Magistratura - MG/2007. Dissertação: Repartição de competências: crité- rio, técnicas e tipos de competência no Estado Federal brasileiro. 8) CESPE – Promotor de Justiça – SE/2010. Redija um texto dissertativo acerca do seguinte tema. SISTEMA DE REPARTIÇÃO DE COMPE- TÊNCIAS NO ESTADO FEDERAL BRASILEIRO Ao elaborar seu texto, aborde, necessariamente, os seguintes aspectos: 1 - princípio básico para a distribuição de compe- tências; 2 - competências em matéria administrativa, seu significado e classificação; 3 - competências em matéria legislativa, seu signifi- cado e classificação. 9) MPE-SP – Promotor de Justiça – 2015. Nos termos da Constituição Federal, é correto afirmar que compete à União, aos Estados e ao Distrito Federal legislar concorrentemente so- bre: A) Direito tributário, financeiro, penitenciário, eco- nômico e urbanístico. (art. 24, I) B) Direito civil, comercial, penal, processual, eleito- ral, agrário, marítimo, aeronáutico, espacial e do trabalho (art. 22, I) C) Registros públicos (art. 22, XXV) D) Sistemas de consórcios e sorteios (art. 22, XX) E) Desapropriação (art. 22, II) 10) FCC – Juiz – TJ/AP 2015. Conforme estabelece a Constituição da Repúbli- ca, a competência para legislar sobre direito penitenciário é: A) remanescente dos Estados, sendo que a União deve estabelecer normas gerais sobre a matéria e os Municípios devem suplementar a legislação fede- ral e estadual no que for necessário B) concorrente, cabendo à União estabelecer nor- mas gerais sobre a matéria, o que, no entanto, não exclui a competência suplementar dos Estados. Art. 22, I C) privativa dos Estados, mas lei complementar poderá autorizar a União a legislar sobre normas gerais relacionadas à matéria D) comum, sendo que leis complementares fixarão normas relacionadas à cooperação entre as unida- des federadas brasileiras para o aprimoramento da matéria E) privativa da União, mas lei complementar poderá autorizar os Estados a legislar sobre questões es- pecíficas da matéria 11) VUNESP – Juiz – TJ/SP 2014. Compete concorrentemente à União, aos Esta- dos e ao Distrito Federal legislar sobre: A) Direito Aeronáutico (art. 22, I) B) Direito Financeiro. (art. 24, I) C) Direito Agrário (art. 22, I) D) Direito Marítimo (art. 22, I) 12) MPE-SP – Promotor de Justiça – 2015. Nos termos da Constituição Federal, é correto afirmar que compete privativamente à União legislar sobre: A) Responsabilidade por dano ao meio ambiente, ao consumidor, a bens e direitos de valor artístico, estético, histórico, turístico e paisagístico (art. 24, VIII) B) Florestas, caça, pesca, fauna, conservação da natureza, defesa do solo e dos recursos naturais, proteção do meio ambiente e controle da poluição (art. 24, VIII) C) Propaganda comercial. (art. 22, XXIX) D) Criação, funcionamento e processo do juizado de pequenas causas E) Proteção à infância e à juventude (art. 24, XV) 13) Juiz Substituto TJ/MG – 2008 A realidade das nossas cidades mostra que exis- te uma recente invenção do mercado de trabalho denominada mototáxi. Surge na clandestinidade, como meio de afirmação de jovens sem oportu- nidade no mercado formal de trabalho, e que passam, para obter renda, a realizar o transporte remunerado de pessoas. O Município de Ponte Nova, em razão dos inúmeros problemas de trânsito por causa das motocicletas, decidiu legislar a respeito, inclusive porque o sistema proporciona rapidez e preços reduzidos. O Dr. Josemar Rodrigues, Procurador Geral da Prefei- tura, foi chamado a opinar, e, em parecer, sus- tentou que o Município não pode legislar a res- peito do tema, que, segundo o STF, seria da competência da União Federal. O Procurador do Município está certo? Ou, segundo o STF, o Mu- nicípio pode legislar sobre o transporte realiza- do por meio de mototáxi? 13) Juiz Substituto TJ/MG – 2008 CF/88: Art. 22. Compete privativamente à União legislar sobre: XI - trânsito e transporte; 13) Juiz Substituto TJ/MG – 2008 Há violação da competência privativa da União para legislar sobre trânsito e transporte, conso- www.cers.com.br MINISTÉRIO PÚBLICO E MAGISTRATURA ESTADUAL Direito Constitucional - Aula 07 Robério Nunes 4 ante disposto no art. 22, XI, da CF, no seguintes casos: Lei estadual que dispõe sobre o cancelamento de multas de trânsito (STF, ADI 2137, Rel. Min. Dias Toffoli, 11/04/2013); Lei estadual que dispõe sobre a obrigatoriedade do uso do cinto de segurança nas vias urbanas (STF, ADI 2960, Rel. Min. Dias Toffoli, 11/04/2013); 13) Juiz Substituto TJ/MG – 2008 Há violação da competência privativa da União para legislar sobre trânsito e transporte, conso- ante disposto no art. 22, XI, da CF, no seguintes casos: Lei estadual que dispõe sobre a obrigatoriedade das empresas de transporte coletivo de passa- geiros que operam no estado instalarem cinto de segurança nos veículos (STF, ADI 874, Rel. Min. Gilmar Mendes, 03/02/2011); 13) Juiz Substituto TJ/MG – 2008 Há violação da competência privativa da União para legislar sobre trânsito e transporte, conso- ante disposto no art. 22, XI, da CF, no seguintes casos: Lei estadual que dispõe sobre penalidade a quem dirigir veículo automotor em estado de flagrante embriaguez (STF, ADI 3269, Rel. Min. Cezar Peluso, 01/08/2011); e 13) Juiz Substituto TJ/MG – 2008. Há violação da competência privativa da União para legislar sobre trânsito e transporte, conso- ante disposto no art. 22, XI, da CF, no seguintes casos: Lei estadual que dispõe sobre licenciamento de motocicletas para transporte de passageiros (“mototáxi”) (STF, ADI 3136, Rel. Min. Ricardo Lewandowski, 01/08/2006). 14) CESPE – Juiz – TJ/PB 2015 À luz dos entendimentos jurisprudenciais do STF a respeito da repartição de competências entre os entes federativos, assinale a opção cor- reta. a) Se a Constituição de determinado estado- membro reconhecer aos estudantes o direito de pagar a metade da tarifa de transporte coletivo municipal, não haverá invasão da competência municipal para legislar sobre o tema, por se tra- tar de benefício estabelecido em Constituição estadual INCORRETO – “O preceito da Constituição amapa- ense que garante o direito a ‘meia passagem’ aos estudantes, nos transportes coletivos municipais, avança sobre a competência legislativa local” (STF, ADI 845, j. em 22/11/2007). 14) CESPE – Juiz – TJ/PB 2015 À luz dos entendimentos jurisprudenciais do STF a respeito da repartição de competências entre os entes federativos, assinale a opção cor- reta. b) Caso determinado estado-membro edite lei que disponha sobre normas de processo e jul- gamento do governadorpela prática de crime de responsabilidade, essa lei estará em consonân- cia com a CF, uma vez que esse estado-membro tem competência para legislar sobre a matéria INCORRETO – “A competência para dispor legisla- tivamente sobre processo e julgamento por crimes de responsabilidade é privativa da União, que o fez por meio da Lei 1.079/50, aplicável aos Governado- res e Secretários de Estado” (STF, ADI 4791, j. em 12/02/2015. Vide ainda: ADI 4792; ADI 341; etc.). 14) CESPE – Juiz – TJ/PB 2015 À luz dos entendimentos jurisprudenciais do STF a respeito da repartição de competências entre os entes federativos, assinale a opção cor- reta. c) Na hipótese de uma lei estadual estabelecer restrições ao ingresso, armazenamento e co- mercialização de produtos agrícolas importados no âmbito do estado-membro, estará caracteri- zada invasão da competência privativa da União para legislar sobre comércio exterior. CORRETO – “Restrições ao comércio de produtos agrícolas importados no Estado. Competência priva- tiva da União para legislar sobre comércio exterior e interestadual (CF, art. 22, inciso VIII)” (STF, ADI 3852, j. em 07/10/2015) 14) CESPE – Juiz – TJ/PB 2015 À luz dos entendimentos jurisprudenciais do STF a respeito da repartição de competências entre os entes federativos, assinale a opção cor- reta. d) É constitucional lei municipal que fixe o horá- rio de funcionamento das agências bancárias e que disponha sobre o tempo máximo de perma- nência dos usuários nas filas, por se tratar de matéria de interesse local INCORRETO – “O Município tem competência para legislar sobre o tempo de atendimento ao público nas agências bancárias” (STF: AI 709974 AgR; AI 427373 AgR; RE 432789), porém “compete à União, e não aos Municípios, legislar sobre horário de ban- cos” (STF: RE 91630; RE 118363; RE 89942; etc. STJ: Súmula 19) 14) CESPE – Juiz – TJ/PB 2015. À luz dos entendimentos jurisprudenciais do STF a respeito da repartição de competências www.cers.com.br MINISTÉRIO PÚBLICO E MAGISTRATURA ESTADUAL Direito Constitucional - Aula 07 Robério Nunes 5 entre os entes federativos, assinale a opção cor- reta. e) Caso um estado-membro inove a ordem jurí- dica ao editar lei que proíba às empresas de telecomunicação a cobrança de taxa para a ins- talação do segundo ponto de acesso à Internet, não haverá inconstitucionalidade, pois o estado terá agido no âmbito de sua competência para legislar sobre proteção do consumidor INCORRETO – “(...) TELECOMUNICAÇÕES. IN- TERNET. COBRANÇA DE TAXA PARA O SE- GUNDO PONTO DE ACESSO. (...) COMPETÊNCIA PRIVATIVA DA UNIÃO PARA LEGISLAR SOBRE TELECOMUNICAÇÕES. INCONSTITUCIONALI- DADE FORMAL DA LEI DISTRITAL (...)” (STF, ADI 4083) 15) CESPE – Juiz – TJ-MA/ 2013 À luz da legislação e da jurisprudência, assinale a opção correta no que se refere à distribuição de competências entre os entes da Federação brasileira. a) É constitucional lei estadual que estabeleça, em favor dos portadores de deficiência proprie- tários de automóveis, a gratuidade nos estacio- namentos situados no estado INCORRETO - “A Lei estadual 4.049/2002, ao pre- ver a gratuidade de todos os estacionamentos situ- ados no Estado do Rio de Janeiro aos portadores de deficiência e aos maiores de sessenta e cinco anos, proprietários de automóveis, violou o art. 22, I, da Constituição Federal. Verifica-se, no caso, a inconstitucionalidade formal da mencionada lei, pois a competência para legislar sobre direito civil é pri- vativa da União. Precedentes.” (STF, AI 742679 AgR, Rel. Min. Ricardo Lewandowski, Segunda Turma, j. em 27/09/2011) 15) CESPE – Juiz – TJ-MA/ 2013 À luz da legislação e da jurisprudência, assinale a opção correta no que se refere à distribuição de competências entre os entes da Federação brasileira. b) Insere-se na competência suplementar do município lei municipal que proíbe a contrata- ção, com o ente municipal, de parentes, afins ou consanguíneos do prefeito e do vice-prefeito, até seis meses após o fim do exercício das suas respectivas funções, não configurando o fato invasão da competência da União para legislar sobre normas gerais de licitação. CORRETO - STF, RE 423560, Rel. Min. Joaquim Barbosa, 2ª Turma, j. em 29/05/2012. 15) CESPE – Juiz – TJ-MA/ 2013 À luz da legislação e da jurisprudência, assinale a opção correta no que se refere à distribuição de competências entre os entes da Federação brasileira. c) É constitucional lei estadual que proíba a co- brança de tarifa de assinatura básica nos servi- ços de telefonia fixa e móvel no estado, por tra- tar de matéria inserida no âmbito da competên- cia concorrente dos estados-membros para dis- por sobre direito do consumidor INCORRETO – “(...) 2. Lei estadual (...) telecomuni- cações. 4. Telefonias fixa e móvel. 5. Vedação da cobrança de tarifa de assinatura básica. 6. Penali- dades. 7. Invasão da competência legislativa da União. Violação dos artigos 21, XI, 22, IV, e 175, parágrafo único, da Constituição Federal. (...)” (STF, ADI 3847, Pleno, j. em 01/09/2011); 15) CESPE – Juiz – TJ-MA/ 2013. À luz da legislação e da jurisprudência, assinale a opção correta no que se refere à distribuição de competências entre os entes da Federação brasileira. d) Os estados-membros têm competência para definir as condutas típicas configuradoras de crimes de responsabilidade do chefe do Poder Executivo estadual INCORRETO – “A competência para dispor legisla- tivamente sobre processo e julgamento por crimes de responsabilidade é privativa da União, que o fez por meio da Lei 1.079/50, aplicável aos Governado- res e Secretários de Estado” (STF, ADI 4791, j. em 12/02/2015. Vide ainda: ADI 4792; ADI 341; etc.). 16) FEPESE – Promotor de Justiça – SC/2013. Analise o enunciado da questão abaixo e assina- le se ele é falso ou verdadeiro: Compete à União, aos Estados e ao Distrito Fe- deral legislar concorrentemente sobre procedi- mentos em matéria processual. CORRETO – Art. 24, XI, da CF/88. 17) VUNESP – Promotor de Justiça – SP/2013 (adaptada) No título dedicado à Organização do Estado, há temas em que os Estados e o Distrito Federal podem legislar de forma concorrente com a Uni- ão. Posto isso, considere as seguintes afirma- ções: I - No âmbito da legislação concorrente, a com- petência da União limitar-se-á a estabelecer normas gerais. CORRETO – Art. 24, § 1º, da CF/88. 17) VUNESP – Promotor de Justiça – SP/2013 (adaptada) No título dedicado à Organização do Estado, há temas em que os Estados e o Distrito Federal podem legislar de forma concorrente com a Uni- www.cers.com.br MINISTÉRIO PÚBLICO E MAGISTRATURA ESTADUAL Direito Constitucional - Aula 07 Robério Nunes 6 ão. Posto isso, considere as seguintes afirma- ções: II - Tratando-se de legislação concorrente, a competência da União não se limitará a estabe- lecer normas gerais INCORRETO – Art. 24, § 1º, da CF/88. 17) VUNESP – Promotor de Justiça – SP/2013 (adaptada) No título dedicado à Organização do Estado, há temas em que os Estados e o Distrito Federal podem legislar de forma concorrente com a Uni- ão. Posto isso, considere as seguintes afirma- ções: III - Ainda que para atender a suas peculiarida- des, a ausência de lei federal não concede ao Estado-Membro a competência plena, quando se tratar de competência concorrente INCORRETO – Art. 24, § 3º, da CF/88: “Inexistindo lei federal sobre normas gerais, os Estados exerce- rão a competência legislativa plena, para atender a suas peculiaridades”. 17) VUNESP – Promotor de Justiça – SP/2013 (adaptada). No título dedicado à Organização do Estado, há temas em que os Estados e o Distrito Federal podem legislar de forma concorrente coma Uni- ão. Posto isso, considere as seguintes afirma- ções: IV - Compete aos Estados e ao Distrito Federal legislar de forma concorrente com a União sobre proteção à infância e à juventude. CORRETO – Art. 24, XV, da CF/88. 18) CESPE – Promotor de Justiça – AC/2014 (adaptada) Julgue quanto à organização político- administrativa brasileira: I - Compete à União, aos estados, ao DF e aos municípios legislar concorrentemente sobre educação, saúde, trânsito e transporte, cabendo a cada ente federativo adotar a sua legislação de acordo com as peculiaridades nacional, regional e local INCORRETO – É concorrente apenas a legislação sobre educação (art. 24, IX) e defesa da saúde (art. 24, XII). A legislação sobre trânsito e transporte é da competência privativa da União (art. 22, XI). Além disso, no âmbito da legislação concorrente a União faz as normas gerais e os Estados e o DF a suple- mentam (art. 22, §§ 1º a 4º), cabendo aos municí- pios, no que couber, legislar sobre temas de inte- resse local (art. 30, I). 18) CESPE – Promotor de Justiça – AC/2014 (adaptada) Julgue quanto à organização político- administrativa brasileira: II - Segundo o STF, a previsão do instituto da reclamação nas constituições estaduais viola disposição da CF, pois configura invasão da competência privativa da União para legislar sobre direito processual INCORRETO – “A natureza jurídica da reclamação não é a de um recurso, de uma ação e nem de um incidente processual. Situa-se ela no âmbito do direito constitucional de petição previsto no artigo 5º, inciso XXXIV da Constituição Federal. Em conse- quência, a sua adoção pelo Estado-membro, pela via legislativa local, não implica em invasão da competência privativa da União para legislar sobre direito processual (art. 22, I da CF)” (STF, ADI 2212, j. em 02/10/2003) 18) CESPE – Promotor de Justiça – AC/2014 (adaptada). Julgue quanto à organização político- administrativa brasileira: III - O princípio geral que norteia a repartição de competência entre os entes federativos é o da predominância do interesse, em decorrência do qual seria inconstitucional delegação legislativa que autorizasse os estados a legislar sobre questões específicas das matérias de compe- tência privativa da União INCORRETO – O princípio da predominância do interesse não impede que os Estados, desde que autorizados por lei complementar, possam legislar sobre questões específicas das matérias de compe- tência legislativa privativa da União (art. 24, pará- grafo único).
Compartilhar