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TCC CORPO RECEBI EM 21.11.2011 ÀS 17 HORAS

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1 INTRODUÇÃO 
Considerações Iniciais
	Nos dias atuais todas as empresas para obterem o retorno almejado e se manterem no mercado, necessitam de controles eficientes para que os gestores possam estar a par do que está acontecendo, podendo assim, tomar suas decisões em momento oportuno.
	As organizações precisam enfrentar este cenário globalizado e competitivo com sucesso, caso contrário, tendem a desaparecer do mercado. Para tanto, precisam estar cercadas de informações que possibilitem o bom desempenho das atividades para assim tomar decisões eficazes.
	A Contabilidade se caracteriza como um sistema de informações que tem como objetivo coletar, processar e transmitir dados sobre a situação econômica e financeira de uma entidade em determinado período.
	E para que a Contabilidade possa estar bem organizada e em condições de fornecer as informações que seus usuários necessitam, naquele momento, ela precisa do auxílio do sistema de informação contábil e das demais ferramentas da tecnologia da informação disponíveis para a empresa.
	Os sistemas de informações não dependem somente de informática ou tecnologia para serem elaborados, dependem sim de conhecimentos administrativos e operacionais. Pois as empresas sempre tiveram a necessidade de fazer os controles, seja financeiro, de produção ou de estoques. E esses controles eram feitos de forma manual, através de fichas arquivadas em armários, acumulando grande quantidade de papéis e dificultava a consulta rápida; mas hoje é possível ter informações de maneira rápida e segura graças aos novos meios de sistemas de informação que são utilizados para melhorar e facilitar o desempenho na hora de tomar decisões.
	A era da informação é responsável pelo valor adicional às tomadas de decisões pelo gestor, com o objetivo de melhorar os resultados da empresa e o apoio de forma confiável da informação adquirida.
	
	Diante essas mudanças em razão das evoluções tecnológicas criaram muitos desafios no meio contábil, como o de acompanhar e se adequar à evolução da tecnologia da informação para agilizar os processos de Escrituração Digital. Principalmente com a implantação do Sistema Público de Escrituração Digital (SPED), que surgiu para melhorar a relação entre o Fisco e o contribuinte. Esse fato só foi possível com a implantação do Sistema Público de Escrituração Digital (SPED), instituído pelo decreto 6.022, de 22 de janeiro de 2007, que é um instrumento usado pelas esferas de governo federal, estadual e municipal, onde os livros e documentos que integram a escrituração comercial e fiscal são validados, armazenados e autenticados. 
	Para identificar essa evolução, será enfatizado neste trabalho a Escrituração Fiscal Digital (EFD), ou também conhecida por SPED Fiscal, que vem a ser um dos subprojetos do SPED e visa à substituição e impressão dos livros fiscais por arquivos gerados eletronicamente.
1.2 Problemática
O avanço tecnológico, assim como a necessidade de gerenciar informações, tem causado um grande impacto nas empresas de modo geral, aí incluídas as empresas de serviços contábeis. Razão disso é que se observa uma completa mudança do perfil dos profissionais da contabilidade. Essa mudança de comportamento aconteceu e ainda continua acontecendo, exigindo uma adaptação urgente a essa nova realidade. 
Diante da sistemática atual de Escrituração na Contabilidade do Brasil, com a implantação do Sistema Público de Escrituração Digital (SPED), surge o seguinte questionamento: como as empresas de serviços contábeis da cidade de Cáceres-MT estão se adaptando ao SPED, em especial quanto à Escrituração Fiscal Digital (EFD), ou também conhecida por SPED Fiscal.
1.3 Objetivos
1.3.1 Objetivo Geral 
	
Mostrar o impacto trazido pelo SPED aos escritórios de serviços contábeis da Cidade de Cáceres-MT, identificando as vantagens e desvantagens da utilização da Escrituração Fiscal Digital – EFD. 
1.3.2 Objetivos específicos
Fornecer informações conceituais acerca dos tipos de técnicas contábeis;
Descrever a evolução do profissional contábil relativamente às mudanças tecnológicas ocorridas;
Verificar o conhecimento dos profissionais contábeis em relação ao SPED.
Examinar as dificuldades dos envolvidos na implantação desse sistema.
Identificar as principais vantagens e desvantagens ocorridas com a implantação do SPED.
1.4 Justificativa
	Este trabalho se concentra em pesquisar o Sistema de Informação Contábil e o seu papel como ferramenta auxiliadora na tomada de decisão das empresas. Tendo em vista que o mundo globalizado exige cada vez mais rapidez nas decisões e o gestor da atualidade precisa ser alimentado por todos os tipos de informações que lhe ajudem a optar sempre pela melhor alternativa na hora de tomar decisões.
	 No contexto empresarial, podem-se conceituar os sistemas de informação como aplicativos que organize os dados da empresa e os transformem em informações geradas em relatórios que auxilia as empresas que desejam se manter competitivas no mercado, pois além dela propiciar produtos e serviços melhores, faz do sistema de informação um instrumento eficiente para tomar decisões e alcançar os objetivos pretendidos.
1.5 Hipótese
Iniciou-se a pesquisa com a seguinte hipótese: os profissionais contábeis da cidade de Cáceres estão acompanhando adequadamente a nova sistemática implantada através do SPED.
1.7 Metodologia	
	A presente pesquisa caracteriza-se, quanto aos objetivos, como descritiva, pois objetiva a descrição das características de determinada população. Segundo Gil (1999), citado por Beuren (2009, p. 81), “a pesquisa descritiva tem como principal objetivo descrever características de determinada população ou fenômeno ou o estabelecimento de relações entre as variáveis”.
Quanto aos procedimentos, caracteriza-se como levantamento ou survey, além de pesquisa bibliográfica. Levantamento, pois na área contábil, segundo Beuren (2008, p. 86), é o tipo utilizado geralmente, quando a população é numerosa, havendo dificuldade de se estudar detalhadamente cada objeto ou fenômeno específico. Gil, apud Beuren (2008, p. 85), a respeito do levantamento, diz que:
Se caracterizam pela interrogação direta das pessoas cujo comportamento se deseja conhecer. Basicamente, procede-se a solicitação de informações a um grupo significativo de pessoas acerca do problema estudado para em seguida, mediante análise quantitativa, obter as conclusões correspondentes aos dados coletados.
Ainda é pesquisa bibliográfica, pois parte da produção científica existente, bem como outros referenciais tornados públicos em relação ao tema deste estudo, tais como artigos e sites atualizados que acompanham o desenvolvimento das modificações ora discutidas, pesquisas, monografias, dissertações, entre outros. Beuren (2008, p. 87), diz que “Por meio dessas bibliografias reúne-se conhecimentos sobre a temática pesquisada”.
	Em relação à abordagem do problema, caracteriza-se como quantitativa pelo fato de se empregar um instrumento estatístico como base do processo de análise do problema. Beuren (2008, p. 93), diz que “a abordagem quantitativa é frequentemente aplicada nos estudos descritivos, que procuram divulgar e classificar a relação de causalidade entre fenômenos”. 
	A escolha pelo tema se justifica pela preocupação em se conhecer como os avanços tecnológicos na área contábil podem afetar os profissionais de Contabilidade atuantes na cidade Cáceres a fim de se verificar qual o nível de conhecimento sobre o SPED Fiscal e qual o impacto que a implantação desse sistema trouxe para a rotina de trabalho desses profissionais.
Organização do Trabalho
	Este trabalho divide-se em três capítulos. O primeiro trazendo as justificativas, objetivos e metodologia do projeto. No segundo temos a fundamentação teórica, os procedimentos utilizados para a prática da contabilidade, bem como a definição do que vem a ser os sistemas, paraadentrarmos no SPED e por fim na EFD. Já no terceiro capítulo temos a descrição e análise de dados, que foram coletados no município de Cáceres, referente aos impactos causados nos escritórios pelo SPED fiscal. E por fim as considerações finais do autor. 
2. REFERENCIAL TEÓRICO
2.1 O que é informação?
	A informação para ter importância necessita ser útil para então ser desejada. Por isso, a informação deve ser gerada para quem dela precisa, carecendo ser exata, precisa, objetiva e gerada em tempo hábil para sua utilização e aproveitamento do que se espera. (Padoveze, 2004 p. 49)
	 Tratando-se dos problemas internos e externos do ambiente que estão inseridas, as empresas precisam de constante preparação. Para isto buscam suporte na resolução desses problemas no desenvolvimento de sistemas de informações. É necessário conceituar os elementos que conduzem as empresas nos seus negócios. Como menciona Batista (2004, p. 20), “do ponto de vista da administração de empresas em concordância com a definição de sistemas, existem dois elementos fundamentais para a tomada de decisões: os canais de informação e as redes de comunicação”. Através dos canais de informação as organizações definem de onde obterão os dados; quanto às redes de comunicação, estas definem como e para onde os dados serão direcionados.
	Para a obtenção dos elementos fundamentais para a tomada de decisão é necessário o conhecimento dos conceitos de Dados e Informação. 
	De acordo com Padoveze (2000 p.43) “informação é o dado que foi processado e armazenado de forma compreensível para seu receptor e que apresenta valor real ou percebido para suas decisões correntes ou prospectivas”. Informação é o resultado do processamento, manipulação e organização de dados de tal forma que represente um acréscimo ao conhecimento da pessoa que a recebe.
	Bill Gates apud (Pereira, 1997, p.52), salienta que “informação é algo que alguém deseja saber, e está disposto a pagar por ela. A informação não é tangível nem mensurável, mas é um produto valioso no mundo contemporâneo porque proporciona poder”. 
	Segundo Oliveira (2002, p.51), os dados representam um conjunto de informações não associadas e como tal, não têm utilidade até que tenham sido apropriadamente avaliados. Pela avaliação, uma vez que haja alguma relação significativa entre os dados e estes possam mostrar alguma relevância, são então convertidos em informação. Agora, estes mesmos dados podem ser usados com diferentes propósitos. Assim, até que os dados expressem alguma informação, não são úteis. 
	A informação é encarada, atualmente, como um dos recursos mais importantes de uma organização, contribuindo decisivamente para a sua maior ou menor competitividade forte o bastante para garantir a resolução dos problemas e os sistemas de informação deverão refletir exatamente o cenário em que a mesma se encontra e a leitura dessa informação deverá ser satisfatória as necessidades.
2.1.1 Características e Valor da Informação
Sempre que uma informação não é suficientemente completa, o gestor ou usuários das informações da empresa pode tomar decisões equivocadas, podendo gerar grandes prejuízos sociais e/ou econômicos. Por isso a informação pode apresentar diferenças dependendo do valor que é atribuído, pelo usuário, para cada uma de suas características.
	Conforme Padoveze (2000 p.43), para que a informação seja considerada valiosa, ele deve atender aos seguintes requisitos: Características da Informação:
Conteúdo, precisão, atualidade, freqüência, relevância; entendimento, confiabilidade; relatividade; entre outras, pois essa informação deve ter um diferencial para a gestão.
	 Oliveira (1992, p.24.) ressalta que a informação auxilia no processo decisório, assim quando devidamente estruturada é de suma importância para a empresa, associa os diversos subsistemas e capacita a empresa a impetrar seus objetivos.
	O valor atribuído a essas informações depende dos resultados alcançados pela empresa. Os benefícios oferecidos pelas decisões acertadas, baseadas em informações valiosas representam o sucesso da empresa.
	O conceito de valor da informação segundo Padoveze (2000, p. 44), está relacionado com:
A redução da incerteza no processo de tomada de decisão.
 A relação do benefício gerado pela informação versus custo de produzi-la.
Aumento da qualidade da decisão.
	Para medir o valor da informação o gestor deve dispor da informação de forma que ela reduza as incertezas encontradas no decorrer do processo decisório, relacionado com os efeitos positivo ou negativo e, conseqüentemente, aumentando a qualidade da decisão. Se a informação fornecida proporcionar condições para uma decisão adequada, então ela terá valor, caso contrário, terá pouco ou nenhum valor.
	
2.2 O que é Sistema?
Para Bio (1993 p.18), “Sistema é um conjunto de elementos, ou um todo organizado, ou partes que interagem formando um todo unitário e complexo” (...).
	Segundo Bio (1993 p.18), sistema é o conjunto das partes ou departamentos que buscam atingir os mesmos objetivos, porém, podem trabalhar de forma individual, porque cada um possui funções distintas e próprias, embora com o mesmo propósito, que é o bem comum da organização. No entanto, é preciso que as partes integrantes do sistema estejam bem organizadas e interligadas, para que haja harmonia entre elas, levando a empresa a apresentar resultados satisfatórios, e com isto atingir os objetivos.
	Batista (2004, p. 22), define sistema como a “disposição das partes de um todo que, de maneira coordenada, formam a estrutura organizada, com a finalidade de executar uma ou mais atividades ou, ainda, um conjunto de eventos que repetem ciclicamente na realização de tarefas predefinidas”.
	Oliveira (1993 p.23) enfatiza que um sistema apresenta em seu funcionamento os seguintes componentes:
	Objetivos: própria razão de existência do sistema, ou seja, a finalidade para qual o sistema foi criado.
	Entradas: tudo o que o sistema necessita para realizar suas operações, sendo que estas entradas são obtidas no meio ambiente com o qual o sistema interage.
	Processo de transformação: possibilita a transformação da entrada em um produto, serviço ou resultado, caracterizado como a saída do sistema.
	Saídas: resultados do processo de transformação 
Conforme Oliveira (1993 p.24), as saídas devem ser coerentes com os objetivos do sistema e devem ser quantificáveis de acordo com os critérios e os parâmetros previamente estabelecidos, que são:
Controle e avaliação do sistema: permitem verificar se as saídas estão de acordo com os objetivos estabelecidos.
Retro alimentação ou (feedback): considerada como a reintrodução, no sistema, de uma saída sob forma de informação. 
	Conclui Oliveira (1993 p. 24), que “[...] essa realimentação é um instrumento de regulação retroativa ou de controle, em que as informações realimentadas são resultados das divergências verificadas entre as respostas de um sistema e os parâmetros previamente estabelecidos” 
	Segundo REZENDE e ABREU (2000, p. 32), em geral os sistemas procuram atuar como:
· Ferramentas para exercer o funcionamento das empresas e de sua intrincada abrangência e complexidade;
· Instrumentos que possibilitam uma avaliação analítica e, quando necessária, sintética das empresas;
· Facilitadores dos processos internos e externos com suas respectivas intensidades e relações;
· Meios para suportar a qualidade, produtividade e inovação tecnológica organizacional;
· Geradores de modelos de informações para auxiliar os processos decisórios empresariais;
· Produtores de informações oportunas e geradores de conhecimento;
· Valores agregados e complementares à modernidade, perenidade, lucratividade e competitividade empresarial.
2.2.1 Classificação dos sistemas
	
Os sistemas podem ser classificados em sistemas abertos e sistemas fechados.
	Um sistema aberto interage com o seu ambiente, ou seja, há um fluxo de entradase saídas por todos os limites do sistema. Todas as empresas são sistemas abertos. Matérias-primas entram para o sistema, são processadas e após os bens e os serviços saem para o ambiente, para os clientes.
	Enquanto que sistema fechado é o contrário do aberto. Não há qualquer interação com o ambiente em um sistema fechado. Padoveze (2004 p. 31) cita como exemplo de sistema fechado o relógio, onde o seu mecanismo trabalha em conjunto sem precisar do meio externo para o seu funcionamento.
	Para resumir as classificações dos sistemas de informações, pode-se citar a classificação de Padoveze (2004 p.63), na qual os sistemas de informações são classificados em:
 Sistemas de informação de apoio às operações: Nascendo pela necessidade de planejamento e controle em todas as áreas operacionais de uma empresa, esse sistema de informação faz ligação do físico-operacional . Segundo Padoveze (2004 p.63), esse sistema de apoio as operações tem como “objetivo auxiliar os departamentos e atividades a executarem suas funções operacionais como compras, estocagem, produção, vendas pagamentos, qualidade, manutenção planejamento e controle” 
Sistemas de informação de apoio à gestão. 	
	O sistema de apoio a gestão esta ligado a necessidade de planejamento, controle financeiro e avaliar o desempenho dos negócios. Podemos citar como exemplo desses sistemas o sistema contábil, sistema de custo, orçamento, caixa e outros. 
	Conforme Padoveze (2004 p. 64),o sistema de apoio a gestão tem como base de apoio informacional as informações de processo e quantitativas geradas pelo sistema operacionais.
	Esse sistema foca nas informações necessárias para gestão econômica e financeira da empresa. 
2.3 Conceito de sistema de informação.
	Segundo afirmam Beuren e Martins (2001 p.22). “Os sistemas de informação têm uma relação direta com o processo de gestão, pois são eles que dão o suporte informacional a todas as áreas da organização, contemplando as etapas do processo de gestão” 
	No entanto sistema de informações, para Padoveze (2000 p.45), pode ser conceituado como “um conjunto de recursos humanos, materiais, tecnológicos e financeiros agregados segundo uma seqüência lógica para o processamento dos dados e tradução em informações para, com sue produto, permitir às organizações o cumprimento de seus objetivos principais.”
	Gil (1999, p.14), define que “... os sistemas de informação compreendem um conjunto de recursos humanos, materiais, tecnológicos e financeiros agregados segundo uma seqüência lógica para o processamento dos dados e a correspondente tradução em informações”.
	As empresas devem estar preparadas para lidar com os problemas internos e externos do ambiente em que estão inseridas, para tanto buscam no desenvolvimento de sistemas de informações suporte para a resolução desses problemas.
	Os sistemas de informação objetivam a resolução de problemas organizacionais, e a conseqüente preparação para enfrentar as tendências da competitividade de mercado.
	O diferencial das empresas e dos profissionais está diretamente ligado à valorização da informação e do conhecimento, proporcionando soluções e satisfação no desenvolvimento das atividades.
	Para serem efetivos, os sistemas de informação precisam, conforme Pereira e Fonseca (1997, p. 242), corresponder às seguintes expectativas:
· Atender as reais necessidades dos usuários;
· Estar centrados no usuário (cliente) e não no profissional que o criou;
· Atender ao usuário com presteza;
· Apresentar custos compatíveis;
· Adaptar-se constantemente às novas tecnologias de informação;
· Estar alinhados com as estratégias de negócios da empresa.
	Ao observar um sistema que atenda os requisitos acima, a empresa se sente confiante no momento de utilizá-lo no processo decisório de seus negócios.
2.4 O Sistema de informação contábil
	O Sistema de Informação Contábil será o encarregado do registro de todas as ocorrências realizadas pela empresa, organizando-as de acordo com as necessidades dos interessados nas informações elaboradas através dele.
 	Para Padoveze (2004 p.143) 
	
O Sistema de Informação Contábil ou Sistema de Informação de Controladoria são os meios que o contador geral, o contador gerencial ou o controller utilizarão para efetivar a contabilidade e a informação contábil dentro da organização, para que a contabilidade seja utilizada em toda a sua plenitude. 
	Isto tudo deverá ser realizado dentro do enfoque sistêmico, visualizado a empresa de cima para incluir tudo o que interfere no negócio da empresa e vice versa, tudo aquilo que a empresa influencia para aqueles que têm alguma ligação direta ou indireta com ela. Esta organização, através do sistema, tem objetivos a serem alcançados,
	 Conforme Padoveze (2004 p.146) descreve que:
Assim, com base nas diversas proposições examinadas, podemos resumir os objetivos de um Sistema de Informação Contábil como sendo: 
1- Prover informações monetárias e não monetárias, destinadas às atividades e decisões dos níveis Operacional, Tático e Estratégico da empresa, e também para usuários externos à ela.
2- Constituir-se na peça fundamental do Sistema de informação Gerencial da Empresa..
	Assim esses sistemas da área contábil, responsável em fornecer informações sobre grande parte dos recursos da organização necessárias ao controle, gerenciamento e ao planejamento, vindo ajudar na organização das finanças e compreender os seus custos, suas despesas, seus direito e obrigações imprescindível à gestão de qualquer entidade, seja esta pequena ou grande. Uma organização que mantenha uma escrituração contábil regular pode gerar informações estratégicas para seus gestores.
 
2.5 Técnicas Contábeis
	Conforme Franco (2006, p. 35), relata sobre 4 técnicas contábeis indispensável para a contabilidade das empresas, são elas a Escrituração, que são os registros em livros próprios, os Fatos Administrativos que ocorrem no dia-a-dia das empresas. As Demonstrações, quadros técnicos que apresentam dados extraídos dos registros contábeis da empresa, que são o Balanço Patrimonial e a Demonstração do Resultado do Exercício. A Auditoria que é a verificação da exatidão dos dados contidos nas demonstrações financeiras. E a Análise de Balanços que examina e interpreta os dados contidos nas demonstrações financeiras, com a finalidade de transformar esses dados em informações úteis aos diversos usuários da contabilidade.
	A Escrituração consiste em efetuar, de forma sistematizada, os registros das ocorrências que influenciam a evolução patrimonial. A escrituração, portanto, é realizada levando em consideração a ordem cronológica de todos os acontecimentos. A técnica contábil da escrituração é baseada em documentos comprobatórios, ou seja, todos os acontecimentos a serem escriturados devem corresponder a um documento legalizado que comprove a sua veracidade.
	Segundo Franco (2006, p. 58), frisa que diversas são as maneiras de escriturar os fatos contábeis, porém as existentes são as variantes de dois métodos fundamentais: o método das partidas simples que indica que esse método consiste no registro de operações específicas envolvendo o controle de um só elemento patrimonial; e o método das partidas dobradas utilizado universalmente nos registros contábeis. Sua utilização permite o controle de todos os elementos patrimoniais.
	As Demonstrações contábeis: consiste em apresentar todos os registros efetuados em uma forma condensada, que apresente os resultados atingidos pela empresa em um determinado período. Os fatos registrados devem constar em demonstrações expositivas, que, segundo a Lei nº 6.404/76, são denominadas demonstrações financeiras.
	Para Oliveira (2002, p. 55) o Balanço Patrimonial pode ser definido como o conjunto de bens, direitos e obrigações. Levando em consideração, porém, que os bens e direitos são valores positivos e as obrigações são valores negativos. Segundo Marion e Reis (2003, p. 32) ‘‘Demonstração do Resultado do Exercícioé uma peça contábil que mostra o resultado das operações sociais – lucro ou prejuízo. A DRE é uma informação importante para o investidor avaliar o rendimento obtido e o tempo de retorno de seu investimento’’
	Portanto, para fazer uma análise completa e correta da estrutura financeira de uma empresa é necessário entender os controles contábeis e gerenciais do balanço e da DRE e a importância de ambos demonstrativos.
	A Auditoria é a técnica que busca confirmar a exatidão dos registros já efetuados e apresentados nas demonstrações contábeis. Consiste em um exame de todos os dados escriturados pela contabilidade, verificando se todos foram efetuados seguindo os princípios fundamentais da contabilidade. Essa técnica pode ser aplicada de duas formas distintas: auditoria interna e auditoria externa. 
	A Análise de Balanços levando em consideração que as demonstrações contábeis representam dados sistematizados, que apresentam de forma sintética os resultados da empresa, nem sempre os usuários têm condições de interpretá-los. Assim, cabe à própria contabilidade decompor, comparar e interpretar os demonstrativos contábeis, com a finalidade de fornecer informações mais ágeis para os usuários.
2.6 Evolução do profissional contábil mediante as tecnologias 
	As mudanças no cenário mundial, com a globalização, os avanços da tecnologia, influenciaram sobremaneira o mundo dos negócios, essas mudanças não só afetaram o perfil das relações empresariais, como vieram acarretar mudanças no perfil do profissional contábil, cujo trabalho não só se diferenciou no uso das informações, como também na relevância de suas atividades.
	As diversas funções realizadas pela Contabilidade, como escrituração, elaboração divulgação, análise e controle dos dados contábeis, foram afetadas profundamente em suas metodologias. Os procedimentos atuais utilizados na Contabilidade para alcançar os seus objetivos evoluíram sobremaneira. A introdução das redes de informação, tornou possível a comunicação virtual dos Contadores com os órgãos públicos, ao passo em que se verifica mudanças na composição e estrutura das organizações.
	O profissional contábil precisa mudar a sua postura diante da organização e passar de uma ação passiva para uma ação pró-ativa. Nesse sentido, Iudícibus (1998 p. 28) afirma que, o Contador deve manter-se atualizado não apenas com as novidades de sua profissão, mas de forma mais ampla, interessar-se pelos assuntos econômicos, sociais e políticos que tanto influem à profissão. 	
	A Contabilidade com as novas perspectivas do mercado vem crescendo o conceito social e vem sendo redescoberta como o melhor instrumento para avaliar a gestão pública e a privada. Ter números confiáveis e indicadores precisos é decisivo na hora de escolher estratégias numa empresa ou num governo.
	 O perfil do Contador moderno é o de um homem de valor que precisa acumular muitos conhecimentos, mas que tem um mercado de trabalho garantido. É um elemento importantíssimo na agregação de valor a empresa, fazendo parte imprescindível do processo de tomada de decisões, pois aos seus conhecimentos está a responsabilidade pela “triagem” das informações colhidas das empresas e pela alocação destas ao desempenho operacional. Essas novas características fizeram surgir e ascender a Contabilidade denominada Contabilidade Gerencial, como ferramenta na gestão de negócios e a evolução do segmento de Consultoria na área contábil.
	A atuação do profissional contábil, com a utilização da tecnologia da informação, possibilitou que este trabalhasse de forma, mas participativa com os usuários ou outros profissionais envolvidos no processo de informação, através dos sistemas de comunicação atualmente existentes.
	Ainda mas nesse cenário em que estamos inseridos com a utilização da informática novos meios de facilitar e padronizar as técnicas contábeis já foram implantadas como a nota fiscal eletrônica, e o uso do sped fiscal e contábil.
	A área contábil foi uma das que mais sofreram impactos com a introdução tecnológica, tendo que se adaptar as mudanças ocorridas e no desenvolvimento das atividades contábeis. No entanto, é preciso que o profissional contábil tenha em mente que o processo de transformação promovido pelas inovações tecnológicas em sua atuação profissional é um processo dinâmico e contínuo.
	Conforme Marion, “a Contabilidade é um processo para servir e satisfazer ao cliente e não para a satisfação do criador ou idealizador de métodos contábeis”. (Revista do CRC-Paraná Ano 24, no. 120, Março 1998).
 
2.7. A era da tecnologia digital
	Com a globalização mundial e os avanços tecnológicos, a Contabilidade estava ficando ultrapassada, necessitava, portanto, de meios que viessem atender a atual fase de desenvolvimento do mundo virtual. 
	As organizações necessitam cada vez de um bom sistema que seja pratico e acessível a todos os usuários interessados.
	Então o governo teve a obrigação de agir, pois não havia como armazenar tantas informações sem um programa adequado. 
	Sendo assim foi criado o Sistema Público de Escrituração Digital, que visa à diminuição das obrigações acessórias, reduzindo a duplicidade de informações e principalmente os documentos fiscais. (AZEVEDO e MARIANO, 2009).
	Surge uma nova etapa na área contábil, ou seja, a fase mecânica cedeu lugar para a fase técnica e, posteriormente para a da informatização, chegando assim na era digital.
2.7.1Certificação digital
	Os computadores e a Internet são largamente utilizados para o processamento de dados e para a troca de mensagens e documentos entre cidadãos, governo e empresas. No entanto, estas transações eletrônicas necessitam da adoção de mecanismos de segurança capazes de garantir autenticidade, confidencialidade e integridade às informações eletrônicas. A certificação digital é a tecnologia que provê estes mecanismos.
	No cerne da certificação digital está o certificado digital, um documento eletrônico que contém o nome, um número público exclusivo denominado chave pública e muitos outros dados que mostram quem somos para as pessoas e para os sistemas de informação. A chave pública serve para validar uma assinatura realizada em documentos eletrônicos.
	A certificação digital tem trazido inúmeros benefícios para os cidadãos e para as instituições que a adotam. Com a certificação digital é possível utilizar a Internet como meio de comunicação alternativo para diversos serviços com uma maior agilidade, facilidade de acesso e substancial redução de custos. A tecnologia da certificação digital foi desenvolvida graças aos avanços da criptografia nos últimos 30 anos.
	O Presidente da República adotou a Medida Provisória n° 2.200-2 com força de lei, de 24 de agosto de 2001, que institui a Infra-estrutura de Chaves Públicas Brasileiras – ICP-Brasil (http://www.planalto.gov.br/), estabelecendo que: 
Art. 1o Fica instituída a Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileiras - ICP-Brasil, para garantir a autenticidade, a integridade e a validade jurídica de documentos em forma eletrônica, das aplicações de suporte e das aplicações habilitadas que utilizem certificados digitais, bem como a realização de transações eletrônicas seguras. 
Assim, criou-se a certificação digital, que é obtida através de uma Autoridade Certificadora (AC). Ele deve conter o nome do titular (pessoa física ou jurídica), o número de 25 série, a data de sua validade, a chave pública do titular e a assinatura (eletrônica) da autoridade certificadora que garante o próprio certificado (AZEVEDO; MARIANO, 2009, p. 61). 
	Segundo esses autores, existem dois tipos de certificados digitais que são denominados de “A1” e “A3”. 
	Os certificados tipo A1 são válidos por um ano e ficam armazenados no próprio computador do usuário. Já os certificados tipo A3 são válidos por dois ou três anos e ficam armazenados em hardware específico e acessados por leitora, apresentando nível de segurança superior. (AZEVEDO e MARIANO, 2009).
2.7.2 Assinatura DigitalAssinatura digital é um método de autenticação de informação digital tratada como análoga à assinatura física em papel. Embora existam analogias, também existem diferenças que podem ser importantes. O termo assinatura eletrônica, por vezes confundido, tem um significado diferente: refere-se a qualquer mecanismo, não necessariamente criptográfico, para identificar o remetente de uma mensagem eletrônica. A legislação pode validar, por vezes, tais assinaturas eletrônicas como endereços Telex e cabo, bem como a transmissão por fax de assinaturas manuscritas em papel.
        A utilização da assinatura digital providencia a prova inegável de que uma mensagem veio do emissor. Para verificar este requisito, uma assinatura digital deve ter as seguintes propriedades:
Autenticação - o receptor deve poder confirmar a assinatura do emissor; 
Integridade - a assinatura não pode ser falsificável; 
Não repúdio - o emissor não pode negar a sua autenticidade. 
            Uma assinatura digital é um selo eletrônico que pode ser enviado durante qualquer transação eletrônica. Semelhante a um selo de um pacote de encomenda, a assinatura digital previne que alguém possa alterar quer o conteúdo da informação, quer os dados do verdadeiro emissor do conteúdo. Qualquer mudança na informação, nem que seja uma vírgula, será detectada quando essa assinatura digital for verificada. 
2.7.3 Certificado digital
	O certificado digital é um documento eletrônico assinado digitalmente e cumpre a função de associar uma pessoa ou entidade a uma chave pública. As informações públicas contidas num certificado digital são o que possibilita colocá-lo em repositórios públicos.
	Um Certificado Digital normalmente apresenta as seguintes informações: nome da pessoa ou entidade a ser associada à chave pública, período de validade do certificado, chave pública, nome e assinatura da entidade que assinou o certificado, número de série..
	Serviços governamentais também têm sido implantados para suportar transações eletrônicas utilizando certificação digital, visando proporcionar aos cidadãos benefícios como agilidade nas transações, redução da burocracia, redução de custos, satisfação do usuário, entre outros. Alguns destes casos de uso são: Governo Federal: o Presidente da República e Ministros têm utilizado certificados digitais na tramitação eletrônica de documentos oficiais, que serão publicados no Diário Oficial da União. Um sistema faz o controle do fluxo dos documentos de forma automática, desde a origem dos mesmos até sua publicação e arquivamento.
	Entre os campos obrigatórios do certificado digital encontra-se a identificação e a assinatura da entidade que o emitiu, os quais permitem verificar a autenticidade e a integridade do certificado. A entidade emissora é chamada de Autoridade Certificadora ou simplesmente AC. A AC é o principal componente de uma Infra-Estrutura de Chaves Públicas e é responsável pela emissão dos certificados digitais. O usuário de um certificado digital precisa confiar na AC.
	A certificação digital traz diversas facilidades, porém seu uso não torna as transações realizadas isenta de responsabilidades. Ao mesmo tempo em que o uso da chave privada autentica uma transação ou um documento, ela confere o atributo de não-repúdio à operação, ou seja, o usuário não pode negar posteriormente a realização daquela transação. Por isto, é importante que o usuário tenha condições de proteger de forma adequada a sua chave privada.
	O certificado digital, diferentemente dos documentos utilizados usualmente para identificação pessoal como CPF e RG, possui um período de validade. Só é possível assinar um documento enquanto o certificado é válido. É possível, no entanto, conferir as assinaturas realizadas mesmo após o certificado expirar.
	O certificado digital pode ser revogado antes do período definido para expirar. As solicitações de revogação devem ser encaminhadas à AC que emitiu o certificado ou para quem foi designada essa tarefa. As justificativas podem ser por diversos fatores como comprometimentos da chave privada, alterações de dados do certificado ou qualquer outro motivo.
	Após a revogação ou expiração do certificado, todas as assinaturas realizadas com este certificado tornam-se inválidas, mas as assinaturas realizadas antes da revogação do certificado continuam válidas se houver uma forma de garantir que esta operação foi realizada durante o período de validade do certificado.
2.8 Sobre o SPED
	O Sistema Público de Escrituração Digital tornou-se mais evidente a partir do momento que foi inserido na Constituição Federal, através da Emenda Constitucional nº 42, de 19 de dezembro de 2003, o seguinte artigo: 
Art. 37 XXII – as administrações tributárias da União, dos Estados, do Distrito Federal e dos Municípios, atividades essenciais ao funcionamento do Estado, exercidas por servidores de carreiras específicas, terão recursos prioritários para a realização de suas atividades e atuarão de forma integrada, inclusive com o compartilhamento de cadastros e informações fiscais na forma da lei ou convênio. 
	Diante do disposto o Governo necessitava de meios para cumpri-lo, a partir de então inicia-se vários encontros denominados ENAT (Encontro Nacional dos Administradores Tributários) para discussão e elaboração dos projetos, que segundo Azevedo e Mariano (2009, p. 34) contava com a “presença dos titulares das administrações tributárias federal, estaduais, do Distrito Federal e dos municípios de capitais”. 
De acordo com a Receita Federal, temos os seguintes encontros (http://www19.receita.fazenda.gov.br): 
	ENAT I, realizado em julho de 2004 em Salvador, onde foram aprovados dois protocolos de cooperação técnica nas áreas do cadastramento, projeto de cadastro sincronizado e Nota Fiscal Eletrônica. 
	ENAT II, realizado em agosto de 2005 em São Paulo, no qual foi assinado o protocolo ENAT nº 2 e 3/2005, que visa o desenvolvimento e a implantação do Sistema Público de Escrituração Fiscal e a Nota Fiscal Eletrônica. 
Em março de 2006 foi comemorado o projeto piloto da NF-e, onde algumas empresas foram convidadas a participarem dele. 
	ENAT III, realizado em novembro de 2006 em Fortaleza, onde houve aperfeiçoamento dos protocolos anteriores e foram assinados novos protocolos de Cooperação, objetivando a implantação do Conhecimento de Transporte Eletrônico (CT-e), da Nota Fiscal de Serviço Eletrônica (NFS-e), estabelecimento de regras para a utilização da NF-e conjugada e a instituição do Comitê Gestor Nacional de Documentos Fiscais Eletrônicos. 
	Através do Decreto 6022, de 22 de janeiro de 2007, ficou instituído o SPED, que segundo a Receita Federal (http://www1.receita.fazenda.gov.br/), esse era um dos projetos do PAC – Programa de Aceleração do Crescimento, que constava no tópico referente ao aperfeiçoamento do Sistema Tributário, a implantação do Sistema Público de Escrituração Digital e Nota Fiscal Eletrônica, no prazo de dois anos.
	ENAT IV, realizado em dezembro de 2007 em Belo Horizonte, onde foram assinados seis protocolos, referente aos temas abordados no ENAT III. 
	ENAT V, realizado em novembro de 2008 em Brasília, onde foram assinados protocolos de cooperação sobre a aplicação do Cadastro Nacional de Atividades Econômicas (CNAE) e sobre o desenvolvimento do SPED. 
	ENAT VI, realizado em maio de 2010, no Rio de Janeiro, onde foram discutidos temas como o SPED, Simples Nacional, Cadastro Sincronizado, Siscomex, ITR, Educação Fiscal, Nota Fiscal Eletrônica de Mercadoria e de Serviços. 
	Esses encontros tiveram como objetivos, segundo a Receita Federal “buscar soluções conjuntas das três esferas de Governo que promovessem maior integração administrativa, padronização e melhor qualidade das informações”.
2.8.1 Conceito
	O SPED, inicialmente, teve como subprojetos, a Nota Fiscal Eletrônica (NF-e), a Escrituração Fiscal Digital (EFD)¸ e a Escrituração Contábil Digital. Hoje, esse projeto já possui mais alguns subprojetos comoo Sped Fiscal – PIS/COFINS, a Nota Fiscal de Serviço Eletrônica (NFS-e), o Conhecimento de Transporte Eletrônico (CT-e), e o Fcont. Além desses, outros subprojetos estão sendo desenvolvidos, como o Livro de Apuração do Lucro Real Eletrônica (e-LALUR) e a Folha de Pagamento Eletrônica (e-FOPAG), essa última prevista para 2012. (GIMENEZ, 2010). 
	No SPED, “mais que uma alteração da forma de cumprimento das obrigações há a alteração da cultura do papel, presente em nossa sociedade, pela utilização de arquivos digitais.” (MARIANO e AZEVEDO, 2009, p. 43). 
De acordo com o Decreto número 6022, de 22 de janeiro de 2007, o SPED pode ser definido da seguinte forma: 
Art. 2o O Sped é instrumento que unifica as atividades de recepção, validação, armazenamento e autenticação de livros e documentos que integram a escrituração comercial e fiscal dos empresários e das sociedades empresárias, mediante fluxo único, computadorizado, de informações. 
	Assim o SPED trouxe a simplificação das obrigações acessórias, porém não significa que haverá a diminuição dos processos, garantindo assim a validade jurídica dos mesmos apenas na sua forma digital através da certificação digital conforme a receita federal.
2.8.2 Objetivos
O Sped tem como objetivos, entre outros:
 Promover à integração do fisco, mediante a padronização e compartilhamento das informações contábeis e fiscais, respeitadas as restrições legais;
 Racionalizar e uniformizar as obrigações acessórias para os contribuintes, com o estabelecimento de transmissão única de distintas obrigações acessórias de diferentes órgãos fiscalizadores;
Tornar mais célere a identificação de ilícitos tributários, com a melhoria do controle dos processos, a rapidez no acesso às informações e a fiscalização mais efetiva das operações com o cruzamento de dados e auditoria eletrônica.
2.8.3 Benefícios
A completa implantação do SPED, pretendida para 2010 buscar atingir os seguintes objetivos, conforme prevê seu portal na internet.
Redução de custos com a dispensa de emissão e armazenamento de documentos em papel; eliminação do papel;
Redução de custos com a racionalização e simplificação das obrigações acessórias;
 Uniformização das informações que o contribuinte presta às diversas unidades federadas;
Redução do tempo despendido com a presença de auditores fiscais nas instalações do contribuinte;
Simplificação e agilização dos procedimentos sujeitos ao controle da administração tributária (comércio exterior, regimes especiais e trânsito entre unidades da federação);
Fortalecimento do controle e da fiscalização por meio de intercâmbio de informações entre as administrações tributárias;
Rapidez no acesso às informações e aumento da produtividade do auditor através da eliminação dos passos para coleta dos arquivos;
Possibilidade de troca de informações entre os próprios contribuintes a partir de um leiaute padrão;
Redução de custos administrativos; melhoria da qualidade da informação; possibilidade de cruzamento entre os dados contábeis e os fiscais;
Redução do ‘Custo Brasil”; aperfeiçoamento do combate à sonegação; - preservação do meio ambiente pela redução do consumo de papel;
2.8.4 Elementos que compõe o SPED
	Tendo por fim modernizar a atual sistemática de cumprimento de obrigações acessórias, o SPED compreende três grandes subprojetos:
 Escrituração Contábil Digital - ECD; realizada através do SPED Contábil.
 Escrituração Fiscal Digital - EFD; realizada através do SPED Fiscal.
 Nota Fiscal Eletrônica - NF-e.
2.8.5 Usuários do SPED
Nos termos do art. 3º do Decreto 60.22/2007, são usuários do SPED: Secretaria da Receita Federal do Brasil do Ministério da Fazenda; dministrações tributárias dos Estados, do Distrito Federal e dos Municípios, mediante convênio celebrado com a Secretaria da Receita Federal do Brasil; e os órgãos e as entidades da administração pública federal direta e indireta que tenham atribuição legal de regulação, normalização, controle e fiscalização dos empresários e das sociedades empresárias.
	Os usuários, no âmbito de suas respectivas competências, deverão estabelecer a obrigatoriedade, periodicidade e prazos de apresentação dos livros e documentos, por eles exigidos, por intermédio do SPED.
	Os atos administrativos expedidos deverão ser implementados no Sistema concomitantemente com a entrada em vigor desses atos. Cumpre mencionar que o fato de estar previsto que os usuários acima elencados editem atos administrativos, não exclui a competência destes para exigir, a qualquer tempo, informações adicionais necessárias ao desempenho de suas atribuições.
2.9 Escrituração Contábil Digital— ECD	
A Escrituração Contábil Digital, integrante do SPED, foi instituída pela Secretaria da Receita Federal do Brasil, por meio da Instrução Normativa número 787, de 19.11.2007, e será utilizada para fins fiscais e previdenciários, devendo futuramente também atender às exigências do DNRC, do CFC, do Banco Central, da SUSEP, da CVM e de outros órgãos interessados.
	A escrituração contábil pode ser definida como a substituição da escrituração em papel pela Escrituração Contábil Digital (ECD), também chamada de Sped Contábil. Corresponde à obrigação de transmitir em versão digital os seguintes livros: 
I - livro Diário e seus auxiliares se houver;
II - livro Razão e seus auxiliares se houver; 
III - livro Balancetes Diários, Balanços e fichas de lançamento comprobatórias dos assentamentos neles transcritos. http://www1.receita.fazenda.gov.br/sistemas/sped-fiscal/
	Segundo a Instrução Normativa Receita Federal do Brasil no 787, de 19 de novembro de 2007, estão obrigadas a adotar a ECD:
I - em relação aos fatos contábeis ocorridos a partir de 1o de janeiro de 2008, as sociedades empresária sujeita a acompanhamento econômico-tributário diferenciado, nos termos da Portaria RFB no 11.211, de 7 de novembro de 2007, e sujeitas à tributação do Imposto de Renda com base no Lucro Real; 
II - em relação aos fatos contábeis ocorridos a partir de 1o de janeiro de 2009, as sociedades empresárias sujeita à tributação do Imposto de Renda com base no Lucro Real.
	Portanto, a partir do ano-calendário 2009, estão obrigadas ao Sped Contábil todas as sociedades empresárias tributadas pelo lucro real. Para as outras sociedades empresárias a Escrituração contábil Digital é facultativa. 
As sociedades simples e as microempresas e empresas de pequeno porte optantes pelo Simples Nacional estão dispensadas desta obrigação.
	O arquivo contendo a ECD deverá ser submetido ao Programa Validador e Assinador (PVA), especificamente desenvolvido para tal fim, a ser disponibilizado na página da Secretaria da Receita Federal do Brasil, na Internet, contendo, no mínimo, as seguintes funcionalidades: Validação do arquivo digital da escrituração; Assinatura digital; Visualização da escrituração; Transmissão para o SPED; Consulta à situação da escrituração.
2.10 Nota Fiscal Eletrônica
	Segundo (AZEVEDO e MARIANO, p.83 2009), é um documento de existência digital, emitido e armazenado eletronicamente, com o intuito de documentar, para fins fiscais, uma operação de circulação de mercadorias ou uma prestação de serviços, ocorrida entre as partes, e cuja validade jurídica é garantida pela assinatura digital do remetente (garantia de autoria e de integridade) e pela recepção, pela Administração Tributária, do documento eletrônico.
	De maneira simplificada, a empresa emissora de NF-e gerará um arquivo eletrônico contendo as informações fiscais da operação comercial, o qual deverá ser assinado digitalmente, de maneira a garantir a integridade dos dados e a autoria do emissor.
	Este arquivo eletrônico, que corresponderá à Nota Fiscal Eletrônica (NF-e), será então transmitido, pela Internet, para a Secretaria de Fazenda Estadual de jurisdição do contribuinte emitente, que fará uma pré-validação do arquivo e devolverá uma Autorização de Uso, sem a qual não poderá haver o trânsito da mercadoria.
	Apóso recebimento da NF-e, a Secretaria de Fazenda Estadual disponibilizará consulta, através Internet, para o destinatário e outros legítimos interessados, que detenham a chave de acesso do documento eletrônico.
	Este mesmo arquivo da NF-e será ainda transmitido, pela Secretaria de Fazenda Estadual, para a Receita Federal, que será repositório nacional de todas as NF-e emitidas e, no caso de uma operação interestadual, para a Secretaria de Fazenda Estadual de destino da operação e respectivamente, para a SUFRAMA, quando aplicável.
	Para acobertar o trânsito da mercadoria será impressa uma representação gráfica simplificada da Nota Fiscal Eletrônica, intitulada DANFE (Documento Auxiliar da Nota Fiscal Eletrônica), em papel comum, em única via, que conterá impressos, em destaque, a chave de acesso e o código de barras linear tomando-se por referência o padrão CODE-128C, para facilitar e agilizar a consulta da NF-e na Internet e a respectiva confirmação de informações pelas unidades fiscais e contribuintes destinatários.
	O DANFE não é uma nota fiscal, nem a substitui, servindo apenas como instrumento auxiliar para consulta da NF-e, pois contém a chave de acesso da NFe, que permite ao detentor desse documento confirmar a efetiva existência da NF-e, através dos sítios das Secretarias de Fazenda Estaduais autorizadoras ou Receita Federal.
	Apesar disto, no primeiro momento de implantação do projeto, o contribuinte destinatário, não emissor de NF-e, poderá escriturar este documento, sendo que sua validade ficará vinculada à efetiva existência da NF-e com autorização de uso no Banco de Dados das administrações tributárias envolvidas no processo.
2.11 Escrituração Fiscal Digital ou Sped-Fiscal
A Escrituração Fiscal Digital pode ser conceituada pela Secretaria da Fazenda (www.receitafazenda.gov.br) sendo: 
Um arquivo digital, que se constitui de um conjunto de escriturações de documentos fiscais e de outras informações de interesse dos fiscos das unidades federadas e da Secretaria da Receita Federal do Brasil, bem como de registros de apuração de impostos referentes às operações e prestações praticadas pelo contribuinte. 
	A Escrituração Fiscal Digital – EFD é parte integrante do projeto SPED a que se refere o Decreto nº 6.022, de 22 de Janeiro de 2007, que busca promover a integração dos fiscos federal, estaduais, Distrito Federal e, futuramente, municipais, e dos Órgãos de Controle mediante a padronização, racionalização e compartilhamento das informações fiscais digitais, bem como integrar todo o processo relativo à escrituração fiscal, com a substituição do atual documentário em meio físico (papel) por documento eletrônico com validade jurídica para todos os fins.
	Para tanto, todos os documentos eletrônicos são assinados digitalmente com uso de Certificados Digitais, do tipo A1 ou A3, expedidos, em conformidade com as regras do ICP-Brasil, pelos representantes legais ou seus procuradores, tendo este arquivo validade jurídica para todos os fins, nos termos dispostos na MP-2200-2, de 24 de agosto de 2001.
Para ser possível alcançar os objetivos propostos, ocorreu a união de esforços de representantes, não só dos Órgãos de Controle e de Fiscalização Tributária, mas também de representantes da iniciativa privada de diversos segmentos da vida econômica do País que atuaram de forma decisiva, como parceiros na elaboração das especificações do projeto.
3. DESCRIÇÃO E ANÁLISE DOS DADOS
3.1 Histórico do Município de Cáceres
	
	A vila de São Luís de Cáceres foi fundada em 6 de outubro de 1778 pelo tenente de Dragões Antônio Pinto no Rego e Carvalho, por determinação do quarto governador e capitão-general da capitania de Mato Grosso, Luís de Albuquerque de Melo Pereira e Cáceres. 
Cáceres, com o nome de Vila - Maria do Paraguai, em homenagem à rainha reinante de Portugal. No início, o povoado de Cáceres não passava de uma aldeia, centrada em torno da igrejinha de São Luiz de França. A Fazenda Jacobina destacava-se na primeira metade do século XIX por ser a maior da província de Mato Grosso em termos de área e produção. Foi lá que Sabino Vieira, chefe da Sabinada, a malograda revolução baiana, refugiou-se e veio a morrer em 1846. 
	O historiador Natalino Ferreira Mendes conta em seus livros que, em meados do século passado, Vila-Maria do Paraguai experimentou algum progresso, graças ao advento do ciclo da indústria extrativa, que tinha seus principais produtos no gado, na borracha e na ipecacuanha, o ouro negro da floresta, e à abertura da navegação fluvial. 
	As razões para fundação do povoado foram a necessidade de defesa e incremento da fronteira sudoeste de Mato Grosso; a comunicação entre Vila Bela da Santíssima Trindade e Cuiabá e, pelo rio Paraguai, com a capitania de São Paulo; e a fertilidade do solo no local, com abundantes recursos hídricos 
	Em 1860, Vila-Maria do Paraguai já contava com sua Câmara Municipal, mas só em 1874 foi elevada à categoria de cidade, com o nome de São Luiz de Cáceres, em homenagem ao padroeiro e ao fundador da cidade. Em 1938, o município passou a se chamar apenas Cáceres. Em fevereiro de 1883, foi assentado na Praça da Matriz, atual Barão do Rio Branco, o Marco do Jauru, comemorativo do Tratado de Madri, de 1750. Junto com a Catedral de São Luís - cuja construção teve início em 1919, mas só foi concluída em 65 -. os dois monumentos estão até hoje entre os principais atrativos turísticos da cidade. 
	A navegação pelo Rio Paraguai desenvolveu o comércio com Corumbá, Cuiabá e outras praças, e o incremento das atividades agropecuárias e extrativistas fez surgir os estabelecimentos industriais representados pelas usinas de açúcar e as charqueadas de Descalvados e Barranco Vermelho, de grande expressão em suas épocas 
em 1914, São Luís de Cáceres recebeu a visita do ex-presidente dos Estados Unidos, Theodore Roosevelt, que participava da Expedição Roosevelt-Rondon. Conta-se que ele ficou encantado com o comércio local, cujo carro-chefe era a loja "Ao Anjo da Ventura", de propriedade da firma José Dulce & Cia, que também era dona do vapor Etrúria. As lanchas que deixavam Cáceres com destino a Corumbá levavam poaia (ou ipecacuanha), borracha e produtos como charque e couro de animais e voltavam carregadas de mercadorias finas, como sedas, cristais e louças vindas da Europa. 
	No início de 1927, Cáceres viveu dois acontecimentos marcantes: a passagem da Coluna Prestes por seus arredores, que provocou a fuga de muitos moradores, e o pouso do hidroavião italiano Santa Maria, o primeiro a sobrevoar Mato Grosso.
	Apartir de 1950, as mudanças passaram a ser mais rápidas. No início dos anos 60, foi construída a ponte Marechal Rondon, sobre o rio Paraguai, que facilitou a expansão em direção ao noroeste do Estado. A chegada de uma nova leva migratória,causada pelo desenvolvimento agrícola que projetou pólo de produção no Estado e no pais, mudou o perfil de Cáceres, cuja ligação com a capital, Cuiabá, foi se intensificando à medida em que melhoravam as condições da estrada ligando as duas cidades. É nesse período que ocorre a emancipação dos novos núcleos sócios-econômicos. 
	Assim, emanciparam-se de Cáceres: o distrito de Mirassol D'Oeste, Rio Branco, Salto do Céu, Jauru, Porto Esperidião, Pontes e Lacerda, São José dos Quatro Marcos, Araputanga, Reserva do Cabaçal, Figueirópolis, Porto Estrela, Glória D'Oeste e Lambari D'Oeste. 
 3.2 Coleta de dados
	O método de coleta dos dados utilizado nessa pesquisa de campo foi a aplicação de um questionário contendo 17 perguntas, dirigidas aos escritórios da cidade de Cáceres.
	Ressalta-se que na cidade Cáceres existem vários profissionais atuantes. Assim a pesquisa foi aplicada, em 15 escritórios de contabilidade, sendo que 03 não responderam à pesquisa. Então no total 12 escritórios existentes na cidade, colaboraram com este estudo, respondendo o questionário.
	Os questionários foram aplicados, de forma presencial, sendo osmesmos respondidos e devolvidos no mesmo momento.
	Com os questionários coletados, inicia-se a fase da tabulação dos dados e definições percentuais dos itens constantes nas questões, representando esses números através de gráficos. 
3.3 Análises de dados
	
	A atualização do profissional Contábil é uma necessidade e uma exigência imposta por esta área de atuação, devido a todas as inovações tecnológicas existentes, levando-se em consideração a atual tecnologia da informação até o Sistema Público de Escrituração Digital (SPED).
	Os Contadores têm um papel importante durante o processo de implantação do SPED, pois o sistema traz vantagens aos serviços contábeis, incluindo toda a praticidade com a redução de retrabalhos de escrituração até a redução de custos com a emissão e armazenamento de documentos em papéis.
	A carreira contábil passa por uma transformação muito significativa. O Contabilista é obrigado a estabelecer um novo perfil profissional para se adequar às mudanças do cenário mundial.
	A Escrituração Fiscal Digital, objeto de pesquisa deste trabalho, que tem como principal função a substituição dos livros fiscais por arquivos digitais, gerados através de programa específico, iniciada a partir do ano de 2009, gerou certo impacto nos escritórios de contabilidade que será analisada nos gráficos seguintes.
3.3.1 Identificação do entrevistado 
	Os gráficos apresentados a seguir, demonstram em percentuais, itens relacionados ao cargo ou função, sexo e escolaridade dos entrevistados. 
GRÁFICO 1: Cargo ou Função dos Entrevistados	 
Dos entrevistados 60% correspondem a proprietários, sendo que destes 80% correspondem a contadores. Podemos observar que para o desempenho da Escrituração Fiscal Digital, a necessidade de pessoas com um maior grau de instrução, pois as pessoas que foram entrevistadas, quase que em sua totalidade, são responsáveis pela geração desses arquivos.
GRÁFICO 2: Sexo
Com as mudanças tecnológicas e geração de novas oportunidades no mercado de trabalho, o crescimento da participação feminina continua alto em meio a todas essas mudanças e inovações. Sendo que do total de entrevistados, 40% dos Contabilistas são mulheres.
GRÁFICO 3: Escolaridade
	A pesquisa demonstrou que a quantidade de profissionais devidamente graduados corresponde a 70% do total de entrevistados, levando-se em consideração até mesmo que a formação técnica do profissional não atende aos requisitos exigidos para a formação Contabilista, o que o impede de exercer adequadamente as suas atividades e usufruir de todas as prerrogativas previstas na legislação profissional.
3.3.2 Identificação da Empresa 
	A seguir passaremos a identificar o tipo de escritórios que foram entrevistados, ou seja, qual o tempo de atuação no mercado, números de funcionários e a escolaridade dos funcionários nos escritórios. 
GRÁFICO 4: Tempo de atuação no mercado
	Dos Contabilistas atuantes podemos deduzir que há profissionais bastante experientes, pois um total de 50% dos entrevistados já trabalha na área há mais de 10 anos.
	Somente 40% dos entrevistados trabalham na área há menos de 5 anos, e um percentual de 10% está no primeiro ano de funcionamento.
GRÁFICO 5: Número de funcionários
	O gráfico acima demonstra que 65% dos escritórios entrevistados em Cáceres tem até 5 funcionários sendo um número de funcionários bem reduzido 
GRÁFICO 6: Escolaridade dos Funcionários
	O gráfico acima demonstra que dos escritórios entrevistados, 36% dos seus funcionários apresentam nível superior e muitos já estão fazendo uma pós-graduação, contudo ainda existem dificuldades para encontrar mão de obra qualificada.
3.3.3 Sistema Público de Escrituração Digital 
 
	 Analisaremos a seguir, os dados no que se refere ao conhecimento dos respondentes a respeito do Sistema Público de Escrituração Digital. 
	 Sistema Público de escrituração Digital constitui na integração do fisco com o contribuinte, visando à modernização no que se refere à maneira do cumprimento das obrigações acessórias.
GRÁFICO 7: O que é Sistema Público de Escrituração Digital?
Dessa forma, podemos analisar do gráfico anterior que a maioria dos entrevistados, 65% conhecem o real significado do SPED.
GRÁFICO 8: Grau de dificuldade na implantação SPED.
	Do total dos entrevistados, 55% considerou o grau de dificuldade para a implantação do SPED médio. Alem disso, 90% dos entrevistados afirmam ter participado de palestras ou workshops para se adequarem ao SPED, como pode ser visto no gráfico 9 a seguir, o que demonstra preparo por parte destes, pois sempre há essa necessidade de novos conhecimentos na vida buscam acompanhar as mudanças que interferem tanto profissional .
GRÁFICO 9: Participou de cursos, palestras ou workshops sobre o SPED?
GRÁFICO 10: Houve redução dos custos no escritório com a utilização do SPED?
	Como demonstrado no gráfico 10, 40% dos entrevistados já identificou algum tipo de redução de custos. No momento da implantação do SPED, o que mais foi enfatizado pelo governo foi à redução de custos, principalmente no que diz respeito à aquisição e armazenamento de documentos. Porém na prática isso não é comprovado nos escritórios, conforme o gráfico, 60% dos entrevistados afirmam que não houve redução de custo após a implantação do SPED.
GRÁFICO 11: Caso tenha havido, em qual(is) área(s) você identificou tal redução?
 
	Dos entrevistados que afirmaram ter havido uma redução dos custos, representado por 40%, pode ser identificado pelo gráfico anterior, que destes, 55% acreditam que essa redução se deu no que diz respeito ao armazenamento de documentos. 
GRÁFICO 12: Se o sped trouxe melhorias nos serviço contábeis.
	Os entrevistados consideraram que realmente há uma melhoria dos serviços contábeis e fiscais, sendo que 30% dos entrevistados consideraram que o SPED aperfeiçoou os serviços de Escrituração evitando retrabalhos. E outros 50% concordam em dizer que ele modernizou o cumprimento de obrigações acessórias, uniformizando-as e evitando redundâncias de informações, conforme o objetivo do SPED.
3.4.4 Escrituração Fiscal Digital.
	A seguir, serão analisadas as perguntas e respostas referentes à Escrituração Fiscal Digital, um dos subprojetos do SPED.
GRÁFICO 13: Conhecimento acerca do SPED fiscal.
	Temos o gráfico acima, onde é notório que faltou esclarecimentos sobre o assunto relativo ao SPED Fiscal, pois do total dos entrevistados apenas 25% afirmam que já tinham conhecimento acerca do funcionamento e da legislação desse sistema antes de sua implantação.
GRÁFICO 14: Que instrumentos foram necessários para a implantação do sistema?
	Observou-se no gráfico que os escritórios tiveram um custo na implantação do sistema relativo a treinamento de pessoal e equipamentos de informática representando 80% dos instrumentos necessários para a implantação do sistema. 
 
GRÁFICO 15: Dificuldade na implantação do SPED Fiscal.
	O gráfico acima só vem reafirmar o que foi dito anteriormente, ficando ainda mais notório que o governo deveria ter dado mais suporte no que diz respeito às informações. Assim as dificuldades na implantação desse sistema seriam amenizadas.
GRÁFICO 16: Vantagens do sped fiscal. 
	Observando do gráfico acima, as vantagens oferecidas pelo SPED fiscal, de acordo com os entrevistados, são a facilidade no cumprimento das obrigações acessórias, somando 40% e a redução da guarda de documentos, sendo de 30%.
GRÁFICO 17: Desvantagens na implantação do SPED fiscal.
Embora as dificuldades encontradas na implantação do SPED fiscal, pode se concluir de acordo com o gráfico acima, que grande parcela dos entrevistados, 35%, afirmam que não há desvantagens, sendo colocado ainda que tal sistema trouxe benefícios.
CONSIDERAÇOES FINAIS
	Vivendo num processode constantes mudanças, as tecnologias, cada vez mais avançadas, têm tomado conta do mundo globalizado, onde informações são conseguidas em tempo real. A contabilidade também evolui, chegando à fase atual, usada principalmente na geração de informações para a tomada de decisão. 
	O sucesso da profissão Contábil depende de fatores importantes, como capacidade de interpretar corretamente as informações, ter organização e controle conhecimento em informática e visão gerencial.
	O profissional contábil é possuidor de diversos conhecimentos, auxiliando a administração da empresa, de forma considerável, na tomada de decisões importantes. Em virtude das novas exigências do mercado, o profissional ganhou status, passando a ter mais participação nas decisões da alta administração da empresa, sendo, consequentemente, bastante valorizado.
	Com relação as nova mudança da área Contábil, um novo sistema foi implantado para facilitar e diminuir as redundâncias de informações instituiu-se então o Sistema Público de Escrituração Digital, em 22 de janeiro de 2007, que tem como objetivo principal promover a integração entre fisco e empresa, uniformizar as obrigações acessórias.
	O SPED uma das grandes especulações nos atuais referindo-se ao armazenamento de dados de forma ordenada e segura, visto que as empresas produzem informações em um ritmo crescente cada vez maior. O modelo proposto pelo SPED integra usando atuais tecnologias de assinatura digital para dar credibilidade e segurança na operação. 
	Tendo a pesquisa como foco em um subgrupo do SPED, a Escrituração Fiscal Digital, conclui-se que houve uma dificuldade de adaptarem nos escritórios de contabilidade, com o novo sistema e também a implantação gerou muitas dúvidas acerca de seu funcionamento.
	Embora as dificuldades apresentadas mediante essa pesquisa como exemplo, falta de mão de obra qualificada, o sistema ainda apresenta falhas pois está em implantação e pela falta de esclarecimento pelo governo.
	Assim como foi apresentado pelo governo que o Sped traria redução significativas com sua implantação pode ser comprovado na pesquisa diversos benefícios, como, por exemplo: a redução de duplicidade de informação, facilidade nas obrigações acessórias, redução da guarda de papeis e evita a perca de tempo com o retrabalhos na digitação das notas fiscais, fazendo simplesmente a importação dos arquivos da empresa. 
	Então fica comprovado que o SPED Fiscal tem transformado o meio contábil, tanto no que diz respeito às práticas fiscais, quanto no setor gerencial da empresa e para tanto há a necessidade cada vez maior de profissionais qualificados para que estes possam suprir as necessidades, cada vez maior dentro do ambiente empresarial.
5. Referências Bibliográficas
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<http://www. cáceres.mt.gov.br/ver_publicacao.php?ver_id_pub=508&class=24> Acesso em: 12 out. 2011.
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BATISTA, Emerson de Oliveira. Sistema de Informação: o uso consciente da tecnologia para o gerenciamento. São Paulo: Saraiva 2004.
BEUREN, Ilse Maria. Como Elaborar Trabalhos Monográficos em Contabilidade – Teoria e Prática. 3. ed. São Paulo: Atlas, 2009.
BIO, Sérgio Rodrigues. Sistema de informações: Um enfoque gerencial. S Paulo: Atlas, 1993.
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OLIVEIRA, Djalma de Pinho Rebouças. Sistemas, organizações e métodos: uma abordagem gerencial. 13. ed. São Paulo, 2002
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APÊNDICE A – QUESTIONÁRIO APLICADO AOS ESCRITÓRIOS
Visando subsidiar a elaboração de Trabalho de Conclusão de Curso – TCC, em nível de graduação, junto à Universidade do Estado de Mato Grosso, intitulado “SISTEMA PÚBLICO DE ESCRITURAÇÃO DIGITAL (SPED): estudo sobre o impacto causado pelo SPED Fiscal nas Empresas de Serviços Contábeis de Cáceres-MT”, estamos desenvolvendo a presente pesquisa, onde a sua opinião é muito importante para nós. Se preferir, suaidentidade será preservada e as informações aqui prestadas, serão utilizadas somente para fins acadêmicos. Contamos com a sua sinceridade e exatidões na resolução do questionário abaixo, ao mesmo tempo estamos a sua disposição para maiores esclarecimentos.
Orientadora: Prof. Vanusa Batista Pereira e-mail: vanusa_storti@hotmail.com
Graduando: Everson Deluque Viana e-mail: eversonvianad@hotmail.com
Parte I – Identificação do Escritório 
Identificação
Empresa: __________________________________________________________________
Nome do entrevistado: _______________________________________________________
Cargo ou Função 
( ) Proprietário
( ) Diretor
( ) Gerente
( ) Outros. Qual?_______________________________________________________
Sexo
( ) Feminino ( ) Masculino
Escolaridade 
( ) Contador 
( ) Técnico em Contabilidade 
Tempo de atuação da empresa no mercado:
( ) 0 a 1 ano
( ) 1 a 2 anos
( ) 2 a 5 anos
( ) 5 a 10 anos
( ) Acima de 10 anos
Número de funcionários no escritório
( ) 0 a 5 funcionários
( ) 6 a 10 funcionários
( ) 11 a 15 funcionários
( ) mais de 16 funcionários
Escolaridade dos funcionários
	Escolaridade
	Quantidade de funcionários por escolaridade
	( ) Ensino Médio
	
	( ) Superior Incompleto
	
	( ) Superior Completo
	
	( ) Pós-Graduação
	
	( ) Mestrado/Doutorado ou superior
	
Parte II – Sobre o Sistema Público de Escrituração Digital – SPED
O que é Sistema Público de Escrituração Digital – SPED?
	
	
	
	
	
	
	
	
Grau de dificuldade na implantação do Sistema Público de Escrituração Digital – SPED nas empresas?:
( ) mínimo ( ) médio ( ) Máximo
Você participou de cursos, palestras ou workshops para se adequar ao SPED?
( ) Sim. Diversos
( ) Sim. Poucos
( ) Não.
( ) Outros______________________________________________________
Houve redução dos custos do Escritório com a utilização do SPED?
( ) Sim ( ) Não
Caso tenha havido redução dos custos, em qual(is) área(s) você identificou tal redução?
( ) Pessoal
( ) Infraestrutura
( ) Aquisição de papel
( ) Armazenamento de documentos em papel (arquivo)
( ) Outro. Qual(is)?______________________________________________
 Em sua opinião, o SPED contribui para a melhoria dos serviços contábeis e fiscais?
( ) Não, pois os programas existentes são muito caros
( ) Sim, pois modernizou o sistema de cumprimento de obrigações acessórias, uniformizando-as, evitando redundâncias de informações.
( ) Sim, pois aperfeiçoou os serviços de escrituração, evitando retrabalhos.
( ) Sim, pois simplificou e acelerou o acesso às informações.
( ) Outros_______________________________________________
Parte III – Sobre o Escrituração Fiscal Digital – EFD 
1. No momento em que se deu a implantação do SPED Fiscal nas empresas, já havia conhecimento de como era seu funcionamento? (tinha conhecimento da legislação antes, ou só passou a conhecer depois)?
	
	
	
	
	
	
	
	
2. Que tipos de instrumentos foram necessários para a implantação do sistema?
	
	
	
	
	
	
	
	
3. Principais dificuldades encontradas no processo da implantação e na fase de geração dos arquivos:
( ) mão de obra qualificada
( ) conhecimento sobre o assunto
( ) Pouco esclarecimento por parte do governo
( ) Outros. Quais. ___________________________________________________________
4. Vantagens na implantação do SPED Fiscal:
( ) Redução da duplicidade das informações
( ) Facilidade no cumprimento das obrigações acessórias
( ) Redução da guarda de documentos
( ) Outras. Quais? ____________________________________________________________
	
	
	
	
	
	
	
	
5. Desvantagens na implantação do SPED Fiscal:
	
	
	
	
	
	
	
	
6. Como foi e como têm sido feito para dar suporte as empresas que devem se enquadrar no SPED fiscal? E quando há alguma alteração na estrutura do sistema, existe a obrigação de notificá-las?
	
	
	
	
	
	
	
	
	
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