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Resumo História do Pensamento Econômico -- Tia Alice

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História do Pensamento Econômico 
RESUMOS ALICE DUARTE 
Prof.: Bruno Aidar 
PROVA 1: AULA 1 ATÉ AULA 6 
 
• Aula 1 – Sociedade, Economia e HPE – Nossa obsoleta mentalidade de 
mercado (Karl Polanyi) 
Polanyi escreve após a crise de 29, desacreditando na capacidade do mercado de 
se autorregular, ou seja, se opõe ao liberalismo e acredita que só há mudança 
através da revolução (marxista) 
 
Economias antigas e primitivas: 
 A economia está submersa, incrustada nas relações sociais, mesmo nas 
sociedades primitivas a economia era apenas um meio de existência e reprodução 
da organização social. No passado a economia era um meio para se obter uma 
posição social, um status, ela era acumulada, mas não era usada com usura, 
diferentemente dos dias atuais. 
 Polanyi se opõe Adam Smith ao indicar uma inexistência de uma propensão 
natural para o comercio e a troca e defende a ideia de Aristóteles no que diz 
respeito ao homem não ser econômico e sim um ser social. Para ele se havia 
ausência do risco de passar fome e do desejo de obter lucros pela produção e pela 
troca nas economias primitivas os homens não buscavam o mercado. 
 
Revolução industrial e liberalismo: 
 E economia atual para chegar no sistema autorregulado passou por grandes 
transformações, algumas técnicas e outras na mentalidade e nos valores dos 
homens, quando ocorre esse processo de transformações dessas economias 
podemos dizer que existe uma economia de mercado. 
A grande transformação da economia liberal: 
 
Começa a transformação de coisas que não eram economia em economia, 
uma delas e a natureza (terra) e outra o ser humano (trabalho) passam 
a ser comercializados, não temos mais a opção da autossubsistência. Os 
salários como preço de mercado da oferta e procura do trabalho e a renda 
como preço de mercado da oferta e procura de terra. Esses dois elementos, 
trabalho e terra, passam a ser regidos pelas leis do mercado. A economia 
passa a dominar a sociedade e é o principal motor das relações sociais e 
políticas. Com a economia de mercado criamos uma nova forma de 
sociedade agora voltada para o mercado, o medo da fome (pelos 
trabalhadores) e a atração pelo lucro (capitalistas) passam a manter esse 
sistema de mercados em funcionamento. Nessas sociedades todas as fontes 
de rendimentos depender das relações entre oferta e procura, nem sempre o 
mercado funciona, para Polanyi os mercados devem ser regulados para que 
a sociedade sobreviva, e necessário pontuar o grau de mercantilização de 
coisas que não eram mercadorias. A sociedade se torna refém do mercado 
(crítica ao liberalismo) 
 
Pilares do liberalismo econômico: 
 
Polanyi critica o capitalismo e acredita que a economia de mercado dependeu 
de um alto grau de intervenção política. Existem três leis que marcam o 
capitalismo e que com o seu fim garante os pilares do liberalismo: 
• Leis dos Pobres (1834): foram um sistema de ajuda social aos pobres em 
Inglaterra e Gales[3] que se desenvolveu a partir da Idade Média tardia e 
das leis Tudor. O fim da assistência aos pobres com a extinção de asilos. 
Permite a existência de mercado autorregulado de trabalho. 
• Lei dos Bancos (1844): essa lei garantia monopólio total ao Banco da 
Inglaterra imposto por lei. Uma vez criado este poder, parecia natural que 
ele seria usado e abusado. O fim dessa lei implica o fim do monopólio da 
cunhagem da moeda pelo Banco da Inglaterra. Permite a existência de 
mercado autorregulado de dinheiro e a instituição do padrão ouro. 
• Lei dos Cereais (1846): Foi uma lei que proibia a Inglaterra de negociar 
agricultura com outros países, foi concebida para proteger os produtores 
rurais ingleses ao promover a exportação e limitar a importação quando os 
preços caíram abaixo do ponto fixado. O fim da proteção agricultura 
inglesa, ou seja, o fim da Lei dos Cerais permite a existência de livre 
circulação internacional de mercadorias. 
Essas três leis formam o mercado internacional de mercadorias, o mercado de 
dinheiro e o mercado de trabalho, todos são autorregulados. Acreditavam que 
o mercado se organizava de uma forma espontânea. 
 
Economia de mercado: 
A proposta principal de Polanyi e criticar a ideia de buscar sempre o lucro e 
defende a ideia de que o ser humano e um ser social e que foi transformado 
em ser econômico e tem cada vez se tornado mais bidimensional, é preciso 
rearticular a economia as relações sociais, e necessário o controle da economia 
para um melhor desenvolvimento da vida social, o mundo dominado pelas 
forças autorreguladas do mercado e um mundo de autodestruição. 
 Citação de Polanyi : “Os mercados existem em todas as sociedades, e a 
figura do mercador é conhecida em muitos tipos de civilizações. Mas os 
mercados isolados não se interligam para formar uma economia. A 
motivação do ganho era específica dos mercadores, como o eram a coragem 
do cavaleiro, a devoção do sacerdote e o orgulho do artesão. A ideia de 
universalizar a motivação do ganho nunca passou pela cabeça dos nossos 
antepassados. Em nenhuma época anterior ao segundo quartel do século 
XIX os mercados foram mais que um traço secundário na vida social” 
(POLANYI, 2012, p. 217; grifos Prof. Bruno). 
 
A citação acima mostra como as pessoas estão sendo dominadas pela economia, 
mas a busca pelo lucro e algo recente, não passava pela cabeça do cavaleiro e o 
mercado não era a forma dominante nas sociedades antigas. 
 
• Aula 2 – Sociedade, Economia e HPE – A história do pensamento 
econômico como teoria retórica (Pércio Arida) 
Questões Principais: 
• A economia é uma ciência? Não, a economia pensada como ciência sugere 
neutralidade e objetividade na análise econômica o que não acontece pois a 
economia tem suas subjetividade e recebe influencias políticas e sociais 
• Quais as consequências dessa visão para o estudo da HPE? Tendo a 
economia como ciência, a economia seria formada apenas de teorias 
vencedoras e as demais são descartadas, dessa forma a HPE seria apenas a 
história dos vencedores na qual a teoria atual sobrepõe as demais, 
estudantes deveriam aprender apenas a teoria atual e a HPE seria apenas 
curiosidades sobre o passado sem importância perto da teoria atual 
(superior). A teoria econômica seria separada completamente da HPE. 
• Qual é a relação entre teoria econômica (economia) e HPE? A teoria 
econômica e um progresso continuo e HPE é uma matriz que dá as 
diretrizes do pensamento econômico. Na visão Soft Science a teoria 
econômica está ligada diretamente a HPE pois as teorias atuais são 
baseadas no pensamento econômico anterior, ou seja, nos clássicos e estão 
em progresso. 
• Por que ler os clássicos do pensamento econômico? Por que eles não se 
deveriam ser lidos? Os clássicos devem ser lidos pois as teorias atuais 
estão baseadas neles, os clássicos dão as matrizes do pensamento 
econômico. Eles não deveriam ser lidos pois quando nos baseamos apenas 
no passada ao mudar o contexto a teoria pode não funcionar e passa a ter 
inexistência de novas teorias e não há evolução do pensamento. As obras 
do passado devem ser usadas como ponto de partida e instrumento de 
referências para a evolução da economia. 
 
• Evolução Cientifica: 
A evolução do conhecimento ocorre de forma abrupta (de revoluções) na forma 
que enxergamos a ciência, temos uma forma de pensar a natureza e isso se 
transforma completamente por um novo paradigma de acordo com Thomas 
Kuhn. 
 Nessa visão a teoria econômica atual seria melhor do que todas as que já foram 
pensadas, a teoria vencedora. 
• Economia como ciência (Forma ortodoxa) 
 No final do século XIX a economia passoua ser estuda como ciência e não só 
como economia política, nessa visão a economia pode ser separada 
completamente a posição do sujeito observador como o objeto do estudo, ou seja, 
há uma neutralidade da parte do observador, analise objetiva baseada em fatos. 
Nessa visão o papel do economista e apenas mostrar os fatos a relação econômica 
entre eles. Nessa visão a economia só funciona de uma forma, relacionada as 
ciências exatas e naturais; são desprezadas as subjetividades e a teoria atual seria 
o ápice da economia, as teorias passadas teriam sido superadas e HPE seria a 
história dos vencedores. Essa ideia deu origem a teoria HARD SCIENCE 
• HARD SCIENCE: Visão da paisagem econômica onde os autores 
acreditam que as teorias clássicas são desatualizadas e não tem 
importâncias na atualidade. As teorias clássicas não são necessárias para as 
economias atuais, não se deve avaliar o presente por meio do passado, 
portanto essas teorias são desatualizadas e não tem aplicações atualmente. 
Nessa interpretação mostra-se a lógica evolutiva da ciência mostrando que 
a teoria usada atualmente seria a melhor e atua por ser a evolução das 
anteriores, portanto estamos sempre corrigindo os erros do passado. Nesse 
ponto de vista o papel da HPE seria olhar o passado e contar a história das 
teorias vencedoras. Há uma separação total de HPE da teoria econômica. 
• SOFT SCIENCE: Nessa visão apesar da paisagem econômica 
(capitalismo) ser apenas uma, há diversas formas e visões diferentes para 
enxergar essa realidade. Não é possível uma visão geral de todas as 
perspectivas pois depende de vários fatores individuais de cada região, 
nessa visão a HPE fornece diferentes formas de se olhar a realidade 
econômica, não existe uma única teoria economia, mas diversas correntes 
econômicas e diversas linhagens que não se misturam apesar de as vezes 
sofrerem influencias umas das outras, mas de maneira geral estão separas 
(ex. neoclássicos, marxistas e keenesianos), a forma de enxergar a realidade 
é diferente. Nessa interpretação o papel do HPE é fornecer diversas 
matrizes do pensamento econômico e dessa forma os clássicos passam a ser 
importantes pois as teorias atuais foram evoluções dos clássicos, o curso de 
HPE analisa a perspectiva de cada autor sobre o capitalismo. Nessa visão 
não existe ideia de incorporação de outras teorias, não há fronteira. 
 
• Problemas da perspectiva Hard Science 
De acordo com Persa Arrida essa perspectiva apresenta apenas um método 
valido de pesquisa, os economistas não seguem as regras que se prepõe. 
Não tem uma resolução de fato científica, há uma retorica nos argumentos e 
uma ruptura entre a teoria econômica e HPE. A Economia sofre 
interferência da política e sociedade que torna esse método cada vez menos 
cientifico e mais social. Não se fala em evolução teórica pois nessa 
perspectiva uma teoria seria superada pela outra e não evoluída. 
 
• Problemas da perspectiva Soft Science 
Há uma fusão entre economia e HPE e, portanto, estamos apenas repetindo 
o passado, havendo a inexistência de novas teorias pois está tudo contido 
nas matrizes do passado e toda a teoria era dissolvida na HPE. Há o risco 
dessa teoria e de projetar sempre as mesmas teorias para o presente. Se o 
contexto muda, então o texto não pode servir e orientação para a teoria 
econômica. Enquanto o modelo Hard peca por falta o modelo Soft peca por 
excesso 
 
• Críticas ao texto de Arida 
o Arida supõe uma impermeabilidade dos textos e dos contextos do 
passado ao presente. 
o Implicitamente, Arida deixa como única alternativa a utilização da 
teoria econômica atual uma vez que o contexto completo do passado é 
impossível de ser alcançado (tanto pelas diferenças entre passado e 
presente quanto pelo trabalho incansável de reconstituição do 
contexto intelectual do surgimento das ideias econômicas). Portanto, 
Arida acaba concordando com a hard science. 
o Capitalismo de Marx, Schumpeter e Keynes são tão diferentes do 
existente no mundo atual? 
o Textos do passado não estão destinados apenas à reconstrução 
meticulosa da HPE, mas também servem como referência e como 
pontos de partida para análise do presente. 
o Arida nega o valor da soft science enquanto delimitadora das questões 
e teorias principais que estruturam o pensamento econômico em 
diferentes matrizes. Não são ideias conjunturais e vão à essência da 
realidade capitalista. 
 
• Aula 3 – Mercantilismo – DEYON, Pierre. O mercantilismo. (“Políticas e 
práticas mercantilistas”. p. 17-55.) e HECKSCHER, Eli. A época 
mercantilista: o tema (1931). 
 
• Por que surge a economia política? 
Na antiguidade economia era considerada a ciência da administração de casa, a 
ideia passa a ser ampliada e a economia começa a ser importante também para o 
Estado gerando uma ciência de acumulação de poder e uma ciência da criação e 
acumulação de riqueza (econômica). Na política passa a ser criado uma ciência 
de criação e acumulação do poder político, essas duas ciências estão interligadas 
e assim surge a economia política. 
• Mercantilismo 
Os principais teóricos do mercantilismo utilizam formas especificas de trata-
lo, 
o Schmoller (1884) define o mercantilismo como uma forma de 
transformar um mercado regional (política econômica local) em um 
mercado nacional (política econômica do Estado nacional) 
o Heckscher (1931) define o mercantilismo como fase da história da 
política econômica entre a sociedade feudal e o liberalismo (sec. XVI 
- XVIII) 
o Deyon (1969): define mercantilismo como teorias e práticas de 
intervenções econômicas, o mercantilismo como forma de unificação 
territorial e administrativa, sistema de produção e de riqueza. Deyon 
enfatiza as partes praticas, para ele o mercantilismo foi desenvolvido 
na Europa moderna desde a metade do século XV até o começo da 
Revolução Industria. 
• Surgimento do mercantilismo foi profundamente dependente do 
aparecimento dos Estados modernos. 
 A principal característica do estado moderno é o exército, que 
possibilita o monopólio da violência legitima. Apenas o estado possuía o 
poder das armas. Porém Estado não possuía riqueza, sem riqueza que se 
possa tributar não é possível realizar guerras, pois é necessário financiar 
os exércitos e frotas. O comercio passa a ser base para a riqueza e poder do 
Estado. O Estado para criar tributações precisa estimular a economia 
incentivando o comercio para ter riqueza tributária. 
 Exército, tributações e comércios estão interligados por isso o 
mercantilismo está tão ligado aos estados nacionais. Os estados passam a 
lutar contra as forças de dispersão (Ex. força universal da Igreja e do 
Império Romano – Germânico), lutam contra as particularidades regionais, 
ou seja, províncias e corporações dentro dos estados e contra a depressão 
econômica (sec. XVII); o rei para possuir a soberania precisa lutar contra a 
igreja, a burguesia, a nobreza e outros. Essas políticas econômicas que 
estão surgindo mantem algumas semelhanças com a política feudal, 
entre elas a política de abastecimento (o estado procurava garantir o 
abastecimento da população) e a limitação da concorrência (necessidade 
de permissão real para comercializar dentro do Estado, o comercio é um 
privilégio) 
 
• Características do mercantilismo 
o 1 – Sistema unificador: necessidade de criar uma economia 
nacional homogênea em um território heterogêneo e sob disputas 
com outros estados. O estado passa a assumir funções econômicas 
anteriormente feitas pelas corporações (ex. cunhagem de moeda). O 
estado moderno apresenta formas limitadas de administração pública, 
ainda existem inúmeros entravesa livre circulação. 
o 2 – Sistema de Poder: o poder do estado é o alvo central do 
mercantilismo, a ideia principal do mercantilismo e que essas forças 
econômicas deviam servir os interesses do estado primeiramente e 
depois aos interesses privados. O estado limita a circulação de 
navios (Ex. atos de navegação e regime das tropas) 
o 3 - Sistema protecionista: a política devia evitar o excesso de 
mercadorias dentro do pais. Esse sistema fornece a acumulação do 
capital, a acumulação de riqueza no pais pois há uma diferença entre o 
que é importado e o que é exportado, possibilitando o acumulo. Além 
da questão tarifária, também se utiliza como armas de competição 
internacional o desenvolvimento da marinha, a multiplicação das 
manufaturas e das companhias de comércio. 
 
Thomas Mun (1664): “O meio ordinário de aumentar nossa riqueza e 
nossas espécies é o comércio exterior, para o qual é preciso sempre 
observar esta regra, vender mais aos estrangeiros do que lhes compramos 
para nosso consumo”. 
o 4 – Sistema monetário: a balança comercial favorável cria superávits, 
ou seja, entrada de recursos líquidos. Para aumentar a quantidade de 
ouro de um pais era necessário que se retire a mesma dos países 
vizinhos (Colbert – 1670). 
• Mercantilismo x liberalismo 
o Semelhanças: os dois tem uma visão amoral da econômica, não mais 
vinculada a religião, e as duas correntes estão interessadas na 
questão da riqueza e acumulação do poder econômico, as duas 
correntes tem uma questão principal sobre quais as formas de se 
atingir a prosperidade do pais e se evitar a decadência. 
o Diferenças: No mercantilismo o objetivo e fortalecer o estado e no 
liberalismo o objetivo e fortalecer o indivíduo, o estado no liberalismo 
favorece o acumulo de riqueza individual. 
 
• Aula 4 – Fisiocracia – COUTINHO, Maurício. Lições de economia Cap. 
2: “Fisiocracia: um ramo francês nos primórdios da economia política”. 
p. 49-96 
Os fisiocratas procuram um modelo econômico para superar o atraso Francês, 
o estado estava endividado e o sistema tributário é desigual, cobrava muito dos 
camponeses e tinha um desenvolvimento urbano fraco, o desenvolvimento do 
comércio das manufaturas comparado com a Inglaterra também não era 
suficiente, para eles a agricultura é a base da economia francesa, a taxa de 
urbanização era pequena, a economia Francesa não era completamente 
capitalista. Os fisiocratas pensam o capitalismo como algo restrito a 
agricultura, o papel do estado é respeitar a economia e viabilizar o comercio. 
A economia segue as leis naturais e o governo deve agir de acordo com as leis 
naturais. Com essa ideia de fortalecer o comercio eles defendiam: 
* livre comercio de grãos 
* redução da carga fiscal 
* obras de infraestrutura. 
 
- Antes de 1750 apesar de existir reflexões sobre os problemas econômicos não 
havia caráter sistemático, a economia não era objeto autônomo de reflexão e 
tinha abordagem pouco especifica. 
- Entre 1750 – 1780 homens da ciência passam a se interessar pela economia de 
forma sistemática visando a reprodução material na sociedade mercantil. 
Constitui-se um sistema de pensamento econômico, como um conjunto de 
conceitos de campo delimitado de investigação e com metodologia própria. 
• Raízes da econômica política clássica. 
A sociedade passa a ser pensada onde o fundamento da ordem e circulação de 
moeda, surge a economia política como resposta para as questões da vida 
material e como parte da tradição de direito natural. Surge ideais de harmonia e 
de natureza humana universal. Para o liberalismo o mercado autocontrola os 
preços e é visto (por Coutinho) como a face econômica do Iluminismo, mas ele 
desconsidera as políticas mercantilistas inspiradas no iluminismo. 
• Contexto histórico 
Antes de entender os fisiocratas e necessário entender a histórica da França, no 
final do estado XVII a França tem grande poder político militar enquanto a 
Inglaterra tinha passado por duas revoluções sendo a segunda a revolução 
gloriosa, ela começa a se tornar uma potência econômica isso favorece o 
capitalismo inglês. A França estava sofrendo o peso de uma sociedade 
absolutista, onde o estado gastava muito com a corte e não havia verba para o 
aparato militar, além de guerras. O Estado francês aumenta os gastos militares e 
administrativos criando dividas e desigualando o sistema tributário. O 
crescimento econômico beneficia apenas os grandes proprietários, nobreza e 
assalariados. 
o Economia predominantemente agrícola 
o Administração da terra era capitalista 
 
• O grupo dos fisiocratas 
Eles estavam preocupados em reduzir a diferença de poder entre a Inglaterra e a 
França, querem reformar a sociedade francesa em uma direção mais capitalista e 
ao fazer isso criam modelos de crescimento econômicos diferentes do modelo 
mercantilista, o modelo deles vai depender da agricultura. Eles atuam como um 
grupo unificado com método próprio e formam a primeira escola do pensamento 
econômico, ou seja, um conjunto de pensadores que defendiam princípios 
comuns. Eles aceitam a propriedade da terra como algo natural 
Marx: fisiocratas como os verdadeiros fundadores da economia moderna. 
Eram chamados de économistes na França. 
 
François Quesnay (1694-1774), era médico da corte de Luís XV. Líder dos 
fisiocratas, associava fluxo de mercadorias a circulação sanguínea, mas essa 
metáfora utilizada não é o principal para pensar economia. Para os fisiocratas o 
governo deveria reagir a economia fazendo uso das leis naturais. Quesnay muda 
a forma de relação entre o estado e a economia, para ele ao invés da economia ser 
dominada pelo estado, ela deve ser respeitada pelo estado. Para ele a única 
função do governo era facilitar as vias, e arrumar as pedras nas estradas e 
deixar as correntes se moverem livremente. 
• Contribuições dos fisiocratas 
Eles forneceram como principais contribuições a compreensão da ordem 
econômica como algo natural e racional, os fisiocratas fornecem o primeiro 
modelo de análise econômica e criam uma metodologia especifica para 
entendimento da economia utilizando dados e gráficos; eles criam uma formula 
articulada de pensar a economia criando a ideia de excedente econômico e 
produtividade do trabalho compreendendo o capital e criando uma base para a 
concepção de acumulo de capital. 
• Ideia de política econômica 
Há desavenças entre o antigo regime e o mercantilismo contra as medidas 
liberalistas de política econômica propostas pelos fisiocratas (ambos 
centralizadoras e autoritárias). O governo deve liberar a economia (critica ao 
mercantilismo) e adotar condutas para o melhor desenvolvimento da riqueza, 
essa ideia possui caráter transformador, prescritivo e acelerador do liberalismo 
proposto pelos fisiocratas. 
• Medidas propostas pelos fisiocratas 
Defendiam o livre comercio de cereais, a redução da carga tributária por meio do 
imposto único sobre a propriedade fundiária, a defesa da realização de obras de 
infraestrutura e o viés agrícola das políticas econômicas, poucas propostas para 
manufatura. 
 
Aula 4.2 – Fisiocracia – COUTINHO, Maurício. Lições de economia 
Cap. 2: “Fisiocracia: um ramo francês nos primórdios da economia 
política”. p. 49-96 
• Conceito de excedente e pressupostos. 
Excedente = riqueza produzida acima de subsistência, o que sobrava depois da 
subsistência (valor de troca – custo de procução); (riqueza produzida – riqueza 
consumida) 
Para os fisiocratas só havia excedentes na agricultura, essa e a principal diferença 
entre os fisiocratas e as correntes posteriores. Como só estão considerando a 
agricultura, não é necessário transformar produtos diferentesem riqueza comum. 
Não trabalham com a teoria do valor. 
 Para Rubens os fisiocratas só veem excedentes na agricultura, é o lugar onde há 
produção superior aos gastos. 
• Divisão da economia em três classes 
- Classe Produtiva: encontrada no campo, alugam as terras (arrendatários) 
empresários capitalistas e trabalhadores assalariados no campo. Fazem 
investimentos em capital fixo (instrumentos, melhorias, patrimônios) e material 
variável (sementes e produtos). Não possuem terra, pagam a renda da terra 
para o proprietário mas ganham o excedente de produção. Criam o 
excedente e os investimentos, gastam parte do excedente para comprara 
matérias primas e investir em melhorias do campo e pagam os salários. 
- Classe dos Proprietários: (não produz excedente) recebem renda da terra, vivem 
daquilo que e pago pelos produtores, e estão inclusos a coroa, o rei e funcionários 
públicos e dizimeiros. Pertencem a nobreza ou agentes do estado, não realizam 
trabalho produtivo. 
- Classe Estéril: (não produz excedente) mas são produtores urbanos, vivem fora 
da agricultura, estão inclusos o comercio, manufaturas e cidade. Eles produzem, 
mas não o suficiente para o excedente, apenas subsistência. 
* Conflitos distributivos: 
o Geral: cidade (indústria e comércio) x campo (agricultura) 
o Dentro da agricultura: proprietários de terras x produtores agrícolas 
o No grupo dos produtores agrícolas ou dos produtores urbanos, 
Quesnay não distingue entre capitalistas x trabalhadores gerando 
confusão entre os grupos sociais e econômicos. 
 Os fisiocratas visam um limite para a tributação pois a partir do momento 
onde os recursos são reduzidos o crescimento econômico também se reduz, 
passando a ter uma visão de um estado rico como um estado onde os súditos 
são ricos. Eles defendem a livre importação pois fica mais barato para comprar 
os produtos manufaturados. 
 
• Consequências: 
 - Conforme aumenta os gastos com consumo das classes mais ricas 
(modernizando os padrões de consumo) o investimento e reduzido. 
- Os fisiocratas são uma visão de todo pensamento posterior, tanto os liberais 
quanto os marxistas. 
• Para concluir 
•primeira análise de equilíbrio global do sistema econômico 
•Relações recíprocas e interdependência total entre todos os fenômenos 
econômicos 
• Desenvolvimento através da acumulação de capital. 
• Utilização do excedente para a formação de capital. 
• Desdobramentos posteriores 
• Busca de teoria do valor 
• Análise geral do fenômeno do excedente e explicação da categoria do 
“lucro” 
• Aula 5 – Adam Smith – A sociedade civil entre o Estado e o mercado - 
ROSANVALLON, Pierre. O liberalismo econômico: história da idéia de 
mercado. “A aritmética das paixões e a instituição do social”. p. 21-26 e 
Cap. 2: “A economia como realização da política (o mercado e o contrato) 
”. 
Contexto: A sociedade medieval está centrada em Deus e não no homem, 
não tem visão do indivíduo. Não havia a ideia da consciência própria e 
independente, essa ordem social baseada na religião entra em crise. Essa 
sociedade tem uma representação de como as coisas são realizadas ligadas a 
Deus e isso entra em crise, o indivíduo passa a ser o ponto de partida para 
organizar a sociedade, esse indivíduo agora não é mais controlado pela fé 
(tanto a reforma protestante quanto o catolicismo não controlam mais a 
sociedade) se faz necessário uma nova forma para controlar essa sociedade 
que não está mais ligado a religião. 
 Os filósofos daquela época começaram a estudar como era de fato o ser 
humano (filosófico e racional) da mesma forma começa a preocupação com a 
ideia de analisar o ser humano com base na moral cristã e relações bíblicas 
históricas. Isso influencia o direito e a filosofia política. Esse estudo revela 
que o ser humano é egoísta por natureza (tese principal para Maquiavel e 
Hobbes) não existe mais uma fé para controlar esse egoísmo, a esfera 
religiosa se separa da esfera social. 
 Essa preocupação com a ordenação social gera diferentes respostas dos 
filósofos do sec. XVII e XVIII. 
• Sec. XVII - preocupação central com a passagem do estado de natureza 
para a sociedade civil. (o estado é capaz de organizar o egoísmo do ser 
humano, mas é um processo de longo prazo. O principal defensor é 
Hobbes) 
• Século XVIII: teoria do pacto fundador deixa de ser a questão principal, 
preocupações se voltam para a regulação da sociedade civil e para a busca 
da harmonia social. (Adam Smith diz que o mercado é capaz de regular a 
sociedade sem recorrer ao estado) 
• Diferentes respostas à crise da ordem tradicional: 
o Estado como resposta política (Hobbes, Leviatã, 1651) 
o Mercado como resposta econômica (Smith, Riqueza das nações, 
1776). 
- HOBBES: O Estado como solução 
Ele defende o absolutismo pois achava que o rei era legal, o absolutismo era 
a única forma de organizar a sociedade e tirar o estado da guerra e de um conflito 
generalizado. Faz análise do ser humano e vê que ele é dominado pelo egoísmo e 
este não pode ser controlado pela nação. Para ele a paz não pode ser garantida 
somente pelo desejo de conservação de cada um, depende de um poder superior e 
geral que garanta a paz. Por meio do pacto social, há uma associação e uma 
submissão que permite confiar todo o poder a um único homem ou a uma 
assembleia de homens. O ideal para a organização social é se alcançar um estado 
de paz, para isso as pessoas tem que entrar em acordo e isso só acontece quando 
elas tem medo da morte, o medo da morte faz com que os homens entrem em 
acordo entre si. É necessária uma força que evite as pessoas de usar a 
violência. 
Para construir a paz é necessário um pacto entre os homens e a submissão a 
um único poder que controla a violência. Para ele a assembleia era uma forma de 
estado, ela não impedia o começo da guerra, o rei por ser uma única pessoa 
detentora de poder seria capaz de controlar as tendências destrutivas da ordem 
social. O poder absoluto é a única forma de criar o poder, por isso ele defende o 
absolutismo 
• Críticas a Hobbes 
A partir do final do sec. XVII Hobbes passa a ser criticado, inclusivo John 
Locke (pai do liberalismo político) Locke diz que não adianta fazer um pacto de 
submissão isso não garante a ordem social. O rei não estava submetido a 
nenhum poder, portanto ele poderia fazer uso da violência, não há controle 
para o rei pois ele está acima de todos, Locke defende que é necessária uma 
barreira ao poder absoluto. O liberalismo se baseia nos contra poderes para 
balancear o poder real. Hobbes diz que na Inglaterra o parlamento é o contra 
poder do poder real. No sec. XVIII Montesquieu diz que é necessário dividir 
os poderes em legislativo, executivo e judiciário, dessa forma um controla o 
outro. Locke contribui com o liberalismo também com a ideia de que a função 
do estado não é só a garantia a vida, na visão de Locke a função do estado passa 
a ser garantir a vida e a propriedade privada, outro pilar fundamental do 
liberalismo, a propriedade privada é criada no estado da natureza, o acumulo de 
poder (trabalho) gera diferenças econômicas que devem ser sancionadas pela 
propriedade privada. Cria uma teoria para legitimar o capitalismo moderno e o 
surgimento da propriedade privada. De acordo com Locke o estado ganha 
intervenção econômica, cria-se o conceito de propriedade privada como algo 
que pertence ao indivíduo e pode ser recebido como herança ou levada ao 
mercado. O papel do soberano é garantir a paz e a propriedade privada 
(sociedade civil = estado) 
Rousseau: filosofo iluminista que muda a visão que se tinha sobre estado de 
natureza, ideia do estado de natureza dohomem ser bom, sinônimo de felicidade. 
Quando passa para a sociedade civil o homem passa a ser ruim, perde seu contato 
com a natureza e com a sua essência, o estado de natureza não é um estado de 
guerra, o ser humano em sua origem e bom mas ele é corrompido pela 
civilização. Primeiro critico a modernidade e o primeiro romântico. Na visão do 
Rousseau se o estado de natureza não era tão ruim, não e necessário a transição 
do estado de natureza para o estado de sociedade civil mas sim o aprimoramento 
do estado de natureza para controlar os interesses humanos, e controla-los. Não e 
preciso fazer pacto de submissão e transferir a soberania para o rei. A soberania 
reside no povo e deve continuar no povo. 
 
 
• Adam Smith (1723-1790) 
- O mercado como solução: na visão de Smith o mercado resolve o dilema da 
articulação entre os interesses gerais e os interesses individuais, sintetizando e 
organizando o egoísmo humano. A economia surge como resultado de um 
raciocínio que vê no mercado o papel de vínculo com a ordem social, que não 
é baseado na religião nem no estado. Na interpretação de Smith o mercado 
alcança a paz tanto no plano interno quanto no externo, é possível que as 
pessoas não entrem em guerra em si e nem os países, no plano interno com a 
Filosofo Matriz do pensamento 
Hobbes Absolutismo 
Locke Liberalismo 
Rousseau Democrático e revolucionário 
Smith Liberalismo, livre mercado 
divisão de trabalho e externamente com o comercio internacional, isso permite 
a saída do estado de guerra generalizado. Ele cria uma solução para a questão 
do pacto social, o mercado da a associação entre os homens. Ele faz uso da 
metáfora da “mão invisível” não era exatamente o mercado mexendo na 
economia, mas que ao buscar o individual resulta em ordem social não 
esperada inicialmente, quando atuamos no mercado acontece um fenômeno 
semelhante. Ele consegue conciliar a busca individual pela liberdade com o 
bem comum, ou seja, a ordem social e o bem-estar de todo, a condição 
essencial para o pregresso. 
Interesses sociais ≤---≥ Interesses individuais 
 
 A liberdade moderna e uma consequência de independência econômica. Para 
ele o mercado e uma promessa de liberdade. Se os seres humanos são tão 
egoístas, como e possível manter a sociedade? Como ela não se rompe? O que 
mantem a sociedade e a busca por interesses individuais e esta é canalizada no 
mercado. Os homens se unem por possuírem interesses privados. 
• Originalidade de Smith 
 Ele dá uma resposta ao problema do século XVIII defendendo o liberalismo 
econômico e traz a ideia de que o mercado e um espaço onde se pode alcançar 
a harmonia social, para ele os fundamentos da sociedade estão na econômica do 
mercado. Antes de surgir uma economia de mercado e necessário uma sociedade 
voltada para o mercado. A função do estado e garantir o funcionamento da 
economia do mercado e deixa de ser espaço de articulação dos interesses 
privados. Percebe-se a ideologia fundida no Smith conserva o espaço econômico 
como o único espaço possível de realização do ser humano. Ao fazer isso 
esvazia-se os outros espaços de articulação, criando problemas para o poder 
político. Cria ideologia de defesa de uma sociedade voltada para o mercado, para 
o liberalismo. 
 
o Aula 5.2 – Adam Smith – COUTINHO, Maurício. Lições de 
economia cap. 3 (itens 1, 2, 3 e 5) 
 
• Crítica ao sistema mercantil: 
Smith critica a visão metalista da riqueza, na concepção dos mercantilismos 
a riqueza vinha da acumulação de metais preciosos, quando tem mais metal 
na economia, temos mais ouro em circulação aumentando o poder de 
compra da população, dado esse raciocínio surge a teoria quantitativa da 
moeda. Quando temos mais dinheiro em circulação as pessoas gastam mais. 
A oferta permanece estática e a demanda cresce, teremos uma escassez de 
produto ocasionando na alta dos preços dos produtos, criando assim uma 
diferença entre o nível de preços internos e externos. Existe uma 
modificação do lado monetário enquanto o lado real permanece o 
mesmo, o acumulo de metais preciosos não leva a geração de riqueza, 
só altera o padrão monetário. 
o Críticas internas (ao mercantilismo): Smith critica os monopólios 
pois não garantem o crescimento econômico para todos mas apenas 
para alguns, defende a livre circulação e que a concorrência maximiza 
o crescimento econômico, a moeda é apenas um símbolo da riqueza e 
depende da extração dos metais preciosos, o pais não fica mais rico 
acumulando metais preciosos. 
o Críticas Externas (ao mercantilismo): Ele critica o mercantilismo 
externamente pois as restrições ao comercio internacional impedem o 
aumento dos mercados e da divisão dos trabalhos; aumento da 
produção e das riquezas. 
o Críticas aos Fisiocratas: a principal crítica e a especificidade da 
teoria dos fisiocratas, ele nega que somente a agricultura gera 
riqueza e excedente, para ele você consegue aumentar a 
produtividade nas cidades e no comercio e não somente na 
agricultura como sugeriram os fisiocratas. Smith defende o 
liberalismo e desvincula esse liberalismo em termos mais amplos 
defendendo a liberdade da circulação de capital. 
 
RIQUEZA DAS NAÇÕES 
Nessa obra ele Adam Smith vai investigas de onde vem e a riqueza das nações, 
não só o que se tem internamente, mas o que se obtém de outros países, ele usa a 
ideia de trabalho comandado para adquirir riquezas de outros países. Para ele a 
riqueza da sociedade mercantil e expressa pela capacidade de realizar trabalho, 
não se vive da autossubsistência. O trabalho é a medida mais invariável do valor, 
a que varia menos. Conceitua riqueza como não só o que é produzido no pais, 
mas em todas as mercadorias que possui acesso. 
 
Riqueza: o que se obtém através do trabalho. 
Trabalho comandado: trabalho que se pode obter a partir das trocas. Acesso ao 
trabalho de outras pessoas. 
 
- Trabalho e valor: Smith se preocupa com uma medida geral de valor na 
economia, ele inclui na noção de trabalho o que é feito pelo sujeito e o que ele 
pode adquirir. O trabalho e uma força produtiva da riqueza, ele pode ser trocado 
por trabalho. A única coisa que não muda através o tempo e o trabalho, o 
trabalho sempre vai ser esforço do ser humano. A teoria do valor do trabalho 
realça o caráter cooperativo da sociedade baseada na divisão. 
- Divisão do trabalho: a divisão do trabalho aumenta a produtividade e 
consequentemente a riqueza, Smith avalia a fábrica de alfinetes onde um 
trabalhador realizava todo processo produtivo, com a divisão de trabalho divide-
se essa tarefa por um número maior de trabalhadores e observa a melhora no 
desempenho. Para Smith é importante organizar a sociedade e os interesses e 
encontrar uma forma de direcionar o egoísmo humano (que busca o lucro) para 
algo fixo. 
“Todo homem vive pela troca” A. Smith 
 
Na visão de Smith a sociedade e a economia estão baseadas no trabalho, o 
trabalho direciona a sociedade ao progresso e em como ele se realiza (iluminista 
defensor da razão e do progresso), ele vincula a formação do capitalismo com o 
crescimento das cidades. Isso serve como justificação para incorporar regiões 
atrasadas ao capitalismo e para a modernização do Antigo Regime. Além da 
análise do valor como trabalho ele cria uma outra análise do valor, analise do 
valor de troca. Alguns bens podem tem grande valor de troca e pouca 
utilizada. 
Valor de uso e o que é útil individualmente, mas a riqueza da economia 
depende do valor de troca. Em cada produto e possível decompor em elementos 
de cada nível econômico. Smith cita que os trabalhadores recebem salário e os 
capitalistas recebem o lucroe os proprietários recebem a renda da terra, com isso 
temos a teoria da distribuição de renda para ver quanto cada um deles recebe. 
Preço Natural ≠ Preço de mercado 
O que interessa não é o preço de mercado, este e definido pelas condições de 
oferta e demanda. Se o preço de mercado foi muito diferente do preço natural 
ninguém produz por não ter retribuição necessário. A tendência geral e que o 
perco de mercado se iguale ao preço natural. Quando o sistema não e de 
concorrência perfeita o preço de mercado será muito maior do que o preço 
natural pelo impedimento da concorrência 
• Problema: 
Valor: Trabalho comandado x produto do trabalho x rendimentos do 
trabalho, capital e terra? 
Para críticos, Smith sai da teoria do valor trabalho, pois preços não se 
resumem mais ao trabalho produtivo. 
Assim, o trabalho comandado pelo trabalhador não corresponde ao esforço 
realizado pelo trabalhador. Ou seja, o valor é maior do que o salário ou 
preço natural. 
Crítica de Ricardo: preço do trabalho (salários pagos) x quantidade de 
trabalho necessária para produzir bem  flutuação entre trabalho 
disponível (salário) e trabalho incorporado. Para Ricardo, trabalho 
incorporado era a verdadeira medida de valor. 
 
No final a teoria do Smith chega a alguns problemas, como por exemplo: 
• O que explica a renda da terra e do capital? 
• Os rendimentos da terra e do capital correspondem a um trabalho? 
• Por que o produto do trabalho não pertence integralmente ao trabalhador na 
economia moderna? 
• Todos (trabalhadores, capitalistas e proprietários de terras) seriam 
beneficiados pelo crescimento econômico? 
• Quando esse crescimento econômico poderia chegar ao fim? 
 
Aula 6.1 – DAVID RICARDO - Aula 1 – Sociedade, Economia e HPE – 
Nossa obsoleta mentalidade de mercado (Karl Polanyi) 
 
Economista inglês, exerce a mesma função do pai como corretor de ações e 
fica rico especulando na bolsa de Londres. 
 
 Ricardo completa os fundamentos da economia, baseado nas teses de 
Adam Smith, clássica enquanto Smith da os principais temas do 
liberalismo. 
 Ele coloca duas questões importantes, a primeira delas é se a economia 
deve ser vista como uma ciência e a segunda questão sobre como analisar o 
crescimento econômico. Ricardo marca uma época onde a economia passa 
a ser discutida publicamente, tanto no parlamento quanto na imprensa. 
 Constrói uma economia até hoje usada, como por exemplo a teoria do 
comercio internacional. Ricardo junto com Adam Smith formam a base 
da economia clássica. 
• Contexto histórico. 
- Expansão napoleônica entre 1797 e 1815 
o Bloquei continental (limitando a expansão do mercado) 
o Falta de recursos para o estado inglês (desordem fiscal e financeira) 
o Emissão de papel moeda para suprir déficit do governo (desordens 
monetárias). 
- Crise econômica pós-guerra 
• Questões de Ricardo. 
Ele procura criar uma teoria que aprofunda na economia e aprimora Adam 
Smith. Ele se coloca do lado da burguesia industrial. Ele diz que a economia 
não cresce por dois fatores, um interno e um externo 
Interno: o mercado não cresce, pois, a agricultura não deixa, a agricultura tira 
recursos que iriam para a burguesia consumindo o lucro. 
Externo: o mercado não vai crescer pois não há a abertura dos portos, 
impedindo o livre comercio. 
 Ricardo analisa as ideias de Malthus para sua tese sobre acumulação de 
capital. Apesar de defenderem o liberalismo econômico, Smith é mais histórico 
e institucional do que Ricardo que usa um método dedutivo, a preocupação 
principal de Ricardo é tratar o capitalismo para todas as épocas. A teoria 
econômica tem diferenças históricas. Enquanto Smith tem uma visão filosófica 
Ricardo enxerga a economia como algo logico e sem moralidades. Ricardo abre 
espaço para o estudo da economia como ciência, isso reflete na forma como 
conceitua o objeto de estudo da economia. 
Diferenças Smith x Ricardo 
 
Smith Ricardo 
• Objeto da economia política é a 
investigação sobre a natureza e 
as causas da riqueza das 
nações. 
• Escreve em contexto histórico de 
persistência de formas 
econômicas não capitalistas (ex. 
produtores independentes). 
• Começo da Revolução Industrial 
inglesa, mais otimista. 
• Teoria econômica possui 
preocupação filosófica 
• Certeza sobre identidade natural 
de interesses e harmonia social 
• Acumulação depende de 
determinadas etapas e condições 
históricas de crescimento 
econômico. 
• Fenômenos econômicos são 
descritos de forma mais 
concreta/particularista, histórica 
e indutiva. 
• Ausência de uma teoria da 
distribuição 
• Ausência de unidade conceitual 
(segundo Dobb) 
• Teoria do valor era logicamente 
incompleta 
• Leitura agradável!! 
 
• Objetivo principal da economia 
política é determinar as leis que 
regulam a distribuição do 
produto entre as classes sociais 
(capitalistas, trabalhadores e 
proprietários de terras). 
• Escreve em contexto 
rigorosamente capitalista 
(sociedade dividida em três 
classes). 
• Final da Revolução Industrial 
inglesa, mais pessimista. 
• Teoria econômica não possui 
preocupação filosófica e moral. 
• Incerteza e pessimismo sobre a 
questão da harmonia de 
interesses individuais 
• Acumulação depende do 
movimento a-histórico da taxa de 
lucro. Sistema econômico é 
subordinado aos movimentos do 
capital. Taxa de lucros determina 
o movimento e o destino 
histórico do processo capitalista. 
• Fenômenos econômicos são 
descritos de forma abstrata, 
científica e dedutiva. 
• Teoria integrada do valor, do 
lucro e da renda 
• Unidade conceitual (sistemas, 
leis) e uso de hipóteses gerais 
• Precisão e abstração matemática 
• Leitura difícil!! 
 
 
 Ricardo abre espaço para enxergar a economia como em um ambiente de 
concorrência perfeita. 
 
Aula 6.2 – DAVID RICARDO - Aula 2 – TEORIA DO VALOR – 
COUTINHO, Maurício. Lições de economia política clássica. 
Cap. 5: “Ricardo: um sistema dedutivo completo de Economia 
Política”. p. 179-215. 
RICARDO, David. Princípios de economia política e tributação. 
Cap. 1: “Sobre o valor”. Seção 1, p. 43-47. 
 
• Objetivo da economia política: Ricardo traz para a economia o estudo da 
distribuição de renda, o objetivo de Ricardo é criar uma ciência que regula 
a distribuição de renda, ele analisa o aspecto contraditório entre taxa de 
juros e renda da terra. Para ele nenhum autor antes dele teria analisando 
essa distribuição de rendimentos de forma satisfatória. 
• Objetivo da teoria de valor: Ele conceitua a economia política com o 
estudo da distribuição de renda, de antemão para RICARDO as condições 
são separadas da distribuição de renda (o que difere de Adam Smith) a 
forma que a riqueza se distribui não e a mesma forma que ela se produz e 
uma não afeta a outra. 
ADAM SMITH RICARDO 
Cria duas teorias de valor, uma para 
analisar o trabalho comandado 
(capacidade de adquirir novas 
mercadorias) adam Smith vincula a 
produção de valor com o consumo, 
Para ele por meio da análise de 
Smith nunca chegaria em uma 
determinação precisa da relação 
entre salários, lucros e renda. Ele 
abandona essa teoria pois a produção 
elas estavam unidas. Smith 
desenvolve uma outra teoria do 
valor chamada “TEORIA DO 
SOMATÓRIO DOS 
RENDIMENTOS”, que diz que em 
uma mercadoria podemos separar o 
preço natural do lucro, do salário e 
da renda da terra, decompondo o 
valor da mercadoria em três partes, 
mas não diz. exatamente como é 
feita essa divisão. As suas duas 
teorias se chocavam e com base 
nessa incoerência Ricardo constrói 
sua teoria.A nica solução para conciliar as duas 
teorias de Smith é periodizando as 
teorias apenas antes do capitalismo. 
Trabalho comandado 
 
• Valor depende do trabalho 
comandado 
• Valor depende da distribuição 
do produto 
• Inter-relação valor x 
distribuição 
• Variações nos salários, lucros e 
renda da terra afetam o valor 
de troca 
• Leis distintas do valor de troca 
conforme o tipo de sociedade 
(primitiva ou mercantil). 
• Acumulação de capital e 
propriedade fundiária afetam 
lei do valor. 
 
do valor não pode ser vinculada ao 
consumo realizado pelos 
trabalhadores. Não existe igualdade 
entre valor e salário. 
Ricardo propõe uma teoria onde a 
produção de mercadorias está 
baseada na quantidade de 
trabalho necessário para produzir 
(não em quanto de rendimento vai 
obter pelo trabalho) sua teoria não 
depende das trocas e sim da 
produção. Ricardo volta a análise 
do valor para a produção isso 
contribui, pois, para estudar a 
natureza do capitalismo e necessário 
entender o que se passa na produção. 
 
Trabalho contido ou incorporado 
 
• Valor depende do trabalho 
dispendido na produção das 
mercadorias 
• Valor depende do trabalho 
contido (mesmo com a 
existência dos lucros e salários) 
• Independência entre valor e 
distribuição 
• Variações nos salários, lucros e 
renda da terra não afetam o 
valor de troca. 
• Uma única lei de valor, 
independente da sociedade. 
Acumulação de capital e propriedade 
fundiária não afetam o 
funcionamento da lei de valor 
 
- Smith: na sociedade mercantil (capitalista), as mercadorias não são trocadas 
segundo a quantidade de trabalho contido nas mercadorias, pois trabalho 
comandado > trabalho contido. 
- Ricardo: na sociedade mercantil (capitalista), as mercadorias são trocadas 
segundo o trabalho contido, mas apenas parte do produto retorna aos 
trabalhadores sob a forma de salários. O restante é transformado em lucro ou 
renda da terra 
 
• Teoria do valor por eliminação: consiste em remover tudo que considera 
secundário antes de produzir sua teoria 
- Valor de uso não contribui para a teoria do valor Ex: ouro – água 
- Valor de troca depende de: escassez (oferta inelástica) – PARTE 
ESPECIFICA DE ALGUMAS MERCADORIAS – Ex. obras de arte 
O valor das mercadorias é determinado pela quantidade de trabalho 
necessária para produzi-la, isso compõe a maior parte das mercadorias no 
universo capitalista, se aumentamos a quantidade de trabalho 
aumentaremos o valor dessas mercadorias. Esse conjunto de mercadorias 
estão relacionadas a economia em concorrência perfeita, ou seja, sem poder 
de mercado. O trabalho empregado na produção é invariável. 
• Aumento do trabalho contido  Aumento do valor de troca 
• Redução do trabalho contido  Redução do valor de troca 
Ricardo separa o trabalho incorporado, ou contido, como medida invariável 
do valor e defende que o trabalho comandado não é uma medida invariável, 
ele se altera ao longo das épocas, não e possível criar uma teoria bem 
fundamentada em cima de algo que varia ao longo do tempo, o mesmo 
acontece com a moeda. 
Ideia de teoria: para criar a teoria do valor tem que ser tirado tudo o que se 
altera (moeda e preço do trabalho – afetado pelo mercado-), é necessário 
encontrar algo invariável. Ele busca criar uma teoria relacionada a 
distribuição de renda. 
• Causas na alteração do valor: 
1- Quantidade de trabalho aplicado na produção 
2- Proporções diferentes do capital fixo, dependendo do setor será usado 
mais ou menos capital e trabalho. Ex: agricultura (Trabalho > Capital) e 
Industria (Capital > Trabalho) 
• “Efeito curioso”: quando há diferentes proporções de capital e de trabalho, 
isso faz com o que a teoria do valor seja diferente de acordo com as 
proporções de capital fixo e de capital variável, Ricardo percebe que ao 
aumentar a taxa de lucro e a renda da terra for constante é necessário 
reduzir salários, economicamente nos setores onde o capital fixo é muito e 
o variável é pouco, as mercadorias vão aumentar de valor e nos setores 
onde temos pouco capital fixo e muito variável as mercadorias vão reduzir 
de valor. Para solucionar é necessário a produção de uma mercadoria que 
serve de referência para todas as outras. 
o Se duas mercadorias mudam de valor relativo, qual das duas 
efetivamente teve seu valor alterado? 
o Necessidade de uma terceira mercadoria para saber se a variação das 
duas outras mercadorias. 
o Medida invariável permite referir as alterações do valor relativo entre 
duas mercadorias a uma única causa (o trabalho dispendido). 
• Restrições à teoria do valor de Ricardo. 
o Para que variação do valor relativo das mercadorias seja igual ao 
trabalho dispendido exige condições de produção iguais entre 
diferentes mercadorias. 
o Se condições de produção variam, então não há medida invariável de 
valor. 
o Teoria Ricardiana do valor só é válida para proporções iguais de 
capital fixo/capital variável e para capitais com durabilidade idêntica. 
o Crítica de Malthus: análise de Ricardo abarca número limitado de 
mercadorias, logo teoria do valor como trabalho contido é uma teoria 
parcial e não geral. 
 
Capital fixo: não se altera em curto prazo (estrutura e tecnologia) 
Capital variável: se altera facilmente (mão de obra) 
• Aula 6.3 – DAVID RICARDO - Aula 3 – Acumulação 
COUTINHO, Maurício. Lições de economia política clássica. 
Cap. 5: “Ricardo: um sistema dedutivo completo de Economia Política”. 
 
 De um ponto de vista especifico o debate da renda da terra de Ricardo está 
relacionado a lei dos cereais, a legislação protecionista de importação de grãos 
na Inglaterra e a discussão sobre as relações entre agricultura e indústria, renda 
da terra e lucros se opondo à forma econômica e política entre proprietários de 
terras e capitalistas. 
• Teoria da renda diferencial da terra 
Teoria de Malthus: 
o Crescimento populacional >> oferta de alimentos  crise de 
crescimento 
 
 
Questão de Ricardo: quais são os efeitos dessa situação sobre a indústria e a 
taxa de lucros? Há uma maior demanda por alimentos o que gera necessidade de 
ocupar novas terras o que gera uma renda fundiária (renda da terra) que vai 
produzir os lucros, ao reduzir a taxa de lucro da agricultura, reduz a taxa de lucro 
geral da economia, Ricardo generaliza o processo para toda a economia. 
• renda fundiária [determina]  tx lucro da agricultura  tx lucro 
geral  distribuição de rendimentos 
 
OBS: O lucro é o resultado da dinâmica entre a renda da terra, o que movimenta 
o sistema econômico é a renda da terra. 
 
• Fase inicial: 
o Demanda por alimentos é suprida pelo cultivo das terras de maior 
fertilidade e melhor localização 
o Terras praticamente ilimitadas 
o Inexistência de renda da terra 
o Lucro é todo do capitalista 
 Nessa etapa não existe renda da terra e todo lucro gerado por essa economia vai 
para a mão dos capitalistas, Ricardo está pensando em um sistema onde há uma 
separação entre o proprietário de terra (recebe a renda da terra), que nesse 
momento inicial não recebem a renda da terra, e o agricultor que aluga a terra e 
investem na agricultura (recebem o lucro) 
 
• Fase posterior 
o Cultivo das terras menos férteis e mais longínquas 
o Exige maior quantidade de capital para a mesma produção agrícola 
o Redução da taxa de lucro 
o Tx lucro inicial – Tx lucro atual = origem da renda da terra 
o Cultivo da terra na 2ª fase origina renda diferencial sobre a terra na 1ª 
fase (ocupação inicial) 
o Ocupação de terras menos férteis  ↓ progressiva da tx lucro e ↑ 
renda da terraComo as terras são menos férteis é necessários mais investimentos, isso faz com 
que a taxa de lucro obtida seja menor, por se investe mais. Para Ricardo é criado 
um sistema de diferentes taxas de lucros (terras mais férteis > lucro e terras 
menos férteis < lucro) , na primeira fase todo lucro é absorvido pelo produtor, 
enquanto na segunda fase uma parte de lucro vai para o proprietário de terra (a 
renda da terra) 
Resumo: no início tem-se um impulso dado pelos alimentos que leva a ocupação 
de terras mais férteis, quando acabam as terras férteis passam a ocupar as terras 
menos férteis, com isso temos a diminuição de rendimentos físicos, com a 
diminuição da taxa de lucro na agricultura temos a diminuição geral da taxa de 
lucro econômica, e aumentando a renda da terra. 
• ↑ Demanda alimentos  ↓ Terras férteis e próximas  ↑ Ocupação lotes 
menos férteis  ↓ Rendimentos físicos  
•  ↓ Tx lucro na agricultura  ↓ Tx geral de lucros 
•  ↑ Renda da terra 
 
• Consequências: Ricardo mostra como a renda da terra e os lucros são 
completamente opostos (antagônicos) no modelo de desenvolvimento 
econômico, conforme se aumenta a renda da terra os lucros são reduzidos 
na economia, a ideia de renda da terra é aplicada como sendo uma 
aplicação surgida entre as diferenças entre a produtividade, e possível 
generalizar o modelo e citar que os lucros seriam regulados pela 
produtividade da pior máquina. 
Detalhe: Ricardo sempre parte do mais especifico para o mais geral, isso 
acontece também com a taxa de lucro, para ele pelo processo de concorrência, 
para que realize todos os investimentos é necessária uma rentabilidade mínima 
no setor menos produtivo. 
 
• Tx lucro pior terra  tx lucro agricultura  tx lucro geral 
• Solução para redução de taxas de lucro: 
o Defesa do livre-comércio (importação e exportação) de cereais 
o Redução dos salários e aumento da produtividade não são 
considerados por Ricardo. 
o Ricardo é contra a Lei dos Cereais e a favor do livre comercio, 
pois assim estaria em um modelo para mudar a produtividade 
agrícola. Além disso temos 3 condições (renda da terra, lucro e 
salários) com a redução dos salários as taxas de lucros voltar a 
crescer, mas a redução passa a ser inviável pois esses salários são 
apenas para subsistências. 
• Salários: 
o Salários permanecem no nível de subsistência 
o Variam em função das oportunidades de emprego e da oferta 
populacional 
o Ajuste final depende do nível de subsistência 
o Se preço dos alimentos aumenta  exige aumento dos salários  
reduz proporção dos lucros 
o Mais uma vez determinação fica a cargo das condições agrícolas 
 
Para o Ricardo a renda da terra é o motor principal, na sua visão se a população 
crescesse muito e o salário não acompanha as pessoas vão morrer e isso reduz a 
oferta de mão de obra, por outro lado se o salário cresce mais do que a população 
a população vai aumentar e isso reduz o salário. Na interpretação de Ricardo o 
salário fica uma constante, o que varia é a renda da terra e o lucro. 
Para Marx os três estão variando mesmo a renda da terra variando menos. 
 
• Legado de Ricardo 
 
Cria uma análise de longo prazo o que é muito importante, mas ao mesmo tempo 
ele deixa de lado as flutuações de curto prazo que também afetam a economia. 
Ricardo cria para a economia esse modelo abstrato e dedutivo, criando uma nova 
forma de pensar na economia, a economia vira uma lógica. Ricardo ao fazer a 
análise da renda da terra dá início ao que chamamos de analise marginalista, 
pensando em acréscimos adicionais (a margem), ele está na origem do 
desenvolvimento posterior de Marx e da teoria da classe. Ele cria a teoria dos 
rendimentos decrescentes, e traz a questão da análise da concorrência como 
ponto central de estudo na economia, ele aplica a questão da concorrência para 
diferenciar os preços de mercado dos preços normais, e os seus respectivos 
lucros. Smith enfatiza a importância da concorrência, mas como analise Ricardo 
mostra de forma mais clara. 
 
PROVA 2: AULA 7 ATÉ AULA 10. 
• Aula 7.1 – KARL MARX - Aula 1 
DOBB, Maurice. Teorias do valor e distribuição desde Adam Smith. 
MARX, Karl. O Capital: crítica da economia política. 
Marx vive em um sistema político novo onde objetiva-se a igualdade (1818 – 1883) vive em época de 
revolução burguesa, onde há a divisão dos grupos (trabalhadores e burguesia) fim do antigo regime e em 
pensamento influenciado por vários ideais. Coloca em questão a liberdade e a igualdade e se seria possível a 
existência de liberdade e igualdade em sistemas capitalistas, procura desmontar a ilusão da burguesia. 
• 1ª fase: formação inicial. 
 Período onde ele está na Alemanha e está completamente absorvido pelo pensamento alemão, Marx 
começa seus estudos sobre o direito, mas estuda filosofia e história para complementar seus estudos, faz a 
crítica a filosofia dos direitos do rei. De forma geral a ideia de Hegel (mais avançado em economia política) 
é que a sociedade se evolui em direção a uma sociedade mais racionalizada. 
 Marx se aproxima da economia pois enxerga a economia como núcleo da sociedade civil, para 
entender a sociedade civil é necessário entender a sociedade econômica. Essa primeira fase está muito 
carregada com filosofia e é inicialmente deixada de lado no estudo do autor. 
• 2ª fase: preparação para a escrita d’O Capital 
 Marx é expulso de vários países pois é extremamente radical, primeiramente vai para França, vai 
para Bélgica e para Londres, em 1848 acontecem revoluções por volta de toda Europa, nessa época Marx e 
Engels escrevem o Manifesto Comunista. Observa as transformações na economia de Londres e tem boa 
parte de sua obra sobre o capital financeiro e mantem contato com essa realidade que não tinha na 
Alemanha. Marx estuda história e economia e passa a possuir um amplo conhecimento econômico. 
Teorias sobre a mais valia: conjunto de escritos de Marx, 
• 3 fase: 
1867 – 1 volume: O Capital (Marx Vivo) 
1885 – 2 volume: 
1894 – 3 Volume: organizado por Engels. 
Objetivos: critica a liberdade e igualdade no capitalismo, até onde a liberdade afeta a igualdade e onde a 
igualdade limita a liberdade, por meio de análise histórica, o objetivo principal de sua obra “ O capital” e 
mostrar as tendências centrais da economia capitalista e verificar as contradições e conflitos existentes no 
capitalismo. Para Schumpeter, Marx é o último dos economistas clássicos e o fundador da nova economia 
política. Marx estuda a economia e procura saber os limites dessa forma economia, faz isso por meio da 
inserção da economia política clássica na economia política nova, critica a ideia de Ricardo de se criar uma 
economia para todas as épocas pois isso só é valido na economia capitalista moderna. 
 
* critica da igualdade e da liberdade no capitalismo 
* mostra a especificidade histórica do modo de produção capitalista (MPK) e apontar as tendências do 
funcionamento desse modo de produção. 
* Refundar criticamente a economia política. 
• Sentido mais comum: crítica ao pensamento econômico burguês 
• Sentido mais específico: apontar os limites desse pensamento, propondo uma linguagem 
ciente da especificidade e historicidade do MPK (ex.: crítica da Razão Pura de Kant). 
 
 
Apropriação crítica: Marx se apropria do pensamento criado pela burguesia que é simultaneamente 
revolucionário (em método) e conservadores (em sua visão de mundo). 
• Economia política inglesa (Ricardo) 
• Método dialético hegeliano. 
o Transição das instituições humanas frente as contradições, para Hegel a transformação da 
sociedade está sempre ocorrendo para ele nada é definitivo. 
Sobre esse método Marx define asociedade como transitória e a economia está sempre em transformação e 
critica a teoria de Ricardo apenas como uma parte histórica da economia. Para Marx o que move a história 
são os interesses materiais, Marx e Hegel criticam o idealismo. 
Dialética Materialista: 
• Recusa do Idealismo: realidade material como base para análise (por oposição ao Espírito e a Ideia 
de Hegel). Realidade concreta não é a realização do Espírito, do pensamento (Hegel), mas a 
consciência é a percepção do mundo concreto (Marx/Engels). 
Não é a consciência que determina o ser, mas o contrário, o ser determina a consciência. 
• Recusa ao materialismo restrito: homens são produtos de circunstancias, mas é possível modificar 
através da consciência, para Marx ao apoiar as práticas revolucionarias ele acredita que é necessário 
interpretar e pensar para mudar o mundo. 
• Recusa a postura contemplativa da filosofia: busca do mundo concreto e prática para alcançar a 
verdade objetiva das coisas 
• Recusa da ideia naturalizada de indivíduo humano: o indivíduo isolado e atemporal não existe, 
mas apenas o conjunto de relações sociais e históricas. Indivíduo isolado é uma invenção moderna 
 
O trabalho de Marx é situar historicamente o que a economia clássica liberal acredita ser eterna. 
Desnaturalizando as categorias de análise econômica. 
 
Conceito de modo de produção: 
Na opinião de Marx a ideia de modo de produção permite articular a economia com as outras esferas de 
existências e a economia e o núcleo central dos modos de produção. A ideia de modo de produção articula as 
conexões econômicas com a relações de superestrutura, relações políticas culturais e ideológicas. Na visão 
de Marx essa ideia de modo de produção depende do técnico e das relações essenciais entre capital e 
trabalho. 
Método dialético no Capital (Kosik): O capital não é uma obra meramente econômica pois para Marx a 
economia está entrelaçada com a sociologia, história e a filosofia. Na totalidade “O Capital” não deseja 
conhecer todos os aspectos da realidade e nem oferecer um quadro total da realidade em seus aspectos, Marx 
retira os elementos idealistas da ideia de totalidade e transforma em uma dialética materialista, pois está 
preocupado unicamente com a realidade. A teoria materialista o “todo social é formado pela estrutura 
economia, e é ela que cria as conexões da vida social. “ 
O Capital é descrição da economia moderna, mas também representa a totalidade que ordena todos os 
fatores econômicos, sociais, políticos, jurídicos e culturais do modo de produção capitalista. No mundo 
moderno, economia é o núcleo estruturante da realidade humana 
Marx parte do abstrato para o concreto não deve ser o ponto de partida, mas o resultado das 
determinações abstratas. 
 
• Aula 7.2 – KARL MARX - Aula 2 
DOBB, Maurice. Teorias do valor e distribuição desde Adam Smith. 
• Ricardo na visão de Marx. 
o Contribui para uma abordagem científica da análise econômica. 
o Consegue elaborar uma visão teórica uniforme e completa dos fundamentos gerais do 
sistema capitalista. 
o Descobre as contradições econômicas entre as classes, expondo as origens dos conflitos 
em sua análise. 
Para Marx, Ricardo e os outros economistas clássicos consideram o modo de produção capitalista (MPK) 
como algo eterno e natural, não aprofunda a questão da especificidade do capitalismo. 
Logo, tarefa da crítica da economia política é delimitar a especificidade histórico do MPK. 
 
1. Mercadoria como ponto de partida 
 
• Antes do MPK (economia antiga, feudalismo, escravismo) 
• Apropriação do excedente é realizada de forma coercitiva e/ou via mecanismos que não são 
de mercado. 
• Uso de formas políticas, jurídicas, legais e/ou militares de extração do excedente. 
• MPK 
• Liberdade: apropriação do excedente é realizada de forma livre (sem coerção). 
• Igualdade: trocas entre equivalentes, ou seja, trocas são realizadas por seus valores naturais. 
Economia vulgar transforma toda economia de troca em economia capitalista, marxismo deve 
apontar a especificidade do MPK. 
Quais são os pressupostos para a criação do MPK? 
• Difusão da economia mercantil 
• Difusão de uma economia monetária 
Predomínio do trabalho assalariado: venda livre da força de trabalho. Era o aspecto principal para 
Marx. 
• MPK depende inicialmente de uma economia voltada exclusivamente para a produção de valor de 
troca, ou seja, de uma economia mercantil. 
• Mercadoria como forma concreta do produto do trabalho, concreto econômico mais simples, forma 
celular das relações fundamentais do MPK (Kosik). 
É o ponto de partida abstrato para o conhecimento da totalidade desenvolvida do MPK (Kosik) 
Mercadoria como forma concreta do produto do trabalho, concreto econômico mais simples, forma celular 
das relações fundamentais do MPK (Kosik). É o ponto de partida abstrato para o conhecimento da totalidade 
desenvolvida do MPK (Kosik). 
 
2. Economia monetária 
 
• Moeda como facilitador das trocas, meio de pagamento, padrão de valor e forma equivalente geral. 
• Moeda permite completar o circuito de intercâmbio das mercadorias: M – D – M. 
• Assim como Ricardo, Marx vê a moeda metálica como uma mercadoria qualquer que pode ser 
relacionada ao valor gerado na produção dos metais preciosos. 
3. Trabalho assalariado 
 
• Economia mercantil e monetária não é suficiente para caracterizar o MPK. Não há, por ex., MPK na 
antiguidade ou na Idade Média pois as relações de trabalho não são de trabalho livre. 
• Para existir trabalho assalariado, deve haver: 
• Força de trabalho despojada de terras e de outros meios de produção (processo do 
cercamentos na Inglaterra). 
• Subsistência do proletariado depende da venda da força de trabalho em troca de um salário. 
• Relações contratuais de trabalho são livres. 
• Força de trabalho deve ser uma mercadoria vendida em um mercado segundo as leis de concorrência. 
 
Distinções de Marx. 
• 1ª Distinção 
• Atividade de produção: contribui para a produção do excedente 
• Atividade de apropriação (ou exploração): não contribui para a atividade produtiva e não 
participa do processo produtivo em si. 
• Obs.: lembra distinção de Ricardo entre produção e distribuição. 
• 2ª Distinção 
• Esfera de produção: onde o trabalho produz as mercadorias. (Mais valia) 
• Esfera de circulação: onde as trocas são realizadas. (Não produz mais valia) 
• Assim como Ricardo separa produção e distribuição, Marx separa produção e circulação em 
sua análise. 
• 3ª Distinção 
• Trabalho: 
• Produz o produto total 
• Gera o tempo de trabalho total gasto na produção. 
• Força de trabalho 
• Definição de Marx: “agregado das capacidades físicas e mentais de um ser humano, 
que este põe em ação sempre que produz um valor de uso de qualquer espécie” (Marx 
apud Dobb, Teorias, p. 192). 
• Produz o produto total, mas é pago parcialmente. 
• Exige o tempo de trabalho necessário para pagar a força de trabalho. 
• MPK depende da existência de dois circuitos 
• Na esfera de circulação: ...M-D-M-D... 
• Representa a economia monetária e mercantil de forma geral 
• Apenas gera a troca de mercadorias por dinheiro 
• No capitalismo puro (concorrencial), não há ganhos nessa esfera 
• Na esfera da produção: D-M-D’ 
• Representa a especificidade do MPK 
• Ganho da mais-valia é realizado na esfera da produção 
 
 
Mais valia: O trabalhador produz valores maior do que o seu salário, esse excedente vai pra mão do 
capitalista. ( D’ = D + $D) onde o D é o custo com meios de produção e força de trabalho e $D é a mais 
valia, quanto mais o capitalista investe maior é a sua mais valia. De acordo com Marx é a mais valia que 
produz o desenvolvimentodo modo de produção capitalista. Para Marx o valor é produzido pelo 
trabalhador. 
 
• Crítica da igualdade e liberdade 
o O que é aparência e o que é a essência no capitalismo? Crítica para ser radical precisa ir 
na essência das coisas e das relações sociais. 
o Esfera de troca/circulação: 
▪ Igualdade entre capital e trabalho 
▪ Liberdade absoluta para vender força de trabalho. 
▪ Relação contratual justa. 
▪ Superfície/aparência das relações econômicas. 
o Esfera da produção: 
▪ Desigualdade entre capital e trabalho. 
▪ Exploração e obtenção da mais-valia. 
▪ Essência das relações econômicas. 
▪ Sociedade e economia burguesas oferecem apenas uma aparência de liberdade e 
igualdade, ocultando a desigualdade e o autoritarismo das relações sociais sob o 
modo de produção capitalista. 
Evolução da taxa de mais-valia depende da relação entre o produto gerado pela força de trabalho 
total x força de trabalho necessária para a produção de subsistência da própria força de trabalho. 
Taxa de mais-valia é resultado de determinadas condições históricas e institucionais, expressando a 
estrutura de repartição dos rendimentos. Logo, salário de subsistência não é determinado em um sentido 
físico, mas histórico e social. 
 
Elevação da taxa de mais-valia 
 
o Aumento da mais-valia absoluta: elevação do tempo de trabalho excedente com relação ao 
tempo de trabalho necessário para o pagamento da força de trabalho. Importante no século 
XIX. Aumento da jornada de trabalho, para o trabalhador produzir uma mais valia maior 
 
 
 
o Aumento da mais-valia relativa: redução do tempo de trabalho total pela elevação da 
produtividade no setor de produção dos bens de subsistência (= reduz tempo de trabalho 
necessário para o pagamento da força de trabalho). Intensificação do trabalho: impor metas de 
trabalho para o trabalhados cobrir o seu salário em um menor período de tempo produzindo 
uma maior mais valia. Ex:. Cumprimento de metas. 
 
 
 
 
• Aula 7.3 – KARL MARX - Aula 3 
DOBB, Maurice. Teorias do valor e distribuição desde Adam Smith. 
MARX, Karl. O Capital: crítica da economia política. São Paulo: Ed. 
Nova Cultural, 1996. 
 
 
• Marx se preocupa em explicar o que leva o capitalismo a crescer, o capitalismo não e feito para ser 
um sistema continuo, mas para buscar cada vez mais acumulação de riqueza (transformação da mais 
valia em capital), quando se cria esse sistema a moeda deixa de servir como meio de troca e se torna 
meio de valorização do capital e meio de gerar mais riqueza, nessa visão e errado guarda dinheiro e 
não investir (tio Patinhas anti-capitalista por não cria a mais valia apenas tem riqueza acumulada) 
para Marx esse processo de crescimento contínuo da mais valia e da acumulação de capital gera duas 
tendências 
• Concentração de capital: relação capital – trabalho 
o Decorrente da busca da mais valia relativa temos o aumento da produtividade, esse processo 
cria uma concentração crescente dos meios de produção nas mãos do capitalista aumentando 
a capacidade de explorar os trabalhadores. 
o Resultado: a acumulação e impulsionada pela competição entre os próprios capitalistas, 
mudanças na composição técnica do capital, ou seja, uma porção da economia cada vez mais 
voltada ao capital fixo e aumenta também a proporção do capital empregado nas maquinas 
em relação ao empregado nos salários. Conforme o capitalismo aumenta seu poder sobre o 
trabalhador, cria-se as bases de destruição do capitalismo pois a economia cada vez depende 
menos do trabalho vivo, o trabalho da máquina não cria valor na visão de Marx. A máquina 
para Marx ajuda a criar a mais valia relativa, mas quem cria a mais valia é o trabalhador. 
 
o Consequência: maior poder do capital sobre o trabalho: ``concentração crescente dos meios 
de produção e do comando sobre o trabalho``. 
 
 
 
• Centralização do capital: relação entre os capitalistas 
 
Centralização do capital 
São as relações entre os capitalistas, essas disputas passam pelo aumento da produtividade e 
pelas questões tecnológicas para aumentar sua mais valia e eliminar as concorrências, para 
investir em tecnologia e necessário ter mais capital, isso cria uma diferenciação entre os 
capitalistas. Cria-se um processo de centralização do capital favorecendo as grandes empresas 
pois elas conseguem realizar esses grandes investimentos. Marx diz que esse sistema favorece as 
bases da civilização e fortalece as relações capitalistas. A contradição do capitalismo consiste no 
processo de concorrência e o seu oposto: o monopólio. 
 
LIMITES A ACUMULAÇÃO DE CAPITAL: 
1.Contraria Ricardo e Maltos, para ele o problema do capitalismo não tem origem na população, o 
crescimento do capitalismo gera massa de pessoas desempregadas pois a troca do homem pela 
máquina. 
2. Lei da queda tendencial da taxa de lucro: para Marx conforme aumenta o capital constante ele será 
maior do que o capital variável, essa redução da taxa de lucro na mais valia pode-se evitar por algumas 
medidas: reduzir valor das mercadorias que compõe o salário; diminuir o custo das maquinas 
 3. Miséria crescente da classe operária: Os trabalhadores ficam cada vez mais pobres, a massa de 
desempregados sujeita os trabalhadores a degradação social e a insegurança. Fase inicial da industrialização. 
Nessa visão tem se um empobrecimento e desemprego crescente. 
 
 
 
 
• Aula 8.1 – Neoclássicos - Aula 1 
DEANE, Phyllis. A evolução das ideias econômicas. Rio de Janeiro: Zahar, 
1980. 
 
• Contexto: 
o Década de 1850/60: consenso no pensamento econômico britânico, predomínio das ideias de 
Smith e Ricardo, defesa do comércio internacional e orientação do livre mercado. 
o Na economia política clássica temos algumas rachaduras 
▪ Teoria do valor baseada no valor de uso, Nassau Senior começa a trabalhar a noção de 
utilidade 
▪ Uso da explicação matemática (Jevons 1862) 
▪ Começa a utilização da matemática para tentar explicar o comportamento econômico 
de maximização da satisfação, tentar calcular a subjetividade do homem. 
o Surge paralelamente e de forma independente em diversos países os paradigmas da teoria 
econômica 
o Propõe uma nova forma de encarar a economia, a escola neoclássica é uma outra abordagem 
que mantem de continuidade do pensamento clássico o ideal liberal, mas a escola neoclássica 
lida com isso de uma outra forma. 
o Com essa transformação passa a ter outros objetos na economia e coisas que antes era 
considerada importantes são deixadas de lado, o neoliberalismo busca o liberalismo 
econômico. 
• PRINCIPAIS TEÓRICOS 
o Inglaterra: Stanley Jevons (1871): teoria da matemática na econômica, desenvolve a 
análise da utilidade marginal no sistema ricardiano. Ele traz para economia a ideia de que é 
possível mensurar aspectos psicológicos e subjetivos. 
o Áustria: Karl Menger (1871) : cria uma nova teoria do valor que não está mais baseada na 
teoria do valor do trabalho mas em uma ideia subjetiva, valor é o que se considera útil, ao 
realizar essa atividade de avaliação cada um considera a utilidade de uma forma diferente. 
“Teoria subjetiva do valor dependente da utilidade marginal para a determinação da 
troca de bens. ” 
o Suíça – Léon Walras (1874): análise da utilidade marginal em termos matemáticos. 
• ECONOMIA PURA E ABSTRATA. 
o Economia como ciência e não como política, inspirados na física de Newton e o termo 
economia política é substituído pelo termo Economics, os neoclássicos tinham o ideal de que 
a economia poderia ser neutra e sem juízo de valor, era apenas instrumental e com valor para 
desenvolvimento técnico da economia. 
o Se torna uma faculdade importante nos países

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