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Resumo do Livro LIBRAS, QUE LÍNGUA É ESSA Adriele Ribeiro

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UNIVERSIDADE FEDERAL DO SUL E SUDESTE DO PARÁ- Unifesspa
INSTITUTO DE CIÊNCIAS EXATAS- ICE
FACULDADE DE FÍSICA- FAFIS
ADRIELE DA SILVA RIBEIRO
Matrícula: 201441050001
RESUMO DO LIVRO: LIBRAS? QUE LÍNGUA É ESSA?: crenças e preconceitos em torno da língua de sinais e da realidade surda.
MARABÁ- PA
Janeiro de 2018
GESSER, Audrei. Libras? Que língua é essa?: Crenças e preconceitos em torno da língua de sinais e da realidade surda. 1ª ed., Parábola Editorial, São Paulo, 2009. (Série: Estratégias de ensino; 14)
O livro se propõe a debater sobre crenças e preconceitos que envolve a língua de sinais e a comunidade surda. Este é dividido em três capítulos, no primeiro a autora aborda o tema da língua de sinais, no segundo o surdo e no terceiro a surdez. Cada capítulo possui perguntas sobre o tema o qual a autora responde de forma didática utilizando de argumentos, exemplos e embasando o conteúdo com fatos históricos e referências de outros autores.
Capítulo 1
No primeiro capítulo o um a autora de início esclarece o mito sobre a língua de sinais ser universal, para isso ela se utiliza de argumentos e um exemplo de uma palavra e como esta tem sinal diferente em 4 línguas de sinais (espanhola, japonesa, australiana e americana). Logo após desmente a crença de a língua de sinais ser artificial, esclarecendo que esta evoluiu como parte cultural da comunidade surda. 
Na seção seguinte explana sobre a gramática envolvida na língua de sinais esclarecendo sobre os quatro parâmetros que constituem a língua de sinais, são estes: a configuração de mão, que diz respeito a forma da mão, o ponto de articulação ou locação, que se refere ao lugar, ou parte do corpo que o sinal é realizado. O terceiro é o movimento que pode ou não estar presente nos sinais, e por último a orientação da palma da mão que faz a distinção de significado em alguns sinais. A autora ainda ilustra a utilização das expressões faciais pelos surdos como marcadores não manuais.
Na 4ª seção a autora desmenti a crença de a língua de sinais ser mímica, para isso se utiliza de um estudo realizado no qual constatou que enquanto a mímica buscava representar o objeto como existe, com muitos detalhes além de levar muito mais tempo para ser executado, os usuários da língua de sinais apenas se utilizavam do sinal confeccionado e usado pelo grupo. Na seção seguinte ela elucida que é possível expressar conceitos abstratos na língua de sinais e afirma que sinais não são gestos.
Na sexta seção a autora explica que a língua de sinais não é icônica, embora haja alguns sinais icônicos, mas isso não é exclusivo das línguas de sinais e podem ser encontradas nas línguas orais. Na seção posterior a autora faz um alerta sobre o mito de a língua de sinais ser um código secreto dos surtos. Nessa seção ela mostra através de muitos textos estudados o quanto a comunidade sofreu por esse preconceito contra sua língua. A autora se aproveita desse espaço para mostrar sobre outras características da língua de sinais, são elas: a produtividade ou criatividade que diz respeito a possibilidade de combinar unidades para formar novos elementos. A flexibilidade que se refere à mobilidade visível nos diversos usos de uma língua. A descontinuidade que tem a ver com as diferenças mínimas entre dois sinais e por último a arbitrariedade que diz respeito ao fato de que as línguas são convencionadas e regidas por regras específicas. 
No tópico seguinte a autora explana que o alfabeto manual não é faz parte da língua de sinais, e que este é um instrumento para soletrar palavras que possam não ter sinal ainda ou, principalmente, nomes próprios e que utilizar esse mecanismo seria cansativo e tedioso. Ela aproveita o espaço para debater sobre alfabeto manual dando informações acerca de sua composição e dá exemplos de uns alfabetos existentes no mundo e suas diferenças.
Na seção posterior, a autora esclarece o preconceito de se pensar que a língua de sinais é uma versão sinalizada da língua oral. Ela explica que a língua de sinais possui uma estrutura própria e independe de qualquer língua na sua concepção linguística. Exemplifica que pelo fato de a comunidade surda está inserida em uma comunidade ouvinte, isto faz com que a língua de sinais seja reduzida ao termo de português sinalizado. No tópico seguinte a autora continua o debate sobre a relação da língua sinais com língua oral. Aqui, ela desmente a pressuposição de que a língua de sinais tem raízes históricas na língua hora, para isso utiliza de pesquisas realizadas por diversos autores e mostra que assim como na língua oral, a língua sinais foi influenciada por outra língua de sinais, no caso da LIBRAS pela língua de sinais francesa, e ainda é influenciada, como empregos de sinais de outras línguas, bem como acontece nas línguas orais.
Na penúltima seção do capítulo a autora se propõe a debater a diversidade na língua de sinais para esclarecer a crenças de que a LIBRAS possui uma unidade, uma uniformidade. Para ilustrar discussão ela se emprega exemplos da diversidade na língua oral e também as diferenças de sinais dentro de um mesmo estado e dentre estados do Brasil. Por sim, no último tópico do capítulo que fala sobre a língua de sinais, a autora elucida que esta, a língua de sinais, não é uma língua ágrafa e que possui uma escrita, criada recentemente, que auxilia na alfabetização de crianças surdas.
Capítulo 2
No segundo capítulo a autora escolhe falar sobre o surdo. De início esclarece uma questão que confunde grande parte da população. Surdo, surdo-mudo ou deficiente auditivo? No primeiro instante autora traz relatos que mostram que para amenizar o fato da deficiência muitas pessoas se utilizam do termo de deficiente auditivo quando se referem a pessoas surdas e que só pelo fato de não ouvir não significam que não podem falar, sendo errado então o emprego do termo surdo-mudo. 
O segundo questionamento é se o interprete de línguas de sinais seria a voz do surdo, crença essa que vem do fato de a língua de sinais não ser reconhecida como língua oficial dos surdos. A autora aproveita o momento para falar da lei que garante que pessoas surdas sejam atendidas em espaços institucionais em sua língua, ou sejam, línguas de sinais, no Brasil, a LIBRAS. Ela esclarece que o interprete é apenas um auxiliador na interação surdo/ouvinte.
No tópico seguinte a dúvida em questão é sobre os surdos viverem em silêncio absoluto. Aqui a autora explica que para os surdos, barulho e silencio possuem versões diferentes das versões dos ouvintes. O fato do surdo se comunicar visualmente, quando em espaço pessoas utilizam a língua de sinais para conversarem, para eles é barulho. E que o fato de não ouvirem não fazem deles menos aculturados, pois eles “ouvem” músicas, podem ser artistas e viverem uma vida como um ouvinte.
O próximo questionamento vem da crença que o surdo precisa ser oralizado para conviver na sociedade ouvinte. A autora mostra que isso vem de raízes históricas no qual muitas pessoas antigamente defendiam que para o surdo ser incorporado na sociedade ouvinte precisava ser oralizado. Ela ainda mostra brevemente sobre a luta da comunidade surda de ter sua língua aceita e ter o direito de se comunicarem na sua língua natural, a língua de sinais.
Na seção seguinte a autora se propõe a falar da identidades e culturas da comunidade surda. Ela explica que os surdos têm características culturais quem marcam o jeito de ver, sentir e se relacionar com o mundo e que isso não os impedem de compartilhar e nem receber influencias de/com outras culturas, entre elas as dos ouvintes. 
O tópico seguinte vem desmenti a crença de que os surdos não falam porque não ouvem. Primeiramente a autora esclarece que o que entendemos por fala é diferente para a comunidade surda. Os surdos falam por sinais, pois possuem o canal visu-gestual. E também bate na tecla de que, se quiserem e possuírem o canal vocal intacto, podem ser oralizados através de técnicas trabalhadas com profissionais adequados.Ainda sobre a capacidade do surdo, a seção posterior vem questionar que o surto tem dificuldade de escrever porque não fala a língua oral. Aqui a autora desmente essa crença e explana que a escrita é uma habilidade que demanda esforço tanto para surdos como ouvintes e que isso envolve um fator emocional. Ela ainda explica que o não reconhecimento da LIBRAS como língua faz com que essa crença perdure.
No tópico seguinte a autora explica que a língua de sinais não atrapalha a aprendizagem da língua oral e que a falta de interesse do surdo em aprender a língua oral vem de fatos históricos da educação de surdo. Ela mostra que de acordo com pesquisadores que o não uso da língua de sinais que atrapalha o desenvolvimento e a aprendizagem de outras línguas pelo surdo, pois está imprescindível para assegurar condições propícias nas relações intra e interpessoais. Ela afirma que o ensino da escrita deve ser primeiramente na língua de sinais.
Na seção posterior a autora vem esclarecer que o surdo não precisa, necessariamente, da língua portuguesa para sobreviver na sociedade ouvinte e que acreditar no contrário é colocar a língua de sinais em segundo plano e que tirar o direito de usar a língua de sinais é tirar a cidadania do surdo. No último tópico do capítulo a autora vem colocar em questão que nem todos os surdos fazem leitura labial e que isso, assim como a oralização, é um treinamento que, se os surdos quiserem, podem aprender através de técnicas.
Capítulo 3
Nesse capítulo a autora se propõe a falar sobre a surdez. Logo de início traz o questionamento se a surdez é um problema para o surdo. Ela explica que acreditar nisso é ver a surdez como uma patologia. E que o problema nessa crença está na dificuldade do ser humano em aceitar e conviver com as diferenças. Na seção seguinte a questão é se a surdez é uma deficiência. De início a autora declara que culturalmente não é. Logo mostra significados encontrados no dicionário das palavras surdez, deficiência e deficiente o que o leitor pode perceber uma relação entre elas no qual há sempre o sinônimo de falha. Por fim a autora explica que a surdez como deficiência pertence a uma narrativa assimétrica de poder e saber e que na nossa sociedade o aspecto cultural da surdez é ainda mais difícil de ser aceito quando os discursos recaem e se fixam exclusivamente no fenômeno físico.
No tópico seguinte a questão é o porquê a surdez é vista negativamente pela sociedade. Aqui a autora que isso acontece devido o discurso médico ter mais prestígio que o discurso da diversidade, pois a surdez é vista como um déficit, algo fora do “normal”, o que faz com que se abra a porta para o preconceito sendo reforçado pela maioria.
O questionamento seguinte fala sobre a hereditariedade da surdez. Aqui a autora esclarece que esse questionamento por muito tempo foi especulado por diversos pesquisadores, mas que nada foi comprovado. Em seguida a autora fala sobre os diferente tipos e graus de surdez. Dentre as causas da surdez congênita está o contado do embrião com os vírus de algumas doenças. O tipo de surdez pode ser: condutiva, uma alteração na orelha externa e/ou média, neurossensorial, que afeta a cóclea e/ou o nervo auditivo e a mista, que engloba alterações condutivas e neurossensorial. Quanto ao grau a surdez pode variar de leve a profundo e também ir se agravando de leve para profundo com o tempo. O grau é calculado em decibéis. A autora aproveita para explana que cada surdo possui uma maneira de lidar com a LIBRAS e com a cultura da comunidade surda.
Nos 2 tópicos seguintes a autora se propõe a debater sobre os aparelhos auditivos e o implante coclear. Sobre os aparelhos auditivos a autora responde a questão que se eles ajudam o surdo a ouvir melhor, ela explica que eles só fazem com que os surdos ouçam ruídos e não língua, pois estes só amplificam um som. E que o sucesso no uso desse aparelho varia de casos. Quanto ao implante coclear a questão é se este recupera a audição do surdo. Aqui a autora explica que isso vai depender de inúmeras variáveis.
A seção posterior vem questionar se a surdez compromete o desenvolvimento cognitivo-linguístico. A autora esclarece que isso é uma crença, pois o surdo pode e desenvolve suas habilidades cognitivas e linguísticas ao lhe ser assegurado o uso da língua de sinais. Ela afirma que não é a surdez que compromete o desenvolvimento do surdo e sim a falta de acesso de uma língua.
Por fim, no último tópico do capítulo a autora é otimista por um sentimento de mudança que paira no ar trazidas, como a oficialização da LIBRAS e diversas outras. E traz uma última questão a ser pensada: que educação queremos defender e que papéis ocuparemos na história da educação dos surdos das próximas gerações?
Com tudo que foi exposto até aqui, podemos perceber um pouco sobre a história da educação do surdo e também esclarecer algumas questões que permeiam a cabeça de uma pessoa leiga sobre a comunidade surda e a LIBRAS. O livro possui uma forma bem didática de tratar o tema proposto com ilustrações que elucidam o texto da autora.

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