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17a edição Rio de Janeiro 2017 CAPITALIZAÇÃO É proibida a duplicação ou reprodução deste volume, ou de partes dele, sob quaisquer formas ou meios, sem permissão expressa da Escola. REALIZAÇÃO Escola Nacional de Seguros SUPERVISÃO E COORDENAÇÃO METODOLÓGICA Diretoria de Ensino Técnico ASSESSORIA TÉCNICA Rodrigo Maia Jorge – 2017/2016/2015 Julienne Corrêa Guerra – 2017/2016/2015 CAPA Coordenadoria de Comunicação Social DIAGRAMAÇÃO Info Action Editoração Eletrônica Ficha catalográfica elaborada pela Biblioteca da FUNENSEG. E73c Escola Nacional de Seguros. Diretoria de Ensino Técnico. Capitalização/Supervisão e coordenação metodológica da Diretoria de Ensino Técnico; assessoria técnica de Julienne Corrêa Guerra e Rodrigo Maia Jorge. – 17. ed. – Rio de Janeiro: ENS, 2017. 180 p.; 28 cm O presente manual está dividido em 6 capítulos. Julienne Corrêa Guerra elaborou de 1o ao 5o capítulo e Rodrigo Maia Jorge elaborou o capítulo 6. 1. Capitalização. 2. Reservas matemáticas. I. Guerra, Julienne Corrêa. II. Jorge, Rodrigo Maia. III. Título. 0016-1791 CDU 368.027.3(072) A Escola Nacional de Seguros promove, desde 1971, diversas iniciativas no âmbito educacional, que contribuem para um mercado de seguros, previdência complementar, capitalização e resseguro cada vez mais qualificado. Principal provedora de serviços voltados à educação continuada, para profissionais que atuam nessa área, a Escola Nacional de Seguros oferece a você a oportunidade de compartilhar conhecimento e experiências com uma equipe formada por especialistas que possuem sólida trajetória acadêmica. A qualidade do nosso ensino, aliada à sua dedicação, é o caminho para o sucesso nesse mercado, no qual as mudanças são constantes e a competitividade é cada vez maior. Seja bem-vindo à Escola Nacional de Seguros. CAPITALIZAÇÃO4 SUMÁRIO 5 Sumário 2 1 CAPITALIZAÇÃO: HISTÓRICO E REGULAMENTAÇÃO 9 Evolução Histórica 11 Classificação das Sociedades 12 A Capitalização no Contexto Econômico do País 13 Procon, Fiscalizadores, Reguladores e a Transparência na Relação de Consumo 14 O Sistema Nacional de Capitalização 14 CNSP 15 SUSEP 15 Sociedades de Capitalização 17 Fixando Conceitos 1 19 FUNDAMENTOS TÉCNICOS BÁSICOS E NORMAS DE CONTRATAÇÃO 21 Título de Capitalização: Visão Geral 23 Títulos de Capitalização × Poupança 23 Conceitos de Poupança Programada e Sorteios 23 Características do Título 25 Conteúdo do Título 26 Aprovação do Título 27 Ficha de Cadastro 28 Propaganda e Material de Comercialização 29 As Condições Gerais do Título: o “Contrato” de Capitalização 30 Informações Complementares às Condições Gerais 31 Formas de Contratação de um Título de Capitalização 32 A Contratação de um Título de Capitalização: Subscritor e Titular 32 Transferência do Título de Capitalização: Cedente e Cessionário 33 Vigência de um Título de Capitalização 35 Prazo de Carência de um Título de Capitalização 35 Tipos de Título: PU, PP e PM 36 A Composição do Pagamento: as Quotas de Capitalização, de Sorteio e de Carregamento 37 Quotas de Capitalização 37 Quotas de Sorteio 38 Quotas de Carregamento 38 A Estruturação de um Título de Capitalização: o Tamanho da Série 39 Valor de Pagamento e Sua Atualização 40 Informações ao Consumidor 41 Fixando Conceitos 2 43 CAPITALIZAÇÃO6 4 5 3 CAPITAL, RESGATE E SORTEIO 51 A Provisão Matemática para Capitalização: a Constituição do Capital para Resgate 53 A Provisão Matemática para Capitalização no Título PU 53 A Provisão Matemática para Capitalização no Título PM ou PP 54 A Remuneração do Capital: a Taxa de Juros 55 A Atualização Monetária da Provisão Matemática: a Recuperação do Poder de Compra 57 O Resgate de um Título de Capitalização 57 Resgate Parcial 58 Resgate Total 59 Penalidade 62 A Tabela de Resgate 62 Suspensão e Cancelamento de um Título de Capitalização 65 A Reabilitação de um Título de Capitalização 66 Reabilitação sem Prorrogação de Vigência 66 Reabilitação com Prorrogação de Vigência 67 Sorteio: o Grande Atrativo do Título de Capitalização 68 Considerações Iniciais 68 Efeitos sobre um Título Sorteado 68 Tipos de Sorteio 70 Valores dos Prêmios dos Sorteios 71 Limites aos Prêmios e às Quotas de Sorteio 72 Pagamento do Prêmio do Sorteio e Comunicação ao Titular Sorteado 76 Fixando Conceitos 3 77 AS MODALIDADES DE UM TÍTULO DE CAPITALIZAÇÃO 83 A Modalidade Tradicional 85 A Modalidade Compra-Programada 87 A Modalidade Popular 89 A Modalidade Incentivo 90 Fixando Conceitos 4 93 PREVENÇÃO À LAVAGEM DE DINHEIRO 95 Histórico 97 Histórico da Legislação de Prevenção à Lavagem de Dinheiro Aplicável às Sociedades 97 de Capitalização Etapas da Lavagem de Dinheiro 98 Pessoas Politicamente Expostas (PPEs) 98 Registro de Operações e Parâmetros para Títulos de Capitalização 100 Comunicação das Operações Suspeitas 101 Fixando Conceitos 5 103 SUMÁRIO 7 6 A VENDA DE CAPITALIZAÇÃO 105 Por que as Pessoas Compram um Título de Capitalização? 107 Produtos Tangíveis e Produtos Intangíveis 108 Processo de Venda 109 A Prospecção de Clientes 109 Abordagem 111 Descubra as Necessidades do Cliente 112 Desenvolvendo uma Solução para o Seu Cliente 113 Concluindo a Venda 119 Pós-Venda – Conquistando a Satisfação e Novos Clientes 120 Algumas Dicas 121 O que Você Nunca Deve Dizer ao Cliente 121 Cuidados que Você Deve Tomar 121 O que Você Sempre Deve Fazer 121 Siga os Conselhos dos Clientes! 122 Conclusão 122 Fixando Conceitos 6 125 TESTANDO CONHECIMENTOS 127 ESTUDOS DE CASO 135 ANEXOS 139 Anexo 1 – Exemplo de Condições Gerais de um Título de Pagamento Mensal (PM) – 141 Modalidade Tradicional Anexo 2 – Normas Fundamentais de Capitalização 147 Anexo 3 – Índices de Atualização 149 Anexo 4 – Circular SUSEP 365, de 27 de maio de 2008 151 Anexo 5 – Circular SUSEP 376, de 25 de novembro de 2008 167 GABARITO 175 REFERÊNCIA BIBLIOGRÁFICA 179 CAPITALIZAÇÃO8 UNIDADE 1 9 CAPITALIZAÇÃO: HISTÓRICO E REGULAMENTAÇÃO11 Após ler esta unidade, você deve ser capaz de: • Demonstrar a evolução histórica da Capitalização e seus marcos regulatórios, com as principais regulamentações do setor. • Conceituar Capitalização e situar historicamente sua evolução e seu surgimento no Brasil. • Classificar as empresas de capitalização existentes. • Perceber que a Capitalização não integra o Sistema Nacional de Seguros Privados. • Apontar os órgãos que integram o Sistema Nacional de Capitalização e suas respectivas funções. • Destacar as obrigações das sociedades de capitalização. • Explicar como se organizam as sociedades de capitalização. CAPITALIZAÇÃO10 UNIDADE 1 11 EVOLUÇÃO HISTÓRICA A capitalização é uma combinação de economia programada com aplicação única ou mensal, ou periódica, vinculada à participação em sorteios. Sua concepção inicial é atribuída a Paul Viget, diretor de uma cooperativa de mineiros da França. Seu objetivo inicial foi montar um sistema que proporcionasse auxílio financeiro aos sócios por meio de suas próprias poupanças. O sistema era baseado em contribuições mensais. O objetivo também era constituir um capital, previamente definido, a ser pago no final do período combinado, ou, por meio de sorteio, de forma antecipada. No Brasil, a primeira sociedade de capitalização foi a Sulacap, fundada em 1929, mas a oficialização da autorização de funcionamento das sociedades de capitalização só se deu em 1932. Quadro Evolutivo França: 1850 Paul Viget Brasil: 1929 Sulacap. Inexistência de poupança interna Décadas de 1930 e 1940: surgimento de várias empresas neste segmento Formação de poupança e investimento na construção civil Década de1950 Inflação pós-guerra, declínio do produto no mercado Décadas de 1960 e 1970 Quase eliminação do negócio. Durante este período foi instituída a correção monetária Década de 1980 Entrada de conglomerados financeiros neste setor; o produto volta a expandir Década de 1990 em diante Surgimento de produtos inovadores neste mercado Desde a introdução do Plano Real, em 1994, o faturamento das empresas de capitalização no país aumentou. Este crescimento decorreu da estabilização econômica, da queda nas taxas de juros e do crescimento da renda dos brasileiros. O valor total de “prêmios” de Capitalização (valores pagos pelos clientes, o que, tecnicamente, na Capitalização, é denominado “pagamentos”) tem gerado valores na casa dos bilhões de reais anualmente. Apesar da expansão do mercado de capitalização nos últimos anos, as sociedades de capitalização têm grandes desafios a enfrentar para manter sua expressividade. CAPITALIZAÇÃO12 Na relação de “prêmios” de Capitalização relativos a 2014, a SUSEP indicava em sua listagem um total de 17 sociedades de capitalização: • APLICAP CAPITALIZAÇÃO S/A; • APLUB CAPITALIZAÇÃO S/A; • BRADESCO CAPITALIZAÇÃO S/A; • BRASILCAP CAPITALIZAÇÃO S/A; • CAIXA CAPITALIZAÇÃO S/A; • CAPEMISA CAPITALIZAÇÃO S/A; • CARDIF CAPITALIZAÇÃO S/A; • CIA ITAÚ DE CAPITALIZAÇÃO; • HSBC EMPRESA DE CAPITALIZAÇÃO (BRASIL) S.A.; • ICATU CAPITALIZAÇÃO S/A; • INVEST CAPITALIZAÇÃO S/A; • LIDERANÇA CAPITALIZAÇÃO S/A; • MAPFRE CAPITALIZAÇÃO S/A; • PORTO SEGURO CAPITALIZAÇÃO S/A; • SANTANDER CAPITALIZAÇÃO S/A; • SULAMÉRICA CAPITALIZAÇÃO S/A – SULACAP; • ZURICH BRASIL CAPITALIZAÇÃO S/A CLASSIFICAÇÃO DAS SOCIEDADES As sociedades podem ser classificadas, atualmente, em duas categorias de acordo com o público-alvo de seus produtos: as sociedades ligadas a conglomerados financeiros e as independentes: • conglomerados financeiros – essas companhias estão concentradas diretamente nos clientes do próprio conglomerado. Em geral, pertencem a uma holding que é liderada por um banco. A sociedade de capitalização é uma das empresas da holding. • independentes – são aquelas que, por não disporem de balcão de distribuição bancário próprio, utilizam como canal de distribuição casas lotéricas, agências de correios, corretores de seguros, lojas de departamentos e o balcão de instituições financeiras com que firmam parcerias. Em geral, pertencem também a uma holding, mas não de origem ligada a um banco. Público-alvo: parceiros. Comercialmente, ao longo dos anos, os títulos de capitalização acabaram por se dividir em modalidades diversas, atendendo a focos diferentes de mercado, cada qual com características próprias. A Circular 365, publicada em maio de 2008 pela Superintendência de Seguros Privados – SUSEP –, que estabelece normas para elaboração, operação e comercialização de títulos de capitalização, divide os planos de Capitalização, para efeito de comercialização, em quatro modalidades: • Modalidade I – Tradicional; • Modalidade II – Compra-Programada; • Modalidade III – Popular; e • Modalidade IV – Incentivo. Essa divisão é consequência da evolução mercadológica do título de capitalização. Ao longo dos anos, os títulos de capitalização foram se especializando em função do objetivo que o consumidor buscava. Essa divisão permite um melhor controle do Estado, já que a legislação em vigor estabelece regras específicas para cada uma delas. UNIDADE 1 13 A CAPITALIZAÇÃO NO CONTEXTO ECONÔMICO DO PAÍS A Capitalização não integra o Sistema Nacional de Seguros Privados (SNSP), isto é, o título de capitalização não é um plano de seguro a ser comercializado por uma seguradora. A Capitalização constitui um sistema próprio: O Sistema Nacional de Capitalização (SNC). Assim, os títulos somente podem ser comercializados por sociedades de capitalização. No entanto, a fiscalização e a regulamentação da Capitalização, por força do Decreto-Lei 261, de 28/02/67, que criou o Sistema Nacional de Capitalização (SNC), também estão a cargo da SUSEP e do CNSP, respectivamente, da mesma forma que ocorre com as sociedades seguradoras. Diversos artigos do Decreto-Lei 73/66, que criou o SNSP, são aplicáveis à Capitalização; por isso, é muito comum haver laços entre sociedades de capitalização e sociedades seguradoras, que são, muitas vezes, ligadas a um mesmo grupo econômico. Além disso, da mesma forma que o SNSP, o Sistema Nacional de Capitalização (SNC) possui relevante papel em termos de política econômica, já que desenvolve a captação de poupança, sendo fundamental como alternativa para o financiamento de grandes projetos de longo prazo, tão importantes para o desenvolvimento autossustentável de um país. Como envolvem captação de poupança popular, as sociedades de capitalização, assim como as sociedades seguradoras, devem obedecer às regras estabelecidas pelo Conselho Monetário Nacional, conforme previsto no Decreto-Lei 73/66. Isso, certamente, já demonstraria a relevância social dessas empresas e a necessidade de controle e fiscalização por parte do Estado. Apesar de muitas vezes o título de capitalização ser comercializado dentro de agências bancárias, as sociedades de capitalização não são consideradas instituições financeiras e, por isso, não sofrem fiscalização do BACEN – Banco Central. Entretanto, o CMN – Conselho Monetário Nacional –, por meio de suas resoluções, publica normas para aplicação das reservas técnicas das sociedades de capitalização. O mercado de Capitalização no Brasil está submetido à fiscalização da Superintendência de Seguros Privados (SUSEP), autarquia vinculada ao Ministério da Fazenda, e se encontra, também, submetido à política traçada pelo Conselho Nacional de Seguros Privados (CNSP). Observação Quando um título de capitalização é vendido numa agência bancária do Banco XYZ (imaginário), o título não é um produto do banco, mas, sim, de uma sociedade de capitalização da mesma holding que o banco (provavelmente da empresa XYZ Capitalização S/A)ou parceira deste banco. Veja na listagem de Sociedades de Capitalização que muitos dos nomes nos remetem aos bancos, mas são empresas distintas. CAPITALIZAÇÃO14 PROCON, FISCALIZADORES, REGULADORES E A TRANSPARÊNCIA NA RELAÇÃO DE CONSUMO O produto Capitalização tem mais de 80 anos, e, à medida que os órgãos fiscalizadores e de proteção aos consumidores criam novas legislações e regulamentos, o modelo de Capitalização vai se adequando às realidades de mercado. A atuação desses órgãos é de suma importância para garantir a transparência e, consequentemente, a credibilidade e continuidade do produto no mercado durante todos estes anos. A criação de novas formas de publicidade, maior transparência nos sorteios (com participação do público), notificação dos contemplados e atendimento ao consumidor foram algumas iniciativas das empresas de Capitalização para atender a essa realidade. O SISTEMA NACIONAL DE CAPITALIZAÇÃO O Sistema Nacional de Capitalização (SNC), conforme o art. 3o do Decreto-Lei 261/67, é constituído pelos seguintes componentes: • Conselho Nacional de Seguros Privados – CNSP; • Superintendência de Seguros Privados – SUSEP; • sociedades autorizadas a operar em Capitalização; e • corretores de capitalização (de acordo com o art. 3o da Resolução CNSP 15/91). Nos termos do Decreto-Lei 261/67, em seu artigo 2o, o controle do Estado, por meio do CNSP e da SUSEP, deve ser exercido no interesse dos portadores de títulos de capitalização, objetivando: I. promover a expansão do mercado de Capitalização e propiciar as condições operacionais necessárias à sua integração no progresso econômico e social do país; II. promover o aperfeiçoamento do sistema de Capitalização e das sociedades que nele operam; III. preservar a liquidez e a solvência dassociedades de capitalização; e IV. coordenar a política de capitalização com a política de investimentos do Governo Federal, observados os critérios estabelecidos para as políticas monetária, creditícia e fiscal, bem como as características a que devem obedecer as aplicações de cobertura das reservas técnicas. UNIDADE 1 15 CNSP Ao CNSP, segundo o Decreto-Lei 261/67, compete, privativamente, “fixar as diretrizes e normas da política de Capitalização e regulamentar as operações das sociedades do ramo, relativamente às quais exercerá atribuições idênticas às estabelecidas para as sociedades de seguros”. Assim, em relação ao mercado de Capitalização, cabe ao CNSP a mesma missão exercida em relação ao mercado de seguros. Em dezembro de 1991, o CNSP regulamentou as operações de Capitalização com a publicação da Resolução 15, que, conforme o art 2o, objetiva: I. promover a defesa dos interesses do consumidor; II. promover a expansão do mercado de capitalização e propiciar as condições operacionais necessárias à sua integração no progresso econômico e social do País; III. promover o aperfeiçoamento do sistema de capitalização e das sociedades de capitalização que nele operem; IV. zelar pela liquidez e pela solvência das sociedades de capitalização; V. coordenar a política de capitalização com a política de investimentos do Governo Federal, observando os critérios estabelecidos para as políticas monetária, creditícia e fiscal, bem como as características a que devem obedecer as aplicações de cobertura das provisões técnicas; e VI. dotar o mercado de capitalização de mecanismos que estimulem a livre concorrência, a disseminação de informações e uma maior transparência de suas operações. O CNSP é um órgão colegiado formado por representantes de vários ministérios e setores do Governo. SUSEP Criada em 1966 pelo Decreto-Lei 73, que também instituiu o Sistema Nacional de Seguros Privados, a SUSEP é uma autarquia, vinculada ao Ministério da Fazenda, que executa a política de Capitalização traçada pelo CNSP, apresentando as seguintes competências, no que se refere à Capitalização, definidas neste Decreto-Lei: a) processar os pedidos de autorização para constituição, organização, funcionamento, fusão, encampação, grupamento, transferência de controle acionário e reforma dos Estatutos das Sociedades de Capitalização, opinar sobre os mesmos e encaminhá-los ao CNSP; b) baixar instruções e expedir circulares relativas à regulamentação das operações de capitalização, de acordo com as diretrizes do CNSP; c) fixar condições a serem utilizadas obrigatoriamente pelo mercado de capitalização; CAPITALIZAÇÃO16 d) fiscalizar a execução das normas gerais de contabilidade e estatística fixadas pelo CNSP para as Sociedades de Capitalização; e) fiscalizar as operações das Sociedades de Capitalização, inclusive o exato cumprimento do Decreto-Lei, de outras leis pertinentes, disposições regulamentares em geral, resoluções do CNSP, e aplicar as penalidades cabíveis; f) proceder à liquidação das Sociedades de Capitalização que tiverem cassada a autorização para funcionar no País; g) fiscalizar as operações das entidades autorreguladoras do mercado de corretagem, inclusive o exato cumprimento do Decreto-Lei, de outras leis pertinentes, de disposições regulamentares em geral e de resoluções do Conselho Nacional de Seguros Privados (CNSP), e aplicar as penalidades cabíveis; e h) celebrar convênios para a execução dos serviços de sua competência em qualquer parte do território nacional, observadas as normas da legislação em vigor. Adicionalmente, de acordo com a Resolução CNSP 015/1991, compete à SUSEP: a) fiscalizar a constituição, organização, funcionamento e operação das Sociedades de Capitalização, na qualidade de órgão executor da política traçada pelo CNSP; b) processar os pedidos de autorização para constituição, organização, funcionamento, fusão, cisão, incorporação, grupamento, transferência de controle acionário e reforma dos estatutos das Sociedades de Capitalização, bem como opinar sobre os mesmos e encaminhá-los ao CNSP; c) baixar instruções e expedir circulares relativas à regulamentação das operações de capitalização, de acordo com as diretrizes fixadas pelo CNSP; d) aprovar os planos das Sociedades de Capitalização; e) fiscalizar a execução das normas gerais de contabilidade, estatística e atuária fixadas pelo CNSP para as Sociedades de Capitalização; f) fiscalizar as operações das Sociedades de Capitalização, inclusive o exato cumprimento destas Normas, de outras leis pertinentes, disposições regulamentares em geral, resoluções do CNSP, bem como aplicar as penalidades cabíveis; g) proceder à liquidação das Sociedades de Capitalização que tiverem cancelada a autorização para funcionar no País; h) opinar sobre o cancelamento da autorização para funcionamento das Sociedades de Capitalização; e i) proceder à inscrição dos corretores de capitalização, fiscalizar suas atividades e aplicar penalidades. UNIDADE 1 17 Sociedades de Capitalização Embora o sistema de Capitalização não integre o Sistema Nacional de Seguros Privados, evolui paralelamente a ele. As sociedades autorizadas a operar em Capitalização (sociedades de capitalização) desempenham funções análogas às entidades representativas do setor de seguros (sociedades seguradoras). Deve-se observar a necessidade de autorização, atualmente processada pela SUSEP, para que uma empresa possa iniciar sua operação no mercado de títulos de capitalização. Sociedades de capitalização são entidades organizadas sob a forma de sociedade anônima, com a finalidade de constituir capitais, pagáveis, em moeda corrente, aos titulares dos seus títulos, segundo cláusulas e regras aprovadas pelo Governo Federal, mais especificamente pela SUSEP. É vedada a constituição de sociedades de capitalização que sejam controladas, direta ou indiretamente, por pessoa jurídica de direito público, empresa pública, sociedade de economia mista ou fundação instituída pelo poder público, conforme o art. 13 da Resolução CNSP 15/91. Essas sociedades estão sujeitas a diversas disposições idênticas às estabelecidas para as sociedades seguradoras no Decreto-Lei 73/66, de acordo com o previsto no art. 4o do Decreto-Lei 261/67. A sociedade de capitalização deve constituir, obrigatoriamente, provisões matemáticas para garantia dos títulos em vigor (Provisão Matemática para Capitalização) e, caso haja sorteios no título, a Provisão para Sorteios a Realizar, específica para essa finalidade. A sociedade de capitalização deve constituir, ainda, provisões técnicas para obrigações a liquidar, como: • Provisão para Sorteios a Pagar; • Provisão para Resgate; e • Outras Provisões Técnicas. Há algumas provisões que somente serão constituídas caso sejam necessárias, como a Provisão para Despesas Administrativas, constituída para cobrir os valores esperados para despesas administrativas dos planos, e Provisões para Distribuição de Bônus a serem constituídas para abranger os valores definidos para pagamentos de bônus. CAPITALIZAÇÃO18 FIXANDO CONCEITOS 1 19 Anotações: Fixando Conceitos 1 MARQUE A ALTERNATIVA CORRETA [1] Atualmente, há uma divisão no mercado de Capitalização entre sociedades ligadas a conglomerados financeiros e sociedades independentes. Assinale a opção que apresenta uma característica típica das sociedades ligadas a conglomerados financeiros: (a) Não dispõem de público-alvo para seus títulos. (b) Utilizam como canal principal de distribuição as casas lotéricas. (c) Utilizam como canal principal de distribuição as lojas de departamentos e/ou balcão de instituições financeiras com que firmam parcerias. (d) O público-alvo é formado diretamente pelos clientes do próprioconglomerado. (e) Emitem títulos em que somente existe o direito de sorteio. [2] Pode-se afirmar que a Capitalização, no Brasil, possui relevante papel em termos de política econômica, uma vez que ela: (a) Estimula a formação de poupança interna. (b) Estabiliza a taxa de inflação. (c) Permite que uma pessoa ganhe prêmios elevados em dinheiro. (d) Aumenta significativamente o fluxo de investimentos estrangeiros. (e) Não colabora para o desenvolvimento autossustentável de nosso país. [3] A opção abaixo que apresenta um grupo/órgão que não integra o Sistema Nacional de Capitalização, segundo o critério adotado pelo Conselho Nacional de Seguros Privados, é(são): (a) CVM. (b) CNSP. (c) SUSEP. (d) Corretores de capitalização. (e) Sociedades autorizadas a operar em capitalização. [4] Assinale as modalidades de capitalização comercializadas no mercado atualmente: (a) Tradicional, Compra-Programada, Popular e Incentivo. (b) Tradicional, Compra Financiada e Popular. (c) Tradicional, Compra Financiada, Popular e Incentivo. (d) Tradicional, Compra-Programada e Incentivo. (e) Tradicional, Compra-Programada, Popular e Compra Financiada. CAPITALIZAÇÃO20 Anotações: Fixando Conceitos 1 [5] Assinale os componentes do Sistema Nacional de Capitalização: (a) CMN, BACEN, SUSEP e sociedades de capitalização. (b) CNSP, SUSEP, sociedades autorizadas a operar em capitalização e corretores de capitalização. (c) CNSP, SUSEP, BACEN e sociedades de capitalização. (d) CNSP, SUSEP, CMN e BACEN. (e) CNSP, CVM, SUSEP e BACEN. UNIDADE 2 21 FUNDAMENTOS TÉCNICOS BÁSICOS E NORMAS DE CONTRATAÇÃO22 Após ler esta unidade, você deve ser capaz de: • Demonstrar a caracterização técnica dos títulos de capitalização. • Detalhar as características do título de capitalização e as formas de aquisição. • Explicar a estruturação dos títulos em séries. • Destacar a legislação que normatiza o mercado de Capitalização. • Caracterizar o papel do titular e do subscritor. • Destacar como se dá a transferência do título em caso de morte do titular ou do proponente. • Analisar a complementaridade dos componentes poupança e sorteio. • Explicar em que consistem as Condições Gerais e a obrigação das sociedades de capitalização em relação a elas. • Destacar os conceitos de vigência, prazo e carência dos títulos de capitalização. • Examinar os procedimentos de transferência de títulos, caracterizando as figuras do cedente e do cessionário. • Destacar os cuidados e obrigações relativos a propostas, contratos e material de propaganda e promoção. • Examinar as diferenças entre os dois tipos de investimento: capitalização e caderneta de poupança. CAPITALIZAÇÃO22 UNIDADE 2 23 TÍTULO DE CAPITALIZAÇÃO: VISÃO GERAL Títulos de Capitalização × Poupança E xiste uma confusão conceitual entre título de capitalização e caderneta de poupança. No entanto, trata-se de produtos distintos: • para os títulos de capitalização, existe o aspecto lúdico do produto: os sorteios. Não há este componente para as poupanças; • nos títulos, pode haver prazo mínimo para resgate e há um prazo para a “efetivação do investimento”, diferentemente da poupança, que não exige carência para o resgate, e o prazo de investimento é indeterminado; • as sociedades de capitalização são obrigadas a constituir provisões técnicas por título subscrito; • do valor pago pelo título de capitalização são destinadas quotas para a formação do montante capitalizado, quotas de sorteio e quotas de carregamento para cobrir despesas administrativas, ao contrário das poupanças, onde todo o valor depositado é revertido integralmente para a conta do titular; • as sociedades de capitalização podem distribuir parte de seus lucros aos subscritores dos títulos; • a taxa de juros mensal utilizada para remuneração do título, com exceção das modalidades Popular e Incentivo, deverá corresponder a, no mínimo, 0,35% e deverá constar da Nota Técnica Atuarial e das Condições Gerais do título de capitalização. Já a poupança remunera o capital investido a 0,5% ao mês, enquanto a meta da taxa Selic ao ano for superior a 8,5%; ou 70% da meta da taxa Selic, enquanto esta for igual ou inferior a 8,5%, ou seja, as taxas não necessariamente serão iguais; e • os investimentos em poupança são assegurados pelo Fundo Garantidor de Créditos (FGC), enquanto que as aplicações em títulos de capitalização não contam com qualquer garantia oficial em caso de irregularidades na gestão financeira por parte da sociedade de capitalização. As cadernetas de poupança têm a garantia dada pelo FGC de até R$ 250.000,00 (informação obtida em http://www.fgc.org.br/?ci_menu=20&conteudo=1). Conceitos de Poupança Programada e Sorteios O título de capitalização busca aliar um mecanismo de poupança programada (a capitalização em si) com a participação em sorteios. Os títulos que apresentam maior receptividade no mercado brasileiro são aqueles de baixo valor unitário, cujo principal objetivo é justamente o sorteio, componente lúdico bastante apreciado pelo consumidor, mas não obrigatório. O Fundo Garantidor de Crédito é uma entidade sem fi ns lucrativos, destinada a administrar mecanismos de proteção a titulares de créditos contra instituições fi nanceiras, autorizado em 1995, com a Resolução 2.197 do Conselho Monetário Nacional – CMN. CAPITALIZAÇÃO24 O termo título de capitalização possui duplo significado: • capitalização como objeto do processo administrativo aberto pela sociedade, que aparece na frase “A SUSEP aprovou o título ‘Cem Milhões’ da sociedade de capitalização XYZ”. Significa que as condições gerais e a nota técnica foram aprovadas pela SUSEP, e, assim, a sociedade de capitalização poderá comercializar diversos contratos com aquelas mesmas condições gerais aprovadas; e • “título de capitalização” como individualização do contrato firmado entre consumidor e sociedade de capitalização. Por exemplo, na frase “Eu comprei um título da sociedade de capitalização XYZ”. Assim, a aprovação dada pela SUSEP num processo administrativo (aprovação do “título”, do plano, do produto) autoriza a sociedade a comercializar diversos contratos (“títulos”) de capitalização, sendo que eles deverão reproduzir as condições gerais aprovadas no processo administrativo. Há quem denomine o objeto do processo administrativo de “plano de capitalização” para diferenciá-lo dos títulos (contratos efetivamente comercializados). No entanto, ressaltamos que a SUSEP prefere a nomenclatura “título de capitalização” para acentuar a sua diferença em relação ao “plano de seguro”. Porém, no parágrafo único do art. 1o do Decreto-Lei 261/67, já há menção tanto ao termo “título” (o que a sociedade vende ao público) quanto a “plano” (o que a sociedade aprova junto à SUSEP). Assim, utilizaremos o termo “plano de capitalização” para significar o produto que foi aprovado pela SUSEP num determinado processo. Em regra, o título de capitalização, entendido como um contrato, existe fisicamente, é impresso e há um número (“número do título”) que o identifica. Deve trazer, também, as condições gerais que foram aprovadas pela SUSEP. Atualmente, em função da parte que é mais valorizada no título (se o resgate ou se o sorteio) e de sua finalidade, os títulos serão enquadrados em uma das quatro modalidades existentes, sendo voltados, assim, para nichos de mercados diferentes e, evidentemente, com características bem distintas. Porém, os títulos atualmente em comercialização, independentemente da modalidade, apresentam uma parte de “poupança programada” e, geralmente, outra de “sorteios”. Poupança Programada A poupança programada faz-se por meio da aplicação de parte dos pagamentos realizados pelo consumidor, por um período estipulado, a uma determinada taxa de juros.Ao montante presente nessa “poupança programada” dá-se o nome de capital ou reserva de capitalização, ou, ainda mais tecnicamente, de Provisão Matemática para Capitalização (PMC). Ao final de cada mês, os juros decorrentes da remuneração do capital são adicionados ao próprio capital, passando a fazer parte dessa provisão matemática para efeito de cálculo dos juros do próximo período. UNIDADE 2 25 Além disso, o capital vai sendo mensalmente atualizado por um índice predefinido, geralmente a TR. A atualização monetária tem como objetivo a manutenção do poder de compra do capital, evitando que ele se deteriore pelos efeitos danosos da inflação. O saldo desta espécie de conta programada do consumidor (Provisão Matemática para Capitalização) será utilizado como base para o valor a que o consumidor terá direito no momento do resgate (valor de resgate). Não se deve confundir título de capitalização com caderneta de poupança. A utilização aqui do termo “poupança” busca apenas ilustrar que a evolução do capital presente na Provisão Matemática para Capitalização é muito semelhante à de uma caderneta de poupança. Na capitalização, o acompanhamento desse capital é feito, porém, por uma sociedade de capitalização. A formação de capital sempre esteve presente na concepção de um título de capitalização: as sociedades de capitalização emitiam certificados em favor dos respectivos compradores, que nada mais eram do que os próprios títulos de capitalização. Os subscritores dos títulos efetuavam pagamentos à sociedade, durante um certo tempo correspondentes ao valor dos títulos, e formavam, assim, um capital que, acrescido dos juros acumulados, era resgatado pelos titulares em prazo previamente fixado no título. Sorteios Originalmente, o sorteio se constituía em um componente secundário, uma espécie de atrativo adicional e acessório. Era uma mera antecipação do recebimento do valor que seria formado ao final do prazo estipulado no plano, muito similar a um consórcio. Atualmente, o valor do sorteio é caracterizado por um múltiplo do pagamento único ou do pagamento mensal, ou periódico do título, não mais se vinculando ao valor de resgate final do título, podendo, inclusive, alcançar somas bastante expressivas, enquanto a Provisão Matemática para Capitalização (PMC) pode originar um valor de resgate bem menos atraente. Tais sorteios contemplam apenas alguns dos consumidores com valores de prêmios que devem ser previamente definidos nos títulos, sendo, portanto, do conhecimento de todos os participantes. Ainda que não seja obrigatório que um título de capitalização apresente sorteios, o que se observa na prática é que quase 100% dos títulos atualmente existentes possuem este componente para atrair os consumidores. Características do Título Título de capitalização é um título financeiro do tipo mobiliário e nominativo, adquirido pelo comprador diretamente de uma sociedade de capitalização ou por meio de um corretor. Seu objetivo é a formação de capital através de uma aplicação prefixada por um período determinado e a uma taxa de juros previamente conhecida. Será visto mais adiante, na Unidade 3, no tópico referente à remuneração do capital, que é possível que as sociedades de capitalização estruturem seus títulos com taxas de juros diferenciadas ao longo de sua vigência, desde que respeitados os limites mínimos fixados pela Circular SUSEP no 365/2008. Art. 1o do Decreto-Lei 261/67: “Art. 1o. Todas as operações das sociedades de capitalização fi cam subordinadas às disposições do presente Decreto-Lei. Parágrafo único. Consideram-se sociedades de capitalização as que tiverem por objetivo fornecer ao público, de acordo com planos aprovados pelo Governo Federal, a constituição de um capital mínimo perfeitamente determinado em cada plano, e pago em moeda corrente em um prazo máximo indicado no mesmo plano, à pessoa que possuir um título segundo cláusulas e regras aprovadas e mencionadas no próprio título.” CAPITALIZAÇÃO26 Além de um papel do mercado mobiliário, o título de capitalização é também um papel nominativo, porque possui um proprietário identificado que poderá transferir seu direito de propriedade a outra pessoa. Os títulos de capitalização apresentam dois componentes distintos e complementares, que são: • poupança constituída pela capitalização (juros compostos) de uma parte do que foi pago pelo título; e • sorteios, que contemplam apenas uma parte dos títulos. Podemos concluir que o título de capitalização, então, resulta de uma associação de poupança programada (conceito) e sorteio, cabendo ao aspecto lúdico antecipar ou ultrapassar os valores desejados com uma poupança programada. Conteúdo do Título O título de capitalização também pode ser entendido como um contrato entre a sociedade de capitalização e o adquirente, sendo composto por um conjunto de cláusulas que dão uma forma própria ao título. Estas cláusulas são denominadas condições gerais do título e estabelecem as regras relativas à formação do capital (reserva matemática), como também as regras para os sorteios. Em outras palavras, são as condições gerais que individualizam uma série de títulos, havendo, assim, diversos produtos em razão de existirem condições gerais diferentes. Essas condições gerais, por possuírem uma natureza contratual, devem observar o Código de Defesa do Consumidor (Lei 8.078, de 11 de setembro de 1990), sendo que essas condições, por disposição legal, deverão ser disponibilizadas ao subscritor, assim como todas as demais informações acessórias ao produto previamente à aquisição do título ou ao preenchimento da ficha de cadastro, quando existente. Buscando-se uma analogia com o seguro, as condições gerais do título corresponderiam às condições contratuais do primeiro, e o título de capitalização corresponderia à própria apólice de seguros. De qualquer forma, o título de capitalização, contendo suas condições gerais, juntamente com as informações complementares necessárias, deverá ser disponibilizado ao subscritor ou ao titular em, no máximo, 15 dias após a data de início de vigência. O documento disponibilizado é a versão impressa do título e das respectivas informações complementares na cidade de domicílio do subscritor e do titular, sem custos adicionais que sejam revertidos direta ou indiretamente para a sociedade de capitalização. Subscritor É a pessoa que subscreve a proposta de aquisição do título, quando existente, assumindo o compromisso de efetuar o pagamento na forma convencionada nas condições gerais. Titular É o próprio subscritor ou outra pessoa expressamente indicada por ele. É o proprietário do título, a quem devem ser pagos todos os valores originados por esse título. UNIDADE 2 27 Há, ainda, a Nota Técnica Atuarial, que consiste na descrição do título por meio de bases técnicas, hipóteses e formulações atuariais. Nela, encontram-se as demonstrações dos cálculos dos parâmetros técnicos de um título de capitalização, traduzidos em enunciados e fórmulas matemáticas que o plano tem que satisfazer. Além disso, a nota técnica traz também a formulação matemática das provisões que serão constituídas no plano de capitalização. Ela deve ser assinada por um atuário devidamente registrado no Instituto Brasileiro de Atuária (IBA). Por não possuir natureza contratual e por não acrescentar novos elementos sobre os direitos ou as obrigações do consumidor, a nota técnica do plano não necessita ser de conhecimento do adquirente do título de capitalização. Aprovação do Título Para que uma sociedade de capitalização possa comercializar um título, é necessário que ela obtenha, previamente, uma aprovação específica, fornecida pela SUSEP. A sociedade de capitalização deverá encaminhar à SUSEP, paraanálise, as condições gerais e a Nota Técnica Atuarial dos títulos de capitalização a serem por ela comercializados e, caso estejam em conformidade com os normativos em vigor, deve ocorrer a aprovação. As condições gerais e a Nota Técnica Atuarial devem ser encaminhadas primeiramente através do Registro Eletrônico de Produtos, implantado em janeiro de 2013, seguido do protocolo físico de expediente que contemple: • a razão social da sociedade; • CNPJ; • a respectiva modalidade à qual pertença o título; • a assinatura de dois diretores da sociedade; e • a assinatura do atuário responsável pela elaboração da Nota Técnica Atuarial, com número de identificação profissional perante o órgão competente. A aprovação ocorre por meio do processo para aprovação de título de capitalização. Existe um número de processo administrativo para cada plano, fornecido pela SUSEP quando do recebimento do pedido de aprovação. É obrigatória a inclusão do número de processo SUSEP nas condições gerais, na ficha de cadastro ou em qualquer veiculação de caráter publicitário, de forma a permitir a imediata identificação do produto pelo destinatário. A única exceção é quando se tratar de propaganda institucional, hipótese em que não será necessário mencionar os números dos processos cadastrados na SUSEP. Tanto as condições gerais quanto a nota técnica precisam ser previamente aprovadas pela SUSEP para que os títulos, referentes àquele processo administrativo, possam ser comercializados. Após a aprovação pela SUSEP, as Condições Gerais são disponibilizadas para consulta, no site da SUSEP, através do número do processo administrativo (http://www.susep.gov.br/menu/informacoes-ao-publico/planos-e-produtos/ consulta-publica-de-produtos-1). É possível afi rmar que um título de capitalização, tecnicamente, é formado pela união das condições gerais do título e da Nota Técnica Atuarial. Observações A nota técnica e as condições gerais não precisam ser estáticas. Podem sofrer ajustes ou alterações, desde que as mudanças em seus dispositivos sejam aprovadas pela SUSEP previamente à sua implementação. Porém, após a comercialização do título, qualquer alteração implementada nas condições gerais ou na Nota Técnica Atuarial deverá ser previamente encaminhada à SUSEP mediante abertura de novo processo administrativo e, consequentemente, geração de um novo número. A critério da sociedade de capitalização, pode-se solicitar o arquivamento do processo original. Excepcionalmente, a SUSEP não exige a aber tura de um novo processo administrativo se as alterações forem decorrentes de mudanças nas normas determinadas pela própria SUSEP ou pelo CNSP, isto é, se forem mudanças apenas para se adaptar a normativos novos. CAPITALIZAÇÃO28 FICHA DE CADASTRO A ficha de cadastro é obrigatória na modalidade Tradicional e Compra- Programada, sendo facultativa nas modalidades Popular e Incentivo. Ainda que não seja obrigatória, a ficha de cadastro pode ser um instrumento auxiliar tanto na operacionalização da venda do título quanto na administração do título. A ficha de cadastro, quando existente, deverá ser preenchida em momento anterior ao da aquisição do título, devendo conter alguns requisitos previstos na legislação em vigor, que são: • os incisos I, II, III, V, VI e VII do artigo 3o da Circular 365; • as redações previstas no §2o do artigo 3o da Circular 365; • a informação de que a contratação implica automática adesão às condições contratuais do título; e • a informação de que o subscritor tomou ciência das condições gerais do título de capitalização. Destaque-se, ainda, que ao subscritor deverá ser entregue, mediante contrarrecibo, uma cópia da ficha de cadastro. Uma vantagem de se ter a ficha de cadastro é a de o subscritor poder informar quem são os titulares. Exemplo: o pai que compra um título para seus dois filhos. Ele é o subscritor (assumindo a obrigação de pagar), e os filhos serão os titulares (possuem os direitos de resgate e de sorteio). A ficha de cadastro poderá conter essa informação (com o nome dos filhos), definindo, também, qual será a parte de cada filho (50% para cada um, por exemplo). No entanto, nada impede que essa declaração seja feita à sociedade num documento apartado. Assim, a ficha de cadastro pode conter os dados do subscritor e do titular, bem como outras informações, como, por exemplo, a autorização para débito em conta corrente dos pagamentos do título, se for o caso. UNIDADE 2 29 Nota A ficha de cadastro na capitalização possui uma função semelhante à da proposta de subscrição no mercado de seguros. A proposta de subscrição é bastante utilizada no mercado de seguros, salvo no caso de contratação de seguro via bilhete. É por meio dela que o segurado ou o seu representante, ou ainda o corretor, informa as características do bem a ser segurado, permitindo que a seguradora faça uma melhor avaliação dos riscos para os quais oferecerá a cobertura do seguro, ajustando melhor o prêmio a ser cobrado do segurado, podendo até mesmo recusar, desde que motivadamente, a aceitação do seguro. Na capitalização, a situação é um pouco diferente em relação ao mercado de seguros. Não há risco a ser transferido para a sociedade de capitalização, nem mesmo o de inadimplência, já que o valor a ser resgatado pelo titular será constituído a partir dos seus próprios pagamentos. Quanto aos sorteios, o inadimplemento acarreta a suspensão do título, isto é, afasta o direito de participar dos sorteios; logo, também não acarreta, pelo menos diretamente, prejuízo à sociedade. Deve-se observar que, se aquele título suspenso viesse a ser sorteado, o prêmio, em regra, pertenceria à própria sociedade. PROPAGANDA E MATERIAL DE COMERCIALIZAÇÃO A legislação determina que, embora não sejam passíveis de aprovação pela SUSEP, a propaganda e o material de promoção referentes aos títulos de capitalização somente poderão ser elaborados com autorização expressa e sob supervisão da sociedade de capitalização, respeitadas as condições gerais dos títulos e as normas em vigor. A sociedade de capitalização é responsável pela fidedignidade das informações prestadas no material de promoção e de comercialização dos seus títulos. Evidentemente, busca-se alcançar a relação sociedade de capitalização/corretores. Como consequência, a sociedade torna-se também responsável por todo o conteúdo de informações prestadas através do material de divulgação. Há alguns requisitos específicos para esse tipo de material, como a inclusão do número de processo SUSEP, além de algumas frases obrigatórias exigidas pela legislação (Exemplo de frase obrigatória: “A aprovação deste título pela SUSEP não implica, por parte da Autarquia, em incentivo ou recomendação a sua aquisição, representando, exclusivamente, sua adequação às normas em vigor.”; “e, quando a venda for intermediada por corretor de capitalização, (...)” – Circular SUSEP 365/08). Há um outro requisito bastante importante: qualquer veiculação de caráter publicitário, independentemente da mídia utilizada, ao mencionar a faculdade de conversão dos valores de resgate e/ou prêmios de sorteio em eventuais bens e/ou serviços, deverá informar que o consumidor sempre terá direito ao recebimento em dinheiro, se assim o desejar. Importante É necessário extremo cuidado com os materiais de propaganda e comercialização, que, segundo o Código de Defesa do Consumidor, tornam-se partes integrantes do contrato. CAPITALIZAÇÃO30 AS CONDIÇÕES GERAIS DO TÍTULO: O “CONTRATO” DE CAPITALIZAÇÃO As condições gerais são normas que regem o contrato entre a sociedade e os adquirentes de títulos de capitalização. As cláusulas definem os deveres e direitos dos contratantes nas transações de compra e venda de títulos de capitalização. O títuloé o documento em que estão previstos todos os direitos e deveres da sociedade de capitalização e do consumidor. Nas condições gerais dos títulos (modelo no Anexo 1), são apresentados todos os diferenciais que a sociedade quer imprimir ao seu produto. As sociedades de capitalização podem prever, por exemplo, a participação dos titulares nos lucros da empresa. Os direitos conferidos pela aquisição de um título de capitalização variam de empresa para empresa e até de título para título (aqui entendidos como “planos” distintos) de uma mesma empresa, embora haja uma crescente tendência de uniformização das Condições Gerais, em função da existência do Plano Padrão de Capitalização elaborado pela Comissão Técnica da FENACAP – Federação Nacional de Capitalização. (Os planos podem ser acessados em http://www.susep.gov.br/menu/informacoes-ao-mercado/ informacoes-tecnicas-e-planos-padroes/capitalizacao) De acordo com a legislação em vigor, as condições gerais do título devem conter, no mínimo e sempre em destaque, os seguintes elementos: • glossário com as definições de subscritor, titular, capital, capital nominal; • percentuais de sorteio e de carregamento; • tabela que discrimine o percentual de resgate em função do prazo de vigência do título; • informações sobre se o valor do prêmio de sorteio é líquido ou bruto e, nesse caso, que o desconto de imposto de renda será na forma da legislação em vigor, explicitando o percentual vigente aplicável; • denominação e CNPJ da sociedade de capitalização; • nome fantasia do produto, número do processo SUSEP e a modalidade, facilmente identificáveis; • critério de atualização de valores, com a indicação do índice utilizado; • informação sobre a incidência de juros moratórios, quando o sorteio e/ou resgate não forem pagos nos prazos estabelecidos pela legislação em vigor; • informações relativas à participação em excedentes financeiros, nos termos da legislação específica, e as condições para obtenção de bônus, quando previstos; e • informações sobre local do foro para processamento de questões judiciais e informações sobre os prazos prescricionais. É indispensável conhecer o conteúdo das condições gerais de um título, seja para vendê-lo, comprá-lo ou, ainda, prestar informações aos consumidores. UNIDADE 2 31 Todas as cláusulas que implicarem limitações ou impuserem ônus aos titulares deverão ser redigidas em destaque nas condições gerais, permitindo sua fácil identificação e compreensão. Além disso, elas deverão apresentar a seguinte redação obrigatoriamente (Anexo 1, art. 1o, §1o): “A aprovação deste título pela SUSEP não implica, por parte da Autarquia, em incentivo ou recomendação à sua aquisição, representando, exclusivamente, sua adequação às normas em vigor.”; E, quando a venda for intermediada por corretor de capitalização, também deve haver a redação abaixo (Anexo 1, art. 1o, §2o): “O consumidor poderá consultar a situação cadastral de seu corretor de capitalização, no sítio www.susep.gov.br, por meio do número de seu registro na SUSEP, nome completo, CNPJ ou CPF.” As duas redações acima também são aplicáveis à ficha de cadastro, se existente. Mas não é só: a primeira frase, que aborda a aprovação, também deverá ser inserida em material de comercialização e propaganda utilizado pela sociedade de capitalização quando este for específico para um determinado produto ou grupo de produtos, à exceção da propaganda efetuada por mídia eletrônica, a exemplo de rádio e TV. INFORMAÇÕES COMPLEMENTARES ÀS CONDIÇÕES GERAIS Além de todas as informações que devem estar presentes nas condições gerais e na ficha de cadastro, a legislação prevê, ainda, a obrigatoriedade de a sociedade prestar outras informações ao subscritor, podendo tais informações estarem apartadas das condições gerais do título. São elas: • valor do capital nominal mínimo, formado ao final do prazo de vigência, considerando-se todos os pagamentos previstos efetuados em dia; • nome e número de registro do corretor, quando existente; • identificação dos titulares, quando conhecidos previamente, com o respectivo percentual de cada um sobre os direitos do título, quando for o caso; e • número do título e os números ou códigos que o título utilizará na participação dos sorteios. Importante Lembramos que as condições gerais devem estar disponíveis ao consumidor no momento da contratação do título. Atenção Para facilitar a sua compreensão, no Anexo 1, apresentamos um exemplo de condições gera is de t í tu lo de capitalização e nos próximos itens, sempre que possível, será informado qual o artigo dessas condições gerais a que o tópico em estudo se refere. CAPITALIZAÇÃO32 FORMAS DE CONTRATAÇÃO DE UM TÍTULO DE CAPITALIZAÇÃO Um título de capitalização pode ser contratado da forma mais clássica, isto é, por meio da presença física do consumidor e do corretor de capitalização. Mas também pode ser contratado com a utilização de canais remotos. Neste caso, a contratação ocorre sem a presença conjunta de consumidor e de um corretor de capitalização. Como exemplo desta forma, podemos citar a contratação do título via terminais bancários de autoatendimento ou mesmo pela Internet. Contudo, a legislação exige requisitos especiais para a contratação por canais remotos. Em tais casos, a sociedade de capitalização deverá: • disponibilizar, imediatamente, a confirmação da contratação ao consumidor; e • encaminhar, em até 15 dias após a data do início de vigência, o título de capitalização ao titular ou disponibilizar, no momento da contratação, documentação contendo o título de capitalização e suas condições gerais. A CONTRATAÇÃO DE UM TÍTULO DE CAPITALIZAÇÃO: SUBSCRITOR E TITULAR As pessoas envolvidas na aquisição de um título de capitalização passam a possuir uma denominação especial: subscritor e titular. Subscritor é a pessoa física ou jurídica que subscreve a proposta de compra, quando existente, comprometendo-se a efetuar os pagamentos na forma prevista nas condições gerais do título. O subscritor também pode ser chamado de proponente, em analogia ao contrato de seguro. Já titular é a pessoa, física ou jurídica, proprietária do título. Ao titular cabem os direitos originados pelo título de capitalização. Esses direitos são, basicamente, o de recebimento do resgate de participação nos sorteios, incluindo também o recebimento dos prêmios caso seja contemplado. O titular poderá ser o próprio subscritor ou uma outra pessoa, física ou jurídica, indicada pelo subscritor. Assim, o subscritor, ao adquirir o título de capitalização (ou mesmo posteriormente, se não o fez em momento anterior), pode indicar a quem pertencem os direitos: ao próprio subscritor ou a alguém por ele indicado. É possível, também, a escolha de mais de um titular. Assim, os pagamentos de resgate e de sorteios deverão ser efetuados a cada um dos titulares indicados na proporção estabelecida pelo subscritor por ocasião da contratação. Exemplo: uma pessoa pode comprar um título para si mesma ou pode comprá-lo e indicar como titular seu filho. Nesse caso, ela é responsável pelo pagamento, e o filho será o titular do direito de resgate, e, caso o título seja sorteado, o filho possui o direito de receber o prêmio do sorteio. Observação A partir deste momento, seguiremos nosso estudo com foco nos elementos e requisitos que as condições gerais do título devem apresentar, uma vez que tais condições é que são levadas ao conhecimento do consumidor, definindo direitos e obrigações tanto para o consumidor quanto para a sociedade de capitalização. Abordaremos a Nota Técnica Atuarial apenas quando for necessário esclarecer um tópico das condições gerais. Observações 1. É proibida a venda de t í tulo de capitalização a menores de16 anos. 2. A Circular SUSEP 460/2012 criou também a fi gura do “Distribuidor de títulos de capitalização” que é a pessoa jurídica que realiza a intermediação entre a sociedade de capitalização e o canal de venda dos títulos de capitalização. A circular estabelece ainda uma série de obrigações e regras para este distribuidor. UNIDADE 2 33 Atenção Em caso de falecimento do titular, o título integrará o seu espólio. Assim, em regra, após a conclusão do processo de inventário, serão distribuídos os direitos decorrentes do título aos herdeiros do titular. Em caso de falecimento do subscritor, a transferência se dá de acordo com duas situações: • subscritor e titular eram a mesma pessoa – neste caso, os direitos oriundos do título integrarão o espólio do falecido. Quanto à obrigação de realização dos pagamentos restantes (caso existam), que cabia ao subscritor falecido, tal obrigação poderá ser assumida por qualquer pessoa legalmente interessada, porém isso não lhe garantirá os direitos do título; e • subscritor e titular eram pessoas diferentes – neste caso, qualquer pessoa legalmente interessada poderá assumir o lugar do subscritor. O titular continuará a deter os direitos originados do título (resgate da provisão matemática e recebimento dos prêmios de sorteios). Em qualquer das duas hipóteses, não se efetuando os pagamentos, o título será cancelado conforme as regras previstas nas condições gerais, persistindo, no entanto, o direito de resgate. TRANSFERÊNCIA DO TÍTULO DE CAPITALIZAÇÃO: CEDENTE E CESSIONÁRIO Conforme a legislação em vigor, o título de capitalização é indivisível em relação à sociedade (Anexo 1, art. 2o). Isso significa que duas sociedades de capitalização não podem se unir para lançar um título, sendo uma responsável pelo pagamento dos resgates e a outra responsável pelo pagamento referente aos sorteios. Não é possível, também, mesmo depois de comercializado o título, uma sociedade transferir a outra a obrigação dos pagamentos referentes aos sorteios. Além disso, uma sociedade de capitalização não poderá comercializar os direitos relativos ao título separadamente, ou seja, ela não pode, por decisão sua, vender o direito de resgate de um título para uma pessoa e o direito de sorteio do mesmo título para outra. Assim, a sociedade de capitalização não pode, sozinha, decidir por dividir os direitos de um título de capitalização. No entanto, para o subscritor e para o titular, é facultada a transferência (cessão) de seus papéis no título a qualquer momento, mediante comunicação escrita à sociedade, não podendo ser cobrada qualquer taxa para a realização dessa transferência. CAPITALIZAÇÃO34 A pessoa, física ou jurídica, que cede o seu papel no título de capitalização é chamada de cedente, enquanto a pessoa a quem esse papel está sendo cedido é chamada de cessionário. A transferência de titular é mais frequente do que a transferência entre subscritores. Na transferência do titular, o cessionário (novo titular) substitui o cedente (antigo titular) em todos os seus direitos e obrigações. Assim, o novo titular assumirá o papel do cedente, passando a possuir o direito ao resgate e à participação nos sorteios. Somente o titular ou seu representante legal podem transferir a titularidade a outra pessoa. É vedado ao subscritor este direito, a não ser que subscritor e titular sejam a mesma pessoa. Já o subscritor pode transferir a outra pessoa a obrigação de efetuar os pagamentos. Para tal, deverá ter a concordância desta outra pessoa, que passará a assumir a obrigação dos pagamentos. Importante 1. Cabe ao subscritor e/ou ao titular comunicar à sociedade de capitalização sobre: • seus dados cadastrais atualizados para efeito de registro e controle; • a realização de transferência (cessão), informando os dados cadastrais do novo subscritor e do novo titular (cessionários), respectivamente, mediante solicitação formal (assinatura) de ambas as partes ou de seus representantes legais; e • a sociedade de capitalização deverá manter registro atualizado contendo as informações sobre o título e os dados cadastrais do subscritor e titular, de modo a identificar, para aquele título de capitalização, a perfeita vinculação entre estas pessoas e a sociedade de capitalização, observados, também, outros requisitos de legislação mais específica. 2. Existem diversos títulos de capitalização em que o consumidor cede automaticamente o direito de resgate a instituições declaradas de utilidade pública ou assemelhadas, ficando apenas com o direito de participação nos sorteios. Há inúmeras regras específicas para esta cessão, conforme Circular SUSEP 460/2012. UNIDADE 2 35 VIGÊNCIA DE UM TÍTULO DE CAPITALIZAÇÃO O prazo de vigência é o período durante o qual o título de capitalização está sujeito às regras descritas nas condições gerais do título, sendo administrado pela sociedade de capitalização. Dois fatos podem determinar a data de início de vigência: a ocorrência do primeiro pagamento (se o título for do tipo PU, fala-se em “pagamento único”) ou a aquisição do título. É considerada como sendo a data de início de vigência a que ocorrer primeiro entre as hipóteses anteriores. Assim, se um consumidor adquire o título no dia 5 do mês, efetuando o primeiro pagamento no dia 10, considera-se que o título de capitalização iniciou vigência no dia 5, por ser esta a data que ocorreu primeiro (Anexo 1, art. 3o). O título permanecerá plenamente ativo enquanto não houver atraso nos pagamentos. A partir da data de início, e durante o prazo de vigência, o titular passa a ter direito a todos os benefícios proporcionados pelo produto: juros e atualização da Provisão Matemática para Capitalização, além de poder participar dos sorteios. O art. 1o do Decreto-Lei 261/67 menciona que o título objetiva “a constituição de um capital mínimo perfeitamente determinado em cada plano, e pago em moeda corrente em um prazo máximo indicado no mesmo plano”. Dessa forma, o prazo de vigência é exatamente o prazo estabelecido no título para a formação do capital que o título objetiva atingir. Pode-se dizer que o prazo de vigência é aquele em que esse capital está sujeito à remuneração (capitalização), pela incidência da taxa de juros prevista nas condições gerais, e à atualização monetária, por meio da aplicação do índice informado também nas condições gerais. O prazo mínimo de vigência para um título de capitalização é de 12 meses, conforme legislação em vigor. PRAZO DE CARÊNCIA DE UM TÍTULO DE CAPITALIZAÇÃO Na capitalização, alguns títulos admitem que o titular possa realizar resgates mesmo antes de encerrada a vigência do título, o que se denomina resgate antecipado (antecipado em relação ao final da vigência). No entanto, o título também pode estabelecer que o valor a ser recebido, em função do resgate antecipado, só poderá ocorrer depois de cumprida uma certa parte da vigência, denominada prazo de carência (Anexo 1 – art. 11). O prazo de carência é o período de tempo, contado a partir do início de vigência do título, que o titular terá que aguardar para poder receber o valor de resgate. Após a solicitação do resgate total, não mais incidem juros sobre a Provisão Matemática para Capitalização, havendo apenas atualização monetária. Observação O prazo de vigência não se confunde com o prazo de pagamento, que é o período durante o qual o subscritor se compromete a efetuar os pagamentos. Porém, o prazo de pagamento só poderá, no máximo, ser igual ao prazo de vigência. CAPITALIZAÇÃO36 O prazo de carência do título de capitalização não afeta o direito de participação nos sorteios, isto é, nesse prazo o título concorrerá normalmente aos sorteios, havendo apenas a limitação ao recebimento do valor oriundo de resgate antecipado.Situação interessante poderá ocorrer em caso de cancelamento do título por inadimplência (falta de pagamento). Quando houver este cancelamento, os recursos presentes na Provisão Matemática para Capitalização sempre poderão ser levantados pelo titular (não obrigatoriamente de forma integral), devendo, no entanto, aguardar o cumprimento do prazo de carência do título de capitalização, se existente. Assim, se o cancelamento ocorrer durante o prazo de carência estabelecido no título, o titular deverá aguardar o seu término para, só então, obter o valor de resgate. A legislação permite que a sociedade fixe um prazo de carência para a efetivação de resgates de, no máximo, 24 meses (contados sempre a partir da data de início da vigência), porém nunca superior ao próprio prazo de vigência do título. Assim, se o título tiver um prazo de vigência igual ou inferior a 24 meses, o prazo máximo de carência admitido pela legislação para a efetivação do resgate será igual ao período de vigência do título. TIPOS DE TÍTULO: PU, PP E PM Os tipos de títulos são classificados com base no número de pagamentos que serão efetuados pelo subscritor. Dividem-se em PU (pagamento único), PP (pagamentos periódicos) e PM (pagamentos mensais) (Anexo 1, art. 4o). Como o próprio nome diz, os títulos do tipo PU se caracterizam por um pagamento único. Os títulos do tipo PM preveem a realização de um pagamento para cada mês de sua vigência. Assim, exemplificando, se o título PM possuir uma vigência de 60 meses, ele exigirá que o subscritor realize 60 pagamentos mensais e consecutivos. Já os títulos do tipo PP preveem pagamentos periódicos. Não há correspondência entre o número de pagamentos e o número de meses de vigência, sendo prevista a realização de mais de um pagamento (se fosse apenas um pagamento, seria PU). Em geral, esses pagamentos são consecutivos, mas não há correspondência entre o número de pagamentos e o número de meses de vigência. Por exemplo, é possível a existência de um título PP com 12 meses de vigência em que haja somente seis pagamentos (do 1o ao 6o mês, por exemplo). Há diversas aplicações práticas para os títulos PP e PM. Em geral, eles priorizam não só os sorteios, mas também o valor de resgate. Os títulos PP e PM são os que mais se aproximam da ideia de uma “poupança programada”, ou “forçada”, como alguns preferem, em razão de o subscritor ser obrigado a efetuar os pagamentos mensalmente, sendo o valor de resgate gradativamente construído. Importante Para qualquer tipo de título, é proibida a cobrança de valores do subscritor e/ou do titular com fi nalidade de inscrição, cadastro ou transferência. Assim, nada, além de valores correspondentes aos pagamentos, pode ser cobrado do subscritor de um título de capitalização. Exemplo Um título de 12 meses de vigência pode prever, no máximo, um prazo de carência de 12 meses. Já um título com 72 meses de vigência poderia apresentar um prazo máximo de carência de 24 meses. UNIDADE 2 37 A COMPOSIÇÃO DO PAGAMENTO: AS QUOTAS DE CAPITALIZAÇÃO, DE SORTEIO E DE CARREGAMENTO Cada pagamento a ser realizado pelo subscritor é formado por três componentes: quota de capitalização, quota de sorteio e quota de carregamento (Anexo 1, Glossário). É comum se apresentarem as quotas como sendo percentuais incidentes sobre o pagamento. Assim, em cada pagamento, a soma dos percentuais referentes às Quota de Capitalização, Carregamento e Sorteio deve resultar em 100%, isto é, a soma equivale a 100% do valor do pagamento. Quotas de Capitalização Representam o percentual (a parte) de cada pagamento que será destinado à constituição do capital a ser resgatado. Os percentuais relativos aos pagamentos a serem utilizados para constituição da Provisão Matemática para Capitalização – quotas de capitalização – deverão obedecer aos seguintes critérios, observados, ainda, os demais requisitos de cada modalidade: • nos títulos com pagamento único (PU) em que haja sorteio, a quota de capitalização mínima é de 70%, qualquer que seja o prazo de vigência. Mas há uma exceção: em títulos de pagamento único (PU) com 12 meses de vigência e pertencentes às modalidades Incentivo ou Popular, o percentual destinado à formação da Provisão Matemática para Capitalização deverá ser, no mínimo, 50% do valor do pagamento. PU com Sorteios Percentual Mínimo Destinado à Capitalização (Quota de Capitalização Mínima) Títulos em geral 70% Incentivo ou Popular com 12 meses de vigência 50% • nos títulos com pagamentos mensais (PM) ou de pagamentos periódicos (PP), em que haja a realização de sorteios, os percentuais destinados à formação da Provisão Matemática para Capitalização deverão ser, no mínimo, 10% do valor de cada pagamento nos primeiros três meses de vigência, 70% a partir do quarto mês de vigência, e, além disso, a média aritmética do percentual de capitalização de todos os pagamentos, até o final da vigência do título, deverá corresponder a, no mínimo, 70%, qualquer que seja o prazo de vigência do título. PM ou PP com Sorteios Percentual Mínimo Destinado à Capitalização (Quota de Capitalização Mínima) 1o, 2o e 3o pagamentos 10% 4o pagamento em diante 70% Média de todos os pagamentos 70% • nos títulos em que não há sorteio, sejam PU, PP ou PM, os percentuais destinados à formação da Provisão Matemática para Capitalização devem corresponder, no mínimo, a 98% de cada pagamento. Exemplo Se, numa série de 100.000 títulos com pagamento único de valor “a”, os prêmios de sorteios totalizarem 10.000 vezes o valor do pagamento (10.000 * a), a quota de sorteio será de 10% (10.000 * a /100.000 * a), isto é, cada título colabora com 10% de seu pagamento para custear os sorteios. CAPITALIZAÇÃO38 Quotas de Sorteio Têm como finalidade custear os prêmios que são distribuídos em cada série, quando previstos. Representam a parte lotérica do título, ou seja, aquilo que o consumidor está “jogando”. O “bolo” formado por essas parcelas se destina, exclusivamente, a bancar os prêmios pagos aos clientes sorteados. Há limites existentes na legislação para a quota de sorteio, mas esses limites variam de acordo com a modalidade do título, como veremos mais adiante. Quotas de Carregamento Os percentuais de carregamento deverão cobrir os custos de despesas com corretagem, colocação e administração do título de capitalização, emissão, divulgação, atendimento ao cliente, desenvolvimento de sistema e, é claro, o lucro da sociedade de capitalização. Assim, as quotas de carregamento representam a parcela de cada pagamento que é cobrada pela sociedade para administrar o título. Notas • As quotas de sorteio e de carregamento deverão ser apresentadas sempre em destaque nas condições gerais do título de capitalização e ser de conhecimento do subscritor no ato da subscrição. • Como as quotas somadas devem resultar na integralidade de cada pagamento (100%), é evidente que, indiretamente, a quota de capitalização também pode ser conhecida. Atualmente, não há um limite expresso à quota de carregamento. Os limites à quota de sorteio serão abordados mais à frente. • Dentro dos limites estabelecidos pela legislação, cada sociedade pode fixar suas próprias quotas, de acordo com o objetivo comercial a ser atingido para cada produto que lançar. Exemplo: num título com pagamentos mensais no valor de R$ 200,00 (cada um), o quarto pagamento apresenta as seguintes quotas: • quota de capitalização: 75% • quota de sorteio: 15% • quota de carregamento: 10% Então, R$ 150,00 (75%) serão destinados para compor o capital, R$ 30,00 (15%) serão destinados para o custeio dos sorteios, e R$ 20,00 (10%) serão destinados ao carregamento da sociedade de capitalização. Observa-se que apenas uma parte do pagamento (oriunda da quota decapitalização) é efetivamente utilizada na formação do capital, isto é, da Provisão Matemática para Capitalização (PMC). UNIDADE 2 39 A ESTRUTURAÇÃO DE UM TÍTULO DE CAPITALIZAÇÃO: O TAMANHO DA SÉRIE De acordo com a legislação em vigor, os títulos de capitalização que prevejam sorteio devem ser estruturados em séries, ou seja, em sequências ou em grupos de títulos submetidos às mesmas condições e características, à exceção do valor do pagamento (Anexo 1, art. 8o). Isso significa que podem ser comercializados, numa mesma série, títulos com valores de pagamento diferenciados, desde que tal hipótese esteja prevista na Nota Técnica Atuarial do plano. O número de títulos (tamanho da série) que serão emitidos numa mesma série deverá ser informado nas condições gerais e na Nota Técnica Atuarial do título. Assim, o tamanho da série representa a quantidade máxima de títulos que poderá ser comercializada nessa mesma série. Somente os títulos relativos a uma mesma série podem concorrer aos sorteios previstos para aquela série. Porém, é possível que uma sociedade de capitalização comercialize várias séries distintas, observada, no entanto, em cada série, a quantidade máxima de títulos. É certo que os sorteios relativos a uma série não se comunicam com uma outra, isto é, os sorteios e, consequentemente, os títulos ganhadores são independentes entre as séries. A importância do tamanho da série está relacionada aos sorteios. Em primeiro lugar, os sorteios são custeados pelos próprios títulos, por meio da quota de sorteio. Assim, para se determinar quanto compete a cada título, ou seja, para se fazer a divisão do custo dos sorteios pelos títulos, é necessário definir quantos títulos serão colocados à venda, ou seja, é necessário se definir o tamanho da série. O segundo aspecto relevante é referente à probabilidade de ser sorteado. Evidentemente, quanto maior o tamanho da série, mais difícil será, em tese, um título ser sorteado. Uma série é, portanto, um conjunto limitado de títulos, numerados sequencialmente, que possuem a mesma probabilidade de serem sorteados (o que, tecnicamente, denomina-se equiprobabilidade de contemplação no sorteio), que concorrem aos mesmos sorteios e que buscam garantir o equilíbrio entre receitas e despesas relativamente aos sorteios. Pela norma vigente, foi definido que o tamanho de uma série deverá ser de, no mínimo, 10.000 (dez mil) títulos. Observação Se não for previsto sorteio (hipótese que, na prática, é muito difícil de ocorrer), não é necessário se estruturarem os títulos em séries, isto é, não havendo sorteio, a sociedade não precisa definir uma quantidade máxima de títulos que será comercializada. CAPITALIZAÇÃO40 VALOR DE PAGAMENTO E SUA ATUALIZAÇÃO É facultada às sociedades de capitalização a comercialização de títulos com valores de pagamentos diferenciados, dentro da mesma série, ou seja, é possível que títulos dentro da mesma série possuam valores diferentes de pagamento. Mas há também, segundo a legislação em vigor, valor mínimo para cada um dos pagamentos. Em termos gerais, a legislação prevê que o valor mínimo admissível para cada pagamento é de R$ 3,00, mas a regra possui duas exceções: • títulos que prevejam a cessão integral da Provisão Matemática para Capitalização para programas sociais, educacionais, culturais ou esportivos de interesse do Governo Federal; e • títulos da modalidade Incentivo que prevejam a cessão gratuita ao consumidor somente do direito à participação nos sorteios. Possibilidades de mudança do valor pago pelo subscritor durante a vigência: • nos planos PU – o pagamento é único, não sendo possível, evidentemente, a hipótese de atualização do valor a ser pago pelo subscritor; e • nos planos PM e PP – os pagamentos são mensais e sucessivos. Assim, pode ser interessante prever a sua atualização monetária, principalmente se o “plano” tiver um prazo de vigência longo para que esses pagamentos não sejam corroídos pelos efeitos inflacionários, já que, como o valor de resgate é originado a partir de uma parte dos pagamentos (oriunda da quota de capitalização), ele também sofreria os efeitos inflacionários. Por isso, a norma faculta às sociedades de capitalização a elaboração de planos com a previsão de atualização do pagamento. Anualmente, o valor de pagamento seria corrigido, ou melhor, atualizado monetariamente na forma definida nas condições gerais do título (Anexo 1, art. 13). É vedada a inclusão de cláusula de atualização de pagamento para títulos com prazo de pagamento igual ou inferior a 12 meses, uma vez que a atualização deve ter, quando prevista, periodicidade anual e deverá utilizar um dos índices autorizados pela legislação em vigor. A legislação permite a utilização de percentual inferior a 100% do índice pactuado (exemplo: 60% da variação do IGP-M), sendo possível, também, que as sociedades de capitalização estabeleçam, nas condições gerais do título, a livre pactuação entre as partes do percentual do índice de atualização a ser aplicado aos pagamentos periódicos (PP) ou pagamentos mensais (PM), a cada período de 12 meses. A questão da cessão será mais bem abordada na modalidade Incentivo. No momento, o importante é saber que, para as duas exceções ao lado, não há um valor mínimo de pagamento imposto pela legislação. UNIDADE 2 41 O índice de atualização e a forma de sua apuração, se existentes, deverão constar das condições gerais do título. Os títulos que se utilizam da atualização dos pagamentos adotam, normalmente, a correção anual pelo IGP-M, o que se tornou, praticamente, o padrão do mercado. INFORMAÇÕES AO CONSUMIDOR A contratação de qualquer título de capitalização estabelece a obrigatoriedade de a sociedade de capitalização prestar informações relativas ao título sempre que solicitadas pelo subscritor ou titular (Anexo 1, art. 17). Segundo legislação em vigor, toda e qualquer cláusula que implique limitação ou imponha ônus aos titulares deverá ser redigida em destaque, permitindo imediata identificação e compreensão das regras. Além disso, a sociedade de capitalização deve prestar ao titular as informações necessárias ao acompanhamento dos valores inerentes ao título ou por meio da emissão e remessa de extratos individuais, ou por meio da disponibilização de informações através da mídia impressa ou eletrônica, ou, ainda, mediante outro canal de comunicação, devendo conter, no mínimo, o valor do resgate atualizado. No caso de optar por extratos, a periodicidade da remessa deve constar das condições gerais do título, observada a periodicidade máxima semestral, no caso de títulos de capitalização de pagamentos periódicos (PP) ou pagamentos mensais (PM) com prazo de vigência de 12 meses e a periodicidade máxima anual para os demais títulos. Existe, também, a obrigatoriedade de notificação, por escrito, mediante correspondência expedida com Aviso de Recebimento (AR) ou pela mídia impressa ou eletrônica, ao titular do título contemplado em sorteio no prazo máximo de 15 dias úteis, contados da data de sua realização, caso o prêmio não tenha sido pago. No Anexo 3 – Índices de Atualização –, há a relação dos índices de atualização passíveis de serem utilizados pelas sociedades de capitalização. CAPITALIZAÇÃO42 FIXANDO CONCEITOS 2 43 Fixando Conceitos 2 Anotações: MARQUE A ALTERNATIVA CORRETA [1] A economia (ou poupança) programada no título de capitalização é realizada por meio da aplicação de: (a) Parte dos pagamentos realizados pelo consumidor, por um período de tempo não previamente definido no título, sem haver a obrigatoriedade de incidência de juros. (b) Todo o montante correspondente aos pagamentos realizados pelo consumidor, por um período estipulado no título, a uma determinada taxa de juros.
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