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LEI DE IMPROBIDADE ADMINISTRATIVA (8.429/1992) disposições Gerais 1. Conceito de ato de improbidade administrativa: espécie de ato imoral qualificado. 1.1. O ato de improbidade, por si só, não é crime. No entanto, é possível que o ato constitua crime também, havendo, nesse caso, concomitância de searas. 1.2. Há dois casos em que a absolvição penal impede a condenação do agente público nas outras searas: (i) fato inexistente; e (ii) negativa da autoria (FINA – Fato Inexistente; Negativa de Autoria). 1.3. Não há “bis in idem” (dupla punição pelo mesmo fato na mesma seara). 2. Sujeitos passivos (art. 1º): toda a administração pública direta, indireta ou funcional dos entes da federação empresa incorporada ao patrimônio público entidade cuja participação do erário seja superior a 50% do patrimônio ou receita anual. Empresa que receba benefício público Empresas cuja participação do erário seja inferior a 50% do patrimônio ou receita anual, limitando-se, nesses casos, a sanção patrimonial à repercussão do ilícito sobre a contribuição dos cofres públicos. 3. Sujeitos ativos (art. 2º e 3º): agente público: qualquer pessoa que exerça qualquer função, remunerada ou não, nas entidades mencionadas no item anterior. Quem, mesmo que não seja agente público, induz ou concorre para a prática do ato improbo ou dele se beneficie de foram direta ou indireta. 3.1. De acordo com o STF, o Presidente da República e os ministros de Estado não estão sujeitos à lei de improbidade, sendo aplicada a lei de crimes de responsabilidade. 4. Atos de improbidade e penas: 4.1. Enriquecimento ilícito (art. 9): auferir qualquer tipo de vantagem patrimonial indevida em razão do cargo, mandato, função, etc. Trata-se, em, síntese ,das hipóteses de aumento indevido de patrimônio em virtude do exercício da função. É necessário que haja dolo. Pode ou não gerar dano ao Erário. 4.2. Prejuízo ao Erário (art. 10): ação ou omissão que enseje perda patrimonial, desvio, apropriação, malbaratamento ou dilapidação dos bens ou haveres das entidades mencionados acima. Aqui cabe dolo ou culpa. 4.3. Concessão ou aplicação indevida de benefício financeiro ou tributário (art. 10-A): conceder, aplicar ou manter benefício de forma alheia ao que dispõe a lei complementar do ISS. Cabe dolo ou culpa. Há exceções. 4.4. Atos contrários aos princípios da Administração Pública (art. 11): ação ou omissão que viole os deveres de honestidade, imparcialidade, legalidade e lealdade às instituições. É necessário dolo. Enriquecimento Ilícito Prejuízo ao Erário Benefício Fin/Trib Atos contra Princípios Ressarcimento integral Ressarcimento integral Perda da função Ressarcimento integral Perda de bens e valores acrescidos Perda de bens e valores acrescidos Suspensão direitos políticos 5-8 anos Perda de bens e valores acrescidos Perda da função Perda da função Multa civil até 3 vezes o benefício Suspensão direitos políticos 3-5 anos Suspensão direitos políticos 8-10 anos Suspensão direitos políticos 5-8 anos ---------- Multa civil até 100 vezes a remuneração ou o salário mínimo (para particular) Multa civil até 3 vezes o acréscimo patrimonial Multa civil até 2 vezes o dano ---------- Proibição contratar (...) por 3 anos Proibição contratar (...) por 10 anos Proibição contratar (...) por 5 anos ---------- ----------
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