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Direito Financeiro

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Direito Financeiro
Lucíola Cristina T. Darge Laske
O Estado
Poder constituinte -> existência de um poder estatal.
Instituição de uma ordem jurídica.
Constituição: Documento solene e básico que forma o Estado. Complexo de regras e princípios.
Sistema constitucional rígido no ordenamento brasileiro.
Supremacia constitucional.
Estado de Direito.
Interpretação do ordenamento jurídico e a garantia do administrado.
Repartição das funções. Funções típicas e atípicas.
Liberdades e poder tributário.
Federalismo Fiscal e Pacto federativo
Origem da federação – Federação norte-americana. Explicar processo.
Confederação
Estado unitário
Formas de Estado Federal:
A) por agregação (centrípeta)
B) por segregação (centrífuga)
Federação no Brasil
Características do Estado federal:
A) processo de repartição de competências entre o todo e as partes integrantes (União e os Estados federados);
B) Autonomia das partes integrantes; e
C) participação dos Estados federados nas decisões da União.
Cláusula pétrea no ordenamento brasileiro.
Das competências:
São definidas constitucionalmente:
Exclusivas ou privativas: impede seu exercício por outra esfera federativa.
Concorrentes: enquanto um órgão de exercício do poder não as exercer, pode exercê-las o outro. 
Comuns ou paralelas: pode ser exercidas pelas entidades federativas, sem exclusão.
Denomina-se pacto federativo a forma pela qual se forma e se organiza o Estado Federal. 
Federalismo fiscal.
Repartição das receitas tributárias.
Formas de atividade da administração
Agigantamento do Estado
Administração direta
Administração indireta
Intervenção na economia.
Necessidades públicas
Decisões políticas
Interesses básicos ou constitucionalmente previstos que não podem deixar de ser atendidos pela Administração.
Ex. art 21 da CRFBR
A definição das entidades públicas é feita pela Constituição, leis que a complementam e pelas decisões discricionárias da Administração Pública.
Conceito de necessidade pública:
“tudo aquilo que incumbe ao Estado prover, em decorrência de uma decisão política, inserida em norma jurídica, é necessidade pública”.
Interesses privados, coletivos e públicos
Os interesses/necessidades públicas são anônimas, embora possam alcançar uma parcela de comunidade.
Interesses coletivos são aqueles que pertencem a setores bem definidos da sociedade, uma associação, moradores de um condomínio.
Já os interesses privados podem ter cunho inclusive egoístico, são os pertencentes aos particulares.
Atividade financeira do Estado
Na medida em que se tem a necessidade pública como objetivo a ser satisfeito pelo Estado, de acordo com as definições constitucionais e legais, a atividade financeira, o ente estatal há que obter recursos, para cumprir os fins do Estado.
A atividade financeira possui três momentos distintos:
A) obtenção de recursos
B) gestão
C) Gasto
Atividade financeira é, pois, aquela marcada pela arrecadação de receitas, sua gestão e realização do gasto, a fim de atender às necessidades públicas.
Direito Financeiro
É a disciplina jurídica da atividade financeira do Estado, fulcrada no estudo das normas e princípios que regem tal atividade.
Normas gerais de Direito financeiro art. 24 caput da CRFBR.
Art. 24. Compete à União, aos Estados e ao Distrito Federal legislar concorrentemente sobre: 
I - direito tributário, financeiro, penitenciário, econômico e urbanístico; 
§ 1º No âmbito da legislação concorrente, a competência da União limitar-se-á a estabelecer normas gerais. 
§ 2º A competência da União para legislar sobre normas gerais não exclui a competência suplementar dos Estados. 
§ 3º Inexistindo lei federal sobre normas gerais, os Estados exercerão a competência legislativa plena, para atender a suas peculiaridades. 
§ 4º A superveniência de lei federal sobre normas gerais suspende a eficácia da lei estadual, no que lhe for contrário. 
Por muito tempo acreditava-se que o Direito Financeiro estaria incluso no Direito Tributário, o que não é verdade. Explicar.
Também não é ramo do Direito Administrativo.
Trata-se de uma disciplina autônoma.
Breve entendimento do Direito administrativo
Estado – 1ª vez usada a expressão por Maquiavel – sec XVI – em sua obra “O Príncipe”.
Estado como ente personalizado – capacidade de contrair direitos e obrigações
Brasil – Estado Federal Republicano
Composição: art. 18 da CRFBR
Art. 18. A organização político-administrativa da República Federativa do Brasil compreende a União, os Estados, o Distrito Federal e os Municípios, todos autônomos, nos termos desta Constituição. 
§ 2º Os Territórios Federais integram a União, e sua criação, transformação em Estado ou reintegração ao Estado de origem serão reguladas em lei complementar.
Entes autônomos e independentes compõe a República Federativa do Brasil.
Território forma própria – componente – autarquia
Pessoas jurídicas de Direito público interno
Pessoas jurídicas de Direito público internacional
Poderes e funções do Estado
O Estado é composto por Poderes.
Inúmeras são as formas como é utilizada a expressão poder na CRBF.
Art. 2º São Poderes da União, independentes e harmônicos entre si, o Legislativo, o Executivo e o Judiciário. 
A cada poder foram atribuídas funções próprias e impróprias (típicas ou atípicas).
Funções próprias:
Legislativo – fiscalizar e inovar a ordem jurídica
Executivo – administrar
Judiciário – julgar definitivamente “res iudicata”
Função administrativa
Conceito: “A função administrativa é aquela exercida pelo Estado ou por seus delegados, subjacentemente à ordem constitucional e legal, sob regime de direito público, com vistas a alcançar os fins colimados pela ordem jurídica”. Amaral dos Santos
Regime jurídico administrativo – princípios
 O que é interesse público?
- primário: é a vontade ou interesse da coletividade.
- secundário: é o interesse do Estado, pessoa jurídica.
Quais são as pedras de toque do direito administrativo?
Celso Antonio Bandeira de Melo
Supremacia do interesse público e a indisponibilidade do interesse.
São princípios implícitos!
- supremacia do interesse público:
é o pressuposto para a existência, para um convívio social. 
É a superioridade do interesse público, que significa supremacia interesse coletivo em face do interesse particular. 
O que é diferente da vontade do agente e do Estado. 
A administração pode quase tudo, mas não pode abrir mão desse interesse, daí vem o próximo princípio.
- princípio da indisponibilidade do interesse público:
função pública é exercer a atividade em nome e interesse de outrem. 
Se o administrador não licita, ele viola o princípio da indisponibilidade do interesse publico? 
Se eu tinha que licitar e não licito, eu abro mão de achar a melhor proposta, e aí eu violo a indisponibilidade do interesse publico. 
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Princípios constitucionais do direito administrativo
Art. 37 da CRFBR. A administração pública direta e indireta de qualquer dos Poderes da União, dos Estados, do Distrito Federal e dos Municípios obedecerá aos princípios de legalidade, impessoalidade, moralidade, publicidade e eficiência e, também, ao seguinte: (...) 
Princípio da legalidade: 
é a condição para a existência de um Estado de Direito.
Toda e qualquer atividade administrativa deve ser autorizada por lei.
Legalidade para o direito público: o administrador só pode fazer o que a lei autoriza e determina.
Administrar é aplicar a lei de ofício. 
É o chamado critério de subordinação a lei.
Legalidade para o direito privado: o particular pode tudo o que a lei não veda. Critério de não contradição a lei.
É sinônimo de reserva de lei?
Não. A reserva legal é reservar uma matéria a uma determinada espécie normativa.
Princípio da impessoalidade
Há dois enfoques diferentes. 
O administrador não pode buscar interesses pessoais ou próprios, mas sim interesses coletivos, interesses públicos. 
É ausência de subjetividade. 
Mas também é preciso lembrar que os atos praticados pelo agente público também devem
ser impessoais, os atos devem não conter subjetividade. 
O ato pertence a entidade, e não ao agente.
A administração tem que tratar todos os administrados igualmente, sem gerar discriminação benéficas ou detrimentosas, simpatias e animosidades não podem interferir na atividade administrativa. 
Nada pode interferir na atividade administrativa. 
Conceito de impessoalidade de Celso Antônio Bandeira de Mello, aproxima a impessoalidade com isonomia.
MP-MG = o princípio da isonomia relaciona-se com o princípio da igualdade e o da moralidade com lealdade e boa-fé. 
Enunciado está CORRETO!!!
Exemplos do exercício do princípio da impessoalidade: concurso público, licitação.
Nepotismo no Brasil. quais os princípios presentes na proibição do nepotismo? 
Conselho nacional de justiça e conselho nacional do MP (emenda 45): acabaram exercendo o controle do Judiciário. 
Da resolução do conselho há a aplicação do princípio da impessoalidade como a proibição do nepotismo. 
Resolução do CNJ 7 alterada pela 9 e 21. No CNMP 1 e 7. 
O parente não pode ocupar cargo em comissão e contratação de empresa que tem o parente na direção com dispensa ou inexigibilidade de licitação e contratação temporária. 
Sendo também proibido o nepotismo cruzado.
Cônjuge, companheiro e parente até 3º grau, é vedado ocupar cargo em comissão, ser contratado temporariamente, nem ser contrato com inexigibilidade de licitação.
- princípio da finalidade:
a doutrina tradicional, Hely, reza que a finalidade é igual impessoalidade e imparcialidade. 
O administrador vem buscar o interesse público e por isso não pode buscar interesses pessoais.
Para a doutrina moderna, Celso, são princípios autônomos e não se confundem. 
Princípio da finalidade visa a buscar a vontade, o espírito da lei! No exercício da finalidade o administrador deve buscar a finalidade. Decorre do princípio da legalidade.
- princípio moralidade:
Lealdade, boa-fé, princípios éticos, correção de atitude, boa conduta. Tem sempre uma ligação com o princípio da probidade, tudo está ligado a idéia de honestidade. 
Não há uma definição determinada. 
O judiciário tem dificuldades em aplicar este princípio. Então para superar esta dificuldade ele sempre aplica o princípio da moralidade com outro princípio, principalmente com o princípio da legalidade. Pois, violar a moralidade, viola-se também o ordenamento jurídico e, conseqüentemente, viola-se a lei em sentido amplo.
Moralidade administrativa é sinônima de moralidade comum? 
NÃO, moralidade administrativa além de fazer o certo tem que tomar a melhor providencia possível. 
Não basta a correção de atitudes, tenho que ter 2 elementos: correção (sujeito correto) e boa administração. 
Ele é mais do que a moralidade comum do certo e errado... a moralidade administrativa também prevê a boa administração.
Dentro da atuação administrativa o administrador tem que ser o melhor possível.
Moralidade é sinônimo de improbidade? Não são sinônimos não! Hoje o rol da improbidade é muito mais extenso do que o rol da imoralidade.
Se eu violo qualquer princípio eu violo a improbidade. Mas a moralidade é um único princípio.
- publicidade:
Magistratura SP: como se dá essa publicidade?
O poder emana do povo, seria justo que ele teria conhecimento do que está acontecendo com seus interesses. Ciência ao titular do direito o povo! Divulgação!
A publicidade também faz com que os atos administrativos produzam efeitos. Ela é condição de eficácia. 
Contrato válido não publicado não produz efeitos.
A publicidade também significa início de contagem de prazo. 
Controle por parte do administrado. Se eu tenho conhecimento, tenho a possibilidade de controle. 
Art. 31 da CRFBR. As contas municipais devem ficar a disposição da população durante 60 dias por ano.
Se público estou cumprindo a publicidade? – Magistratura de SP! 
Tenho que fazer a publicidade conforme a previsão legal.
Na modalidade convite não tem publicação, mas tem publicidade.
É possível publicidade sem publicação. 
Tenho que fazer a publicidade conforme a previsão legal. 
Se vou ao órgão público e ele me nega informações do meu interesse, como por exemplo, de uma empresa que quero comprar. O remédio constitucional é ?
o mandado de segurança.
Há 3 vedações, exceções, ao princípio da publicidade, sendo invioláveis, a honra, intimidade, a vida privada e a imagem da pessoa.
Todos têm direito a informação, salvo quando ela por em risco a segurança da sociedade e nacional. 
Art 5º XXXIII. E art 5º LX 
Os atos processuais também podem ser em âmbito administrativo, como um processo ético.
Se o administrador não publica e engaveta seu atos seria possível puni-lo por meio de infração funcional e improbidade administrativa. Art. 11 da lei 8429/92. 
O administrador não pode fazer promoção pessoal. CF Art 37 § 1º - publicidade informativa e social, não podendo fazer constar nome, símbolo, imagem que demonstrem promoção pessoal.
STJ – não pode constar nada disso, sendo isso improbidade administrativa, mas é preciso analisar cada caso concreto. 
O simples fato de haver o nome não é promoção pessoal, cada caso é um caso.
Reclamação 2138 do STF
Publicação é condição para a probidade do administrador. 
- princípio da eficiência
Emenda constitucional 19 de 1998
A Administração sempre teve que ser eficiente mas ela ganhou uma força maior com esta emenda.
Exemplo como questão!
Eficiência significa uma produtividade e economia. Produtividade e economia pois o serviço deve ser prestado da melhor maneira possível, gerando assim, ausência de desperdício de dinheiro público.
A eficiência é quanto aos meios e quanto aos resultados.
A estabilidade do servidor público foi balançada pela eficiência. Só terá eficiência se for eficiente. Art. 41, não basta passar num concurso, tem que ser aprovado a avaliação de desempenho.
Breve histórico da atividade financeira do Estado
Sempre que se traçam os fins do Estado, é imprescindível a captação de recursos para concretizá-los.
Rui Barbosa “quem dá os fins, dá os meios”.
Tributo na Bíblia “dai a Cesar o que é de Cesar” e em diversas passagens Mateus relata que Jesus não pagava seus tributos.
Grécia antiga: havia um Fisco organizado e um tributo básico chamado Eisphora para gastos em guerra.
Roma: a contribuição (tributus) não era propriamente um imposto, mas um desembolso forçado em caso de necessidade.
Fiscum é o nome do cesto de vime que o coletor de impostos ia colocando do dinheiro que recolhia.
Já havia progressividade tributária em relação ao patrimônio. Tributum civium.
Império Macedônico: os povos conquistados eram obrigados ao pagamento de riquezas.
Idade média: relacionamento Rei vs Povo exigências absurdas.
Magna Charta: cláusulas que restringiam o excesso no exercício do poder de tributar.
Recepcionada pela CF de 88
Traz as diretrizes básicas de Direito financeiro
LEI No 4.320 
Entradas e receitas
Entradas
Considera-se entrada todo e qualquer dinheiro que ingressa nos cofres públicos, seja a que título for.
Não apenas tributo, que seria a exigência de dinheiro sobre o patrimônio particular. Explicar brevemente o que é tributo.
A renda auferida dos recursos mineirais, petrolíferos e energéticos.
As entradas podem ser provisórias ou não.
Entradas: - provisórias
			 - definitivas 
Movimento de caixa
Há entradas que não constituem receitas.
A estas entradas provisórias damos a denominação de movimento de caixa.
Ex. se o poder público obtém empréstimo por antecipação da receita, terá que devolvê-la à entidade financeira.
Vemos aí dois momentos, a entrada e o retorno do capital.
Da mesma forma ocorre com o depósito judicial, caução, fiança.
Receitas
As receitas são as entradas que se destinam a permanecer nos cofres públicos, isto é, receita é a entrada definitiva de dinheiro e bens nos cofres públicos.
As receitas serão geridas para que num momento posterior tenham o seu gasto determinado em lei orçamentária.
O que é receita e o que é Movimento de caixa?
Fiança judiciária
ou fiança para fins de licitação.
Pagamento de IPTU.
Empréstimos compulsórios (espécie tributária)
Empréstimo do Brasil perante o FMI.
Taxa de água.
Classificação das receitas
Sob o ângulo da periodicidade:
Ordinárias: são as receitas havidas com regularidade, desenvolvimento das atividades normais do Estado.
Extraordinárias: são o ingresso excepcional de dinheiro para atender uma situação de anormalidade. 
Ex. IEG. Art. 154, II da CRFBR
Quanto a origem
Receita originária: decorre da exploração, pelo Estado, de seus próprios bens.
Receita derivada: decorre do constrangimento sobre o patrimônio particular. É a tributação.
As sanções e o perdimento decorrente de contrabando e apreensão de armas também são considerados receitas derivadas.
Receitas correntes e de capital
São Receitas Correntes as receitas tributárias, de contribuições, patrimonial, agropecuária, industrial, de serviços e outras e, ainda, as provenientes de recursos financeiros recebidos de outras pessoas de direito público ou privado, quando destinadas a atender despesas classificáveis em Despesas Correntes. 
São Receitas de Capital as provenientes da realização de recursos financeiros oriundos de constituição de dívidas; da conversão em espécie, de bens e direitos; os recursos recebidos de outras pessoas de direito público ou privado destinados a atender despesas classificáveis em Despesas de Capital e, ainda, o superávit do Orçamento Corrente. 
Receitas transferidas: são aqueles que, embora provenham de patrimônio particular, não são arrecadadas pela entidade pública que vai utiliza-las.
Art. 159, II
Podemos concluir pelo visto que:
Caso concreto: suponha que alguém tenha um terreno e não o limpe adequadamente, conforme a determinação legal. Em face do descumprimento do preceito legal a prefeitura pode fazê-lo e cobrar o montante do responsável.
Aqui teríamos receita ou movimento de caixa.
É exatamente o que ocorre quando alguém colide com um poste público e paga uma “indenização”.
Outras formas de ingresso de valores nos caixas estatais
Doação:
Sucessão legítima ou testamentária e herança vacante
Receitas Tributárias
A Constituição institui a competência tributária de cada um dos Entes da Federação, porém há uma concentração mais elevada de tributos na esfera federal. 
Receita tributária é toda fonte de renda que deriva da arrecadação estatal de tributos, dos quais são espécies os Impostos, as Taxas, as Contribuições de Melhoria, os Empréstimos Compulsórios e as Contribuições Especiais, todos prefixadas em lei em caráter permanente. 
Impostos
Art. 153. Compete à União instituir impostos sobre: 
I - importação de produtos estrangeiros; 
II - exportação, para o exterior, de produtos nacionais ou nacionalizados; 
III - renda e proventos de qualquer natureza; 
IV - produtos industrializados; 
V - operações de crédito, câmbio e seguro, ou relativas a títulos ou valores mobiliários; 
VI - propriedade territorial rural; 
VII - grandes fortunas, nos termos de lei complementar. 
Art. 155. Compete aos Estados e ao Distrito Federal instituir impostos sobre:
I - transmissão causa mortis e doação, de quaisquer bens ou direitos; 
II - operações relativas à circulação de mercadorias e sobre prestações de serviços de transporte interestadual e intermunicipal e de comunicação, ainda que as operações e as prestações se iniciem no exterior;
 III - propriedade de veículos automotores. 
Art. 156. Compete aos Municípios instituir impostos sobre: 
I - propriedade predial e territorial urbana; 
II - transmissão inter vivos , a qualquer título, por ato oneroso, de bens imóveis, por natureza ou acessão física, e de direitos reais sobre imóveis, exceto os de garantia, bem como cessão de direitos a sua aquisição; 
III - serviços de qualquer natureza, não compreendidos no art. 155, II, definidos em lei complementar.
Atento a esta discrepância, o legislador constituinte originário determinou que algumas das receitas tributárias deveriam ser repartidas com outros Entes da Federação.
Repartição constitucional de receitas tributárias (receitas transferidas)
Arts. 157 a 162 da CRFBR
Ao Distrito Federal e Estados-membros pertencem o IR arrecadado na fonte e 20% do que forem instituídos
Art. 157. Pertencem aos Estados e ao Distrito Federal: 
I - o produto da arrecadação do imposto da União sobre renda e proventos de qualquer natureza, incidente na fonte sobre rendimentos pagos, a qualquer título, por eles, suas autarquias e pelas fundações que instituírem e mantiverem; 
II - vinte por cento do produto da arrecadação do imposto que a União instituir no exercício da competência que lhe é atribuída pelo art. 154, I. 
Art. 158. Pertencem aos Municípios: 
I - o produto da arrecadação do imposto da União sobre renda e proventos de qualquer natureza, incidente na fonte sobre rendimentos pagos, a qualquer título, por eles, suas autarquias e pelas fundações que instituírem e mantiverem; 
II - cinqüenta por cento do produto da arrecadação do imposto da União sobre a propriedade territorial rural, relativamente aos imóveis neles situados, cabendo a totalidade na hipótese da opção a que se refere o art. 153, § 4º, III;
III - cinqüenta por cento do produto da arrecadação do imposto do Estado sobre a propriedade de veículos automotores licenciados em seus territórios; 
IV - vinte e cinco por cento do produto da arrecadação do imposto do Estado sobre operações relativas à circulação de mercadorias e sobre prestações de serviços de transporte interestadual e intermunicipal e de comunicação. 
Art. 159. A União entregará: 
I - do produto da arrecadação dos impostos sobre renda e proventos de qualquer natureza e sobre produtos industrializados quarenta e oito por cento na seguinte forma:
a) vinte e um inteiros e cinco décimos por cento ao Fundo de Participação dos Estados e do Distrito Federal; 
b) vinte e dois inteiros e cinco décimos por cento ao Fundo de Participação dos Municípios; 
c) três por cento, para aplicação em programas de financiamento ao setor produtivo das Regiões Norte, Nordeste e Centro-Oeste, através de suas instituições financeiras de caráter regional, de acordo com os planos regionais de desenvolvimento, ficando assegurada ao semi-árido do Nordeste a metade dos recursos destinados à região, na forma que a lei estabelecer; 
d) um por cento ao Fundo de Participação dos Municípios, que será entregue no primeiro decêndio do mês de dezembro de cada ano
II - do produto da arrecadação do imposto sobre produtos industrializados, dez por cento aos Estados e ao Distrito Federal, proporcionalmente ao valor das respectivas exportações de produtos industrializados; 
Taxas
Taxa é a exigência financeira a pessoa privada ou jurídica para usar certos serviços fundamentais, ou pelo exercício do poder de polícia, imposta pelo governo ou alguma organização política ou governamental. 
Ou seja, é uma quantia obrigatória em dinheiro paga em troca de algum serviço público fundamental, oferecido diretamente pelo Estado
É uma das formas de tributo.
Contribuição de melhoria
Contribuição de melhoria pela legislação brasileira é o "tributo cuja obrigação tem por fato gerador uma situação que representa um benefício especial auferido pelo contribuinte. Seu fim se destina às necessidades do serviço ou à atividade estatal", previsto no art. 145, III, da Constituição Federal.
É exigida a valorização imobiliária, melhoria, para que seja exigida.
Empréstimo compulsório
Empréstimo compulsório é considerado um tributo, e consiste na tomada compulsória de certa quantidade em dinheiro do contribuinte a título de "empréstimo", para que este o resgate em certo prazo, conforme as determinações estabelecidas por lei.
Contribuições especiais
Contribuição especial é um tributo cujo resultado da arrecadação é destinado ao financiamento da seguridade social (assistência social, previdência social e saúde), de programas que impliquem intervenção no domínio econômico, ou ao atendimento de interesses de classes profissionais
ou categorias de pessoas, servindo-os de benefícios econômicos ou assistenciais.
Algumas das principais contribuições (lista parcial)
INSS (contribuição)
PIS/PASEP (contribuição)
COFINS
CSLL
CPMF
CIDE
CONDECINE
Contribuições ao "Sistema S" (Senai, Sesi, Sebrae, Sesc, Sest, etc)
Contribuições aos Órgãos de Fiscalização Profissional (OAB, CRC, CREA, CRECI, CORE, CRQ, etc)

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