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Organização dos
Estados Americanos
COMISSÃO 
INTERAMERICANA 
DE DIREITOS 
HUMANOS
2010
SISTEMA 
DE PETIÇÕES 
E CASOS 
Folheto Informativo
Para que serve 
 este folheto?
Mediante a apresentação de uma petição à Comissão Interamericana de Direitos 
Humanos, as pessoas que sofreram violações de seus direitos humanos podem 
obter ajuda. A Comissão investiga a situação e pode elaborar recomendações ao 
Estado responsável para que se restabeleça o desfrute dos direitos, na medida 
do possível, para que fatos similares não voltem a ocorrer no futuro e para que 
os fatos ocorridos sejam investigados e reparados. 
Este folheto procura informar as pessoas sobre alguns conceitos básicos que 
devem ser conhecidos antes de apresentar uma petição. Também pretende 
expor em termos claros e simples quais são os direitos humanos protegidos, 
como e quando apresentar uma denuncia, os requisitos que se devem cumprir 
e, em geral, quais são os procedimentos que devem ser seguidos. 
Como o folheto
 está estruturado?
Este folheto está dividido em quatro partes: 
Os Direitos Humanos no Sistema Interamericano
Guia para Apresentar uma Petição
Situações de Gravidade e Urgência 
Formulário para Apresentar uma Petição à CIDH 
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Os direitos 
humanos 
no Sistema 
Interamericano
O QUE É O SISTEMA INTERAMERICANO 
DE DIREITOS HUMANOS?
É um sistema regional de promoção e proteção de direitos humanos, integrado por dois órgãos: a 
Comissão Interamericana de Direitos Humanos (“CIDH” ou “Comissão”) e a Corte Interamericana 
de Direitos Humanos (“Corte IDH”), que monitoram o cumprimento das obrigações contraídas pelos 
Estados membros da Organização dos Estados Americanos (“OEA”). 
1. O que é a Comissão Interamericana de Direitos Humanos?
A Comissão é um órgão principal e autônomo da OEA criado em 1959, cujo mandato consta da Carta 
da OEA. A Comissão é integrada por sete membros independentes, peritos/as em direitos humanos, 
que não representam nenhum país e são eleitos/as pela Assembléia Geral da OEA. 
Uma secretaria executiva permanente, sediada em Washington, D.C., Estados Unidos, dá apoio 
profissional, técnico e administrativo à Comissão.
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2. O que é a OEA?
A OEA é uma organização que reúne os 35 países independentes das Américas e que tem como 
propósitos: 
◆◆ Garantir a paz e a segurança continentais
◆◆ Promover e consolidar a democracia representativa, respeitando o princípio da não-
intervenção
◆◆ Prevenir as possíveis causas de dificuldades e assegurar a solução pacífica das 
controvérsias que surjam entre seus membros
◆◆ Organizar a ação solidária destes em caso de agressão
◆◆ Procurar a solução dos problemas políticos, jurídicos e econômicos que surgirem entre 
os Estados membros
◆◆ Promover, por meio da ação cooperativa, seu desenvolvimento econômico, social e 
cultural
◆◆ Erradicar a pobreza crítica, que constitui um obstáculo ao pleno desenvolvimento 
democrático dos povos do Hemisfério, e
◆◆ Alcançar uma efetiva limitação de armamentos convencionais que permita dedicar a 
maior soma de recursos ao desenvolvimento sócio-econômico dos Estados membros.
Para realizar os seus objetivos, a OEA apóia-se em quatro pilares fundamentais: democracia, 
direitos humanos, segurança e desenvolvimento. O respeito aos direitos fundamentais da pessoa 
humana também é um dos princípios básicos da OEA.
3. Quais são os Estados membros da OEA?
Os 35 Estados membros da OEA são: Antiga e Barbuda, Argentina, Bahamas, Barbados, Belize, 
Bolívia, Brasil, Canadá, Chile, Colômbia, Costa Rica, Cuba, Dominica, Equador, El Salvador, Estados 
Unidos, Granada, Guatemala, Guiana, Haiti, Honduras, Jamaica, México, Nicarágua, Panamá, 
Paraguai, Peru, República Dominicana, Saint Kitts e Nevis, Santa Lúcia, São Vicente e Granadinas, 
Suriname, Trinidad e Tobago, Uruguai e Venezuela.
4. Qual é a função da Comissão?
A função da Comissão é promover a observância e a defesa dos direitos humanos nas Américas. Ela 
exerce essa função mediante a realização de visitas aos países, atividades ou iniciativas temáticas, 
a preparação de relatórios sobre a situação de direitos humanos em um país ou sobre um tema 
determinado, a adoção de medidas cautelares ou pedido de medidas provisórias à Corte IDH e o 
processamento e análise de petições individuais, com o objetivo de determinar a responsabilidade 
internacional dos Estados por violações dos direitos humanos e emitir as recomendações que 
considerar necessárias.
As petições individuais examinadas pela Comissão podem ser apresentadas por pessoas, grupos 
de pessoas ou organizações que alegam violações dos direitos humanos garantidos na Declaração 
Americana dos Direitos e Deveres do Homem (“a Declaração Americana”), na Convenção Americana 
sobre Direitos Humanos (“a Convenção Americana”) e em outros tratados interamericanos de 
direitos humanos. 
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5. Contra quem eu posso apresentar uma denúncia por violação de 
direitos humanos?
A denúncia deve ser apresentada contra um ou mais Estados membros da OEA que se considere 
terem violado os direitos humanos constantes da Declaração Americana, da Convenção Americana e 
de outros tratados interamericanos de direitos humanos. 
 O Estado pode ser responsável pela violação de direitos humanos por:
◆◆ ação – como conseqüência de atos do Estado ou de seus agentes; 
◆◆ aquiescência (como conseqüência do consentimento tácito do Estado ou de seus 
agentes),
◆◆ omissão (resultante do fato de que o Estado, ou seus agentes, não atuaram quando o 
deveriam ter feito).
6. A Comissão pode determinar a responsabilidade de uma pessoa?
Não. A Comissão não tem competência para atribuir responsabilidade individual, ou seja, não 
pode determinar se uma pessoa é ou não culpada. A Comissão pode apenas determinar a 
responsabilidade internacional de um Estado membro da OEA.
7. Que resultados eu posso esperar ao interpor uma denúncia por 
violação de direitos humanos contra um Estado membro da OEA? 
Se determinar que um Estado é responsável pela violação de direitos humanos de uma pessoa 
ou de um grupo de pessoas, a Comissão emitirá um relatório que poderá incluir as seguintes 
recomendações ao Estado:
◆◆ suspender os atos que causam violação de direitos humanos;
◆◆ investigar e punir os responsáveis;
◆◆ reparar os danos ocasionados;
◆◆ introduzir mudanças no ordenamento jurídico; e/ou
◆◆ requerer a adoção de outras medidas ou ações estatais. 
Também é possível tentar chegar a uma solução amistosa com o Estado sobre a denúncia.
8. Quais são os casos em que a Comissão não pode me ajudar? 
A Comissão não pode:
◆◆ pronunciar-se sobre um Estado que não seja membro da OEA;
◆◆ oferecer advogado para prestar assistência em processos judiciais internos ou para 
apresentar denúncias ou pedidos de medida cautelar à Comissão;
◆◆ fornecer ajuda econômica ou instrumentos de trabalho às pessoas; 
◆◆ realizar tramitações para assuntos de migração ou a concessão de vistos ou asilo 
político.
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9. Em base a que a Comissão determina se um Estado violou ou não os 
direitos humanos?
A Comissão examina as petições em que se alegam violações da Convenção Americana, para os 
Estados que a ratificaram. No caso dos Estados membros que ainda não o fizeram, pode-se alegar 
a violação dos direitos constantes da Declaração Americana. Pode-se alegar ainda a violação de um 
direito protegido em outro tratado de direitos humanos do Sistema Interamericano ratificado pelo 
Estado em questão no contexto das condições aplicáveis. 
10. Que Estados ratificaram a Convenção Americana?
Os países que ratificaram aConvenção Americana são: Argentina, Barbados, Bolívia, Brasil, Chile, 
Colômbia, Costa Rica, Dominica, Equador, El Salvador, Granada, Guatemala, Haiti, Honduras, 
Jamaica, México, Nicarágua, Panamá, Paraguai, Peru, República Dominicana, Suriname, Trinidad e 
Tobago1, Uruguai e Venezuela. Em relação aos demais Estados da OEA, a Comissão tem competência 
para receber petições em que se aleguem violações da Declaração Americana ou de outro tratado 
interamericano de direitos humanos ratificado pelo Estado em questão. 
11. O que acontecerá se o Estado que estou denunciado por violação de 
direitos humanos for suspenso da participação da OEA?
Caso seja suspenso da participação da OEA, o Estado continuará obrigado a garantir os direitos e a 
Comissão continuará tendo competência para monitorar a situação de direitos humanos nesse país. 
12. O que é a Corte Interamericana de Direitos Humanos?
A Corte IDH, instalada em 1979, é um órgão judicial autônomo da OEA, cujo mandato consta da 
Convenção Americana. Está sediada na cidade de São José, Costa Rica, e é integrada por sete juízes/
as eleitos/as a título pessoal, provenientes dos Estados membros da OEA. A Corte IDH tem como 
objetivo interpretar e aplicar a Convenção Americana e outros tratados interamericanos de direitos 
humanos, em particular por meio da emissão de sentenças sobre casos e opiniões consultivas.
13. Como eu posso levar um caso à Corte IDH? 
Somente os Estados partes e a Comissão podem submeter casos à Corte IDH. As pessoas não 
podem recorrer diretamente à Corte IDH, devendo apresentar sua petição à Comissão e completar 
os passos previstos perante esta.
14. Contra quais Estados a Comissão pode encaminhar casos à Corte IDH?
Quando procedente, a Comissão só pode encaminhar à Corte IDH casos referentes aos Estados que 
ratificaram a Convenção Americana e reconheceram a competência da Corte IDH, a não ser que um 
Estado aceite a competência expressamente para um caso concreto. Os Estados que reconheceram 
a competência da Corte IDH são: Argentina, Barbados, Bolívia, Brasil, Chile, Colômbia, Costa Rica, 
 
1 Trinidad e Tobago denunciou a Convenção Americana. A Comissão e a Corte IDH são competentes para examinar 
alegações de violações dos direitos constantes da Convenção Americana em relação a fatos que ocorreram ou co-
meçaram a ocorrer entre 28 de maio de 1991 e 26 de maio de 1999. A Comissão mantém sua competência a respeito 
da Declaração Americana. 
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Equador, El Salvador, Guatemala, Haiti, Honduras, México, Nicarágua, Panamá, Paraguai, Peru, 
República Dominicana, Suriname, Trinidad e Tobago2, Uruguai e Venezuela. 
QUAIS SÃO OS DIREITOS HUMANOS PROTEGIDOS?
A Comissão é competente para examinar petições em que se aleguem violações dos direitos 
humanos constantes da Declaração Americana, da Convenção Americana e de outros tratados 
interamericanos de direitos humanos. 
15. Quais são os tratados interamericanos de direitos humanos?
◆◆ Convenção Americana sobre Direitos Humanos, “Pacto de San José da Costa Rica” 1969;
◆◆ Convenção Interamericana para Prevenir e Punir a Tortura, 1985;
◆◆ Protocolo Adicional à Convenção Americana sobre Direitos Humanos em Matéria de Direitos 
Econômicos, Sociais e Culturais, “Protocolo de San Salvador”, 1988; 
◆◆ Protocolo à Convenção Americana sobre Direitos Humanos Relativo à Abolição da Pena de 
Morte, 1990;
◆◆ Convenção Interamericana para Prevenir, Punir e Erradicar a Violência contra a Mulher, 
“Convenção de Belém do Pará”, 1994;
◆◆ Convenção Interamericana sobre Desaparecimento Forçado de Pessoas, 1994;
◆◆ Convenção Interamericana para a Eliminação de Todas as Formas de Discriminação contra 
as Pessoas Portadoras de Deficiência, 1999.
16. Que direitos estão protegidos?
A Convenção Americana protege os seguintes direitos humanos:
◆◆ Direito ao reconhecimento da personalidade jurídica 
◆◆ Direito à vida
◆◆ Direito à integridade pessoal
◆◆ Direito de toda pessoa de não ser submetida a escravidão e servidão
◆◆ Direito à liberdade pessoal 
◆◆ Direito às garantias judiciais
◆◆ Princípio da legalidade e da irretroatividade
◆◆ Direito de toda pessoa de ser indenizada conforme a lei, no caso de haver sido 
condenada em sentença passada em julgado, por erro judiciário
◆◆ Direito à proteção da honra e da dignidade
◆◆ Liberdade de consciência e de religião
◆◆ Liberdade de pensamento e de expressão 
◆◆ Direito de retificação ou resposta 
◆◆ Direito de reunião
◆◆ Liberdade de associação 
◆◆ Direito à proteção da família
◆◆ Direito ao nome
◆◆ Direitos da criança
◆◆ Direito à nacionalidade
2 Ibid.
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◆◆ Direito à propriedade privada
◆◆ Direito de circulação e de residência
◆◆ Direitos políticos
◆◆ Direito à igualdade perante a lei
◆◆ Direito à proteção judicial 
◆◆ Direito ao desenvolvimento progressivo dos direitos econômicos, sociais e culturais
A Declaração Americana também contém uma lista completa dos direitos que os Estados 
devem respeitar e proteger. Além dos direitos acima mencionados, ela contém reconhecimentos 
específicos, como a proteção do direito ao trabalho e receber um salário justo, do direito à 
previdência social, do direito aos benefícios da cultura e do direito de resguardo à saúde. 
17. Quais são os direitos protegidos no “Protocolo de San Salvador”?
O Protocolo de San Salvador protege os direitos econômicos, sociais e culturais, como, por exemplo, 
o direito à educação, à liberdade sindical, à previdência social, à saúde, a um meio ambiente 
saudável, à alimentação e aos benefícios da cultura. 
Embora o Protocolo proteja todos esses direitos e a Comissão possa formular observações e 
recomendações a respeito de todos eles, o direito à educação e à liberdade sindical são os únicos 
sobre os quais a Comissão e a Corte IDH podem pronunciar-se em resposta a uma petição individual 
apresentada contra um Estado. 
18. O que proíbem os demais tratados interamericanos de direitos 
humanos?
Estes tratados têm como objeto reafirmar a proteção e desenvolver o conteúdo dos direitos humanos 
garantidos pela Declaração Americana e pela Convenção Americana. Eles proíbem, entre outros, os 
seguintes atos:
◆◆ a tortura ou o tratamento cruel, desumano ou degradante;
◆◆ o restabelecimento da pena de morte nos países que a aboliram; 
◆◆ a violência física, sexual ou psicológica e discriminação contra a mulher;
◆◆ o desaparecimento forçado; e
◆◆ a discriminação contra as pessoas com deficiência.
Nem todos os Estados membros da OEA ratificaram todos os tratados. Você poderá encontrar os 
tratados acima mencionados e suas ratificações pelos Estados no endereço eletrônico da CIDH em 
www.cidh.org.
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Guia para apresentar 
uma petição
EM QUE SITUAÇÕES A COMISSÃO PODE INTERVIR?
19. É preciso iniciar algum processo judicial antes de recorrer à 
Comissão?
 Sim. A Comissão só poderá examinar uma denúncia depois que forem esgotados os recursos 
judiciais internos, em conformidade com a legislação vigente no Estado envolvido. 
20. O que significa esgotar os recursos judiciais internos?
Significa que, antes de apresentar uma denúncia à Comissão, a pessoa deverá ter buscado uma 
decisão nos tribunais nacionais sobre a situação denunciada. Uma pessoa esgota os recursos 
internos quando o Poder Judiciário emite uma decisão de última instância. 
Quando não for possível esgotar os recursos internos, devem-se explicar os motivos, pois a regra do 
esgotamento prévio dos recursos internos admite exceções.
21. Que recursos judiciais internos devem ser esgotados?
Os recursos judiciais internos que devem ser esgotados são aquelesadequados e eficazes. 
◆◆ Um recurso judicial é adequado quando sua interposição pode proteger o direito que se 
alega ter sido violado. Por exemplo, no caso de um desaparecimento forçado a ação de 
habeas corpus é um recurso adequado.
◆◆ Um recurso judicial é eficaz quando pode obter o resultado para o qual foi criado. Por 
exemplo, um recurso não é eficaz quando o Estado não assegura a sua devida aplicação 
por parte das autoridades judiciais ou quando há atraso injustificado na decisão. 
22. Quais são as exceções ao esgotamento dos recursos internos?
A Comissão pode estudar uma solicitação em que os recursos internos não tenham sido esgotados 
quando: 
A. as leis internas não estabelecem o devido processo para proteger os direitos que se 
alega terem sido violados;
B. não se permitiu à suposta vítima o acesso aos recursos internos ou ela foi impedida de 
esgotá-los; ou
C. existe demora na emissão de uma decisão final sobre o caso sem razões válidas que 
justifiquem esse fato.
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Guia para apresentar um
a petição
Em certas circunstâncias, a pessoa pode ser isentada de esgotar os recursos internos por se 
encontrar em uma situação de indigência tal que não pode pagar advogados, e estes sejam 
exigidos legalmente sem que o Estado ofereça serviço gratuito de assistência advocatícia.
23. Quando eu devo apresentar a minha denúncia?
A denúncia deve ser apresentada dentro dos seis meses que se seguirem à data da notificação 
da decisão judicial definitiva que esgotou os recursos internos. Quando se trata de exceção do 
esgotamento dos recursos internos, o prazo de seis meses não se aplica. Nesse caso, o pedido 
deverá ser apresentado dentro de um prazo razoável. 
24. A Comissão e a Corte IDH podem rever decisões emitidas pelos 
tribunais nacionais?
O fato de uma sentença judicial não atender aos interesses de uma pessoa não significa que 
seus direitos humanos tenham sido violados. A Comissão e a Corte IDH têm competência para 
examinar possíveis violações dos direitos protegidos nos tratados interamericanos.
COMO APRESENTO UMA PETIÇÃO?
25. Quem pode apresentar uma denúncia à Comissão?
Qualquer pessoa, grupo de pessoas ou 
organização, no seu próprio nome ou no de 
terceiros, pode apresentar petições para 
denunciar violações dos direitos humanos 
contra um ou mais Estados da OEA. 
Uma pessoa pode ser, ao mesmo tempo, 
parte peticionária e suposta vítima em uma 
denúncia.
Para mudar a representáção ou constituir-
se como parte peticionária em sua própria 
denúncia, a suposta vítima deve comunicar, 
de imediato e por escrito, a sua intenção 
à Comissão, pois, como regra geral, a Comissão se mantém em comunicação com a parte 
peticionária. No caso de uma mudança de endereço ou de outro dado de contato, é importante 
notificar por escrito.
26. A Comissão pode manter em sigilo a identidade da suposta vítima? 
Em geral, quando a Comissão se dirige ao Estado com relação a uma denúncia, deve comunicar-
lhe a identidade da suposta vítima, posto que o Estado deve saber quem é a pessoa afetada pelos 
fatos referidos na petição. No entanto, se a pessoa tiver algum inconveniente, a situação poderá 
ser levada à consideração da Comissão.
Em alguns casos, a Comissão poderá proteger a identidade da suposta vítima nos documentos 
publicados – por exemplo, mediante a substituição do nome completo da pessoa por suas 
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◆◆ Peticionários/as: a pessoa ou o grupo 
de pessoas que apresenta a petição 
(doravante, os/as peticionários/as serão 
referidos como a “parte peticionária”).
◆◆ Suposta/s vítima/s: a pessoa ou o grupo 
de pessoas supostamente afetadas pelos 
fatos alegados na petição. As supostas 
vítimas devem ser determinadas ou 
determináveis.
iniciais. A solicitação de proteção da identidade da suposta vítima deve ser feita à Comissão, com 
uma exposição dos motivos.
27. A Comissão pode manter em sigilo a identidade da parte 
peticionária?
Sim. A Comissão pode manter em sigilo a identidade da parte peticionária, se isso for 
expressamente solicitado. No entanto, se a parte peticionária e a suposta vítima forem a mesma 
pessoa, a Comissão comunica ao Estado a identidade da suposta vítima. No entanto, se a pessoa 
tiver algum inconveniente ao respeito, a situação poderá ser levada à consideração da Comissão.
28. Em que idioma eu devo apresentar a minha petição?
Os idiomas oficiais da CIDH são espanhol, inglês, português e francês, e, como regra geral, 
a petição deve ser enviada no idioma utilizado pelo Estado. No entanto, se existir algum 
problema para a apresentação da petição em um desses idiomas, a situação poderá ser levada à 
consideração da Comissão.
De qualquer forma, é importante ter presente que, caso a Comissão decida dar início à 
tramitação da petição, esta deverá ser encaminhada ao Estado no seu idioma oficial. Por isso, se 
a petição não estiver redigida nesse idioma, a Comissão poderá exigir que seja traduzida. 
29. Preciso de um/a advogado/a ou de assessoria jurídica para 
apresentar a minha petição?
Não. A Comissão não exige a representação de um/a advogado/a na apresentação e tramitação 
da petição. 
30. A apresentação da minha petição tem algum custo econômico?
Não. Os procedimentos na Comissão são gratuitos. 
31. O que a minha petição deve incluir?
Toda petição deve incluir: 
◆✓ Os dados da(s) suposta(s) vítima(s) e de seus familiares; 
◆✓ os dados da parte peticionária, como nome completo, telefone, endereço e e-mail;
◆✓ a descrição completa, clara e detalhada dos fatos alegados, que inclua como, quando 
e onde ocorreram, bem como o Estado considerado responsável;
◆✓ a indicação das autoridades estatais que se consideram responsáveis;
◆✓ os direitos que se consideram violados, se possível;
◆✓ as instâncias judiciais ou as autoridades do Estado a que se recorreu para buscar 
resolver as violações alegadas;
◆✓ a resposta das autoridades estatais, em especial dos tribunais judiciais; 
◆✓ se possível, cópias simples e legíveis dos principais recursos interpostos e das 
decisões judiciais internas e outros anexos considerados pertinentes, como 
depoimentos de testemunhas; e 
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◆✓ a indicação de se a petição foi apresentada a outro organismo internacional com 
competência para resolver casos.
Se possível, recomenda-se a inclusão de uma lista enumerando os anexos à petição, com o objetivo 
de facilitar a identificação dos mesmos.
32. Quais requisitos os anexos da petição devem atender?
◆◆ As cópias de documentos não requerem nenhuma formalidade, ou seja, não precisam 
ser certificadas nem autenticadas; basta serem cópias simples e legíveis. Não é 
necessário enviar várias cópias do mesmo documento.
◆◆ Caso a petição e seus anexos sejam enviados por correio postal, é preferível que essa 
documentação não seja colocada em pasta nem seja grampeada, encadernada ou 
plastificada. 
Como regra geral, a Comissão não devolve documentos enviados com uma petição. Por isso, não se 
devem enviar documentos originais.
33. Para onde eu devo enviar a minha petição?
Embora a petição possa ser apresentada pessoalmente à Comissão, isso não é necessário, pois a 
petição pode ser enviada por um dos seguintes meios:
n◆ E-mail: cidhdenuncias@oas.org
n◆ Formulário eletrônico: www.cidh.org. Caso prefira enviar sua petição por essa via, você tem 
a opção de redigir sua petição em um documento separado e transmiti-lo para o endereço 
eletrônico da Comissão.
n◆ Fax: +1(202) 458-3992 ou 6215 
n◆ Correio: 
 Comissão Interamericana de Direitos Humanos
 1889 F Street, N.W.
 Washington, D.C. 20006 
 Estados Unidos
Se a documentação for enviada por via eletrônica, não será necessário enviá-la impressa.
O formulário de denúncias anexo a este folheto informativopode ser utilizado como guia para a 
apresentação da petição. No caso de uso do formulário, podem ser adicionadas as páginas que 
forem necessárias.
Toda petição ou comunicação encaminhada deve ser endereçada aos cuidados da Comissão 
Interamericana de Direitos Humanos.
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QUAL É O PROCEDIMENTO QUE A MINHA PETIÇÃO SEGUE?
34. Eu devo, em algum momento, comparecer à sede da Comissão?
Não é necessário comparecer perante a Comissão, porque o procedimento é todo feito por escrito. 
Em certos casos, porém, após o início da tramitação da petição e da notificação ao Estado, a 
Comissão poderá convocar, caso seja pertinente, audiências ou reuniões de trabalho.
35. Como eu tenho a certeza de que a Comissão recebeu a denúncia?
A Comissão remete uma carta acusando recebimento da denúncia e indicando o número de 
referência que lhe é atribuído. A carta será enviada ao endereço indicado pela parte peticionária na 
petição. 
36. Depois do envio da minha petição, posso apresentar informações 
adicionais?
É possível apresentar informações adicionais, se for necessário. As informações e os documentos 
adicionais recebidos são arquivados nos autos da petição. Em toda comunicação encaminhada pela 
parte peticionária deverá ser indicado o número de referência da petição. É importante notificar 
imediatamente a Comissão sobre qualquer mudança de endereço.
37. O que acontece depois que a Comissão comunica o recebimento da 
petição?
Após a comunicação do recebimento, a petição entra em etapa de estudo. Dada a quantidade de 
petições recebidas pela Comissão, a avaliação preliminar de uma petição poderá demorar algum 
tempo. Todas as petições apresentadas à CIDH são avaliadas e respondidas.
38. O que acontece após a avaliação preliminar da petição?
Após a avaliação preliminar, a Comissão pode decidir: 
A. não tramitar a petição; 
B. solicitar informações ou documentos adicionais; ou 
C. iniciar a tramitação. Neste momento, a petição entrará na etapa de admissibilidade. Isso 
significa que foram cumpridos os requisitos necessários para que a Comissão estude a 
petição, mas não implica decisão alguma quanto à matéria apresentada. 
39. O que significa a entrada da minha petição na etapa de 
admissibilidade?
Significa que a petição apresentada será enviada ao Estado para que este apresente suas 
observações. Tem início um processo de intercâmbio de informações, no qual a Comissão pode 
solicitar informações para decidir sobre a admissibilidade. Todas as informações apresentadas por 
uma das partes serão encaminhadas à outra. Depois desse intercâmbio de informações, a Comissão 
decide se a petição é admissível ou inadmissível. 
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40. O que acontece depois que uma petição é declarada admissível?
Quando uma petição é admissível, a Comissão analisa as alegações das partes e as provas 
apresentadas. Nesta etapa, a Comissão pode pedir mais informações, provas e documentos ao 
Estado e à parte peticionária e, caso seja necessário, pode convocar uma audiência ou reunião de 
trabalho. 
41. É possível chegar a uma solução amistosa com o Estado? 
Sim. A solução amistosa depende da vontade das partes e consiste em negociações para resolver 
o assunto sem precisar concluir o processo litigioso, sob a supervisão da Comissão. Não sendo 
possível chegar a uma solução amistosa, a Comissão continuará analisando as alegações das partes 
e decidirá os méritos do caso, determinando se o Estado é ou não responsável pelas violações 
alegadas. 
42. O que acontecerá se a Comissão decidir que o Estado é responsável 
pelas violações dos direitos humanos?
A Comissão emitirá um relatório sobre o mérito, que pode incluir recomendações ao Estado para:
◆◆ fazer cessar os atos que violam direitos humanos;
◆◆ esclarecer os fatos e realizar uma investigação oficial;
◆◆ reparar os danos ocasionados;
◆◆ introduzir mudanças no ordenamento jurídico; e/ou
◆◆ requerer a adoção de outras medidas ou ações estatais. 
43. O que acontece quando o Estado não cumpre as recomendações?
A Comissão pode decidir:
◆◆ publicar o caso; ou
◆◆ submeter o caso à Corte IDH, se assim julgar procedente. 
44. O que acontece quando a Comissão decide submeter o caso à Corte 
IDH?
Se a Comissão decidir submeter o caso à Corte IDH, esta o analisará e emitirá uma sentença 
fundamentada. Do processo na Corte participam a Comissão, o Estado e a/s vítima/s. 
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Situações de gravidade 
e urgência
Em certos casos de gravidade e urgência e sempre que se cumpram certos requisitos, a Comissão 
pode adotar medidas cautelares. Para conhecer os critérios que a Comissão normalmente utiliza, 
favor acessar o endereço eletrônico da CIDH (www.cidh.org) e buscar a seção de medidas cautelares 
na página inicial ou na parte correspondente aos informes anuais da CIDH. 
Além das medidas cautelares, existe o mecanismo estabelecido no artigo XIV da Convenção 
Interamericana sobre o Desaparecimento Forçado de Pessoas que a Comissão pode utilizar em 
casos de supostas desaparições forçadas em relação aos Estados que ratificaram este tratado. 
45. Em que casos a Comissão pode adotar medidas cautelares?
O Regulamento da CIDH estabelece que:
Artigo 25. Medidas cautelares
 1. Em situações de gravidade e urgência a Comissão poderá, por iniciativa própria ou a pedido 
da parte, solicitar que um Estado adote medidas cautelares para prevenir danos irreparáveis às 
pessoas ou ao objeto do processo relativo a uma petição ou caso em avaliação.
2. Em situações de gravidade e urgência a Comissão poderá, por iniciativa própria ou a pedido 
da parte, solicitar que um Estado adote medidas cautelares para prevenir danos irreparáveis a 
pessoas que se encontrem sob sua jurisdição, independentemente de qualquer petição ou caso 
em avaliação.
3. As medidas às quais se referem os incisos 1 e 2 anteriores poderão ser de natureza coletiva a 
fim de prevenir um dano irreparável às pessoas em virtude do seu vínculo com uma organização, 
grupo ou comunidade de pessoas determinadas ou determináveis.
 4. A Comissão considerará a gravidade e urgência da situação, seu contexto, e a iminência do 
dano em questão ao decidir sobre se corresponde solicitar a um Estado a adoção de medidas 
cautelares. A Comissão também levará em conta:
 a. se a situação de risco foi denunciada perante as autoridades competentes ou os motivos 
pelos quais isto não pode ser feito;
 b. a identificação individual dos potenciais beneficiários das medidas cautelares ou a 
determinação do grupo ao qual pertencem; e
 c. a explícita concordância dos potenciais beneficiários quando o pedido for apresentado à 
Comissão por terceiros, exceto em situações nas quais a ausência do consentimento esteja 
justificada.
 5. Antes de solicitar medidas cautelares, a Comissão pedirá ao respectivo Estado informações 
relevantes, a menos que a urgência da situação justifique o outorgamento imediato das medidas.
 6. A Comissão avaliará periodicamente a pertinência de manter a vigência das medidas cautelares 
outorgadas.
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Situações de gravidade e urgência
 7. Em qualquer momento, o Estado poderá apresentar um pedido devidamente fundamentado 
a fim de que a Comissão faça cessar os efeitos do pedido de adoção de medidas cautelares. A 
Comissão solicitará observações aos beneficiários ou aos seus representantes antes de decidir 
sobre o pedido do Estado. A apresentação de tal pedido não suspenderá a vigência das medidas 
cautelares outorgadas. 
8. A Comissão poderá requerer às partes interessadas informações relevantes sobre qualquer 
assunto relativo ao outorgamento, cumprimento e vigência das medidas cautelares. O 
descumprimento substancial dosbeneficiários ou de seus representantes com estes 
requerimentos poderá ser considerado como causa para que a Comissão faça cessar o efeito do 
pedido ao Estado para adotar medidas cautelares. No que diz respeito às medidas cautelares 
de natureza coletiva, a Comissão poderá estabelecer outros mecanismos apropriados para seu 
seguimento e revisão periódica.
9. O outorgamento destas medidas e sua adoção pelo Estado não constituirá pré-julgamento sobre 
a violação dos direitos protegidos pela Convenção Americana e outros instrumentos aplicáveis.
46. Quais são os casos em que a Comissão não pode me ajudar?
A Comissão não pode:
◆◆ pronunciar-se sobre um Estado que não seja membro da OEA;
◆◆ oferecer advogado/a para prestar assistência em processos judiciais internos ou para 
apresentar solicitações ou pedidos de medida cautelar à Comissão;
◆◆ fornecer ajuda econômica ou instrumentos de trabalho às pessoas; 
◆◆ realizar tramitações para assuntos de migração ou a concessão de vistos ou asilo 
político.
47. Posso apresentar um pedido de medidas cautelares sem apresentar 
ou ter apresentado uma petição?
Sim. Embora seja possível associar medidas cautelares com petições, os processos de medida 
cautelar e de petições podem ser independentes. 
48. A decisão tomada pela Comissão sobre as medidas cautelares influi 
na decisão sobre a petição?
Não. Como os processos são independentes, a Comissão pode decidir se adota ou rejeita o pedido de 
medidas cautelares enquanto o processo da petição continua em andamento até a Comissão decidir 
sobre a sua tramitação. 
COMO POSSO APRESENTAR UMA SOLICITAÇÃO DE 
MEDIDAS CAUTELARES?
49. Quem pode apresentar um pedido de medidas cautelares à Comissão?
Qualquer pessoa ou grupo de pessoas, em seu nome ou no de terceiros, pode apresentar um pedido 
de medidas cautelares à Comissão. 
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Uma pessoa pode, ao mesmo tempo, ser 
solicitante e beneficiária.
Se a pessoa que é beneficiária deseja mudar a 
representação ou constituir-se como solicitante, 
deverá comunicar, de imediato e por escrito, 
sua intenção à Comissão, pois, como prática 
geral, a Comissão manter-se-á em comunicação 
com os/as solicitante/s. Além disso, no caso de 
uma mudança de endereço ou de outro dado de 
contato, é importante notificar por escrito.
50. A Comissão pode manter em sigilo a identidade da pessoa que se 
propõe como beneficiária?
Em geral, quando a Comissão se dirige ao Estado com relação à solicitação de medidas cautelares, 
deve comunicar-lhe a identidade da pessoa proposta como beneficiária, dado que o Estado deve 
saber a quem oferecer proteção. No entanto, se a pessoa possui algum inconveniente ao respeito, a 
situação poderá ser levada à consideração da Comissão.
Em certos casos, a Comissão poderá optar por proteger a identidade da pessoa nos documentos 
tornados públicos – por exemplo, mediante a substituição do nome completo por suas iniciais. 
A solicitação de proteção da identidade da pessoa proposta como beneficiária deve ser feita à 
Comissão, com uma exposição de seus motivos.
51. A Comissão pode manter em sigilo a identidade da pessoa solicitante?
Sim. A Comissão poderá manter em sigilo a identidade da pessoa solicitante, se for expressamente 
pedido. No entanto, se quem solicita é a mesma pessoa que se propõe como beneficiária, 
a Comissão geralmente comunica ao Estado a identidade deste/a. Se a pessoa tem algum 
inconveniente ao respeito, a situação pode ser levada à consideração da Comissão. 
52. Em que idioma eu devo apresentar o meu pedido de medidas 
cautelares?
Os idiomas oficiais da CIDH são espanhol, inglês, português e francês e, geralmente, basta enviar 
a solicitação de medidas cautelares no idioma utilizado pelo Estado. No entanto, se existe algum 
inconveniente em apresentar a solicitação em um destes idiomas, a situação pode ser levada à 
consideração da Comissão.
Em todo caso, é importante tomar em conta que se a CIDH decidir transmitir ao Estado a informação 
apresentada, esta deverá estar no idioma oficial que o Estado utiliza. Por isso, quando uma 
solicitação de medidas cautelares não estiver neste idioma, é possível que a Comissão peça que o/a 
solicitante envie uma versão traduzida. 
53. Preciso de um/a advogado/a para apresentar o meu pedido de 
medidas cautelares?
Não. A Comissão não exige a representação de um/a advogado/a na apresentação e tramitação da 
solicitação de medidas cautelares. 
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◆◆ Solicitante/s: pessoa ou grupo de 
pessoas que apresenta/m a solicitação 
de medidas cautelares.
◆◆ Beneficiário/as: pessoa ou grupo de 
pessoas a favor das quais as medidas 
cautelares são adotadas. Essa(s) 
pessoa(s) devem ser determinadas ou 
determináveis. 
Situações de gravidade e urgência
54. A apresentação da minha solicitação tem algum custo econômico?
Não. Os procedimentos na Comissão são gratuitos. 
55. Que informação é importante incluir no meu pedido de medidas 
cautelares?
Em geral, a Comissão não devolve documentos que lhe são enviados com pedidos de medidas 
cautelares. Por isso, não se devem enviar documentos originais.
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> DADOS PESSOAIS
◆◆ Os dados do/a solicitante, como nome completo, telefone, endereço, fax e e-mail, se tiver, e a 
indicação de se solicita sigilo de identidade.
◆◆ A identificação da pessoa, ou do grupo de pessoas, que se propõe como beneficiária e os dados de 
contato, se possível. Caso não seja possível individualizar todas as pessoas, deve-se apresentar 
dados suficientes para o Estado poder oferecer-lhes proteção. 
◆◆ Se a pessoa estiver privada de liberdade, deve-se indicar o lugar de detenção. 
> DENÚNCIAS PERANTE AUTORIDADES ESTATAIS
◆◆ Uma explicação de se os fatos alegados foram denunciados às autoridades estatais, se foi pedida 
proteção ao Estado e uma descrição da resposta eventualmente obtida; ou a explicação dos 
motivos pelos quais não foi possível fazê-lo.
◆◆ A indicação de se a pessoa ou o grupo de pessoas propostas como beneficiária já desfrutam 
de medidas de proteção por parte do Estado. Em caso afirmativo, explicar a efetividade dessas 
medidas.
> MEDIDAS SOLICITADAS
◆◆ A descrição das medidas de proteção ou outras que sejam requeridas à/s pessoa/s proposta/s 
como beneficiária/s.
> FATOS ALEGADOS
◆◆ Uma descrição detalhada e cronológica dos fatos, que demonstre a existência de uma situação de 
gravidade, urgência e irreparabilidade. 
◆◆ A situação atual das pessoas propostas como beneficiárias e seu grau de risco.
◆◆ Se possível, deverão ser enviadas cópias simples e legíveis dos documentos necessários para se 
entender a situação da pessoa ou do grupo de pessoas proposto como beneficiário/a, tais como 
cópias de denúncias perante autoridades, certificados médicos em situações relativas à saúde 
e outras reclamações relevantes, caso existam. Se não for possível enviar estes documentos, 
deve-se explicar as razões. As cópias de documentos não requerem nenhuma formalidade – ou 
seja, não é necessário que estejam certificadas nem autenticadas. Não é necessário enviar várias 
cópias do mesmo documento. Caso a solicitação e seus anexos sejam enviados por correio, é 
preferível que a documentação não seja colocada em pasta nem seja encadernada ou plastificada. 
> VINCULAÇÃO COM UMA PETIÇÃO OU CASO PERANTE A COMISSÃO
◆◆ A indicação de se a pessoa já apresentou outra solicitação de medidas cautelares ou se tem uma 
petição ou caso em avaliação pela Comissão. Em caso afirmativo, indicar a data da apresentação 
da solicitação de medidas cautelares e o número de referência da petição ou caso. 
56. Para onde eu devo enviar o meu pedido de medidas cautelares?
Embora a solicitação possa ser feita pessoalmente,não é necessário comparecer perante a 
Comissão, uma vez que a solicitação pode ser enviada por um dos seguintes meios:
n◆ E-mail: cidhdenuncias@oas.org
n◆ Fax: +1 (202) 458-3992 ou 6215.
n◆ Correio: 
 Comissão Interamericana de Direitos Humanos
 1889 F Street N.W.
 Washington, D.C. 20006 
 Estados Unidos
Se a documentação for enviada eletronicamente, não será necessário enviar uma versão impressa.
Todo pedido ou comunicação deve ser endereçado aos cuidados da Comissão Interamericana de 
Direitos Humanos.
QUAL É O PROCEDIMENTO SEGUIDO PELA MINHA 
SOLICITAÇÃO DE MEDIDAS CAUTELARES?
57. Eu devo, em algum momento, comparecer à sede da Comissão?
Não é necessário comparecer à Comissão, pois o procedimento é feito por escrito. Em certas 
ocasiões, a Comissão poderá convocar, caso seja pertinente, audiências ou reuniões de trabalho.
58. Como eu sei qual foi a decisão da Comissão sobre o meu pedido de 
medidas cautelares?
A Comissão envia uma carta notificando a decisão adotada. A carta será enviada à pessoa solicitante 
no endereço indicado no pedido.
59. Depois do envio do meu pedido inicial de medidas cautelares, posso 
apresentar informações adicionais?
Em qualquer momento, e se for necessário, a pessoa solicitante poderá enviar comunicações 
adicionais sobre a situação da/s pessoa/s proposta/s como beneficiária/s ou sobre os fatos alegados. 
60. O que acontece se a Comissão decidir conceder minha solicitação de 
medidas cautelares?
Neste caso, a Comissão se dirige às autoridades que representam o Estado envolvido a fim de 
solicitar que adotem determinadas medidas de proteção ou prevenção. O Estado é quem implementa 
as medidas cautelares, em diálogo com a parte beneficiária. 
Para mais informações, visite o endereço eletrônico da CIDH em: www.cidh.org
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Situações de gravidade e urgência
Formulário para 
apresentar uma 
petição à CIDH
O formulário baseia-se nos requisitos previstos no Regulamento da CIDH para a tramitação de 
petições recebidas e determinar se houve violação dos direitos humanos protegidos por tratados 
interamericanos firmados pelo Estado acusado de praticar a violação. A informação requerida 
encontra-se no artigo 28 do Regulamento da CIDH que estabelece o seguinte: 
Artigo 28. Requisitos para a consideração de petições
As petições dirigidas à Comissão deverão conter a seguinte informação:
 
a. o nome, a nacionalidade e a assinatura do denunciante ou denunciantes ou, 
no caso de o peticionário ser uma entidade não-governamental, o nome e a 
assinatura de seu representante ou seus representantes legais;
 b. se o peticionário deseja que sua identidade seja mantida em reserva frente ao 
Estado; 
 c. o endereço para o recebimento de correspondência da Comissão e, se for o caso, 
número de telefone e fax e endereço de correio eletrônico; 
 d. uma relação do fato ou situação denunciada, com especificação do lugar e data 
das violações alegadas; 
 e. se possível, o nome da vítima, bem como de qualquer autoridade pública que 
tenha tomado conhecimento do fato ou situação denunciada; 
 f. a indicação do Estado que o peticionário considera responsável, por ação 
ou omissão, pela violação de algum dos direitos humanos consagrados na 
Convenção Americana sobre Direitos Humanos e outros instrumentos aplicáveis, 
embora não se faça referência específica ao artigo supostamente violado; 
 g. o cumprimento do prazo previsto no artigo 32 deste Regulamento; 
 h. as providências tomadas para esgotar os recursos da jurisdição interna ou a 
impossibilidade de fazê-lo de acordo com o artigo 31 deste Regulamento; 
 i. a indicação de se a denúncia foi submetida a outro procedimento internacional de 
solução de controvérsias de acordo com o artigo 33 deste Regulamento.
Antes de ler o formulário em anexo, leia cuidadosamente as instruções a seguir. 
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INSTRUÇÕES
Preencha o formulário da maneira mais completa possível, incluindo todas as informações 
disponíveis sobre os fatos denunciados. Por favor, responda às perguntas de maneira detalhada e 
direta.
Se a informação solicitada não estiver ao seu alcance ou não puder enviá-la, indique isso no campo 
correspondente.
Se precisar de mais espaço para preencher o formulário, use folhas adicionais ou redija sua petição 
em um documento separado, utilizando como guia as perguntas apresentadas no formulário. 
A petição pode ser enviada por uma das seguintes vias:
n◆ Correio: 
 Comissão Interamericana de Direitos Humanos
 1889 F Street, N.W.
 Washington, D.C. 20006 
 Estados Unidos
n◆ E-mail: cidhdenuncias@oas.org
n◆ Fax: +1 (202) 458-3992 ou 6215
n◆ Formulário eletrônico: www.cidh.org. Caso prefira enviar sua petição por essa via, você tem a 
opção de redigi-la em um documento separado e transmiti-la pela página web da Comissão. 
No caso de enviar a petição e seus anexos pelo correio, é preferível que a documentação não seja 
colocada em pasta nem seja grampeada, encadernada ou plastificada.
Toda petição ou comunicação deverá ser:
◆◆ endereçada aos cuidados da Comissão Interamericana de Direitos Humanos. 
◆◆ apresentada no idioma do Estado, que é um dos idiomas oficiais da OEA (espanhol, 
inglês, francês ou português); se existir algum problema para proceder dessa maneira, a 
situação poderá ser levada à consideração da Comissão. 
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FORMULÁRIO 
SEÇÃO I. DADOS DA SUPOSTA VÍTIMA E DO/A 
PETICIONÁRIO/A
1. DADOS DA SUPOSTA VÍTIMA 
Indique os dados da pessoa ou do grupo afetado pelas violações de direitos humanos.
É importante notificar de imediato e por escrito à Comissão no caso de a suposta vítima desejar 
mudar a representação ou constituir-se como peticionário/a em sua própria petição.
Em se tratando de mais de uma suposta vítima, por favor colocar os dados pessoais na seção de 
informação adicional.
Nome da(s) suposta(s) vítima(s): 
Sexo da(s) suposta(s) vítima(s): F o M o
Data de nascimento da(s) suposta(s) vítima(s): (dia/mês/ano).
Endereço postal da(s) suposta(s) vítima(s): (com indicação da rua ou avenida, número, apartamento, 
cidade, estado, código postal, país):
Telefones da(s) suposta(s) vítima(s) (com códigos de área):
Fax da(s) suposta(s) vítima(s) (com códigos de área): 
E-mail(s) da(s) suposta(s) vítima(s): 
A(s) suposta(s) vítima(s) está(ão) privada(s) de liberdade? Não o Sim o
Informações adicionais sobre a(s) suposta(s) vítima(s):
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2. DADOS DOS FAMILIARES
Indique os dados dos familiares próximos da(s) suposta(s) vítima(s) que teriam sofrido danos como 
conseqüência da alegada violação de direitos humanos.
Nomes dos familiares e relação de parentesco com a(s) suposta(s) vítima(s):
Endereço postal dos familiares: (com indicação de rua ou avenida, número, apartamento, cidade, 
estado, código postal, país):
Telefones dos familiares (com o código de área):
Fax dos familiares (com o código de área):
E-mail(s) dos familiares:
Informações adicionais sobre os/as familiares:
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3. DADOS DA PARTE PETICIONÁRIA
Indique os dados da pessoa ou do grupo que apresenta a petição 
É importante notificar de imediato à Comissão qualquer mudança de endereço.
Nome da parte peticionária (Quando se tratar de uma organização não-governamental, inclua o 
nome dos representantes jurídicos que receberão as comunicações. Caso se trate de mais de uma 
organização ou pessoa, indicá-lo no campo de informações adicionais)
Sigla da organização (caso seaplique): 
Endereço postal da parte peticionária (com indicação de rua ou avenida, número, apartamento, 
cidade, estado, código postal, país): 
(NOTA: : A Comissão exige um endereço para enviar notificações relacionadas com a sua petição) 
Telefone da parte peticionária (com os códigos de área):.
Fax da parte peticionária (com os códigos de área):.
E-mail(s) da parte peticionária: 
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4 / Formulário
Em certos casos, a Comissão poderá manter em sigilo a identidade da parte peticionária, se isso for 
solicitado expressamente. Isso significa que, caso a CIDH decida tramitar a sua petição, somente o 
nome da suposta vítima será comunicado ao Estado. 
Deseja que a CIDH mantenha sua identidade como peticionário/a em sigilo no processo? 
Não o Sim o
Informações adicionais sobre a parte peticionária:
4. ASSOCIAÇÃO COM UMA PETIÇÃO OU MEDIDA CAUTELAR
Você já apresentou uma petição à Comissão sobre estes mesmos fatos?
Não o Sim o
(Em caso afirmativo, indique o número da petição):
Você já apresentou um pedido de medidas cautelares à Comissão sobre estes mesmos fatos? 
Não o Sim o◆
(Em caso afirmativo, indique o número de referência):
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SEÇÃO II. FATOS DENUNCIADOS
1. ESTADO MEMBRO DA OEA CONTRA O QUAL A DENÚNCIA É 
APRESENTADA
2. RELATO DOS FATOS
Relate os fatos da maneira mais completa e detalhada possível e em ordem cronológica. Em 
particular, especifique o lugar, a data e as circunstâncias em que ocorreram as violações alegadas. 
(Se necessário, acrescente mais páginas ou anexe um documento separado com a descrição dos 
fatos alegados)
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6 / Formulário
3. AUTORIDADES ALEGADAMENTE RESPONSÁVEIS
Identifique a(s) pessoa(s) ou autoridade(s) que considera responsáveis pelos fatos denunciados e 
forneça todas as informações adicionais sobre os motivos pelos quais considera que o Estado é 
responsável pelas violações alegadas.
4. DIREITOS HUMANOS QUE SE ALEGA TEREM SIDO VIOLADOS 
Liste os direitos que considera terem sido violados. Se possível, especifique os direitos protegidos 
pela Declaração Americana dos Direitos e Deveres do Homem, pela Convenção Americana sobre 
Direitos Humanos ou pelos demais tratados interamericanos de direitos humanos. Para consultar 
a lista de direitos e tratados, consulte o folheto informativo sobre como apresentar denúncias, em 
particular a Seção: Os direitos humanos no Sistema Interamericano. 
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SEÇÃO III. RECURSOS JUDICIAIS PARA A SOLUÇÃO DOS 
FATOS DENUNCIADOS
Detalhe as ações tentadas pela suposta vítima ou pela parte peticionária junto aos órgãos judiciais. 
Explique qualquer outro recurso interposto perante outras autoridades nacionais, como recursos a 
autoridades administrativas, no caso de tê-los tentado. 
Caso não tenha sido possível esgotar os recursos internos, escolha entre as opções dadas a seguir a 
que melhor explica os motivos pelos quais isso não foi possível:
( ) as leis internas não asseguram o devido processo legal para a proteção dos direitos 
que se alega terem sido violados; 
( ) não foi permitido o acesso aos recursos internos ou impediu-se que eles fossem 
esgotados;
( ) existe um atraso injustificado na emissão da decisão final sobre o caso. 
Explique os motivos:
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8 / Formulário
Informe se houve uma investigação judicial e quando começou. Indique quando foi concluída e qual 
foi o seu resultado. Se não foi concluída, indique por quê.
Se aplicável, indique a data da notificação da última decisão: 
_______/_______/_______ (dia/mês/ano). 
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SEÇÃO IV. PROVAS DISPONÍVEIS
1. PROVAS
Provas disponíveis são os documentos que podem provar as violações denunciadas (por exemplo, 
principais atuações ou partes dos autos de processos judiciais ou administrativos, perícias, 
relatórios forenses, fotografias, filmes). 
◆◆ Se possível, anexe cópia simples desses documentos. (As cópias não precisam ser 
certificadas nem autenticadas).
◆◆ Não anexe originais.
◆◆ Quando não puder enviar os documentos, explique os motivos e informe se é possível 
enviá-los no futuro. De qualquer maneira, indique sempre quais são os documentos 
pertinentes para a prova dos fatos alegados. 
◆◆ Os documentos devem estar redigidos no idioma do Estado, que deverá ser um dos 
idiomas oficiais da OEA (espanhol, inglês, português ou francês). Se isso não for possível, 
explique os motivos. 
Enumere ou indique as provas que fundamentem sua petição e, se possível, identifique as que você 
está anexando ou enviando com a sua petição:
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2. TESTEMUNHAS 
Identifique, se possível, as testemunhas das violações denunciadas. Se essas pessoas já prestaram 
depoimento às autoridades judiciais, encaminhe, se possível, cópias simples desses depoimentos ou 
informe se é possível enviá-los no futuro. Indique se é necessário que a identidade das testemunhas 
seja mantida em sigilo. 
SEÇÃO V. OUTRAS DENÚNCIAS
 
Indique se estes fatos já foram apresentados ao Comitê de Direitos Humanos das Nações Unidas ou 
a outro órgão internacional. 
Não o Sim o◆ Em caso afirmativo, indique o órgão
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SEÇÃO VI. MEDIDAS CAUTELARES
Em certos casos graves e urgentes, a Comissão poderá solicitar que o Estado adote medidas 
cautelares para impedir danos irreparáveis às pessoas ou ao objeto do processo.
 
Para verificar os critérios utilizados pela Comissão, favor dirigir-se a www.cidh.org, onde se publica 
periodicamente um resumo das medidas cautelares outorgadas. Observação: a CIDH não publica em 
português todas as medidas cautelares outorgadas. A totalidade das medidas cautelares outorgadas 
é publicada em inglês e espanhol.
 
Se deseja apresentar uma medida cautelar, dirija-se à seção do panfleto informativo sobre o sistema 
de petições e casos da CIDH, particularmente às perguntas e respostas referentes a Situações de 
Gravidade e Urgência.
 
Indique se existe uma situação grave e urgente de risco de dano irreparável às pessoas ou ao objeto 
do processo.
Não o Sim o
Em caso afirmativo, explique os motivos: 
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GLOSSÁRIO
PETIÇÕES E CASOS
Sob Estudo. Etapa de revisão inicial em que se analisa se a petição reúne os requisitos dispostos 
no artigo 28 do Regulamento da CIDH. Dada a quantidade de petições recibidas pela Comissão, a 
avaliação preliminar poderá demorar algum tempo. Essa etapa é encerrada com a decisão de dar 
tramitação ou não à denúncia. Em ambos os casos, abertura ou não abertura da tramitação, a parte 
peticionária é notificada.
Admissibilidade. Etapa em que a CIDH determina se uma petição atende aos requisitos de 
admissibilidade dispostos nos artigos 46 e 47 da Convenção Americana sobre Direitos Humanos, 
segundo o procedimento estabelecido nos artigos 30 a 36 do seu Regulamento. Essa etapa é iniciada 
com a abertura da tramitação mediante a transmissão da petição ao Estado e se encerra com a 
decisão da CIDH emitida em um relatório de admissibilidadeou de inadmissibilidade, do qual ambas 
as partes são notificadas.
Mérito. Etapa em que a CIDH decide sobre o mérito do caso segundo o procedimento disposto nos 
artigos 48 e 50 da Convenção Americana sobre Direitos Humanos e nos artigos 37, 38, 39, 43 e 44 
do Regulamento da Comissão. Essa etapa se inicia com a atribuição de um número de caso e a 
notificação do relatório de admissibilidade às partes e se encerra com o relatório sobre o mérito.
Petição não aberta a trâmite. Em conformidade com a informação recebida pela Secretaria 
Executiva da CIDH, a petição não reúne as condições dispostas no artigo 26 e seguintes do 
Regulamento da Comissão. Por esse motivo, a petição não será processada. 
Arquivado. Em qualquer momento do procedimento, a Comissão poderá decidir sobre o 
arquivamento do expediente, quando verifique que não há ou não subsistem os motivos da petição 
ou caso, ou não se disponha das informações necessárias para decidir sobre a petição ou caso. 
As condições para que se arquive um expediente são estabelecidas no artigo 48.1.b da Convenção 
Americana sobre Direitos Humanos e no artigo 42.1 do Regulamento da CIDH.
Seguimento das Recomendações. Assim que se publica um relatório sobre o mérito, em que 
haja formulado recomendações, a Comissão poderá tomar todas as medidas de seguimento que 
considere oportunas, como solicitar informações às partes e realizar audiências ou reuniões de 
trabalho, com a finalidade de verificar o cumprimento das recomendações. A etapa de seguimento 
se encontra descrita no artigo 48 do Regulamento da CIDH. 
Glossário
Seguimento da Solução Amistosa. Assim que se publica um relatório sobre solução amistosa, em 
que haja formulado recomendações, a Comissão poderá tomar todas as medidas de seguimento 
que considere oportunas, como solicitar informações às partes e realizar audiências ou reuniões de 
trabalho, com a finalidade de verificar o cumprimento dos acordos de solução amistosa. A etapa de 
seguimento encontra-se descrita no artigo 48 do Regulamento da CIDH. 
MEDIDAS CAUTELARES
Sob Estudo. Etapa de exame inicial na qual se analisa se a solicitação de medidas cautelares reúne 
todos os requisitos dispostos no artigo 25 do Regulamento da CIDH. Durante essa etapa é possível 
que se peça aos solicitantes para esclarecer ou completar alguns aspectos relevantes da solicitação. 
A etapa se encerra com a decisão da Comissão, que pode conceder as medidas cautelares, requerer 
informação ao Estado, ou rejeitar a solicitação de medidas cautelares.
Solicitação rechaçada. Após examinar a informação encaminhada, a Comissão concluiu que esta 
solicitação de medidas cautelares não reúne os requisitos dispostos no artigo 25 do Regulamento. 
Caso seja pertinente, pode-se prestar informação adicional sobre elementos de gravidade, urgência 
e necessidade, a fim de evitar danos irreparáveis. Caso se considere que a situação apresentada 
possa configurar violação de direitos protegidos, uma petição individual pode ser apresentada 
conforme o estabelecido no artigo 28 do Regulamento da Comissão.
Extinta. Os assuntos nessa situação foram considerados pela Comissão e a própria Comissão 
determinou que a medida cautelar já não tem objeto ou vigência. No caso de mudança das 
circunstâncias, uma nova solicitação pode ser apresentada com base nas informações sobre os 
elementos de gravidade, urgência e necessidade, a fim de evitar prejuízos irreparáveis.
Gl
os
sá
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o
n Embora as informações possam ser apresentadas 
pessoalmente à Comissão, isso não é necessário, podendo ser 
enviadas por um dos seguintes meios:
◆◆ E-mail: cidhdenuncias@oas.org
◆◆ O endereço eletrônico da CIDH: www.cidh.org
◆◆ Fax: +1(202) 458-3992 ou 6215
◆◆ Correio:
Comissão Interamericana de Direitos Humanos
1889 F Street, N.W.
Washington, D.C. 20006 
Estados Unidos
n Se a documentação for enviada por via eletrônica, não será 
necessário enviar uma versão impressa.
n Toda petição ou comunicação encaminhada deve ser 
endereçada aos cuidados da Comissão Interamericana de 
Direitos Humanos.
Dados de contato
ANOTAÇÕES
Organização dos
Estados Americanos
www.cidh.org
República
Dominicana 
Trinidad e Tobago
Barbados
Grenada
São Vicente e Granadinas
Santa Lúcia
Dominica
Antigua e Barbuda
Saint Kitts e Nevis
Haiti
Estados Unidos
Canadá
Brasil
Argentina
México
Belize
Peru
Colômbia
Suriname
Bolivia
Venezuela
Chile
Paraguai
Ecuador
Uruguai
Nicarágua
Honduras
Guiana
Guatemala
Cuba
Bahamas
Jamaica
Panamá
República
Dominicana 
Costa Rica
Trinidad e Tobago
Haití
El Salvador
Venezuela
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AMPLIAÇÃO
 Branco: Estados que assinaram a Declaração Americana dos 
Diretitos e Deveres do Homem.
 Azul: Estados que assinaram a Declaração Americana dos 
Direitos e Deveres do Homem e que ratificaram a Convenção 
Americana sobre Direitos Humanos. Até 30 de junho de 2010, 
Dominica, Grenada e Jamaica não aceitaram a competência 
contenciosa da Corte Interamericana de Direitos Humanos. 
O resto dos Estados da OEA que ratificaram a Convenção 
Americana sobre Direitos Humanos reconheceram a 
competência da Corte.

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