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Resumo das aulas 1 a 10

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Análise Textual
Aula 1 – Língua, linguagem, variação linguística.
Usar bem a língua não significa necessariamente falar e escrever de modo "correto", mas de modo adequado à determinada circunstância. A principal preocupação não deve ser a de seguir as regras, mas a de usar a linguagem adequada à situação e ao objetivo em mente. Não se pode afirmar que falar e escrever bem para a sociedade é o mais importante, e sim, a questão da adequação vocabular, a utilização do registro (fala) no momento certo. Reconhecer a importância do padrão culto não significa banir para sempre o falar espontâneo do dia-a-dia. Tudo tem a sua hora e o seu lugar.
Podemos dizer que linguagem é uma faculdade (capacidade) que permite exercitar a comunicação, latente ou em ação. 
Já a língua refere-se a um conjunto de palavras e expressões usado por um povo, por uma nação, munido de regras próprias (sua gramática).
 Linguagem verbal e não verbal
- São utilizadas para criar atos de comunicação que nos permitem dizer algo.
- Linguagem verbal e não verbal, quando simultâneas, colaboram para o entendimento do texto.
- Os elementos visuais e os elementos textuais não são fundamentais para o entendimento total da mensagem transmitida.
	- A linguagem não verbal é aquela que utiliza qualquer código que não seja a palavra, enquanto a linguagem verbal utiliza a língua, seja oral ou escrita, para estabelecer comunicação.
	
Aula 2 – Adequação vocabular, variação linguística, texto e hipertexto.
Variação linguística - A língua varia de acordo com a situação, com a idade do falante, com a formalidade ou informalidade do encontro, com as pessoas envolvidas e possuímos diversos contextos em que a língua se acomoda.
Hipertexto - Na linguagem específica dos meios de comunicação, como rádio, jornal, TV, internet, há um tipo de texto que permite diversas conexões, facilitando a comunicação e a aquisição de informações. Embora seja apontado como recurso exclusivo dos ambientes digitais, deve-se considerar que possui forma organizacional, mesmo que limitada, também concebida nos modelos apresentados em papel.
Temos um texto toda vez que apresentamos uma ideia completa, mesmo que isso seja feito através de uma única palavra. Um texto não é uma questão de quantidade de palavras, mas, sim, de comunicação, da capacidade de passar uma mensagem que possa ser entendida pelo interlocutor ou pelo leitor. É necessário que os elementos da língua estejam ordenados e relacionados de forma a haver textualidade. Mas esse entrelaçamento não deve ser feito de qualquer jeito, pois um texto, para possibilitar o entendimento, deve ser claro. Essa qualidade está relacionada diretamente aos elementos coesivos, responsáveis por promover a ligação entre as partes. Uma das formas de se garantir que um grupo de palavras seja denominado texto é a presença de recursos linguísticos e semânticos (como a coesão e a coerência). Entretanto, nossa leitura vai além, já que temos necessidade de recorrer ao nosso conhecimento (experiência de vida, senso comum, formação acadêmica etc.) para que um texto faça sentido, signifique alguma coisa.
Aula 3 – Textualidade – coesão sequencial.
Articulações sintáticas e relações semânticas
Coesão - É a ligação entre os elementos de um texto. No interior de uma frase, entre as frases e entre os vários parágrafos, pois alguns termos fazem-se necessários para que o leitor possa receber o texto como uma informação contínua.
Coesão textual corresponde às relações gramaticais entre as palavras, orações, frases, parágrafos, que garantem a sequência das ideias em um texto. Para um texto ser coerente, é preciso considerar muitas vezes elementos não linguísticos, como conhecimento de mundo e conhecimento do tipo de texto produzido, caso contrário, o texto pode estar coeso, mas ainda assim não possuir coerência para o leitor/ouvinte.
São dois os tipos básicos de coesão, a coesão referencial, onde a informação é retomada, podendo ser lexical (substituição ou omissão de palavras) ou gramatical (emprego de pronomes, conjunção, numerais entre outros) e a coesão sequencial, onde a informação progride, por conexão.
O emprego inadequado de um conector (conjunção) pode mudar o sentido desejado, tornando, portanto, a mensagem incoerente. É importante o estudo dos sentidos que as conjunções criam, ou seja, o estudo das relações sintático-semânticas.
Aula 4 – Tipos e fatores de coerência
Coerência tem a ver com a harmonia das informações, ou seja, que as informações devem ser organizadas de um modo que façam sentido para quem lê.
Coerência estilística diz respeito a manter o mesmo registro linguístico do início ao fim do texto. Diferentemente de outros tipos de coerência, a coerência estilística não chega a prejudicar a interpretação de um texto.
Coerência semântica Refere-se à relação entre os significados dos elementos das frases em sequência. A incoerência aparece quando esses sentidos não combinam ou quando são contraditórios. É estabelecida entre os significados dos elementos do texto através de uma relação logicamente possível.
Coerência sintática - Refere-se aos meios sintáticos usados para expressar a coerência semântica: conectivos, pronomes etc. Trata da adequação entre os elementos que compõe a frase, o que inclui também atenção às regras de concordância e de regência.
Coerência pragmática: Podemos dizer que esse tipo de coerência é verificado através do conhecimento que possuímos da realidade sociocultural, que inclui também um comportamento adequado às conversações. Refere-se ao texto visto como uma sequência de atos de fala. Para haver coerência nesta sequência, é preciso que os atos de fala se realizem de forma apropriada, isto é, cada interlocutor, na sua vez de falar, deve conjugar o seu discurso ao do seu ouvinte, de forma a manter a expectativa de conteúdo de acordo com a situação em que o texto é usado.
A coerência se estabelece por uma série de fatores que afetam os possíveis sentidos de um texto. São eles: conhecimento linguístico, conhecimento de mundo, conhecimento partilhado, inferências, contextualização, situcionalidade, informatividade, focalização, intertextualidade, intencionalidade e aceitabilidade.
Aula 5 – tipologia textual e gêneros textuais
Os tipos de texto são cinco, enquanto gêneros inúmeros. Importante destacar que cada tipologia textual possui seus gêneros, daí compreender a relação entre tipologias em gêneros. As tipologias são: narração, descrição, argumentação, exposição e injunção. Cada uma tem seu núcleo próprio e que irão identificar seus gêneros por esses núcleos. Veja a relação: Descrição, o seu núcleo é a caracterização de elementos; Narração, a apresentação de episódios, reais ou ficcionais; Argumentação, o ponto de vista do autor, para convencer pessoas; Exposição tem como objetivo EXPLICAR; Injunção apresenta forma instrucional, como fazer e usar. Cada gênero se prende a essas tipologias, basta ter esses núcleos apresentados. Por exemplo: Um bula de remédio é sempre injuntiva, pois instrui como usar o remédio; repare que normalmente usa verbos no imperativo, determinando como fazer ou usar.
A tipologia textual diz respeito à forma como um determinado texto é apresentado. O aspecto tipológico de um texto diz respeito ao propósito com o qual o texto foi escrito. Muitas vezes a tipologia textual é confundida com gênero textual. Um gênero textual é um exemplo mais específico de uma modalidade discursiva, que tem em si mesmo um aspecto tipológico. Anúncios, crônicas, editoriais, instruções de uso, fábulas, cartas são alguns exemplos de gêneros textuais.
Aula 6 - tipologia textual e gêneros textuais II
Crônica - apresenta características de literatura, mas também apresenta características jornalísticas. Por relatar o cotidiano de modo conciso e serem publicados em jornais, os textos desse gênero têm existência breve, isto é, interessam aos leitores que podem partilhar esses fatos com os autores por terem vivido experiências semelhantes.
O que diferencia a crônica do conto é otempo, a apresentação da personagem e o desfecho. No conto, as ações transcorrem num tempo maior: dias, meses, até anos, o que não se dá na crônica, que procura captar um lance curioso, um momento interessante, triste ou alegre. No conto, a personagem é analisada e/ou caracterizada, há maior densidade dramática e frequentemente um conflito, resolvido em desfecho.
Conto - pode ser contado em qualquer época, não sendo necessário recorrer a um tempo real para contá-lo.
Crônica - parte do assunto cotidiano e acaba por criar reflexões mais amplas.
Aula 7 – Estrutura do parágrafo
A ideia central ou tema do parágrafo-padrão é enunciado através do período denominado tópico frasal (também chamado de frase-síntese ou período tópico). Esse período geralmente vem no começo do parágrafo, seguido de outros períodos que explicam ou detalham a ideia central. Por ser o período mestre, o que contém a frase-chave sobre o tema a ser desenvolvido, ele vai ser o roteiro do escritor na construção do parágrafo. O tópico frasal ajuda o leitor a agarrar o fio da meada do raciocínio do escritor, pois introduz o assunto (ideia central) que tem o potencial de levar o leitor a esperar mais do escritor (uma explicação, uma prova, detalhes, exemplos) para completar o parágrafo ou apresentar um raciocínio completo. Assim, o tópico frasal é enunciação que supõe desdobramento ou explicação. O desenvolvimento corresponde a uma ampliação do tópico frasal, com apresentação de ideias secundárias que o fundamentam ou esclarecem. Dependendo do tipo de tópico frasal, o desenvolvimento do parágrafo pode se dar por explanação da declaração inicial, por enumeração, por exemplificação, por causa e consequência, por resposta à indagação, por indicação de tempo e espaço, por contraste etc.
O TÓPICO FRASAL é constituído por um ou dois períodos curtos iniciais, em que se expressa de maneira sumária e sucinta a ideia-núcleo. Existem alguns tipos de tópico frasal. Um deles é o tópico frasal por citação. Nesse modelo, usa-se um discurso de autoridade ao citar expressões de autores conhecidos do público como tópico frasal a ser desenvolvido e detalhado durante o parágrafo. Dessa forma, a ideia-núcleo é desenvolvida a partir da citação direta de um trecho da obra de algum escritor e apresenta-se entre aspas, seguido de outros períodos que vão explicar ou detalhar essa ideia central introduzida por uma citação, completando o parágrafo e apresentando um raciocínio completo.
Paráfrase – quando transmitimos uma informação ouvida ou lida para outras pessoas com as nossas palavras.
Precisão vocabular – quando conseguimos empregar o termo certo no lugar certo.
Resumo é uma apresentação seletiva das ideias de um texto. Nele devem aparecer as principais ideias do autor do texto. Deve haver clareza , brevidade, respeito e rigor, mas não é simplesmente fazer cópias. Pode-se dizer que, no resumo, são extraídas as principais ideias do autor, sem perder a originalidade do texto.
Os dois principais tipos de resumo são: Resumo indicativo ou fichamento – caracteriza-se como sumário narrativo que elimina dados qualitativos e quantitativos, mas não dispensa dados do original. É também conhecido como descritivo. Resumo informativo – pode dispensar a leitura do texto original. Apresenta o objetivo da obra, métodos e técnicas empregadas, resultados e conclusões.
Para a ABNT há outros dois tipos de resumo: Resumo informativo/indicativo (trata-se de um procedimento de reduzir um texto sem alterar o conteúdo) e o Resumo crítico, também denominado resenha (análise e interpretação de um texto).
Aula 8 – raciocínio argumentativo
 Premissas são ideias ou fatos iniciais dos quais se parte para formar um raciocínio ou um estudo. Um texto dedutivo afirma que a verdade de uma conclusão é uma consequência lógica das premissas. Ou seja, no argumento dedutivo, a partir de afirmações gerais se conclui algo. No raciocínio Indutivo ocorre o contrário. De uma ideia particular se chega a uma ideia geral. Então, o raciocínio indutivo é um tipo de raciocínio ou argumento que partindo de premissas particulares obtém uma conclusão universal.
Senso comum – argumento aceito universalmente, sem necessidade de argumentação. Tem como princípio a experiência quotidiana, da vida em sociedade, através de proposições que aparecem como normais, sem dependerem de uma investigação detalhada.
	No argumento, pretendemos persuadir alguém de que a conclusão é verdadeira;
Raciocínio e Argumento são palavras de sentidos próximos, mas diferentes; o raciocínio é a observação de uma situação para fins de experimentação e o argumento é a conclusão a que se chega, certa ou errada sobre determinada hipótese.
Argumento de autoridade - a conclusão se sustenta pela citação de uma fonte confiável, que pode ser um especialista no assunto ou dados de instituição de pesquisa, uma frase dita por alguém, líder ou político, algum artista famoso ou algum pensador, enfim, uma autoridade no assunto abordado.
Na argumentação por causa e consequência, as causas são os fatos, os motivos que provocam outro acontecimento (consequência) que é uma decorrência ou desdobramento daquele primeiro fato. Para reconhecer o que é causa e o que é consequência, basta ter em mente que a causa vem antes; consequência, logicamente, depois.
Argumento de exemplificação/ilustração – consiste no relato de um pequeno fato (real ou fictício). É amplamente usado quando a tese defendida é muito teórica e carece de esclarecimento com dados mais concretos.
Argumento de provas concretas ou senso comum – extraídas da realidade. Podem ser usados dados estatísticos ou fatos notórios.
A contra-argumentação nada mais é do que uma nova argumentação em que se procura desmontar um raciocínio anteriormente apresentado.
	
Aula 9 – sentidos metafóricos e metonímicos
Metonímia consiste na transferência de um termo para o âmbito de um significado que não é o seu, processado por uma relação cuja lógica se dá, não na semelhança, mas na contiguidade das ideias.
Metáfora e metonímia são duas figuras de linguagem. A metáfora é uma comparação implícita. Isto é: não há o elemento gramatical de comparação o "como". Na metonímia, fazemos uma aproximação por contiguidade entre os termos.
Aula 10 – polissemia, duplo sentido, ambiguidade.
Os homônimos têm pronúncia e grafia iguais, apesar de possuírem significados diferentes. 
Uma palavra é considerada polissêmica quando apresenta vários significados, mas é possível estabelecer uma relação entre esses vários significados. De acordo com o contexto em que elas se apresentam, podemos identificar nelas o emprego de um sentido próprio ou de um sentido figurado. 
Duplo sentido é um esforço intencional de se explorar dois sentidos distintos da mesma palavra ou expressão.
Ambiguidade é a indeterminação de sentido que certas palavras ou expressões apresentam, dificultando a compreensão de uma determinada passagem do texto, ou até dele como um todo. É resultado de alguma construção linguística problemática.

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