Avaliando o aprendizado

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Avaliando o aprendizado
Introdução ao Serviço Social
Aula 1
Mary Richmond - Foi responsável pela criação da Primeira Escola de Formação para Assistentes Sociais incorporadas a Universidade de Columbia em 1919.
O livro "Diagnóstico Social" publicado por Mary Richmond em 1917 dá ênfase à importância do trabalho social.
Alejandro Del Río foi a primeira escola de Serviço Social fundada no Chile em 1925.
O surgimento do serviço social enquanto profissão tem a sua origem vinculada a um processo inédito ocorrido no século XIX, estamos nos referindo à Emergência da questão social.
Quanto à ação do Serviço Social no Brasil nos primeiros anos após sua criação, podemos afirmar o Serviço Social tem uma forte influência da Doutrina Social da Igreja Católica.
A compreensão advinda da revisão crítica que percebe o Assistente Social inscrito na Divisão Sócio-técnica do trabalho, não apenas revisou a natureza e função da profissão na sociedade, mas também o identificou como um trabalhador assalariado e cidadão.
Aula 2
Foi Mary Richmond  a primeira a escrever sobre a diferença entre fazer assistência social, caridade, filantropia e o Serviço Social.
É a partir da compreensão destas determinações históricas que se poderá alcançar o significado social desse tipo de especialização do trabalho coletivo (social), mais além da aparência em que se apresenta em seu próprio discurso, e, ao mesmo tempo, procurar detectar como vem contribuindo, de maneira peculiar, para a continuidade contraditória das relações sociais, ou seja, do conjunto da sociedade. (IAMAMOTO, 1993, p.16). Ou seja, deve ser compreendido partir das determinações societárias.
A profissão do serviço social no Brasil se institucionalizou na década de 40, com a criação das grandes instituições assistenciais. Causaram a institucionalização profissional e, portanto, sua legitimação: Estado, empresariado e Igreja Católica;
Dentro da militância católica, o Serviço Social se contrapunha às iniciativas de lideranças operárias que não aderiam ao associativismo católico. Sobre este momento da profissão, os estudos revelam que o Serviço Social emerge como uma atividade com bases mais doutrinárias que científicas, no bojo de um movimento de cunho: Ético, Político. 
De acordo com Ana Maria Estevão, o Serviço Social se expande, na década de 60, ao assumir as propostas desenvolvimentistas, que visavam tirar os países da América Latina do atraso. Os assistentes sociais se engajam nesse processo, adotando uma postura de neutralidade, de distanciamento dos problemas sociais. É nesse momento que surge um novo método de trabalho, o Serviço Social de Comunidade, cuja proposta era enfrentar os problemas estruturais com soluções técnicas.
Acerca da revisão crítica do Serviço Social, pode-se afirmar que ela apresenta três momentos, a saber: Emersão, consolidação acadêmica e espraiamento, atingindo todos os órgãos representativos da profissão.
A oposição ao modelo burguês encontrou importante movimento, através de uma comissão liderada por William Lovett, assim a Associação Geral dos Trabalhadores elaborou um documento Carta do Povo composição declarada de oposição à burguesia, com uma pauta de reivindicações por bases mais democráticas. Em 8 de maio de 1838.
Encíclicas Papais serviram de referência para a organização do Serviço Social na América Latina, a Rerum Novarum foi uma delas. Dentre os temas abordados por esta encíclica está Carta aberta a todos os bispos, debatendo as condições das classes trabalhadoras.
Aula 3
A Fundação Leão XIII (no Rio de Janeiro) surgiu em 1946, como a primeira grande instituição assistencial que tinha por objetivo explícito uma atuação com os Habitantes das favelas.
A Doutrina Social da Igreja Católica foi a principal influência sobre o Serviço Social no início de sua profissionalização no Brasil.
CEAS - Centro de Estudos da Ação Social, que já se preocupava com a qualificação na área da Ação Social, foi criada a primeira escola de formação profissional no Brasil.
O Serviço Social como uma atividade recente no país, tendo a primeira escola na década de 1930, portando o estígma de assistencialismo, paternalismo e autoritarismo, tem a necessidade de atualizar seu discurso, buscando sua legitimidade. Assim, o CEAS promove o primeiro Congresso Brasileiro de Serviço Social em 1947.
Mary Ellen Richmond - propôs o primeiro curso de formação para o exercício do Assistente Social.
O Centro de Estudos e Ação Social de São Paulo - CEAS, que desempenhou uma importante função no sentido de qualificar os agentes para a realização da prática social.
Aula 4
A aproximação do Governo de Getúlio Vargas com os Estados Unidos favoreceu um intercâmbio de estudantes e docentes, propiciando mudanças curriculares. O marco da entrada da influência do Serviço Social Norte Americano, foi o Congresso de Serviço Social em Atlhantic City. Realizado em 1941.
Acerca da Conjuntura social e política do Brasil nos anos 30, pode-se afirmar que o Estado Novo, regime político no qual Getúlio Vargas fecha o Congresso nacional, extingue os partidos políticos e Outorga uma Nova Constituição em 1937.
Na década de 40, com o objetivo de disciplinar a classe trabalhadora surgiu as grandes instituições sociais e assistenciais. Uma delas a Fundação Leão XIII, criada em 1946, tinha o objetivo de atuar junto aos habitantes das favelas, em especial, aquelas localizadas na cidade do Rio de Janeiro, onde já se concentrava uma parcela significativa da população pobre.
Muitas instituições foram criadas sob a lógica do Direito no período varguista com o intuito de obter a adesão das massas a este governo. A LBA - Legião Brasileira de Assistência foi criada para atender as famílias do combatentes da 2a Guerra Mundial, mas terminou que passou a atuar em todas as áreas da assistência social.
Como destaca Marilda Iamamoto, as grandes instituições assistenciais (LBA, SESI, SENAI, entre outras) surgidas no decorrer da década de 40, tinham um cunho Político-repressivo.
O Estado Novo faz uma política populista, de massa, com a cooperação de movimentos trabalhistas, populares, criando uma série de serviços de assistência e previdência a população. Nesse contexto, é criado grande demanda de instituições necessitando de profissionais de Serviço Social, entre elas; SESC, SESI e LBA.
Aula 5
Década de 30, surgimento do serviço social no Brasil.
A abordagem positivista analisa os fatos a partir de sua aparência, abstraindo aquilo que é invariável. Restringe-se ao que se pode verificar, de forma a obter uma visão fragmentada da realidade.
A influência norte americana advinda com os intercâmbios fomentados pelo Desenvolvimentismo contribuiu para que o Serviço Social obtivesse uma orientação teórico-metodológicas baseada no positivismo/funcionalismo para fundamentar a busca pela renovação. 
A construção de um mercado de trabalho nacional que se inicia em meados dos anos 40 começa a ser reformulado na década de 60, nesse período o serviço social deixa de ser um instrumento de distribuição da caridade privada das classes dominantes, para se transformar, prioritariamente, em uma das engrenagens de execução da Política social do Estado e de setores empresariais.
O reordenamento da relação capital trabalho nas últimas décadas, aliado a reforma do Estado e a fragilidade do movimento de organização dos trabalhadores repercutiu no Serviço Social em forma de mercado de trabalho.
A busca de renovação trouxe para a profissão sucessivas aproximações com matrizes teóricas distintas. Ao longo de sua trajetória histórica, teórico-metodológica, a seu tempo e dentro de contextos específicos, podemos citar como abordagens que influenciaram a profissão: Funcionalismo, Fenomenologia e Marxismo.
Aula 6
Assim como os projetos societários, o projeto ético político é um projeto coletivo e busca representar os interesses da categoria e elaborar sua própria identidade.
A análise dos espaços ocupacionais do assistente social em sua expansão e metamorfoses requer inscrevê-los na totalidade históricaconsiderando as formas assumidas pelo capital no processo de revitalização da acumulação no cenário da crise mundial.
As Diretrizes Curriculares que atualmente norteiam os cursos de Serviço Social seguem as exigências da Lei de Diretrizes e Bases da Educação de 1996.
Para atender à miséria e à pobreza decorrente do modo de produção capitalista em suas origens, O Estado e a Igreja formaram uma aliança com a divisão de tarefas para o desempenho de uma função apaziguadora. O Estado propôs a paz política (com toda violência necessária) e à Igreja cabia cuidar da situação social, por intermédio da caridade.
São elementos que contribuíram para a crise do Serviço Social tradicional :
I- Revisão crítica das Ciências Sociais;
II- Deslocamento sociopolítico das instituições religiosas católicas e algumas protestantes;
III - Movimento estudantil.
IV. Busca de bases mais científicas para o Serviço Social.
A dimensão técnico-operativa do Serviço Social diz respeito a sua instrumentalidade, ou seja, as ferramentas de trabalho disponíveis para a atuação profissional.
Aula 7
Na lei de N° 8.662, de 1993, no seu artigo 2º que trata dos Parâmetros para o exercício da profissão de Assistente Social, estabelece que somente pode atuar desta forma quem Possuir Diploma de Graduação em Serviço Social devidamente registrado em órgão competente e registro no Conselho Regional da área de atuação
De acordo com o histórico do Serviço Social, ele era dividido em três tipos de abordagem: Caso, Grupo e Comunidade;
A normatização do serviço social no marco histórico da criação da profissão tem a sua gênese: Sociedade de organização de caridade.
Independente da sua área de atuação, a intervenção realizada pelo assistente social, historicamente e tradicionalmente, fez deste profissional: Executor terminal de políticas sociais;
A lei Nº 8.662, de 07 de junho de 1993, Regulamenta a profissão e avançou em distinguir as atribuições privativas e Competências do Assistente Social, respectivamente nos artigos:
Artigo 5º - Atribuições Privativas e Artigo 4º - Competências do Assistente Social
A principal matriz teórica utilizada no inicio da profissão de serviço social foi a franco-belga.
Aula 8
A materialização dos princípios éticos na cotidianidade do trabalho, evitando que se transformem em indicativos abstratos, descolados do processo social é o desafio do profissional de Serviço Social. Nesse sentido o Código de Ética: Indica um rumo ético-político para o exercício profissional;
Segundo o Código de Ética do Assistente Social, constitui dever do assistente social nas suas relações com os usuários, democratizar as informações e o acesso aos programas disponíveis no espaço institucional, como um dos mecanismos indispensáveis à participação dos usuários.
Consta do conjunto de princípios fundamentais do Código de Ética do Serviço Social, instituído pelo CFESS em 1993:
a liberdade como valor ético central;
a ampliação e consolidação da cidadania.
a articulação com a luta geral dos trabalhadores;
a defesa intransigente dos direitos humanos;
Pode-se afirmar que o código de Ética de 1993 inaugura um projeto profissional que se vinculou a um projeto social radicalmente democrático, intrinsecamente ligado à classe trabalhadora e suas conquistas históricas.
O Código de Ética do Serviço Social, vigente desde 1993 no país, inscreve como valor central da profissão a liberdade.
Segundo o Código de Ética Profissional, a quebra do sigilo só é admissível quando se tratar de situações cuja gravidade possa, envolvendo ou não fato delituoso, trazer prejuízo aos interesses do usuário, de terceiros e da coletividade.
Aula 9
Iamamoto, ao analisar o Serviço Social em tempos de capital e fetiche, informa que a questão social passa a ser objeto de um processo de criminalização, atingindo as classes pobres. Em meio a esse contexto, pode-se verificar a retomada de uma noção que fundamentou o olhar sobre os pobres no Brasil. A noção que historicamente caracterizou as classes pobres na realidade brasileira é a noção de classes perigosas.
De acordo com Iamamoto, na questão social, o Serviço Social tem A base de sua fundação como especialização do trabalho.
O projeto ético-político da profissão busca um sentido e uma direção ao exercício profissional, respeitando sua dinamicidade própria e seu caráter complexo e propiciando a construção coletiva da identidade da profissão.
Segundo Marilda Iamamoto, no livro: Relações Sociais e Serviço Social no Brasil, o Serviço Social é uma profissão voltada para a intervenção da realidade. Assim, enquanto intelectual, o Assistente Social tem como instrumento básico a linguagem.
Como profissão interventiva, atuando no âmbito da questão social, o serviço social desenvolve um conjunto de prática que é mediado pelo processo teórico e metodológico.
Iamamoto analisa o Serviço Social como uma profissão inserida na sociedade capitalista. Baseada neste pressuposto, ela verifica que historicamente o assistente social se localiza no processo de reprodução das relações sociais.
Aula 10
A área da saúde lidera a absorção dos assistentes sociais, especialmente em decorrência da implantação do SUS.
Na divisão sócio-técnico do trabalho no Brasil, no início dos anos 90, Netto aponta para uma postura profissional do Assistente Social que atua buscando a legitimidade profissional através de novas competências sócio políticas e teórico instrumentais;
Na prática profissional, no âmbito empresarial, o diagnóstico institucional é um elemento que dá base ao planejamento da ação do assistente social;
A bibliografia contemporânea do Serviço Social tem sublinhado que a competência profissional é uma síntese de competência teórica, técnica e política, com nítidas dimensões éticas. A competência técnica diz respeito estritamente ao domínio do repertório instrumental
O Serviço Social na contemporaneidade é muito mais que um título formal, pois sintetiza o desafio de decifrar os novos tempos para que dele se possa ser contemporâneo (Iamamoto, 2001, p. 20). O processo de reestruturação produtiva provocou mudanças nas atividades desenvolvidas pelos profissionais que impõe desafios á prática profissional.
Para Iamamoto, os recursos essenciais que o assistente social aciona para exercer o seu trabalho, contribuem para iluminar a leitura da realidade, imprimir rumos à ação e moldá-la. Esses recursos são os objetos de trabalho e o conhecimento;